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GO - Doença Trofoblástica Gestacional

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É um grupo de doenças resultante de distúrbios nas 
células placentárias, com proliferação anormal do 
tecido trofoblástico e degeneração hidrópica. 
CLASSIFICAÇÃO 
● Lesões benignas: mola hidatiforme parcial e 
mola hidatiforme completa. 
● Lesões malignas: mola invasora, 
coriocarcinoma e tumor trofoblástico de sítio 
placentário. Podem evoluir de uma gestação 
molar (mola hidatiforme) ou não molar 
(normal e saudável). 
MOLA HIDATIFORME 
 É uma doença benigna, resultante de 
hiperplasia trofoblástica e degeneração das 
vilosidades. São formadas vesículas, chamadas 
“hidátides” com degeneração hidrópica. A mola pode 
ser: 
● Incompleta/parcial: composta por tecido 
fetais e tecido placentário, com vilosidades 
normais e degeneradas. Pode ser triploide 
(69, XXY) ou tetraploide (92, XXXY) e 
biparental (material genético paterno e 
materno, com fecundação de 2 ou mais 
espermatozoides em um óvulo). Tem 5% de 
chance de malignização. 
● Completa: ausência de tecido fetal, composta 
por vesículas grandes. É diploide, podendo 
ser normozigotica monoparental (46, XX; 
resultante da duplicação de um óvulo sem 
núcleo fecundado por um espermatozóide) 
ou heterozigótica (46, XX ou XY; resultante 
de óvulo fecundado por 2 espermatozoides). 
Não há formação de embrião e tem 20% de 
risco de malignização. 
MOLA INVASORA 
 É uma neoplasia que resulta de uma mola 
hidatiforme que invade o miométrio. Corresponde à 
70 a 90% das neoplasias trofoblásticas. 
CORIOCARCINOMA 
 É uma neoplasia maligna resultante de 
gestação molar, ectópica ou normal. Corresponde à 
10 a 30% das neoplasias trofoblásticas. 
TUMOR TROFOBLÁSTICO DE SÍTIO 
PLACENTÁRIO 
 É um tumor maligno raro, derivado do 
trofoblasto intermediário. 
FATORES DE RISCO 
● Idade > 40 anos 
● Síndrome dos ovários policísticos 
● Fertilização in vitro 
● Tabagismo 
● Uso de anticoncepcional hormonal oral 
● Intervalo interpartal curto 
● Abortamento prévio 
● Mola prévia 
● História de radiação 
QUADRO CLÍNICO 
 A paciente tem sinais e sintomas de gravidez, 
porém o útero se torna muito maior que o esperado 
para idade gestacional, podendo haver hiperemese 
gravídica acentuada. 
 Ocorre sangramento vaginal e perda de 
material via vaginal do tipo “suco de ameixas” e o 
útero está amolecido, indolor e aumentado. Pode 
haver eliminação de vesículas, sinal patognomônico 
de mola hidatiforme. 
O b-hCG se eleva muito, além do esperado para a 
idade gestacional, causando hiperemese. O 
aumento mais elevado ocorre na mola completa. Na 
mola parcial, o b-hCG pode estar normal. 
Nos casos de mola parcial, pode haver simulação de 
abortamento. Nesse sentido, todos os restos 
ovulares de abortamento devem ser enviados para 
análise histopatológica para descartar a ocorrência 
de doença trofoblástica. 
DIAGNÓSTICO 
 É clínico, complementado pelo USG e 
avaliação histopatológica dos restos ovulares. 
 Na mola hidatiforme, existe o sinal dos “flocos 
de neve” visível na USG. 
TRATAMENTO 
DOENÇA BENIGNA: MOLA 
HIDATIFORME 
 É feito esvaziamento uterino (vácuo-
aspiração) e análise histopatológica. Em caso de 
prole definida ou mai de 40 anos de idade pode ser 
realizada a histerectomia, e em alguns casos, a 
quimioterapia profilática. Os anexos (cistos 
tecaluteínicos no ovário, por exemplo) não são 
retirados, pois regridem após a perda do estímulo 
hormonal pela mola. 
 O controle de cura é feito com dosagem de b-
hCG semanal, até obtermos 3 dosagens negativas 
consecutivas. Nesse momento, passamos para 
avaliação mensal, até 6 meses. 
Obs: o Zugaib indica dosagem quinzenal até 3 
negativos (provas da USP-SP). 
Obstetrícia: 
Doença Trofoblástica 
Gestacional 
Suspeita de malignização 
Se a dosagem do b-hCG: 
- Aumentar em 3 seguidas 
- Manter 4 dosagens em platô 
- Após 6 meses estiver positiva 
 ou haver suspeita/confirmação de 
metástases, devemos investigar e tratar como lesão 
maligna. 
DOENÇA MALIGNA: MOLA 
INVASORA, CORIOCARCINOMA E 
TUMOR TROFOBLÁSTICO 
 A conduta é histerectomia, seguida ou não 
por quimioterapia com metotrexato ou 
poliquimioterapia. Nos casos de coriocarcinoma, 
pode ser feito somente quimioterapia. Os principais 
sítios de metástase são pulmão, vagina e pele. 
 A FIGO faz o estadiamento conforme o local 
acometido:

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