Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fraturas e Luxações em Crianças ● Anatomia: seta verde: Epífise seta rosa: Físe (fase de crescimento) Em crescimento → Maturidade esquelética - Em crianças o periósteo é mais extensa, tornando o osso mais espesso. E podendo causar deformidades sem quebrar. E fratura em galho verde, onde se quebra de forma incompleta só atingindo a área cortical. - Consequentemente cicatriza mais rápido ● Classificação de Salter-Harris: é uma classificação para lesões fisárias ● CAI NA PROVA: ○ Classificação de Salter-Harris: ■ Tipo 1 e 2 tem melhor prognóstico e ocorrem em crianças mais novas. lesão que atravessa somente a fise. Tipo 2 atinge a físe e por ocorrer um deslizamento da físe atinge a epífise. Mas não que a epífise foi fraturada também, só sofreu consequências da fratura da epífise. Fise + epífise = articular Nesse caso, a epífise é atingida e danificada também. Fise + epífise + metáfise = articular ○ A tipo 3 e 4 acometem crianças maiores causando formação de ondulações fisárias. Ou seja, a conexão da físe e epífise são maiores e quando causa dano, acaba acometendo as duas. ■ Atravessam as 4 zonas da fise ■ pior prognóstico ■ risco de barra óssea metaeipisária (maior no IV) ○ Barra periférica - distúrbios angular: ○ Barra central - encurtamento ○ Continuação - Classificação: normalmente o raio x é normal, e só identificaremos quando a criança terá um atraso de crescimento. ● IMPORTANTE: ○ Fatores de risco para distúrbio do crescimento: ■ salter-Harris ■ energia do trauma ■ anatomia da fise ■ má redução da fise ● Princípios do tratamento: ○ Tipos 1 e 2: ■ manter redução ■ redução incruenta GENTIL ■ fixação ○ Tipos 3 e 4: ■ redução anatômica ■ fixação ● Fratura diafisária de fêmur: ○ Haste intramedular no adulto ○ 4 opções na criança ○ antes da marcha (18 m): até 80% = maus tratos ○ alta energia ○ Até 6 meses: ■ investigar abuso ■ investigar doenças metabólicas ■ suspensório de Pavlik ○ 6 meses a 5 anos: ■ gesso pelvipodálico (GPP) ■ tração cutânea ou esquelética 3 - 10 dias, se muito encurtado ○ 6 a 11 anos: ■ gesso pelvipodálico (GPP) ■ hastes intramedulares flexíveis (TEN = Titanium elastic nail) ○ 12 anos até maturidade esquelética: ■ haste intramedular bloqueada trocantérica ● Maus tratos na criança: ○ 30 - 50% cai nas mãos do ortopedista ○ importante identificar ○ 25% sofre nova lesão ○ 5% risco de morte ○ Anamnese: ○ Exame físico: ■ examinar toda a criança ■ 50% tem sinais de lesões prévias ■ buscar cicatrizes, queimaduras… ○ Radiografias: ■ pesquisar outros sítios se < 2 anos ○ Alta especificidade: ■ Lesão metafisária clássica → quase patognomônico ■ “Fratura da quina” ■ “Fratura em alça de balde” ■ arcos costais posteriores (95% VPP) ■ escápula ■ processo espinhoso ■ esterno ○ Moderada especificidade: ■ fraturas múltiplas (principalmente, bilateral) ■ em vários estágios de consolidação ■ descolamento epifisário ■ corpo vertebral ou subluxação ■ dedos ■ complexa do crânio ○ Baixa especificidade: ● Pronação dolorosa: ○ Mecanismo: ■ subluxação parcial do ligamento anular ■ aprisionamento parcial na radiocapitelar ■ variante de Monteggia: sem fratura da ulna e sem subluxação da cabeça radial ○ Bases anatômicas: ■ anatomia da cabeça do rádio ■ frouxidão ligamentar ■ conexão do ligamento anular ○ Epidemiologia: ■ média: 2 - 3 anos ■ mais novo: 2 meses ■ raro após 7 anos ■ sexo feminino ■ 70% esquerdo ■ alguns resolvem espontaneamente ○ Anamnese: ■ relato ■ importância do membro ■ sem dor em repouso ○ Exame físico: ■ pronado ■ apreensão ■ confunde com ombro ■ sem deformidade ○ Exame de imagem: ■ na dúvida, peça RX ■ USG pode ajudar ○ Tratamento: ■ sem necessidade de imobilizar após (maioria) ■ manutenção da dor nas subluxações há 12 - 24 horas representa sinovite ■ recorrência: 5 - 39% ● IMPORTANTE: ○ Fratura supracondiliana do úmero: ■ pico 5 - 6 anos ■ sexo masculino ■ lado esquerdo ● Fratura supracondiliana do úmero: ○ 97 - 99% trauma indireto com cotovelo e mão em extensão ○ 2% trauma direto com cotovelo em flexão ○ em parquinhos poucos seguros, risco 5 vezes maior ○ Síndrome do compartimento: ■ Sinais de alerta: ● edema significativo ● equimose significativa ● sinal da prega ● pulso ausente ■ Valor preditivo alto: “3 A” ● A: ansiedade ● A: agitação ● A: analgésico em excesso ○ Condutas: ○ Pulso Radial ausente: ○ Pulso radial ausente + perfusão ruim: ● Pegadinha: ○ Desvio do fragmento distal: ● Qual o nervo mais lesado? ○ interósseo anterior → ramo motor ○ radial ○ mediano ○ ulnar ● Qual o nervo mais lesado quando ocorre… ○ desvio posteromedial: radial ○ desvio posteolateral: interósseo anterior, mediano ○ fratura em flexão (raro): ulnar ● Tipo de lesão de nervo: ○ mais comum: neuropraxia ○ raro: transecção (~100% = radial) ● Sempre fazer exame neurológico: ● Continuação - Fratura supracondiliana do úmero: ○ Radiografias: ■ AP ■ perfil ■ dúvida ao exame físico: membro todo ■ dúvida no RX: contralateral ○ Tratamento: ■ sem desvio: imobilização a 60 - 90º flexão e observação ■ com desvio: cirúrgico
Compartilhar