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Cadu – 5°β / TIII • Lesões que atingem as valvas cardíacas, resultando em rigidez, flacidez ou destruição dos folhetos, que prejudica o seu funcionamento. - Tanto na flacidez como na destruição a consequência é refluxo sanguíneo. - No enrijecimento, ocorre dificuldade em sua abertura para impulsionar o sangue. - Desaparecimento e destruição: insuficiência valvar, permitindo o refluxo sanguíneo. - Rigidez / soldura: estenose valvar. - Nome da insuficiência ou da estenose recebe o nome da valva. ESTENOSANTES • Valvas sofrem alteração de funcionamento em que há dificuldade para a passagem de sangue. • Déficit na abertura. • Folhetos estão enrijecidos, de modo que o espaço a ser aberto para a passagem de sangue é pequeno, necessitando que seja feito mais força para superar a resistência. - Maior força para que a ejeção de sangue seja eficiente = sobrecarga de pressão na câmara que precisa realizar mais força de contração para enviar o sangue / câmara anterior a valva estenosada. • Quando é o ventrículo que sofre a sobrecarga de pressão, ocorre hipertrofia concêntrica. O átrio não tem essa capacidade de hipertrofia. - VD não tem muita capacidade de hipertrofiar concentricamente, evoluindo para excêntrica. - Sobrecarga de pressão no VD é muito rara. - No caso dos átrios a sobrecarga resulta em dilatação. VALVOPATIAS CARDÍACAS Cadu – 5°β / TIII ISUFICIÊNCIA • Lesão valvar resulta em perda da resistência dos folhetos ou destruição, havendo como consequência refluxo / regurgitação sanguíneo por falta de fechamento adequado da valva. • Déficit no fechamento. • A câmara anterior a valva que tem a insuficiência sofre sobrecarga de volume. - A sobrecarga no AD ocorre por causa do fato de que a valva tricúspide permanecerá com abertura durante a sístole, de modo que parte do sangue que seria ejetado pelo VD para a a. pulmonar volta para o AD e se junta com o sangue do retorno venoso sistêmico. - A sobrecarga ocorre no VD pelo fato de que haverá refluxo de parte do sangue que ejetou para a a. pulmonar, visto a insuficiência de valva pulmonar, + o sangue que está sendo ejetado pelo AD. - A sobrecarga no AE ocorre pela questão de que a valva mitral terá abertura durante a sístole ventricular, de modo que uma porção do sangue que o VE ejetaria para a aorta retorna para o AE e se junta com o sangue oxigenado vindo as vv. pulmonares. - A sobrecarga ocorre no VE pelo fato de que ocorre refluxo de parte do sangue que foi ejetado para a aorta, por causa da insuficiência de valva aórtica, + o sangue que está chegando do AE. • A dificuldade não é enviar o sangue do ventrículo, mas adequar a quantidade maior de sangue que ele está recebendo. ESTENOSE MITRAL • Folhetos enrijecem, por fibrose e / ou calcificação, e o espaço por onde o sangue passa fica estreito. • Progressiva / curso lento. - Latência de 20 – 40 anos entre os surtos de febre reumática e sintomas de estenose. • AD sofre sobrecarga de pressão e perde a capacidade de mandar sangue suficiente para o VE, pois não consegue aumentar a sua força. - Aumenta a sua frequência de contração e manda sangue de pouco em pouco, até o ponto em que é desenvolvida fibrilação atrial, em que pouquíssimo sangue vai para os ventrículos. - Pode evoluir para isquemia e IAM, pois não haverá fluxo de sangue suficientemente ejetado pelo VE para as aa. coronárias. • O sangue que fica represado tem um fluxo muito lento, o que facilita a adesão plaquetária e inicia processo de formação de trombo que pode permanecer no local ou formar embolo que atinge a circulação. - Lesão à distância / fenômenos cardioembólicos. • Quando a dilatação do AE atinge determinado limite, ocorre fluxo retrógrado de sangue pelas vv. pulmonares, resultando em congestão pulmonar. - Nesse caso, é desenvolvida hipertensão pulmonar, de modo que o VD precisa exercer mais força para vencer a resistência que foi formada na a. pulmonar, o que pode evoluir para IC direita e, consequentemente, congestão sistêmica. Cadu – 5°β / TIII ETIOLOGIA • Febre reumática. - 99% dos casos. • Envelhecimento. - Calcificação do anel mitral. SINTOMAS • Dispneia aos esforços. • Dispneia paroxística noturna. • Ortopneia. • Fadiga. • Tosse. - Hemoptise por causa da hipertensão venosa pulmonar que causa rompimento dos vasos sanguíneos brônquicos. • Palpitações. - Fibrilação atrial. - Risco para eventos embólicos. • Disfagia. - Casos graves. - Aumento do AE comprime o esôfago, o que gera a dificuldade para deglutir. • EI. • Rouquidão. - Compressão do n. laríngeo recorrente pelo AE aumentado. • Eventos cardioembólicos. DIAGNÓSTICO - ANAMNESE • HPP de febre reumática. • Amigdalites recorrentes na infância. - EXAME FÍSICO • Hiperfonese de B1. - TUM fica mais forte na abertura da valva por causa da resistência. • Estalido de abertura mitral. • Sopro no foco mitral durante a diástole ventricular. - No momento em que os átrios estão recebendo sangue. • Crepitações pulmonares. • Estase jugular. - Sinal de congestão sistêmica em caso de progressão para insuficiência ventricular direita. - EXAMES COMPLEMENTARES • Rx de tórax. - Manchas brancas nos pulmões por causa da congestão. - Dilatação de AE. - Compressão do esôfago na área de dilatação do AE. Cadu – 5°β / TIII • ECG. - Sinais de sobrecarga atrial esquerda: ocorre atraso na despolarização / esvaziamento do AE, manifestada por um entalhe na onda P, pois o AD vai despolarizar primeiro, ou onda P com uma porção positiva e outra negativa (plus minus), a depender da derivação. - Desvio de eixo para a direita. - R > S em V1. FA. • ECO. - Diagnostica o grau e o acometimento. - Dilatação do AE. - Valva mitral mais espessa e brilhante. - Alteração na movimentação valvar TRATAMENTO MEDICAMENTOSO • BB. - Vai permitir redução da FC, atenuando a fibrilação atrial resultante de aumento da FC. • Diuréticos. - Para a congestão. • Anticoagulantes. - Evitar eventos cardioembólicos. • Antibiótico. - Surto de febre reumática. - EI: átrio pode conseguir romper a resistência da valva, de modo que ela abre abruptamente, podendo sofrer lesão com perda da proteção endotelial). - Prevenção e tratamento das infecções por Streptococcus β - hemolítico do grupo A. TRATAMENTO CIRÚRGICO • Valvoplastia mitral por cateter balão. - Rompe um pouco a calcificação dos folhetos valvares. Cadu – 5°β / TIII • Prótese valvar. ESTENOSE AÓRTICA - Estreitamento da valva aórtica. • Sobrecarga de pressão no VE, resultando em hipertrofia concêntrica. - Redução da capacidade de acomodação sanguínea. - Redução do DC. • Persistência da hipertrofia faz com que em algum tempo os miócitos percam sua capacidade de contração, evoluindo para hipertrofia excêntrica. - Sobra sangue no AE, fluxo retrógrado, congestão pulmonar. - Redução do DC. • Mesmo com a dilatação excêntrica, as células permanecem dilatadas, ou seja, necessitam de mais nutrição. Como a ejeção de sangue está ineficiente, o fluxo coronariano é baixo. Sendo assim, o coração está com células hipertrofiadas e o fluxo coronariano está reduzido, o que pode resultar em angina não obstrutiva em caso de esforço. • Como o DC está reduzido, pode haver isquemia corporal e cerebral. ETIOLOGIA • Febre reumática. • Envelhecimento. - 60 – 80 anos. • HAS. • Dislipidemia. • Congênita. - Já nasce com a estenose. SINTOMAS - TRÍADE • Angina. • Síncope. - Priorizada a oxigenação de outros órgãos durante o esforço, reduzindo a oxigenação cerebral. • Dispneia aosesforços. Cadu – 5°β / TIII DIAGNÓSTICO - ANAMNESE • HPP. • FR - EXAME FÍSICO • Ictus desviado e maior que 2 polpas digitais. • Pulso parvus. - A resistência da valva aórtica faz com que o sangue demore para ser ejetado, por causa da necessidade de mais força, de modo que o volume não é mandado todo de uma vez. - Com isso, a amplitude do pulso reduz. • Pulso tardus. - A resistência da valva aórtica faz com que o sangue demore para ser ejetado, por causa da necessidade de mais força, de modo que o volume não é mandado todo de uma vez. - Com isso, o pulso demora a desaparecer. • Pulso anacrônico. - Em um momento é feito mais força pelo VE e em outro menos força. - O pulso fica tremido até desaparecer. • Desdobramento paradoxal de B2. - VD esvazia primeiro que o VE, pois não tem resistência. - Ocorre atraso no fechamento da valva aórtica em relação a pulmonar. Pulmonar fecha mais rápido. - TUM (valvas AV) – TRA. - Se pedir o paciente para respirar profundamente, retorna o TUM – TÁ. • Sopro sistólico no foco aórtico. - Valva abre pouco e o fluxo sanguíneo passa por um espaço muito pequeno. • B2 hiperfonética. • Fenômeno de Gallavardin. - Sopro auscultado em foco mitral, visto a proximidade dessa valva com a aórtica. - Auscultar o foco aórtico acessório, se persistir = é aórtico. EXAMES COMPLEMENTARES • Rx de tórax. - Cardiomegalia por hipertrofia cardíaca excêntrica. - Pegar régua e medir da base até o outro lado e depois colocar a ponta da base no meio do tórax, se ultrapassar = +. • ECG. - Sinais de sobrecarga ventricular esquerda. - VE aumenta a sua massa, consequentemente a descarga elétrica que passa por ele também, de modo que QRS fica espiculado. - Somar quantos quadrados menores tem na onda R de V1, V5 e V6, se maior que 35 = sobrecarga ventricular esquerda. Cadu – 5°β / TIII • ECO. - Espessamento dos folhetos da valva aórtica. - Redução da amplitude de abertura da valva. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO - Visto a possibilidade de evolução para IC, fazer medicação que aumenta sobrevida. • IECA. • BRA. • BB. • Antagonista da aldosterona. • Diurético. - Se sintomas de congestão TRATAMENTO CIRÚRGICO - Tratamento medicamentoso não está surtindo efeito. • Troca de valva. INSUFICIÊNCIA MITRAL • Refluxo do VE para o AE. ETIOLOGIA • Prolapso de valva mitral. - Tem como principal causa a febre reumática. • IAM. - Afeta a região do folheto da valva, interferindo na capacidade de fechamento. • EI. • Febre reumática. SINTOMAS • Dispneia. • Tosse. • Ortopneia. • Disfagia. • Dispneia paroxística noturna. • Hepatomegalia. • Ascite. • Estase jugular. • Edema de MMII. DIAGNÓSTICO - ANAMNESE • Infecções de garganta durante a infância. Cadu – 5°β / TIII • HPP de febre reumática. • Sinais e sintomas. - EXAME FÍSICO • Ictus cordis desviado e aumentado. • Hipofonese de B1. - B1 resulta do fechamento de mitral e tricúspide, como mitral não está fechando, essa bulha fica com hipofonese, • Desdobramento de B2. - Fechamento prematuro de valva aórtica, visto que o VE esvazia primeiro que o VD, de modo que a valva aórtica fecha primeiro que a pulmonar. • Sopro holossistólico. - Refluxo do sangue para o AE durante toda a fase da sístole do VE. EXAMES COMPLEMENTARES • ECG. - Sobrecarga de AE: onda P com entalhe e, a depender da derivação, com plus-minus. - FA. • Rx tórax. - Cardiomegalia. • ECODOPPLER. - Visualização do refluxo. TRATAMENTO • Sintomas iniciais. - Medicações para tratamento de IC para aumento da sobrevida e controle dos sintomas. • Se piora ou persistência do quadro. - Cirurgia. INSUFICIÊNCIA AÓRTICA • Refluxo de sangue para o VE em sua diástole. • Sobrecarga de volume no VE, havendo aumento da força de contração. - Persistência disso resulta em hipertrofia excêntrica. - Em um ponto a hipertrofia chega ao limite, de modo que ocorre acumulo de muito sangue. Cadu – 5°β / TIII - AE não consegue mandar todo o sangue, retorno do sangue para os pulmões, congestão, e se permitir, sintomas congestivos sistêmicos (evolução para ICD). ETIOLOGIA • Congênita. • Febre reumática. • EI. SINTOMAS • Dispneia aos esforções. • Ortopneia. • Angina. - Redução do DC. - Menor perfusão coronária. - Células que demandam maior oxigenação por causa da hipertrofia. • Dispneia paroxística noturna. • Síncope. - Baixa perfusão cerebral por causa da redução do DC. DIAGNÓSTICO - ANAMNESE • Sinais e sintomas. • HPP. - EXAME FÍSICO • Ictur cordis aumentado e deslocado para a esquerda por causa da hipertrofia excêntrica. • Sopro diastólico. - Retorno do sangue da aorta com grande força durante a diástole ventricular. • Sinal de Musset. - O retorno de sangue para o VE faz com que sua contratilidade seja maior, de modo que o paciente apresenta pulsação / movimento da cabeça por causa do volume maior de sangue ejetado. • Sinal de Muller. - Pulsação da úvula por causa do maior volume de sangue ejetado pelo VE. EXAMES COMPLEMENTARES • ECG. - Sinais de sobrecarga de volume no VE. • Rx tórax. - Cardiomegalia com aumento da silhueta aórtica. - Congestão pulmonar. • ECO. - Valva aórtica com mau funcionamento durante seu fechamento. Cadu – 5°β / TIII TRATAMENTO MEDICAMENTOSO • Aumento da sobrevida. • Se sintomas, diurético. TRATAMENTO CIRÚRGICO • Troca de valva se piora ou persistência dos sintomas.
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