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30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUdQx… 1/38 Introdução MANUFATURA ASSISTIDA PORMANUFATURA ASSISTIDA POR COMPUTADORCOMPUTADOR COMANDO NUMÉRICOCOMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADOCOMPUTADORIZADO (CNC), PROGRAMAÇÃO(CNC), PROGRAMAÇÃO Au to r ( a ) : M e . J o ã o C a r l o s L o p e s Fe r n a n d e s R ev i s o r : H a ro l d o Fe r re i ra Tempo de leitura do conteúdo estimado em 1 hora. 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUdQx… 2/38 ç Caro(a) estudante, você sabia que a programação de computadores é uma área interligada à ciência da computação? Toda a base da programação de computadores vem da matemática, a qual você utiliza bastante: desenhos 2G e 3G, perspectivas, simuladores etc. Para programar Comando Numérico Computadorizado (CNC), você precisa “pensar” como se fosse uma máquina ou mesmo um robô na linha de montagem. Toda vez que você se sente cansado e/ou fatigado, você descansa para “recarregar as suas baterias”, não é mesmo? As máquinas também precisam de descanso, assim, quando você estiver programando, lembre-se disso! Outra coisa: você pensa e otimiza tarefas, certo? Faça isso também com a programação! O tempo de máquina não é barato, dessa forma, você tem de aplicar a lógica de programação. Por exemplo, existem várias maneiras de resolver um exercício matemático; se você conhecer a mais rápida (logicamente, ela precisa estar correta), a probabilidade de erro será mínima, no entanto, se você escolher a mais demorada, a probabilidade de erro aumentará, e isso acontece também com os códigos da programação CNC. Programação de Ciclo de Furação de Torneamento 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUdQx… 3/38 O ciclo de furação, dentre os processos de fabricação, é um dos mais antigos, pois ele também é utilizado para �xação de peças. Normalmente, as peças possuem algum tipo de furação. Esse ciclo consiste em utilizar ferramentas rotativas, por exemplo, brocas, a �m de produzir furos. Outro detalhe importante é que o ciclo de furação pode se repetir mais de uma vez durante o processo de manufatura. No caso da furação, há o contato contínuo entre ferramenta e peça aliado à di�culdade de acesso do �uido de corte, o que requer, sempre que possível, o uso de ferramentas com canais internos para a aplicação de �uido. Emulsões e soluções com aditivos à base de enxofre e cloro normalmente são e�cientes. (MACHADO et al., 2009, p. 174) O cavaco de ferro é a sobra do material retirado da furação de uma peça. Ele é formado pela ferramenta utilizada no processo de furação da peça e possui, quase sempre, temperaturas elevadas. O objetivo principal de um processo de manufatura de uma peça é assegurar que a produção desta seja feita mantendo-se a qualidade exigida no desenho do produto. Os objetivos a serem atendidos são a redução de custo através de redução de tempos de manufatura e de remoção de material sob forma de cavacos em operações de usinagem. (AGOSTINHO, 2018, p. 121) Na programação de Comando Numérico Computadorizado (CNC), usamos padrões para melhorar os processos e otimizar a usinagem, e isso vai ao encontro da redução de custos e do aproveitamento de processos. Programação CNC (ISO) A programação padronizada pela ISO (International Organization for Standardization) é adotada pelas empresas fabricantes de controles numéricos computadorizados, utilizados nas máquinas e/ou ferramentas CNC. A linguagem de programação utilizada chama-se “G” e já possui comandos e funções básicas universalizados e padronizados para os fabricantes. Mesmo assim, os 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUdQx… 4/38 fabricantes de equipamentos CNC podem apresentar funções especí�cas em novos equipamentos e informar os seus clientes. A linguagem “G” é estruturada em blocos de comandos e dados, que possuem letras, algarismos e símbolos que formam palavras com funções especí�cas para o processo de usinagem. Como regra de programação, não podem existir espaços em branco entre as palavras de cada bloco. As dimensões das peças inseridas na programação são, normalmente, expressas em milímetros e utilizam os pontos decimais na sua descrição, quando necessário. Um detalhe muito importante na leitura de um desenho de peça é que, quando não existe um sinal à frente da dimensão da peça, o seu valor sempre será positivo. Linguagem “G” e a Furação Quando estamos programando em “G” para o ciclo de furação, é possível utilizar várias combinações de programação, que podem ser universais, iguais a todas as máquinas ou alguma informada pelo fabricante que tenha algum tipo de otimização. Nesse sentido, é muito importante consultar sempre o manual dos equipamentos SAIBA MAIS Já existem muitos aplicativos para smartphone que calculam os parâmetros para furar, cortar etc. É lógico que essas calculadoras ajudam bastante, mas é preciso entender como calcular a velocidade de corte e o RPM em um torno. Para saber mais, assista ao vídeo a seguir: A S S I S T I R 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUdQx… 5/38 CNC e �car atento a esses detalhes. A seguir, são apresentados três códigos “G” para utilização no(s) ciclo(s) de furação: G81 – Ciclo �xo de furação direta. G82 – Programado igual ao ciclo G81 (mesmo efeito). G83 – Ciclo �xo de furação com controle de cavaco. A linguagem “G” foi muito difundida pela sua simplicidade e pela sua lógica de fácil entendimento. Assim, você logo vai conseguir interpretar as funções que são escritas para programar os ciclos de uma máquina CNC. [...] a operação de usinagem chamada de furação é um processo de fabricação mecânica que envolve a realização de um furo em uma peça fazendo uso de uma ferramenta chamada broca. Existem diversos tipos de brocas, porém a mais utilizada nos processos de furação é a broca helicoidal, que é a mais comercializada. Tenha em mente que este tipo de broca pode ser utilizado tanto para furos curtos como para furos profundos e, por ser uma ferramenta de geometria de�nida, é possível encontrar per�s diversi�cados para os mais variados tipos de furos. (CASARINI, 2018, p. 89) Cada fabricante pode implantar um código “G” diferente. Por exemplo, o código G73 do fabricante FANUC realiza o ciclo �xo de furação rápida por incrementos em seu controlador. Ciclo de Furação O ciclo de furação faz parte do processo de usinagem. A seguir, apresentamos um exemplo de programação para realização de furação em uma peça, de acordo com os códigos universais ISO-G. Na �gura, você vai conseguir entender melhor os detalhes do que deverá ser realizado: 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUdQx… 6/38 Figura 3.1 - Esquema do ciclo de furação – G81 Fonte: Azevedo (2019, p. 70). #PraCegoVer: a �gura apresenta uma peça com as cotas para ser realizada a sequência de sua furação. Na parte superior, está escrito “pontos de retorno para descarga de cavacos”, e uma seta aponta para o centro da �gura, onde há uma forma cilíndrica com o número 5. Na entrada dessa forma cilíndrica, existe o desenho de uma broca com uma bolinha verde na ponta e uma seta indicando as coordenadas de aproximação. Na parte inferior da �gura, de cima para baixo, existem as cotas 5, 10 e 15, de forma subsequente. O programa a seguir refere-se à peça da Figura 3.1, ciclo G81, e possui o incremento do esvaziamento de cavacos: O6300 (Exemplo de ciclo de furação – G81) N05 G21; N10 G28; 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUdQx…7/38 N15 M06 T03; N20 G97 M04 S600 G99 M08; (M04 – Sentido de rotação anti-horário) N25 G00 X0.0 Z3; (X0.0 Z3 – Coordenadas de aproximação para furação) N30 G81 Z-5 F0.15; (G81 – Ciclo de furação.) (Z-5 (W-8) – Coordenada de penetração inicial.) N35 Z-10; (Z-10 (W-13) – Coordenada para a segunda penetração.) N40 Z-15; (Z-15 (W-18) – Coordenada para a terceira penetração.) N45 G00 X50 Z50; (Movimento e coordenadas para afastar a broca e cancelar o ciclo.) N50 G28 M05 M09; N55 M30; Para a realização de um ciclo de furação, existem várias ferramentas que podem ser utilizadas. A �gura a seguir apresenta as mais comuns em uma manufatura industrial: 1 – Furação; 2 – Furação com pré-furo; 3 – Furação escalonada; 4 – Trepanação; 5 – Escareamento; e 6 – Furação de centros. 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUdQx… 8/38 Figura 3.2 - Ferramentas mais usadas em um ciclo de furação Fonte: Adaptada de Machado et al. (2009, p. 8). #PraCegoVer: a �gura apresenta seis modelos de ferramentas utilizadas no ciclo de furação. São elas, da esquerda para a direita: 1 – Furação; 2 – Furação com pré-furo; 3 – Furação escalonada; 4 – Trepanação; 5 – Escareamento; e 6 – Furação de centros. Normalmente, o ciclo de furação é realizado ao �nal do processo de manufatura. Mesmo parecendo simples, ele é uma operação que pode ter graves consequências se a ferramenta apresentar alguma falha. As ferramentas do ciclo de furação podem ser de vários materiais, tais como aço, ferro, titânio, dentre outros. Um detalhe importante é que elas devem ser “a�adas” com uma determinada frequência (vida útil). 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUdQx… 9/38 Fonte: z1b / 123RF. A qualidade, atualmente, é um diferencial em relação aos concorrentes de uma empresa. O uso de máquinas CNC eleva a produção, diminui o tempo e reduz os custos. Outro diferencial importante é que as peças têm mais qualidade quando se faz uso de métodos de controle durante todo o processo produtivo. Com esse tipo de “controle de qualidade” em tempo real, você pode corrigir e/ou controlar desgastes de ferramentas e programar paradas estratégicas. Ainda, você consegue preparar as máquinas de forma mais rápida integrando processos e investindo em novas tecnologias. Conhecimento Teste seus Conhecimentos (Atividade não pontuada) 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUd… 10/38 Os avanços tecnológicos proporcionam excelentes níveis de qualidade aos processos de manufatura, principalmente nas máquinas CNC. Dentre os ciclos de um processo de usinagem, a furação é uma das operações de torneamento mais utilizadas na indústria. Dessa forma, a precisão dos parâmetros de furação é fundamental para atingir a qualidade desejada na peça, ou seja, a escolha da ferramenta que vai realizar o furo deve ser bem minuciosa. Com base nas informações do enunciado, assinale a alternativa correta: a) O cavaco, que é o resultado do processo de furação, não deve ser considerado no planejamento de usinagem por não determinar a dureza do material. b) O acabamento �nal deve ser realizado antes do ciclo de furação. c) O ciclo de furação deve se preocupar apenas com as dimensões e os ângulos dos furos, pois, caso estejam incorretos, toda a matéria-prima para a criação da peça será desperdiçada. d) O aquecimento pode dani�car todo o processo de furação, pois o material pode sofrer dilatação ou compressão. e) O aquecimento do material não dani�ca os furos. Você, apenas, deve alterar a velocidade da usinagem nesse ciclo (diminuir a rotação, mais tempo) e compensar em outras fases, cumprindo rigorosamente o tempo de manufatura. Programação de Ciclos de 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUdQ… 11/38 Segundo Azevedo (2019), existe uma grande quantidade de códigos de roscamento que, eventualmente, podem ser utilizados, dependendo da máquina, do fabricante e do modelo. Você vai conhecer quais são eles, no quadro a seguir, em que são citados alguns desses códigos: Rosqueamento de Torneamento 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUd… 12/38 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUd… 13/38 Quadro 3.1 - Código “G”, ciclos de roscamento Fonte: Azevedo (2019, p. 75). #PraCegoVer: a tabela possui três colunas de 15 linhas. Na primeira linha, temos, da esquerda para a direita: Código “G”; Descrição; e Fabricante/modelo. A partir da segunda linha, na primeira coluna, estão os códigos G32 a G37, G63, G76, G82, G86, G92, CYCLE 97, CICLO 03 e CICLO 33. Na segunda coluna, a partir da segunda linha, temos: “Roscamento simples e passada por passada”, “Roscamento simples e passada por passada”, “Roscamento com passo variável”, “Roscamento circular horário”, “Roscamento circular anti-horário”, “Ciclo automático de roscamento”, “Ciclo de roscamento com macho ou cossinete”, “Ciclo automático de roscamento com chanfro na saída e repetição múltipla”, “Ciclo de roscamento com macho ou cossinete”, “Ciclo automático de roscamento”, “Ciclo de roscamento básico com chanfro na saída e passada por passada, grupo tipo A (*)”, “Ciclo automático de roscamento”, “Roscamento simples e passada por passada” e “Ciclo automático de roscamento”. Na terceira coluna, estão os fabricantes/modelos e, a partir da linha dois, temos escrito: GE FANUC/série TA do grupo 01; GE FANUC/série M, série TB e série TC do grupo 01 e 21i, MACH e Mitsubishi/TX-8; GE FANUC/séries TA, TB e TC do grupo 01; GE FANUC/séries TA, TB e TC do grupo 01; GE FANUC/séries TA, TB e TC do grupo 01; MACH; Siemens; GE FANUC/séries TA e TB do grupo 00 e 21i, MACH e Mitsubishi/TX-8; Mitsubishi/TX-8; Mitsubishi/TX-8; GE FANUC/série T do grupo A; Siemens; MCS; e MCS. O ciclo de rosqueamento, em um processo de usinagem, tem como objetivo obter “�letes”, por meio da abertura de sulcos “helicoidais” uniformes, nas superfícies cilíndricas e/ou cônicas. Nesse processo, a peça e/ou ferramenta giram e se 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUd… 14/38 deslocam simultaneamente, em trajetória retilínea paralela e/ou inclinada ao eixo de rotação. Nas roscas mais profundas, como, por exemplo, nos parafusos sem �m utilizados em redutores de velocidade, é necessário realizar cortes sucessivos, que, na maioria das vezes, ocorrem no eixo. O desempenho no processo de rosqueamento está diretamente ligado à geometria da ferramenta de corte que você escolher: ela pode ser de aço, de metal etc. Ciclo de Rosqueamento (Exemplos) No ciclo de rosqueamento, a trajetória da ferramenta é sempre coincidente com os espaços entre os �letes da rosca para que seja produzido um amortecimento na saída, sem dani�car, portanto, a peça que está sendo usinada. Os ciclos G32 e G92 necessitam de quatro ou cinco blocos de programação, o ciclo G76 atualmente necessita de apenas dois blocos de programação para executar uma rosca, por ser um ciclo repetição múltiplo. Este ciclo de roscamento é considerado complexo, não por causa da di�culdade de programação, mas por causa das poderosas características internas, sendo utilizado pelos comandos GE Fanuc em dois formatos, conforme o modelo do torno. (AZEVEDO, 2019, p. 73) A �gura a seguir apresenta um esboço, ou seja, o desenho de uma peça que será o produto �nal após o processo de usinagem. Nela, você consegue identi�car todas as medidas e indicações de posição. Quando o processo for encerrado,a aparência física da peça deverá ser bem próxima do desenho apresentado. 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUd… 15/38 Figura 3.3 - Exemplo de roscamento – G76. Fonte: Azevedo (2019, p. 78). #PraCegoVer: a �gura apresenta a ilustração de uma peça com suas cotas e dimensões. Na parte superior, tem-se uma rosca maior com uma seta indicando M40x1.5. Do lado esquerdo, tem-se uma rosca menor com uma seta indicando M20x1.5. Na parte inferior da peça, estão as cotas P=1.5, bem como as dimensões da rosca menor (20) e do comprimento entre as roscas (50). A seguir, temos o exemplo de um código CNC, que utiliza o comando G76 para realizar a usinagem de canais. Na primeira linha, temos um número que vem depois da letra “O”: é o número do programa (até quatro dígitos). A letra “N” é o número de sequência da linha de programação; a letra “G” representa as funções preparatórias para usinagem da peça; a letra “M” indica as funções miscelâneas (auxiliares); as letras “X”, “Y” e “Z” indicam o posicionamento dos eixos da máquina; a letra “F” indica a ferramenta que vai ser utilizada; a letra “R” é o ponto de referência da máquina; a letra “S” é a velocidade de rotação; a letra “Q” são os passos em ciclos �xos; e a letra “P” é ação de um incremento de corte. 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUd… 16/38 O6310 (Exemplo de ciclo de roscamento – G76) G97 S800 M03 T0303 G00 X30 Z5.0 T0303 G76 P021060 Q100 R100 G76 X18.05 Z-20.0 P974 Q308 F1.5 G00 X50.0 Z-20.0 G76 P021060 Q100 R100 G76 X38.05 Z-52.0 P974 Q308 F1.5 G00 X200.0 Z200.0 T0300 M30 A instrução G92 é utilizada para roscar a peça de maneira simples em uma única passada; ela produz um “chanfro” na saída da rosca. Normalmente, é utilizada em roscas paralelas ou cônicas. A instrução G92 necessita: N___ G92 U___ W___ F___; onde: U = diâmetro �nal do roscamento; W = posição �nal na direção paralela ao eixo Z; e F = passo da rosca. 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUd… 17/38 Figura 3.4 - Peça com cotas e dimensões Fonte: Azevedo (2019, p. 79). #PraCegoVer: a �gura apresenta a ilustração de uma peça com suas cotas e dimensões. Na parte superior, tem-se uma rosca maior com uma seta indicando a letra “X” e, acima do “X”, está escrito M50x1.5. Do lado esquerdo, tem-se uma rosca menor com uma seta indicando 30. Na parte superior da peça, estão as cotas 5 e, logo acima, há um triângulo amarelo, com o valor 60º e as dimensões da rosca menor (5) e do comprimento entre as roscas (50). A seguir, temos o exemplo do uso do código CNC G92, que é utilizado no ciclo de roscamento. Na primeira linha, temos um número que vem depois da letra “O”: é o número do programa (até quatro dígitos). A letra “N” é o número de sequência da linha de programação; a letra “G” são as funções preparatórias para usinagem da peça; a letra “M” indica as funções miscelâneas (auxiliares); as letras “X”, “Y” e “Z” indicam o posicionamento dos eixos da máquina; e a letra “F” indica a ferramenta que vai ser utilizada. Outro detalhe é que, quando utilizamos coordenadas incrementais, elas serão representadas por U-(eixo X) e W-(eixo Z) na programação. 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUd… 18/38 O6310 (Exemplo de ciclo de roscamento – G92) G97 S300 M03 G00 X60.0 Z5.0 G92 X49.5 Z-30.0 F1.5 X49.2 X48.9 X48.7 G28 U0 W0 M30 No quadro a seguir, você vai entender o sentido do rosqueamento, segundo o campo de trabalho: 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUd… 19/38 Quadro 3.2 - De�nição de sentido Fonte: Adaptado de Silva (2015). #PraCegoVer: o quadro possui quatro colunas, da esquerda para a direita: Campo; Rotação do eixo árvore; Sentido do deslocamento; e Sentido da rosca. A partir da linha dois, são descritos os valores de cada campo: À frente, M03 – Horário, +Z, Direita. Na terceira linha: À frente, M03 – Horário, -Z, Esquerda. Na quarta linha: Atrás, M03 – Horário, +Z, Direita. Na quinta linha: Atrás, M03 – Horário, -Z, Esquerda. Na sexta linha: À frente, M04 – Anti-horário, +Z, Esquerda. Na sétima linha: À frente, M04 – Anti-horário, -Z, Direita. Na oitava linha: Atrás, M04 – Anti-horário, +Z, Esquerda. Na nona linha: Atrás, M04 – Anti-horário, -Z, Direita. Campo Rotação do eixo árvore Sentido do deslocamento Sentido da rosca À frente M03 – Horário +Z Direita À frente M03 – Horário -Z Esquerda Atrás M03 – Horário +Z Direita Atrás M03 – Horário -Z Esquerda À frente M04 – Anti- horário +Z Esquerda À frente M04 – Anti- horário -Z Direita Atrás M04 – Anti- horário +Z Esquerda Atrás M04 – Anti- horário -Z Direita 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUd… 20/38 Em outros equipamentos CNC, o G92 pode ter outra função, como, por exemplo, no “Mach 9”, em que ele pode ser usado para limitar a rotação da máquina. Dessa forma, sempre se atente ao modelo da máquina que vai realizar a programação, pois o “croqui”, desenho de uma peça a ser usinada, não se preocupa com o local em que o trabalho vai ser realizado, e sim com suas características. Funções “M” Miscelâneas Na programação CNC, os códigos “M” são comandos utilizados para os movimentos das máquinas; eles não estão ligados à movimentação dos eixos. Seu formato utiliza a letra “M”, seguida por dois números, por exemplo, M03. Sendo assim, é importante que você conheça os códigos. Con�ra a seguir uma lista em que são descritos os códigos “M”: M00 – Parada de programa; M01 – Mesma função do M00, sendo habilitado pela função OPTION STOP; M02 – Fim de programa; Quando você for usar um códigoQuando você for usar um código “M”, não se esqueça de que ele“M”, não se esqueça de que ele apenas pode ser utilizado umapenas pode ser utilizado um vezes por linha. Além disso,vezes por linha. Além disso, lembre-se de que todos os códigoslembre-se de que todos os códigos são efetivados ao �nal do bloco.são efetivados ao �nal do bloco. 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUd… 21/38 M03 – Ligar fuso sentido horário; M04 – Ligar fuso sentido anti-horário; M05 – Desliga fuso; M06 – Troca de ferramenta; M08 – Ligar refrigeração; M09 – Desligar refrigeração; M10 – Travar 4° eixo; M11 – Destravar 4° eixo; M12 – Travar 5° eixo; M13 – Destravar 5° eixo; M19 – Orientar fuso (os valores P e R são opcionais); M30 – Término de programa e reposição; M31 – Condutor de brocas frente; M33 – Parar condutor de brocas; M80 – Abrir porta automática; M81 – Fechar porta automática; M82 – Soltar ferramenta; M83 – Ligar pistola de ar automática; M84 – Desligar pistola de ar automática; M88 – Ligar refrigeração interna; M89 – Desligar refrigeração interna; M97 – Chamada de subprograma local (usando P e L): 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUd… 22/38 P – Número idêntico do bloco N; L – repetição do subprograma. Percebemos que a programação CNC não apenas se utiliza da letra “G”; outras letras fazem parte da sintaxe da linguagem, e a letra “M” é uma delas. Algumas instruções M são completadas em apenas um bloco, é o caso de M00, M01, M02, M06, M30 e M60. Outras instruções como M03, M04, M05, M07, M08 e M09 estarão ativas até que outra instrução a cancele ou altere. A maioria das instruções miscelâneas é usada para alguma ação física de acessórios da máquina ferramenta.Instruções conhecidas como o controle de refrigeração, troca de marchas para rotação, troca de ferramentas, troca de pallets entre outras podem ser opcionais para algumas máquinas, pois dependem da existência ou não do acessório, do tipo e fabricante do comando. (AZEVEDO, 2019, p. 83) De forma diferente das instruções preparatórias “G”, apenas uma instrução “M” pode �car isolada em um bloco de programação. Algumas instruções “M” são executadas no início do bloco, e outras são executadas no �m do bloco. REFLITA A maior parte de um programa é composta das coordenadas dos pontos que se referem às distâncias para os eixos. Juntamente com as declarações que determinam como a máquina será usada, essas coordenadas X, Y e Z são empregadas tanto para o movimento da ferramenta como para o posicionamento da ferramenta em relação à peça, bem como para referência. Fonte: Fitzpatrick (2013, p. 15). 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUd… 23/38 Facear é uma operação que permite planar uma superfície perpendicular ao eixo de um torno, a �m de se obter uma referência para as medidas que derivam dessa face. Esse processo é muito utilizado, e seus ciclos podem facear múltiplas partes de uma peça. Agora, vamos praticar ainda mais os nossos conhecimentos? Conhecimento Teste seus Conhecimentos (Atividade não pontuada) Na usinagem CNC, um dos itens mais importantes a ser considerado é o sistema de referência de coordenadas, pois é com base nele que a ferramenta executa as operações delegadas a ela pelos comandos. Fonte: CASARINI, S. J. Manufatura mecânica: usinagem. Londrina: Educacional S.A., 2018. A partir do enunciado, assinale a alternativa correta: a) Quando estamos nos referindo a coordenadas absolutas, podemos a�rmar que cada entrada vai representar a distância do ponto até a origem: X 0, Y 10 e Z 0. b) As coordenadas incrementais fazem parte do conjunto de coordenadas, em que cada entrada pode ser representada pela distância do ponto em relação ao ponto posterior. c) Quando o valor de uma coordenada absoluta está em uma instrução para indicar um comando anterior, a saída que foi ordenada para um eixo poderá ser ignorada. d) Se as coordenadas incrementais estão em modo de edição, podemos introduzir um movimento extra ou escrever a geração de ferramentas diretamente no comando. 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUd… 24/38 e) Quando nos referimos à coordenada cartesiana incremental, que representa um método muito utilizado para localizar pontos, também podemos nomeá-la de coordenada polar. Um ciclo de faceamento ocorre quando a ferramenta é deslocada no sentido normal ao eixo de rotação de uma peça. Ele pode ocorrer de forma externa e/ou interna nas peças. Pode ser conhecido, também, como torneamento paralelo ao eixo X. Este ciclo pode ser utilizado para facear ou acanalar peças, sem que o programador necessite repetir toda a sequência de movimentação da ferramenta. O trajeto da ferramenta é geralmente paralelo ao eixo X. Após a execução do ciclo, a ferramenta retorna automaticamente ao ponto inicial do ciclo. (AZEVEDO, 2019, p. 67) Dentro da programação CNC, alguns códigos foram desenvolvidos para agilizar o processo de usinagem: eles são conhecidos como ciclos de programação. O processo de faceamento é um desses ciclos. Para realizar um bom faceamento na peça, é muito importante interpretar seu desenho. Programação de Ciclos de Faceamento de Torneamento 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUd… 25/38 Ciclo de Faceamento Quando realizamos a usinagem de borda de seções para facear, o corte torna-se mais suave, pois as intervenções da ferramenta são direcionadas de forma mais uniforme ao longo da parede da peça. Com isso, conseguimos reduzir o risco de vibrações, que podem dani�car a peça e/ou a ferramenta. No ciclo de faceamento, utilizamos, como exemplo, a função G75, descrita a seguir. FUNÇÃO G75 A função requer: G75_X__ Z__ P__ Q__ R__ F__, em que: 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUd… 26/38 #PraCegoVer: temos um infográ�co interativo com botões clicáveis. Na parte superior, alinhado ao centro, temos o título do infográ�co em azul: “Função G75”. Logo abaixo do título, temos o seguinte texto: “Função G75 – a função requer: G75_X__ Z__ P__ Q__ R__ F__, em que:”. Abaixo do texto há seis (06) botões clicáveis, cada um deles possui uma barra com tons de verde e azul e um círculo branco no meio. Dentro de cada círculo, temos as letras “X”, “Z”, “P”, “Q”, “R” e ‘F”. Quando clicamos em um botão, um espaço se expande abaixo dele, revelando o seu texto. No botão “X”, temos o seguinte trecho: “diâmetro �nal do faceamento”. No botão “Z”, temos o seguinte texto: “posição �nal (absoluto)”. No botão “P”, temos o seguinte trecho: “incremento de corte no eixo ‘X’ (raio/milésimo de milímetro)”. No botão “Q”, temos o seguinte texto: “profundidade de corte por passada no eixo ‘Z’ (milésimo de milímetro)”. No botão “R”, temos o seguinte texto: “afastamento no eixo longitudinal para retorno ao ‘X’ inicial (raio)”. No botão “F”, temos o seguinte texto: “avanço programado”. Como observado no infográ�co, o movimento de avanço da ferramenta sempre acontece no sentido normal ao eixo de rotação da peça, com a �nalidade de obter uma superfície plana. Fonte: Adaptado de olliethedesigner/123RF. 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUd… 27/38 A usinagem de torneamento de canais recebe o nome técnico de sangramento. Dentre os ciclos de produção de peças cilíndricas que têm geometria complexa, esse procedimento é, geralmente, realizado em centros de torneamento com alto rendimento, ou seja, que possuem diversos eixos lineares e/ou circulares, conhecidos como máquinas de multitarefa – elas podem usinar peças e/ou �nalizar o processo em um único ciclo de trabalho. Normalmente, ao usinar canais frontais, os cavacos �cam presos e atrapalham a produção, e isso deve ser levado em conta na programação CNC, pois cavacos presos podem causar a quebra da pastilha e prejudicar o processo. Por esse motivo, durante a usinagem de canais frontais, é bem comum diminuir o avanço da máquina. No caso de entupimento por cavacos, isso pode prejudicar a produtividade. A ferramenta usada nesse ciclo recebe o nome de bedame ou ferramenta de sangrar. A utilização de sistemas CAM possibilita que as peças obtidas possam apresentar uma complexidade muito elevada e bastante superior à programação manual e possibilita igualmente o processamento de uma maior quantidade de informação, nomeadamente programas CNC mais extensos, utilizados na realização de operações de maquinagem multieixos Programação Avançada Utilizada na Usinagem de Canais, com Auxílio de Máquinas de Multitarefa 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUd… 28/38 (operações de 3, 4, 5 e mais eixos). A utilização da tecnologia MAV veio tornar quase imprescindível o recurso à programação CAM. (RELVAS, 2018, p. 242) Quando falamos em ciclos mais avançados, imaginamos que a programação CNC é enorme, mas isso não é verdade, pois os ciclos mais avançados e/ou multiciclos combinados, na maioria das vezes, ocorrem em máquinas CNC multitarefa. A criação de canais externos e/ou internos não é uma tarefa difícil, e a inclusão de ciclos de canais laterais permite que os programadores CNC desenvolvam estratégias para usinagem, aproveitando a diversidade do ferramental disponível no mercado atual. Ciclos Avançados de Usinagem deCanais Agora, você já consegue perceber a importância de conhecer todos os processos de usinagem na produção de peças. Criar um ciclo avançado de canais não é complicado, mas é necessária muita atenção, pois um erro poderá comprometer toda a produção. Ciclo de Usinagem de Canais Frontais G75 Fonte: phuchit / 123RF. 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUd… 29/38 Para realizar a usinagem de canais frontais, sempre inicie o processo no diâmetro maior da peça. Nesse caso, a saída dos cavacos será contínua e, assim, você evitará o entupimento do canal. O ciclo de faceamento paralelo ou canais pode ser utilizado para facear ou acanalar peças, sem que o programador necessite repetir toda a sequência de movimentação da ferramenta; o trajeto da ferramenta é geralmente paralelo ao eixo X. Após a execução do ciclo, a ferramenta retorna automaticamente ao ponto inicial do ciclo. (AZEVEDO, 2019, p. 67) A seguir, é apresentado o desenho de uma peça que será submetida ao ciclo de faceamento. Nela, é possível observar as cotas que serão utilizadas na programação CNC. A letra “Q” indica que os passos serão de ciclo �xo, e a letra “Z”, o eixo. 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUd… 30/38 Figura 3.5 - Desenho de peça e esquema de ciclo de canais – G75 Fonte: Azevedo (2019, p. 68). #PraCegoVer: a �gura apresenta o desenho da peça com suas cotas (lado direito). Na parte superior, há o numeral 11 entre duas setas, que �cam entre o início do canal usinado 1 e terminam no �m do canal usinado 2. Seguindo em frente, há o numeral 6 e o numeral 5 entre setas, entre o �m do canal usinado 3 e o �m do canal usinado 4. À esquerda, temos o desenho da peça, na cor cinza. Na parte superior, temos uma ferramenta de ponta amarela, dentro do canal usinado 4, além de uma seta que vai de sua extremidade direita ao início do canal usinado 3, com a letra “Q”. Na extremidade direita, próximo ao primeiro canal usinado, de forma vertical, temos uma seta com a letra “X”, com um traço na frente. Na parte inferior, temos uma seta que vai do início do canal usinado 1 até o �m da peça (lado esquerdo), com a letra “Z” e um traço na frente. Quando utilizamos a função G75, é necessário o controle de cavacos. Para isso, você deve pensar bem o que vai implementar no código “G”. A seguir, temos o exemplo de um código CNC, utilizado para realizar a usinagem de canais. Na primeira linha, temos um número que vem depois da letra “O”: é o número do programa (até quatro dígitos). A letra “N” é o número de sequência da linha de 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUd… 31/38 programação; a letra “G” são as funções preparatórias para usinagem da peça; a letra “M” indica as funções miscelâneas (auxiliares); as letras “X”, “Y” e “Z” indicam o posicionamento dos eixos da máquina; a letra “F” indica a ferramenta que vai ser utilizada; a letra “R” é o ponto de referência da máquina; a letra “S” é a velocidade de rotação; a letra “Q” são os passos em ciclos �xos; e a letra “P” é ação de um incremento de corte. O6102 (Exemplo de ciclo de múltiplos canais – G75) N05 G21; N10 G28; N15 M06 T03; N20 G97 M03 S400 G99 M08; N25 G00 X42 Z-17; (X42 Z-17 – Coordenadas de aproximação para o primeiro canal) N30 G75 R1; (G75 – Ciclo de canais.) (R1 – Quebra de cavaco) N35 G75 X30 Z-50 P2000 Q11000 R0 F0.15; (X21 e Z-15.5 – Coordenadas finais para o canal.) (P2000 – Incremento de corte.) (Q11000 – Passo de corte.) (R0 – Sem recuo da ferramenta em Z para reposicionar.) (F0.15 – Avanço da ferramenta durante o ciclo.) N40 G00 X50 Z50; (Movimento e coordenadas para afastar a ferramenta.) N45 G28 M05 M09; N50 M30; 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUd… 32/38 O ciclo G75 é o mais recomendado na execução de múltiplos canais com espaços homogêneos, quando a(s) ferramenta(s) tem(têm) a mesma largura do canal, pois os canais serão realizados de forma simples. Porém, nesse caso, o valor de “R”, no segundo bloco, deve ser zero. praticar Vamos Praticar Imagine que você foi contratado por uma empresa metalúrgica para ser o programador CNC. No seu primeiro trabalho prático, o seu superior solicitou que você criasse o código CNC de uma peça que seria realizada em uma máquina de torneamento. Para o trabalho, ele entregou a você o seguinte desenho: 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUd… 33/38 Figura - Peça com cotas e dimensões Fonte: Casarini (2018, p. 79). #PraCegoVer: a �gura apresenta uma peça com suas cotas e dimensões. Na parte superior direita, nota-se a letra “X+” na ponta de uma seta vertical. Retornando, mais à direita, temos uma seta localizada no segundo quadrante, com o valor 180, além de uma paralela à esquerda, com o valor 160. Em toda a esquerda, há uma seta vertical com o valor 140. Todas as setas verticais se iniciam no centro da peça, em um eixo horizontal descrito por uma linha que possui, em sua ponta, do lado esquerdo, a letra “Z”. Na extremidade inferior da peça, do lado esquerdo para o lado direito, existem várias cotas, com os seguintes valores: 30, 50, 90, 130, 150 e 170. Você sabe o valor do eixo X (diâmetro) e que sua trajetória se desenvolve do Z maior, ou seja, “170”, para o Z menor, que é “30”. A ferramenta se desloca e termina um ciclo em X=200, Z=30. Dessa forma, escreva um programa em CNC para a criação dessa peça. 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUd… 34/38 Material Complementar F I L M E Robôs Ano: 2005 Comentário: O �lme apresenta a história de um robô que é inventor de máquinas. Jovem e idealista, ele viaja para conhecer seu grande ídolo, o Grande Soldador. Na história, ele enfrenta situações que podem colocar em risco a própria existência dos robôs. Isso vem bem ao encontro do que estamos estudando: o robô inventor é o início da programação CNC; o Grande Soldador representa a evolução do CNC; e os enferrujados são os equipamentos antigos das indústrias que estão sendo substituídos. Para saber mais, assista ao trailer do �lme: TRA I LER 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUd… 35/38 L I V R O Manufatura Mecânica: Usinagem Editora: Educacional S.A Autor: Samuel José Casarini ISBN: 978-85-522-0737-5 Comentário: O livro ajuda a compreender melhor os processos de usinagem, bem como suas etapas. Além disso, permite que você consiga realizar procedimentos básicos, ou seja, a programação e as funções de um centro de usinagem CNC. 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUd… 36/38 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUd… 37/38 Conclusão Caro(a) estudante, foi possível concluir, durante o estudo, que a evolução tecnológica permitiu a criação dos equipamentos CNC, um avanço signi�cativo para os processos de usinagem, que se tornaram mais rápidos e seguros, uma vez que os computadores auxiliam muito para que as peças atinjam altos níveis de qualidade. Dessa forma, nos centros de usinagem CNC, você consegue criar peças mais complexas, com melhor acabamento, e isso vem melhorando a cada dia. No futuro, poderemos utilizar a inteligência arti�cial nos processos de manufatura (já em desenvolvimento). Referências AGOSTINHO, O. L. Sistemas de manufatura.São Carlos: EESC/USP, 2018. Disponível em: http://www.livrosabertos.sibi.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/book/2 Acesso em: 5 set. 2021. AZEVEDO, D. de. Linguagem de programação CNC: torno e centro de usinagem. 1. ed. Mogi das Cruzes, 2019. CASARINI, S. J. Manufatura mecânica: usinagem. Londrina: Educacional S.A., 2018. FILME Robôs. [S. l.: s. n.], 2018. 1 vídeo (2 min). Publicado pelo canal Claro Vídeo Brasil. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=R4USssKofw8. Acesso em: 23 set. 2021. FITZPATRICK, M. Introdução à usinagem com CNC. 1. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788580552522. Acesso em: 23 set. 2021. http://www.livrosabertos.sibi.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/book/256 https://www.youtube.com/watch?v=R4USssKofw8 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788580552522 30/09/2023, 00:09 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=LO25aVGi4DdYAwXtOvliNA%3d%3d&l=WTGJXephpl2cP3J6e4b2JA%3d%3d&lc=AdUd… 38/38 MACHADO, A. R. et al. Teoria da usinagem dos materiais. São Paulo: Blucher, 2009. RELVAS, C. Controlo numérico computorizado: conceitos fundamentais. 4. ed. Porto: Quântica, 2018. SILVA, S. D da. Processos de programação, preparação e operação de torno CNC. São Paulo: Érica, 2015. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788536520056. Acesso em: 23 set. 2021. VELOCIDADE de corte e RPM no torno. [S. l.: s. n.], 2018. 1 vídeo (13 min). Publicado pelo canal Ângelo Breda - Pelet. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=t-8Ti0t2O- 4&t=628s. Acesso em: 23 set. 2021. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788536520056 https://www.youtube.com/watch?v=t-8Ti0t2O-4&t=628s https://www.youtube.com/watch?v=t-8Ti0t2O-4&t=628s
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