@import url(https://fonts.googleapis.com/css?family=Source+Sans+Pro:300,400,600,700&display=swap); FORMAS DE SUSPENSÃO TRIBUTÁRIADA SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIOMedidas que irão impedir/suspender a cobrança do crédito tributário. Fala-se apenas na suspensão temporal do crédito.A suspensão do crédito não impede que o Fisco venha a constituir o crédito tributário ! Ocorrendo a suspensão, não ocorrerá o impedimento de que o crédito possa ser constituído.Se o Fisco não constituir, ocorrerá a decadência, perdendo o direito de constituir o crédito.Formas de suspensão da exigibilidade - art 151 do CTN (rol taxativo. Apenas essas formas levarão a suspensão - artigo 141 do CTN).Segundo entendimento do STJ, a fiança bancária e o seguro de garantia não irão suspender a exigibilidadeExemplo: O município X criou a forma Y para suspender a exigibilidade. É possível? Não !Ocorrendo a suspensão, não ocorrerá a dispensa do cumprimento das obrigações acessórias - artigo 151, § único, do CTN. Se ocorrer a suspensão, o Fisco pode lançar/constituir, mas não pode lançar multas de ofício, conforme o artigo 63, da Lei 9430/96. DAS FORMAS DE SUSPENSÃOa) MORATÓRIAÉ um instituto que irá suspender a exigibilidade do crédito, dilatando (aumentando) o prazo de pagamento daquele que deve o tributo. Ela suspende a exigibilidade.Exemplo: estou devendo o IPTU de 2021 em face da pandemia. Em agosto, o município fez uma lei municipal dizendo que quem está em atraso no pagamento do IPTU dado a pandemia, terá mais dois anos para pagar (moratória). Assim, o Fisco não pode cobrar nessa dilatação de prazo, pois a exigibilidade está suspensa.Artigo 152 do CTNQuem poderá conceder a moratória? Regra geral, será o ente competente para seus tributos.Exceção, poderá ser concedida pela União para tributos distritais, estaduais e municipais. MORATÓRIA HETERÔNOMA. Artigo 152, inciso I, alínea B, do CTN. Desde que faça o mesmo com os seus tributos.Qual será a forma que o ente competente deverá observar para conceder a moratória?Através de lei específicaQuais são os tipos de moratória?Moratória geralSerá geral quando for concedida quando o beneficiário da moratória não precisar cumprir requisito específico. Para pessoas indeterminadas. O sujeito passivo não precisará cumprir requisitos/condições individuais para gozar do aumento de prazo.Moratória individualSerá individual quando visar pessoas determinadas. O sujeito passivo terá de cumprir os requisitos dispostos em lei para gozar do aumento de prazo. Artigo 152, § único, do CTN - a lei que concede a moratória poderá restringir a aplicação a uma região do ente competente, restringir a classe e/ou categoria de sujeitos (exemplo: tragédia de Petrópolis; desempregados; idoso). ,Artigo 153 do CTN - a lei traz os requisitos da moratória. Condições que o ente terá de observar em sua lei para conceder a moratória geral ou individual. A moratória, salvo em disposto em lei, somente poderá albergar créditos vencidos ou o lançamento com a notificação, ou seja, créditos já constituídos. Jamais poderá ser concedida a moratória em caso de fraude e sonegação. - artigo 154, § único, do CTN.A moratória individual não gera direito adquirido, pois o indivíduo precisa cumprir requisitos e que a autoridade administrativa comprove se os requisitos foram albergados. Se comprovar que o indivíduo mentiu, pode ser revogado de ofício, podendo cobrar Juros + Multa se com dolo e Juros se sem dolo - artigo 155, do CRN.Artigo 195, §11, da CF - Não pode ser concedida a moratória sobre contribuições incidentes sobre folha de pagamento não poderão ser parceladas em mais de 60 parcelas. (INSS, Contribuição Patronal).b) DEPÓSITOArtigo 151, inciso II, do CTNSúmula 112 do STJ Depósito integral e em dinheiroO depósito é opção. A parte faz se quiser. Poderá ainda ser realizado em qualquer fase do processo. Forma de garantia.O depósito não significa confissão e sim como uma poupança forçada, evitando a mora. Pode ser uma garantia do juízo, suspende a exigibilidade - certidão positiva com efeito de negativa (artigo 206 do CTN), evita a mora.Se ocorrer antes do lançamento, também terá como resultado a constituição do crédito tributário, conforme o entendimento do STJ.O saque só poderá ocorrer após o trânsito em julgadoSúmula Vinculante 28 do STF: Não pode exigir depósito como condição de ação.c) RECURSO ADMINISTRATIVOArtigo 151, inciso III, do CTN.Enquanto houver a discussão do recurso administrativo, o Fisco não poderá cobrar o crédito tributário. Basta interpor para que ocorra a suspensão.O Recurso Administrativo não é ato privativo de advogado e essa defesa será regulada conforme lei própria do ente competente. Não poderá ser exigido algum valor para que ocorra a realização do recurso administrativo - Súmula Vinculante 21 do STF. NENHUM VALOR PODERÁ SER EXIGIDO COMO FORMA/CONDIÇÃO DE RECEBER RECURSO ADMINISTRATIVO.A interposição de recurso administrativo fora do prazo também suspende o crédito tributário, desde que ainda não haja ação.d) Liminar no mandado de segurança - artigo 151, inciso IV, do CTNNão basta pedir para suspender, o juízo deverá deferir. e) Tutela provisória, por rito comum - artigo 151, inciso V, do CTNNão basta pedir para suspender, o juízo deverá deferir. f) ParcelamentoArtigo 151, inciso VI, do CTNO parcelamento também é uma forma de aumentar o prazo de pagamento para aquele que deve tributo. Diferentemente da moratória, exige que durante o seu prazo vá pagando de forma parcelada o crédito tributário. Terá de pagar de forma fracionada. Pode conceder o parcelamento: Artigo 155 A do CTNO ente competente para seus respectivos tributos através de lei específicaArtigo 155 A, §1º, do CTN. PODE A LEI QUE CONCEDE O PARCELAMENTO EXCLUIR EM TODO OU EM PARTE JUROS E MULTA, DESDE QUE ESTEJA EXPRESSO EM LEI ! Artigo 155 A, §2º, do CTN - O parcelamento pode ser individual ou geral.Artigo 155 A, §3º, do CTN - Os entes competentes poderão conceder parcelamento através de lei específica para devedores que estão em recuperação judicial. Artigo 155 A, §4º, do CTN - se o ente não criar lei específica, utilizará a lei geral do ente para devedores em recuperação judicial. Essa não pode ter prazo de parcelamento inferior à lei federal específica.
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