Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CETOACIDOSE DIABÉTICA Ausência de insulina (normalmente DM1, mas pode ter em DM2). Fisiopatologia Pâncreas não tem mais insulina → não capta glicose → não coloca para dentro da célula → célula sem energia → aumento da glicemia → liberação de contra insulínicos → quebra de glicogênio, proteína, gordura a fim de gerar mais glicose → formação de corpos cetônicos (substâncias ácidas) → acúmulo de cetoácidos → cetoacidose metabólica Critérios diagnósticos - Glicemia > 250mg/dL - Cetonemia/cetonúria (3+/4+) - PH < 7,3 e HCO3 < 15-18 Fatores Desencadeantes - Infecção - Má adesão Clínica - "Polis" e desidratação - Alto nível de consciência - ↑ FR - Dor abdominal / náusea / vômitos - Leucocitose - ↑ Creatinina Tratamento - VIP Volume Insulina Potássio 1. Hidratação Venosa NaCl 0,9% 15 - 20 ml/kg na 1ª hora Após → checar sódio - Na normal (↑135): NaCl 0,45% - Na ↓: NaCl 0,9% 250 - 500 ml/h Após o soro ⬇ 2. Insulinoterapia venosa e reposição de potássio K+ ↓: repor K+ e não iniciar insulina K normal: Repor K+ e iniciar insulina K ↑: iniciar insulina e não repor K+ Insulina Regular Venosa: - 0,14 U/Kg/h OU - 0,1 U/Kg + 0,1 U/Kg/h *Glicemia = 50 - 70 mg/dl/h 1 3. Critérios de cura Glicemia < 200 mg/dl + dois dos seguintes: - HCO3 > 15 - Ânion gap ≤ 12 - PH > 7,3 Paciente estabilizado: 1º: começar insulina SC 2º: suspender insulina EV ● Não pode suspender a EV de uma vez → pode recorrer da situação → nova cetoacidose Glicemia < 200 - 250 mas sem critérios de cura (ainda com CAD)? - SG 5% (meio SF 0,9% e meio SG 0,5%) e avaliar se irá diminuir a velocidade de infusão de insulina - BIC só se PH < 6,9 �TADO HIPERGLICÊMICO HIPEROSMOLAR NÃO CETÓTICO Igual a CAD, porém sem a cetoacidose por ter insulina circulante Mais na DM2 e idoso. - DM2 = insulina circulante → NÃO faz cetose - Hiperglicemia → Hiperosmolaridade e desidratação Critérios diagnósticos - Glicemia > 600 - Osmolaridade > 320 - PH > 7,3 e HCO3 > 18 Tratamento = Cetoacidose Diabética Critérios de Cura: - Melhor se Osmolaridade < 310 2 Resumindo Cetoacidose Diabética (CAD) Estado Hiperglicêmico Hiperosmolar (EHH) Causa: - Ausência de insulina (DM1) - ↑ corpos cetônicos - Ácido B-hidroxibutírico, acetoacético, acetona Causa: - Deficiência de insulina (DM2) - ↑ osmolaridade - Hiperglicemia com pouca hidratação Clínica: - Poliúria / desidratação / hálito cetônico - Hiperventilação (ritmo de Kussmaul) - Dor abdominal Clínica: - Poliúria / confusão mental - Sem acidose ou dor abdominal Diagnóstico: - Glicose > 250 mg/dL - Cetonemia / Cetonúria (3+/4+) - PH < 7,3 e HCO3 < 15 Diagnóstico: - Glicose > 600 mg/dL - Osmolaridade > 320 - PH > 7,3 e HCO3 > 18 Tratamento: Volume / insulina / potássio (VIP) Tratamento: Volume / insulina / potássio (VIP) Volume - SF 0,9% 1 - 1,5L na 1ª hora Avaliar Na+ sérico: - Na < 135 → manter SF 0,9% - Na > 135 → mudar para NaCl 0,45% Taxa de infusão: 250 - 500ml/h ● Se glicose ↑1000mg/dL o sódio ↓ 1,6 mEq/L ↩↪ Insulina Regular IV Potássio - 0,1 U/Kg (bolus) + 0,1U/Kg/h - Diurese ok → 20 - 30 mEq K+/L - ↓ glicemia 50 - 80 mg/dL/h - K+ > 5,2: adiar K+ - Glicemia = 200 → adicionar SG 5% - K+ < 3,3: adiar insulina Bicarbonato (100 mEq) - se PH < 6,9 Compensação (insulina IV → SC) - CAD: HCO3 > 15 / PH > 7,3 / ânion GAP < 12 → (2 critérios) - EHH: Osmolalidade < 310 mOsm/L *Quem define a compensação não é a glicemia, e sim a melhora da acidose. 3
Compartilhar