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Júlia Assis Silva - Turma I TESTES DIAGNÓSTICOS Pensamento Científico INTRODUÇÃO ● Como instrumento auxiliar no processo de diagnóstico, é comum o uso de testes construídos a partir de medições feitas nos pacientes. ● Quantitativas ou qualitativas. ● Diagnóstico: processo de decisão clínica que se baseia em probabilidade. TESTE DE SCREENING ● Exame de indivíduos assintomáticos para identificação presuntiva de doenças não reconhecidas anteriormente. ● Teste do pezinho em recém-nascidos para fenilcetonúria, glicemia de jejum para diabetes, pressão arterial para hipertensão, mamografia para câncer de mama, papanicolau para displasia cervical ou câncer do colo do útero. TIPOS DE TESTES ● Exames realizados em laboratório: hemograma, bioquímica, exames de imagem. ● Exames histológicos. ● Conjunto de sinais e sintomas. ● Qualquer classificação onde se compare um procedimento com um padrão ouro. ○ Para avaliar se um teste é bom em comparação com outro. ● Os testes estão cada vez mais precisos, mais rápidos e, às vezes, mais baratos. ● Estão sujeitos a erro, antes que um teste seja adotado, é necessário que suas possibilidades de erro sejam avaliadas. ● População selecionada: pacientes com e sem a doença e doentes com espectro variado. ● Padrão ouro: teste com boa sensibilidade (SE) e especificidade (SP). ● Teste diagnóstico: aplicado a toda população, comparação cegada com padrão-ouro. 1 Uso de testes diagnósticos ● Identificar/confirmar a presença de doença ou situação relacionada à saúde. ● Avaliar a gravidade do quadro clínico. ● Estimar o prognóstico. ● Monitorar a resposta de uma intervenção. MEDIDAS DE QUALIDADE DOS TESTES ● Todos os testes têm que passar por uma avaliação da sua qualidade de diagnosticar a doença ou a ausência dela. ● Padrão ouro ● Melhor exame disponível. Escolhido criteriosamente. ○ Normalmente é mais barato, o resultado sai mais rápido e na maioria das vezes é o que acerta mais. ● Menor probabilidade de erro. Mais sensível e específico. ● Comparar com o teste em questão e avaliar sua exatidão. ○ O padrão ouro é o teste referência para a doença, então novos testes são comparados com ele. ● O uso de testes mais simples que o padrão-ouro é feito sabendo-se que isso resulta em certo risco de diagnóstico incorreto. ○ Risco justificado pela segurança e conveniência do teste mais simples. Sensibilidade x Especificidade ● Principais parâmetros usados para comparar testes ● Sensibilidade: probabilidade do teste ter resultado positivo dado que o indivíduo está doente. Capacidade de identificar os verdadeiros positivos. 2 ○ É estimada pela proporção de resultados positivos do teste dentre os indivíduos sabidamente doentes. Valor em porcentagem. ● Especificidade: probabilidade do teste ter resultado negativo dado que o indivíduo não está doente. ○ É estimada pela proporção de resultados negativos do teste dentre os indivíduos sabidamente sadios. ○ Testes que tem poucos falsos positivos e muitos verdadeiros negativos. ○ Avalia a capacidade do teste afastar a doença quando ela está ausente. ● Se em uma população temmuitas pessoas doentes, qual tipo de teste devo escolher? Um teste muito sensível. Se a prevalência é alta é melhor usar um teste mais sensível, pois é mais fácil encontrar as pessoas doentes. ● Se a doença é rara na população é melhor usar um teste mais específico, pois se eu selecionar um indivíduo aleatório na população é mais provável que ele não esteja doente. ● O ideal é que os testes sejam muito sensíveis e muito específicos. ● ● Em uma coluna colocamos o teste padrão ouro e no outro o teste que queremos comparar. Na primeira linha colocamos o resultado do padrão ouro e na outra o teste que utilizamos. ● Quando eles concordarem é o verdadeiro positivo. ● Quando o padrão ouro der positivo e o teste que estou verificando negativo é um falso negativo. ● O teste padrão ouro falou que a mulher não tem a doença mas o teste que estou verificando disse que ela tem – falso positivo. 3 ● Curva ROC ● Forma de expressar graficamente a relação entre sensibilidade e especificidade. ● Eixo Y: sensibilidade (proporção verdadeiros positivos). ● Eixo X: especificidade (proporção falsos positivos) ● Ponto de corte: é o valor de referência. Ex: valor de referência para glicemia em jejum. ● Não é um valor aleatório, são feitos testes com uma população para calcular sensibilidade e especificidade para diferentes valores, o valor escolhido é o valor que consigo obter os melhores valores de sensibilidade e especificidade. ● Qual o melhor valor que consigo diferenciar as pessoas que tem e que não tem a doença. ● Maneira de comparar testes diferentes, por meio da sensibilidade e especificidade. Mostra qual a relação do valor com a especificidade e a sensibilidade. Valor preditivo ● Pode ser positivo ou negativo. ● É determinado pela interação de três fatores. ● Positivo: proporção de doentes entre todos os indivíduos com teste positivo. Expressa a probabilidade de um paciente com teste positivo ter a doença. ● Negativo: proporção de saudáveis entre todos os indivíduos com teste negativo. ○ Expressa a probabilidade de um paciente com teste negativo não ter a doença. ● Quanto maior a prevalência maior o VPP e menor o VPN. 4 ○ Em uma população com muitos doentes a chance de fazer um teste e ele dar positivo é alta. ○ Em uma população com prevalência da doença baixa, tenho mais chances de o teste dar negativo, pois temos poucas pessoas com a doença. ○ A prevalência ideal é a intermediária. ● Quanto mais sensível melhor o VPN. ex VISITA DOS TÉCNICOS INFORMAÇÃO DOS PACIENTES PRESENÇA AUSÊNCIA TOTAL PRESENÇA 112 (Verdadeiro positivo) 8 (falso positivo) 120 AUSÊNCIA 28 (Falso negativo) 52 (verdadeiro negativos) 80 TOTAL 140 60 200 Sensibilidade: 112/140 = 80% Especificidade: 52/60 = 87% VPP: 112/120: 93% VPN: 52/80: 65% Acurácia: 112 + 52/200 = ● Valor preditivo positivo: é alto quando a prevalência é alta – veracidade, paciente disse que tinha o barbeiro e em 93% das vezes realmente tinha. ● Valor preditivo negativo: quando a pessoa dizia que não encontrou o barbeiro havia erro, eles estavam falando que não tinha o barbeiro e realmente não tinha. ● Probabilidade pré-teste: qual teste vou escolher. É importante que tenha sensibilidade e especificidade próximas. ● Sensibilidade e especificidade: é uma probabilidade pré-teste. Ajuda na escolha do teste. ● VPP e VPN: probabilidade pós-teste. Auxilia na veracidade das informações do teste. 5 Acurácia ● Grau em que o teste é capaz de determinar o verdadeiro valor que está sendo medido. ● É a proporção de acertos de um teste diagnóstico: verdadeiros positivos + verdadeiros negativos/total. ● 6