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Resumo de Histologia do Tecido Muscular

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Histologia – Aula 11.11.19 ------ 211
TECIDO MUSCULAR
É constituído por céls. alongadas, que contêm grande quantidade de filamentos citoplasmáticos de ptns contráteis – que geram as forças necessárias para a contração desse tecido, utilizando a energia contida nas moléculas d ATP;
Céls. musculares tem origem mesodérmica – diferenciação: síntese de ptns filamentosas e há o alongamento celular.
Mioblasto células progenitoras – se aglomeram formando uma célula multinuclear (corte longitudinal);
Células musculares: multinucleadas (exceção da estriada cardíaca), núcleos na parte periférica, comprometidas com a síntese de estruturas responsáveis pela contração muscular.
Componentes das células musculares têm nomes especiais:
	Membrana Celular = sarcolema;
	Citosol = sarcoplasma;
	Retículo Endoplasmático Liso = retículo sarcoplasmático.
Tipos de TM de acordo com suas características morfológicas e funcionais:
TM estriado esquelético; TM estriado cardíaco; TM liso.
· Músculo Esquelético
Formado por feixes de céls. muito longas, cilíndricas, multinucleadas e que contêm muitos filamentos – as miofibrilas. 
· Organização do Músculo
As fibras musculares estão organizadas em grupos de feixes – envolvidos por uma camada de tecido conjuntivo, o EPIMÍSIO recobre o músculo inteiro, o individualizando; 
Do epimísio partem finos septos de tecido conjuntivo que se dirigem para o interior do músculo – separando os feixes o PERIMÍSIO envolve os feixes de fibras.
Cada fibra muscular é envolvida pelo ENDMÍSIO formad pela lâmina basal da FM, associada a fibras reticulares – ele apresenta escassa população celular constituída por principalmente fibroblastos;
O tecido conjuntivo mantém as FM unidas, possibilitando que a força de contração gerada por cada uma individualmente, atue sobre o músculo inteiro – é por meio do TC que a força de contração do músculo se transmite a outras estruturas, como tendões e ossos;
A força de contração do músculo pode ser regulada pela variação do número de fibras estimuladas pelos nervos;
Os vasos sanguíneos penetram o músculo através dos septos de TC – formam uma extensa rede de capilares que correm entre as fibras musculares; o TC contém também vasos linfáticos e nervos.
· Organização das Fibras
Possuem estriações transversais, pela alternância de faixas claras e escuras;
A faixa escura é anisotrópica – BANDA A;
	Distância entre as extremidades da actina – diminui/encurta na contração.
Faixa clara é isotrópica – BANDA I;
	Interface entre um sarcômero e outro;
No centro da banda I há uma linha transversal escura – LINHA Z;
	Região limitante – são ptns de ancoragem que limitam cada sarcômero.
Estriação da miofibrila devido à repetição de unidades iguais – os SARCÔMEROS – cada um é formado pela parte da miofibrila que fica entre duas linhas Z sucessivas e contém uma banda A separando duas semibandas I;
A banda A apresenta uma zona mais clara no seu centro – a BANDA H; 
Cada FM contém muitos feixes cilíndricos de filamentos – as MIOFIBRILAS – que são paralelas ao eixo maior da fibra muscular e consistem no arranjo repetitivo de sarcômeros;
· Miofibrilas
É o que contrai propriamente;
Filamentos finos de actina e filamentos grossos de miosina – dispostos longitudinalmente, organizados em uma distribuição simétrica e paralela organização mantida por ptns que ligam as miofibrilas umas às outras;
O conjunto de miofibrilas é preso ao sarcolema por diversas ptns que têm afinidade pelos miofilamentos e por ptns da MP – uma dessas ptns é a distrofina, liga os filamentos de actina a ptns do sarcolema;
!!! Distrofia muscular de Duchenne – miopatia hereditária, ligada ao cromossomo X;
Sem a ptn distrofina há o rompimento da MP – os músculos não se desenvolvem.
· Da linha Z, partem os filamentos finos (actina) que vão até a borda externa da banda H; os filamentos grossos (miosina) ocupam a região central do sarcômero;
Como resultado dessa disposição, a banda I é formada somente por filamentos finos, a banda A é formada por filamentos finos e grossos, e a banda H somente por filamentos grossos;
Na região lateral da banda A – filamentos finos e grossos se interdigitam; um corte transversal mostra uma disposição simétrica – cada filamento grosso fica rodeado por seis filamentos finos (forma um hexágono);
As miofibrilas do músculo estriado contêm quatro ptns principais: miosina, actina, tropomiosina e troponina;
	Filamentos grossos – formados de miosina; e as outras três ptns são encontradas nos filamentos finos;
	Tropomiosina e troponina são ptns de estabilização do músculo;
Os filamentos de actina ancorados perpendicularmente em cada lado da linha Z exibem polaridades opostas, em cada lado dessa linha;
A molécula de miosina é grande; em uma de suas extremidades a miosina apresenta uma saliência globular ou cabeça contém locais específicos para combinação com o ATP e é dotada de atividade ATPásica;
	É nessa parte da molécula que ocorre a hidrólise de ATP – para liberar a energia utilizada na contração; nessa parte também se encontra o local de combinação com a actina;
	As partes em bastão da molécula se sobrepõem, e as cabeças ficam para fora;
A parte central do sarcômero – a banda H – representa uma região de sobreposição de miosina; no centro da banda H encontra-se a linha M, que corresponde a ligações laterais entre filamentos grossos adjacentes;
· Retículo Sarcoplasmático e Sistema de Túbulos Transversais
RS = 2 cisternas + 1 estrutura transversal
A contração muscular depende da disponibilidade de íons Ca2+ o músculo relaxa quando o teor desse íon se reduz no sarcoplasma;
O RS armazena e regula o fluxo de íons Ca2+; 
	É uma rede de cisternas do REL, que envolve grupos de miofilamentos, separando-os em feixes cilíndricos;
A despolarização da membrana do RS se inicia na PLACA MOTORA – junção mioneural situada na superfície da FM;
Quando a membrana do RS é despolarizada pelo estímulo nervoso, os canais de Ca2+ se abrem, e esses íons (que estavam depositados nas cisternas do retículo) se difundem passivamente atuando na troponina, possibilitando a formação de pontes entre a actina e a miosina;
	O cálcio aproxima a cabeça da miosina com as moléculas de actina;
CÁLCIO + ENERGIA = CONTRAÇÃO
Quando cessa a despolarização, a membrana do RS consome energia para transferir o Ca2+ para o interior das cisternas – o que interrompe a atividade contrátil;
Sistema de Túbulos transversais ou Sistema T: responsável pela contração uniforme de cada FM esquelética – esse sistema é constituído por uma rede de invaginações tubulares, cujos ramos envolvem as junções das bandas A e I de cada sarcômero;
Em cada lado de cada túbulo T existe uma expansão ou cisterna terminal do RS – esse complexo é conhecido como TRÍADE nela, a despolarização dos túbulos T é transmitida ao RS.
· Mecanismos de contração
O sarcômero em repouso consistem em filamentos fino e grossos que se sobrepõem parcialmente;
Durante o ciclo de contração, os dois tipos de filamento conservam os seus tamanhos originais a contração se deve ao deslizamento dos filamentos uns sobre os outros;
A contração se inicia na faixa A – onde os filamentos finos e grossos se sobrepõem;
Durante o ciclo de contração a actina e a miosina interagem:
Durante o repouso: ATP se liga à ATPase das cabeças da miosina – para liberar energia, a miosina precisa da actina (atua como cofator); no músculo em repouso, a miosina não consegue se associar à actina por conta da ausência de Ca2+;
Na contração: como a actina está combinada com a miosina, o movimento da cabeça da miosina empurra o filamento de actina – promovendo seu deslizamento sobre o filamento de miosina;
Obs.: não existindo ATP, o complexo contrátil se torna estável – explica a rigidez muscular pós morte;
Durante a contração a banda I diminui de tamanho, pois filamentos de actina penetram a banda A – ao mesmo tempo, a banda H também se reduz resultado: cada sarcômero e a FM inteira sofrem encurtamento;
· Inervação
A contração das FM esquelética é comandada por nervos motores – se ramificam no permísio – cada nervo originanumerosos ramos;
No local de contato com a FM: o ramo final do nervo perde a bainha de mielina – forma uma dilatação que entra em contato com a superfície da FM essa estrutura se chama PLACA MOTORA ou junção mioneural;
	Nesse local, o terminal axônico apresenta numerosas mitocôndrias e vesículas sinápticas com o neurotransmissor acetilcolina.
Túbulo T continuação da sinapse pela placa motora.
· Sistema de Produção de Energia
A célula muscula esquelética é adaptada para a produção de trabalho mecânico intenso e descontínuo – por isso necessita de depósitos de compostos ricos em energia;
	A energia rápida é acumula em ATP e fosfocreatina – a partir de ácidos graxos e da glicose; a mais lenta é acumulada em forma de glicogênio;
	Quando o músculo exerce atividade intensa pode haver insuficiência de oxigênio – a cél. recorre ao metabolismo anaeróbio da glicose fermentação, com produção de ácido lático – ele pode causar cãibras, com intensa dor muscular;
Classificação das FME:
Tipo I – fibras lentas: são vermelho-escuras; ↑ sarcoplasma contendo mioglobina fibras adaptadas para contrações continuadas – energia obtida dos ácidos graxos que são metabolizados nas mitocôndrias;
Tipo II – fibras rápidas: são brancas; ↓ pouca mioglobina; adaptadas para contrações rápidas e descontínuas.
A diferenciação dos tipos de FME é controlada pelos nervos.
· Músculo Cardíaco
Constituído por céls. alongadas e ramificadas, que se prendem por meio de junções intercelulares; apresentam estriações transversais;
FMC não é multinucleada – contêm apenas um núcleo ovoide localizado centralmente!!
As FMC são envoltas por tecido conjuntivo – contém rede extensa de capilares sanguíneos;
Discos intercalares a. desmossomos, b. zônula de adesão e c. junções comunicantes – encontrados; 
	Ajudam a fixar, estabilizar as contrações (sístoles) e a torná-las sincronizadas.
a. Unem as céls. – Impossibilitam que elas se separem durante a contração;
b. Ancoram os filamentos de actina dos sarcômeros terminais;
c. Responsáveis pela continuidade iônica – o sinal para a contração passa como uma onda de uma cél. para a outra.
Obs.: os túbulos T cardíacos se localizam na altura da banda Z; o RS não é tão desenvolvido e se distribui irregularmente entre os miofilamentos; o MC contém muitas mitocôndrias;
Obs2.: FMC sintetizam o hormônio natriurético – tem efeito oposto ao da aldosterona (que aumenta a pressão arterial) – ele baixa a PA pois aumenta a eliminação de sódio.
!!! INFARTO DO MIOCÁRDIO: 
	1º: mudança de coloração;
	2º: núcleo diminui de tamanho;
	3º: diminuição da presença dos discos intercalares.
· Músculo Liso
Formado pela associação de células longas, com núcleo único e central;
São revestidas por lâmina basal e unidas por uma rede delicada de fibras reticulares – elas amarram as céls. umas às outras contração simultânea de algumas céls. se transforma na contração do músculo inteiro;
Apresentam corpos densos – estruturas encontradas ↑ membrana; papel importante na contração da musculatura;
Não tem vasos sanguíneos, nem discos intercalares;
Os filamentos de miosina só se formam no momento da contração – miosina tipo I;
Obs.: durante a gravidez, aumenta o número (hiperplasia) e o tamanho (hipertrofia) das FML do útero.
· Contração das céls. musculares – sistema contrátil próprio
1. Estímulo do SNA – íons Ca2+ migram do meio EC para o sarcoplasma através de canais da MP especializados (CAVÉOLAS) no ML não existe RS (depósito de Ca2+);
2. Íons Ca2+ se combinam com moléculas de calmodulina-Ca2+ ativa a enzima que fosforila as moléculas de miosina II;
3. Fosforiladas, elas se distendem, em forma de filamento.
A CML tem capacidade contrátil, sintetiza colágeno tipo III (fibras reticulares), fibras elásticas e proteoglicanos céls. apresentam RER bem desenvolvidos;
O ML recebe fibras do SN simpático e parassimpático – NÃO têm placasmotoras!!
	Os axônios formam dilatações entre as CML – que contêm vesículas sinápticas com neurotransmissores (acetilcolina ou norepinefria – atuam de modo antagônico);
· Regeneração do TM
MC – não se regenera – parte destruída é invadida por fibroblastos (formando uma cicatriz de tecido conjuntivo);
ME – capacidade de reconstrução – células satélites (mononucleadas, fusiforme, dispostas paralelamente às FM dentro da lâmina basal – mioblastos inativos) são responsáveis.
	Após a lesão/estímulo as céls. satélites se ativam e se proliferam por mitose, se fundindo para formar novas FME;
ML – capacidade mais eficiente de regeneração – em caso de lesão, as céls. musculares lisas que permanecem viáveis entram em mitose e reparam o dano.
	Na parede dos vasos sanguíneos pode ter participação dos periquitos – se multiplicam por mitose e originam ovas céls.

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