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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ 
GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA 
DISCIPLINA DE TÉCNICAS E TEORIAS PSICOTERÁPICA 
 
 
 
 
ALLINE NATHIELE ALVES DE LIMA 
ANDREYNNA CELINA SOARES DE AMORIM 
DÉBORA ASSIS DOS SANTOS 
ELIDY LAYS DA CONCEIÇÃO SIMÃO 
LAYLA KAMILA SANTOS GALDINO 
REBECCA OLIVEIRA DE CARVALHO 
RENATA SANTOS SILVA 
THIAGO GOMES AZEVEDO 
WANESSA ESTHER INÁCIO DOS SANTOS LIMA 
 
 
 
PROJETO DE EXTENSÂO: RESSOCIALIZAÇÃO DE MULHERES EM SITUAÇÃO DE 
VULNERABILIDADE E OS DESAFIOS ENCONTRADOS NA PROMOÇÃO DE EMOÇÕES 
POSITIVAS NO ÂMBITO AFETIVO, SOCIAL E ECONÔMICO. 
 
 
 
Relatório de Disciplina 
 
 
 
Maceió 
2023 
ALLINE NATHIELE ALVES DE LIMA 
ANDREYNNA CELINA SOARES DE AMORIM 
DÉBORA ASSIS DOS SANTOS 
ELIDY LAYS DA CONCEIÇÃO SIMÃO 
LAYLA KAMILA SANTOS GALDINO 
REBECCA OLIVEIRA DE CARVALHO 
RENATA SANTOS SILVA 
THIAGO GOMES AZEVEDO 
WANESSA ESTHER INÁCIO DOS SANTOS LIMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO DE EXTENSÂO: RESSOCIALIZAÇÃO DE MULHERES EM SITUAÇÃO DE 
VULNERABILIDADE E OS DESAFIOS ENCONTRADOS NA PROMOÇÃO DE EMOÇÕES 
POSITIVAS NO ÂMBITO AFETIVO, SOCIAL E ECONÔMICO. 
 
 
 
 
 
Relatório de Projeto de Extensão apresentado 
ao curso de Psicologia, como parte dos requi- 
sitos necessários à obtenção de nota para 
conclusão da disciplina Técnicas e Teorias 
Psicoterapicas. 
 
Orientadora: Yana Santana 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maceió 
2023 
RESUMO 
 
Este estudo de cunho descritivo e caráter exploratório trata-se de um projeto de 
extensão que busca analisar a ressocialização de mulheres em situação de vulnerabilidade 
e os desafios encontrados na promoção de emoções positivas no âmbito afetivo, social 
e econômico. Este trabalho tem como objetivo explorar as diferentes formas de violência 
enfrentadas pelas mulheres e compreender o impacto desta violência no seu bem-estar 
mental e emocional. Serão abordados temas como trauma, estresse pós-traumático, ansie- 
dade e depressão. Além disso, serão discutidas as barreiras que as mulheres enfrentam ao 
procurar ajuda, como medo, estigma e falta de recursos. Será dada ênfase aos serviços 
de apoio às mulheres vítimas de violência, como abrigos, linhas diretas e aconselhamento. 
Abordagens individuais e sociais para prevenção e intervenção que podem ajudar a reduzir 
a vulnerabilidade das mulheres à violência também serão exploradas. Este trabalho dará 
voz às mulheres que são vítimas e resistem à violência, compartilhando suas histórias, 
perspectivas e experiências com o intuito de promover a conscientização. 
 
Palavras-chave: Vunerabilidade. Violência. Mulheres. Afetivo. Social. Econômico. 
ABSTRACT 
 
 
This descriptive and exploratory study is an extension project that seeks to analyze 
the resocialization of women in vulnerable situations and the challenges encountered in 
promoting positive emotions in the affective, social, and economic spheres. This work aims 
to explore the different forms of violence faced by women and to understand the impact of 
this violence on their mental and emotional well-being. Topics such as trauma, post-traumatic 
stress, anxiety, and depression will be addressed. In addition, the barriers women face when 
seeking help, such as fear, stigma, and lack of resources, will be discussed. Emphasis will 
be placed on support services for women victims of violence, such as shelters, hotlines, 
and counseling. Individual and social approaches to prevention and intervention that can 
help reduce women’s vulnerability to violence will also be explored. This work will give voice 
to women who are victims and resist violence, sharing their stories, perspectives, and 
experiences in order to promote awareness. 
 
Keywords: Vunerability. Violence. Women. Affective. Social. Economic. 
SUMÁRIO 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 
2 JUSTIFICATIVA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 
 
3 OBJETIVO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 
 
4 TEORIA COGNITIVA DE AARON T. BECK . . . . . . . . . . . . . . . . 11 
 
5 METODOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 
 
6 RESULTADOS ESPERADOS E OBTIDOS . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 
 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 
 
8 REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 
 
6 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Nos últimos anos, a questão da ressocialização de mulheres em situação de vul- 
nerabilidade tem recebido atenção e importância crescentes. Mulheres com dificuldades 
sociais, emocionais e econômicas encontram-se em um contexto complexo, frequentemente 
encontram-se em ciclos de marginalização e exclusão, o que pode dificultar sua reintegração 
plena na sociedade. A ressocialização, nesse contexto, visa proporcionar às mulheres as 
ferramentas necessárias para a reconstrução de suas vidas, promovendo um ambiente afe- 
tivo, social e econômico saudável. Nessa circunstância, a promoção de emoções positivas 
desempenha um papel crucial na ressocialização, possibilitando que possam reconstruir 
suas vidas e alcançar uma realidade mais saudável e satisfatória. 
A ressocialização de mulheres em situação de vulnerabilidade requer uma aborda- 
gem multifacetada que aborde os desafios que elas enfrentam não apenas em relação à 
sua trajetória criminal por exemplo, mas também no âmbito emocional, social e econômico. 
Deve-se reconhecer que a vulnerabilidade dessas mulheres inúmeras vezes decorre de ante- 
cedentes de violência, abuso, pobreza e falta de oportunidades, o que pode afetar de forma 
negativa sua saúde mental, independência financeira, autoestima, relações interpessoais e 
perspectivas de futuro. 
Entretanto, deve-se reconhecer que promover emoções positivas nestes contextos 
do processo de ressocialização é um desafio complexo, muitos obstáculos podem dificultar 
esse processo, como o estigma social associado à criminalidade, a escassez de recursos e 
oportunidades, bem como as próprias dificuldades emocionais enfrentadas pelas mulheres. 
Todavia, a superação desses estigmas, a construção de relacionamentos afetivos saudáveis, 
o fortalecimento da rede de apoio social e a conquista da liberdade e autonomia financeira 
são pontos essenciais para o sucesso da reinserção dessas mulheres na sociedade. 
Segundo Yunes e Szymanski, vulnerabilidade refere-se aos indivíduos e as suas 
suscetibilidades ou predisposições a respostas ou consequências negativas. (R. 
Janczura, 2012.) 
 
 
As múltiplas formas de violência contra as mulheres estão baseadas ainda em 
sistemas de desigualdades que se retroalimentam, sobretudo em relação às 
questões de gênero, de desigualdades que se retroalimentam, sobretudo em 
relação às questões de gênero, raça, etnia, classe, orientação sexual e identidade 
de gênero. (Marai Larasi, Coalizão de Combate à Violência contra Mulheres). 
Levando-se em consideração discursões sobre a criação de novas leis mais rígidas 
para a proteção das mulheres e de seus direitos, ou alterações nas já existentes, como por 
exemplo o PL 85/2023 prevê que, se o estupro for cometido em hospital com abuso de poder 
ou confiança, a punição será 50% maior do que prevê a legislação atual. (Fonte: Agência 
Senado, 2023), a violência contra as mulheres tem sido uma persistente preocupação em 
diversas sociedades ao redor do mundo. 
O conceito de violência contra as mulheres, adotado pela Política Nacional, 
fundamenta-se na definição da Convenção de Belém do Pará (1994), segundo 
Capítulo 1. Introdução 7 
 
 
 
 
a qual a violência contra a mulher constitui “qualquer ação ou conduta, baseada 
no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à 
mulher, tanto no âmbito público como no privado” (Art. 1°).A definição é, portanto, 
ampla e abarca diferentes formas de violência contra as mulheres, tais como: 
1) A violência doméstica ou em qualquer outra relação interpessoal, em que o 
agressor conviva ou haja convivido no mesmo domicílio que a mulher e que com- 
preende, entre outras, as violências física, psicológica, sexual, moral e patrimonial 
(Lei 11.340/2006); 
2) A violência ocorrida na comunidade e seja perpetrada por qualquer pessoa e 
que compreende, entre outros, violação, abuso sexual, tortura, tráfico de mulheres, 
prostituição forçada, sequestro e assédio sexual no lugar de trabalho, bem como 
em instituições educacionais, estabelecimentos de saúde ou qualquer outro lugar; 
3) A violência perpetrada ou tolerada pelo Estado ou seus agentes, onde quer que 
ocorra (violência institucional). (Política Nacional de Enfrentamento à Violência 
contra as Mulheres, Presidência da República, Secretaria Especial de Políticas 
para as Mulheres) 
Essa violência está frequentemente implantada na desigualdade de gênero, normas 
sociais, culturais e sistemas que se perpetuam de forma a discriminar e oprimir as mulheres. 
A predisposição das mulheres à violência refere-se às condições estruturais, institu- 
cionais e culturais que aumentam o risco de violência contra as mulheres e frustrando seu 
acesso à justiça. Condições essas que englobam uma ampla gama de áreas, incluindo o 
sistema jurídico, políticas governamentais, serviços de apoio e conscientização social. 
Estão previstos cinco tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher na 
Lei Maria da Penha: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial Capítulo II, 
art. 7º, incisos I, II, III, IV e V. (PENHA, Maria da. Sobrevivi. . . posso contar. 2. ed. 
Fortaleza: Armazém da Cultura, 2012). 
Esses atos decorrem de diversas formas, como violência financeira, que se trata 
de quando o outro retém de alguma forma os cartões e dinheiro da vítima por crer que é 
seu dono e portanto seu administrador financeiro; violência patrimonial, quando o agressor 
quebra itens pertencentes a vítima; agressão sexual, como o estupro; exploração, como 
trabalho forçado, seja de natureza sexual ou não; e assédio. Essas práticas não só cau- 
sam danos físicos e psicológicos, mas também impactam negativamente a participação 
dessas mulheres na sociedade, restringindo suas oportunidades de emprego, educação, 
participação política e desenvolvimento pessoal. 
Este trabalho pretende explorar os desafios enfrentados na promoção de emoções 
positivas no âmbito emocional, social e econômico no processo de ressocialização de 
mulheres em situação de vulnerabilidade. 
Com uma melhor compreensão acerca das complexidades envolvidas na ressociali- 
zação de mulheres em situações de vulnerabilidade e as barreiras enfrentadas na promoção 
de emoções positivas nas esferas afetiva, social e econômica, pode-se desenvolver solu- 
ções mais eficientes e inclusivas, de forma a proporcionar a essas mulheres oportunidades 
reais de uma reintegração plena na sociedade. 
8 
 
 
2 JUSTIFICATIVA 
 
A violência é um fenômeno complexo que trata de questões antigas, que tem acom- 
panhado a história da humanidade através de diversas facetas. Esse fenômeno, em alguma 
medida, manifesta-se ao nosso redor, dia a dia, seja no trabalho, na rua nos lugares de lazer 
desde nossos primeiros passos enquanto seres humanos. Esta pesquisa contribui numa 
esfera abrangente e de grande importância para a psicologia. Trata de como a violência 
sexual, física, moral e psicológica é um tema atualmente em evidência no meio ao qual 
estamos inseridos e como a psicologia trabalha para atender as necessidades destas mulheres 
em situação de Vulnerabilidade à violência. 
A violência é um fenômeno complexo. Não é possível ser simplista, utilizando-se 
justificativas de causa e efeito para um evento que trata de questões sociais e históricas. Ao 
falar de violência, seja ela da natureza que for, trata-se de uma relação, além da de vítima 
e agressor ou vítima e culpado, mas que aborda diversos eventos, que se entrelaçam e 
constituem uma rede que não irá se desfazer simplesmente ao puxar do primeiro fio. Para 
atender esta demanda relacionadas aos tipos de violência contra a mulher, infelizmente 
grande, foi criada a lei 11.340/06, a Lei Maria da Penha, que busca dar voz às mulheres 
vítimas de violência doméstica. Esta lei tipifica os tipos de violência contra a mulher no seu 
Art. 7o como: 
I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade 
ou saúde corporal; 
II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano 
emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno 
desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, 
crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipula- 
ção, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, 
violação de sua intimidade, ridicularização, exploração e limitação do direito de 
ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à 
autodeterminação; (Redação dada pela Lei nº 13.772, de 2018) 
III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a 
presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante 
intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou 
a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer 
método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à 
prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite 
ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos; 
IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure 
retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de 
trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, 
incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades; 
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, 
difamação ou injúria. (Lei Maria da Penha. Artigo 7 da Lei nº 11.340 de 07 de 
Agosto de 2006. JusBrasil.) 
 
 
Não há condição de gênero que determina a existência desse tipo de violência, 
mais frequentemente, no espaço socialmente estabelecido para as mulheres: o 
Capítulo 2. Justificativa 9 
 
 
 
 
espaço privado, a família, o domicílio. Nesse caso, o agressor deixa de ser um 
estranho e passa a ser alguém com quem a mulher tem alguma ligação afetiva: 
parceiro, pai, padrasto ou outro familiar (Giffin, 1994), sendo que parceiros ou 
ex-parceiros são os autores da violência em aproximadamente 70% das denúncias 
registradas nas Delegacias de Defesa da Mulher (DDM) (D’Oliveira e Schraiber, 
2000). 
Entretanto A psicologia trabalha em diversos serviços que atendem diretamente 
as mulheres em situação de violência, geralmente compostos por equipe multidisciplinar, 
como Centros de Referências da Mulher, CRAS, CREAS, Unidades de Saúde, hospitais, 
Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e DEAMs. O Conselho Federal 
de Psicologia (CFP) em 2016, por meio da nota técnica de orientação profissional, reiterou 
o compromisso social e ético da profissão, prevendo a quebra do sigilo em casos de 
VCM considerados graves, a notificação compulsória e a comunicação externa para os 
órgãos de proteção às mulheres (CFP, 2016). Nesse contexto, é importante a oferta de 
espaço de acolhimento e escuta qualificada, tanto para as mulheres quanto para os autores 
da agressão (CFP, 2013). A problemática demanda que a Psicologia repense práticas e 
intervenções, buscando analisar o conceito de gênero como constructo social e aliando os 
conhecimentos psicológicos às perspectivas sócio-históricas. 
Partindo desses aspectos, o estudo investigou as experiências de mulheres neste 
âmbito público de enfrentamento à violência contra mulheres âmbitoda saúde, assistência 
social, segurança e justiça. Buscando compreender o conceito das experiencias sofridas 
com relação ao contexto cultural, politico e histórico no meio o qual estão inseridos. 
10 
 
 
3 OBJETIVO 
 
Explorar as várias formas de violência às quais as mulheres estão expostas, incluindo 
violência doméstica, abuso sexual, assédio e violência no ambiente de trabalho, compre- 
endendo como a violência afeta a saúde mental e emocional das mulheres, explorando 
questões como trauma, estresse pós-traumático, ansiedade e depressão. Discutindo os 
obstáculos que as mulheres enfrentam ao buscar ajuda, como medo, estigma e falta de 
recursos, enfatizando os serviços de apoio disponíveis para mulheres vítimas de violência, 
como abrigos, linhas diretas de apoio e serviços de aconselhamento psicológico. 
Examinar métodos de prevenção e intervenção, tanto individuais quanto sociais, que 
podem ajudar a diminuir a vulnerabilidade programática das mulheres à violência. promo- 
vendo a solidariedade e o apoio mútuo entre elas, promovendo redes de empoderamento e 
suporte explorando as várias formas de violência. 
Dar voz às mulheres que vivenciaram vulnerabilidade e àquelas que estão lutando 
para combater essa violência, compartilhando suas histórias, perspectivas e experiências e 
promovendo a conscientização sobre a sua importância do apoio da sociedade em geral na 
luta contra a violência, incentivando a adoção de uma postura ativa e de solidariedade para 
com as mulheres em situação de vulnerabilidade. Concluir a entrevista e palestra fornecendo 
informações e recursos para aqueles que desejam aprender mais sobre a vulnerabilidade 
das mulheres e se engajar na promoção da igualdade de gênero e no combate à violência. 
11 
 
 
4 Teoria Cognitiva de Aaron T.Beck 
 
A terapia cognitiva baseia-se na hipótese de que a percepção que as pessoas têm 
dos eventos influencia emoções e comportamentos (Beck, 1997). Portanto, nesta teoria, 
o principal foco de estudo é o pensamento. Beck (1997) propõe três níveis cognitivos: um 
primeiro nível superficial que é composto de pensamentos automáticos, que são aqueles que 
aparecem mais frequentemente e brevemente, um segundo nível de crenças intermediárias 
que são formadas por atitudes, regras e suposições, e um terceiro nível mais rígido de 
crenças centrais que são globais e supergeneralizadas. 
As crenças centrais surgem desde os primeiros estágios do desenvolvimento hu- 
mano e são resultados da interação com o mundo e com as outras pessoas. Crenças 
centrais influenciam a formação de crenças intermediárias subsequentes e ambas produ- 
zem pensamentos automáticos relacionados. 
Nesse referencial teórico, durante o desenvolvimento formam-se padrões de inter- 
pretações relativamente estáveis e organizados que são chamados de esquemas. 
Estes ajudam a pessoa a selecionar estímulos relevantes do ambiente e associar 
com dados armazenados na memória para que facilite a interpretação. Os esque- 
mas estão prontos para lidar com situações regulares e também podem funcionar 
como estados de ativação cognitiva que ocorrem quando um indivíduo se prepara 
para lidar com alguma situação específica. Neste último caso, chama-se estado 
de prontidão cognitiva. Caso este estado persista, mesmo com alteração de esti- 
mulação, em outras situações, significa que um modo está ativado. Como em um 
ciclo, sempre que este modo for ativado, os esquemas e os estados de prontidão 
cognitiva correspondentes também serão e assim os pensamentos automáticos 
serão disparados (Rangé, 2001; Beck, 1997). 
As crenças centrais são compostas de entendimentos profundos e fundamentais, 
podendo também ser chamadas de —nucleares. Estas são as mais difíceis de serem 
modificadas, pois vão sendo constituídas desde as primeiras relações com o mundo durante 
a infância e assim tornam-se o principal foco da terapia cognitiva, já que o objetivo desta é 
entender o modo como as pessoas interpretam as situações e como se sentem. A partir 
da interação com o ambiente e com os outros, as pessoas formam crenças que variam 
em precisão e funcionalidade. Por mais que seja difícil modificar crenças centrais, pode-se 
iniciar com a identificação dos pensamentos automático para posteriormente trabalhar a 
modificação de crenças intermediárias e nucleares.A modificação de crenças nucleares dis- 
funcionais permite que os pacientes se tornem menos propensos a apresentarem recaídas 
nas situações futuras (Beck, 1997). 
É fundamental a compreensão das crenças centrais para o entendimento do que 
está no núcleo da cognição do agressor, e deste modo possibilitar o desenvolvi- 
mento de programas preventivos tanto com o agressor, quanto com crianças que 
costumam presenciar cenas de violência dentro da própria família, pois veremos 
mais adiante que este é considerado um fator de risco para a violência conjugal 
futura. A intervenção precoce favorece a modificação de padrões cognitivos dis- 
funcionais. Para os agressores, aprender a identificar os sinais que antecedem 
o comportamento violento pode fazê-los evitar a concretização do ato, se estiver 
claro o núcleo de sua atitude. ( Lantyer. A., As crenças envolvidas na agressão do 
homem à parceira de ordem íntima.) 
Capítulo 4. Teoria Cognitiva de Aaron TBeck 12 
 
 
 
 
As crenças intermediárias surgem a partir da tentativa de dar sentido ao nosso 
ambiente, sendo mais enraizadas do que o pensamento automático e também responsáveis 
diretas por eles. 
Os pensamentos automáticos não são necessariamente conscientes, é mais comum 
que a pessoa tenha consciência da emoção decorrente deles, como ansiedade, tristeza, 
raiva, porém podem tornar-se conscientes a partir do processo terapêutico. Ao descobrir 
as crenças subjacentes relacionadas, os pensamentos automáticos podem ser previstos. 
O objetivo da terapia cognitiva é identificar os pensamentos automáticos disfuncionais 
(distorcem a realidade, causam muito sofrimento ou interferem em alguma capacidade do 
paciente) que são quase sempre de conteúdo negativista (Beck, 1997). 
Cabe um exemplo prático sobre o modelo cognitivo: uma pessoa pode ter como 
crença central: 
—Sou incapaz de ser amado. 
Essa crença pode levar a crenças intermediárias tais como: 
—Se eu deixar minha esposa sair de casa, ela irá encontrará outro homem 
—Devo controlá-la de perto, pois ela sempre será minha. 
Deste modo, pensamentos automáticos que podem surgir estão relacionados à 
possibilidade de ser traído ou abandonado pela esposa, como quando a esposa atende ao 
telefone: 
—Ela só pode estar com outro 
Ou quando a mesma chega atrasada do trabalho: 
—Certamente ela me traiu. 
Outras pessoas teriam pensamentos diferentes, portanto podemos observar como 
a crença central interfere no modo do indivíduo estruturar a realidade. Neste caso, ele se 
sente desconfiado e com raiva favorecendo a emergência de comportamentos agressivos 
direcionados a parceira íntima. 
Ainda mais difícil pode ser modificar esses padrões cognitivos que foram formados 
desde a infância e reforçados até a idade adulta. Para que isso aconteça é necessária uma 
boa aliança terapêutica, motivação do paciente, principalmente fora do contexto terapêutico, 
e que os problemas sejam facilmente identificáveis pelo paciente. 
13 
 
 
5 Metodologia 
 
A pesquisa foi conduzida de forma qualitativa, por meio de questionário. A violência 
contra a mulher é um dos problemas mais urgentes e persistentes da nossa sociedade. 
Apesar dos avanços significativos em busca da igualdade de gênero, mulheres em todo o 
mundo ainda enfrentam diferentes formas de violência e uma delas é a violência doméstica. 
O trabalho foi realizado na Casa Betânia, localizada no bairro do Benedito Bentes, 
em Maceió, dando destaque às falas das mulheres, que foram essenciais para o desenvol- 
vimento deste projeto. Foram realizadas entrevistas individuais com mulheres vítimas de 
violência, e que seencontravam em situações de vunerabilidade ecônomica e emocional. 
Na primeira etapa ocorrida no dia 08/05/2023 fora realizada uma visita em grupo 
à instituição, buscando ouvir as experiências das mulheres presentes e as barreiras que 
enfrentam ao buscar ajuda, proteção e abrigo. Foi feita uma breve explicação sobre o 
propósito da presença de grupo, seguida da aplicação de um questionário, no qual haviam 
perguntas com intuito de coletar informações pessoais, como idade, situação do local que 
moram, quantidade de filhos, nivel de escolaridade e se algum familiar as ajudava de alguma 
forma. A psicóloga responsável foi informada sobre o questionário e sua finalidade, porém 
não esteve presente durante as entrevistas. O grupo foi encaminhado para o refeitório, onde 
as vinte e seis mulheres residentes estavam reunidas para a conversa. Todas as mulheres 
presentes na instituição naquele momento participaram. 
O grupo iniciou a interação explicando o motivo da visita e, em seguida, o questionário 
foi explicado e aplicado. Ofereceu-se ajuda para que as mulheres pudessem ler e responder 
às perguntas. Durante a visita, e até mesmo após a saída do grupo, algumas mulheres 
insistiram em marcar suas folhas, como forma de se sentirem integralmente participantes do 
projeto. Vale ressaltar que algumas mulheres inicialmente se recusaram a participar, 
enquanto outras estavam relutantes, mas no final acabaram se aproximando e preenchendo 
o questionário. 
Após a conclusão, as folhas foram recolhidas, o grupo agradeceu pela presença e se 
despediu. Fora feita uma promessa de retorno no decorrer dos próximos dias, e observou-se 
que as mulheres demonstraram entusiasmo com o retorno, mesmo as que inicialmente 
estavam relutantes em participar. A psicóloga orientou que as pastas das mulheres fossem 
preenchidas com a data da visita e uma descrição do que foi realizado, a fim de manter um 
registro adequado. 
No dia 15/06/2023, ocorreu a segunda visita, na qual foi realizada uma dinâmica 
denominada Escolha e resolução de labirintos. O objetivo dessa atividade era promover 
uma reflexão sobre a fluidez da vida e como as pessoas tendem a ficar paralisadas ao se 
limitarem a uma única alternativa, quando, na verdade, existem inúmeras possibilidades. Os 
materiais utilizados foram papel e lápis de cor. 
Um dos integrantes do grupo iniciou a dinâmica distribuindo duas folhas A4, cada 
Capítulo 5. Metodologia 14 
 
 
 
 
uma contendo um tipo de labirinto. Em um dos labirintos, havia apenas uma saída, enquanto 
o outro apresentava várias saídas. Todas as mulheres tiveram a oportunidade de resolver 
o labirinto de sua escolha, independentemente da opção feita. Aquelas que escolheram 
o labirinto 1 foram questionadas sobre os motivos que as levaram a tomar essa decisão, 
sendo estimuladas pelo membro do grupo a refletir sobre sua escolha. Em seguida, todas 
as mulheres que escolheram o labirinto 1 foram posicionadas em uma fila e receberam o 
mesmo brinde como recompensa. 
Posteriormente, foi a vez das mulheres que optaram pelo labirinto 2. O integrante do 
grupo distribuiu três fichas para cada participante. Cada mulher escolheu uma ficha e 
informou ao integrante o número da ficha selecionada. Cada ficha representava um brinde 
diferente, que foi entregue à participante correspondente. 
Após a dinâmica, foi realizada uma roda de conversa com o objetivo de conscientizar 
sobre a violência contra a mulher e discutir como essa problemática afeta suas vidas 
sociais e financeiras. Perguntas foram feitas para estimular uma troca de experiências 
sobre o assunto, tornando a discussão mais dinâmica e buscando encorajar as mulheres a 
compartilharem suas próprias situações de violência. Algumas delas contaram um pouco 
de suas histórias, explicaram o motivo pelo qual buscaram acolhimento na instituição e 
compartilharam seus planos para o futuro ao sair do local. 
15 
 
 
6 Resultados Esperados e obtidos 
 
O projeto desenvolvido na Casa Betânia, voltado para mulheres em situação de 
vulnerabilidade, desempenha um papel fundamental ao abordar temas como escolhas e 
violência contra a mulher. Essas questões têm um impacto profundo na vida das mulheres 
e na sociedade como um todo, e é por isso que a intervenção psicológica nesse contexto é 
de extrema importância. 
O tema das escolhas é central, pois muitas vezes as mulheres em situação de 
vulnerabilidade se veem diante de opções limitadas e difíceis, em algumas situações 
acreditam não ter saída. Através do questionamento e reflexão sobre suas escolhas, a 
intervenção possibilita que essas mulheres adquiram uma compreensão mais ampla de 
suas decisões. 
Em uma roda de conversa, foram abordados dados e recursos relacionados à violência 
contra a mulher, discussão do tema e estratégias de prevenção. Como resultado, observou-
se um aumento na conscientização das mulheres sobre a importância de escolhas reflexivas, 
o desenvolvimento do pensamento crítico, uma maior compreensão dos diferentes tipos de 
violência, além do fortalecimento do empoderamento pessoal. 
Os impactos sociais dessas intervenções são significativas. Ao promover o empo- 
deramento pessoal e o desenvolvimento de habilidades, o projeto ajuda as mulheres a 
romperem o ciclo da violência e a tomar decisões que melhorem sua qualidade de vida. 
Além disso, a conscientização gerada pela roda de conversa e a disseminação de infor- 
mações sobre violência contra a mulher contribuem para a transformação de atitudes e a 
construção de uma sociedade mais justa e igualitária. 
Em suma, o projeto desenvolvido na Casa Betânia desempenha um papel vital 
na promoção do empoderamento e na conscientização sobre violência de gênero. Na 
importância das escolhas como indivíduo, e como cada uma delas refletem em suas vidas. Ao 
abordar os temas, se destaca a importância do trabalho do psicólogo nesse ambiente. 
 
1) Resultados esperados: 
 
Objetivo 1: Promover reflexão sobre o tema “Escolhas” entre as mulheres em situação 
de vulnerabilidade. 
Objetivo 2: Estimular o desenvolvimento do pensamento crítico e a capacidade de 
fazer escolhas e perceber diferentes caminhos. 
Objetivo 3: Fornecer informações sobre violência contra a mulher e discutir formas 
de prevenção. 
Capítulo 6. Resultados Esperados e obtidos 16 
 
 
 
 
2) Atividades realizadas 
 
Visita 1: Aplicação de questionário sobre o tema “Escolhas” às mulheres na Casa 
Betânia. Coleta de suas perspectivas, experiências e opiniões em relação ao tema. 
Visita 2: Dinâmica do labirinto, na qual as mulheres tiveram que escolher entre o 
caminho mais fácil e o mais difícil, onde lidavam com diferentes resultados. Discussão sobre 
as implicações de cada escolha. 
Roda de conversa focada na violência contra a mulher. Compartilhamento de infor- 
mações, estatísticas e recursos relacionados ao tema. Enfatizando sobre as escolhas a serem 
tomadas, o encorajamento do empoderamento pessoal e discussão de estratégias de 
prevenção. 
 
3) Resultados obtidos 
 
Resultado 1: As mulheres demonstraram maior consciência sobre a importância e 
consequências sobre suas escolhas, reconhecendo que nem sempre a opção mais fácil é a 
melhor. 
Resultado 2: Foi observado um aumento na participação ativa das mulheres nas 
discussões, indicando um desenvolvimento do pensamento crítico e uma maior confiança 
em expressar suas opiniões. 
Resultado 3: As mulheres relataram um aumento na compreensão dos diferentes 
tipos de violência contra a mulher e dos recursos disponíveis para buscar ajuda e apoio. 
Resultado 4: Foi observado um fortalecimento do empoderamento pessoal, com 
algumas mulheres expressando a intenção de refletir melhor sobre suas decisões, afim de 
uma melhor qualidade de vida. 
17 
 
 
7 Considerações finais 
 
A ressocialização das mulheres vítimas de violência é algo imperativo para a comu- 
nidade, como forma de ajudá-las a se recuperarem dos extensos danosfísicos, emocionais 
e financeiros infligidos. Um lembrete comovente de que a violência de gênero não ape- 
nas deixa marcas de danos físicos, mas também inflige profundas feridas emocionais e 
financeiras. 
Mulheres vítimas de violência lidam com uma série de emoções, incluindo medo, 
raiva, vergonha e culpa. A provação que eles suportam pode desencadear condições 
psicológicas como depressão, ansiedade e TEPT, impactando significativamente seu bem- 
estar mental e padrões de vida. Para ajudar essas mulheres a restaurar sua estabilidade 
emocional, é vital iniciar um programa de ressocialização que envolva aconselhamento, 
terapia e suporte emocional. Essa estrutura pode ajudar a reconstruir sua confiança, saúde 
emocional e autoestima. 
Vítimas femininas de violência enfrentam devastação financeira à medida que são 
privadas de suas fontes de renda e muitas vezes enfrentam desemprego devido a ferimentos. 
A dependência financeira dos agressores e a perda de bens e moradia podem levar à 
insegurança econômica e até mesmo à falta de abrigo e alimentação. A ressocialização 
busca combater essas consequências, fornecendo treinamento profissional, assistência na 
busca de emprego e apoio para o estabelecimento de pequenos negócios, capacitando 
as mulheres a conquistarem a independência financeira e a reconstruírem suas vidas. Em 
última análise, a ressocialização é um processo complexo e integrado que reconhece as 
dificuldades das experiências das vítimas de violência. É necessário um esforço conjunto 
da sociedade, governos, organizações não governamentais e profissionais da área para 
fornecer apoio adequado, serviços de qualidade e políticas eficazes. 
Pôde-se considerar que o projeto contribuiu para a conscientização não só para 
mulheres em situação de vulnerabilidade, mas para todas as mulheres presentes na Casa 
Betânia. Acreditamos ainda na importância da instituição continuar conscientizando essas 
mulheres que lá residem, para que consigam concluir com exatidão esse processo de 
ressocialização. 
18 
 
 
8 Referências 
 
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Capítulo 8. Referências 19 
 
 
 
 
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http://www.scielo.br/
	ALLINE NATHIELE ALVES DE LIMA ANDREYNNA CELINA SOARES DE AMORIM DÉBORA ASSIS DOS SANTOS
	THIAGO GOMES AZEVEDO WANESSA ESTHER INÁCIO DOS SANTOS LIMA
	Relatório de Disciplina
	ALLINE NATHIELE ALVES DE LIMA ANDREYNNA CELINA SOARES DE AMORIM DÉBORA ASSIS DOS SANTOS
	THIAGO GOMES AZEVEDO WANESSA ESTHER INÁCIO DOS SANTOS LIMA
	Maceió 2023
	1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
	3 OBJETIVO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
	4 TEORIA COGNITIVA DE AARON T. BECK . . . . . . . . . . . . . . . . 11
	5 METODOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
	6 RESULTADOS ESPERADOS E OBTIDOS . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
	7 CONSIDERAÇÕES FINAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
	8 REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
	2 JUSTIFICATIVA
	3 OBJETIVO
	4 Teoria Cognitiva de Aaron T.Beck
	5 Metodologia
	6 Resultados Esperados e obtidos
	1) Resultados esperados:
	2) Atividades realizadas
	3) Resultados obtidos
	7Considerações finais
	8 Referências

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