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Direito Tributário

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Rede e-Tec BrasilAula 3 - Direito Tributário 37
Aula 3. Direito Tributário 
Objetivo:
• diferenciar algumas espécies de tributos e perceber sua impor-
tância prática.
Caro(a) estudante,
É comum ouvirmos falar sobre a carga tributária no Brasil. Fala-se sempre 
que ela é extremamente elevada, tanto sobre a pessoa jurídica quanto sobre 
a pessoa física. Nesta aula iremos apresentar a você algumas espécies de 
tributo e auxiliá-lo (a) a perceber a importância desta temática. 
3.1 Aspectos gerais 
Como tratamos na conversa inicial, ouvimos falar muito sobre a carga tri-
butária do nosso país. Estima-se que ela corresponda a, aproximadamente, 
32% do Produto Interno Bruto - PIB. Além disso, o sistema tributário brasi-
leiro é um dos mais complexos do mundo - atualmente, fala-se na existência 
de cerca de sessenta tributos vigentes. 
Diante desse contexto, a classe empresarial verificou a necessidade de ge-
renciar as obrigações tributárias, já que elas influenciam significativamente o 
custo da maioria das empresas. 
Dessa forma, é de responsabilidade dos administradores e, especialmente, 
dos contabilistas, o gerenciamento contábil e financeiro desses tributos. Por-
tanto, é fundamental que o contabilista conheça a legislação tributária, de-
vido às suas responsabilidades quanto a eficácia e a eficiência deste geren-
ciamento. Caso o contabilista interprete ou pratique as normas tributárias 
erroneamente, poderá ser responsabilizado. 
O Código Tributário Nacional (CTN), em seu artigo 96 da Lei nº. 5.172/1966, 
conceitua a Legislação Tributária da seguinte forma: 
De maneira geral, tributo é 
um pagamento compulsório em 
moeda. Todavia, se autorizado 
por lei, o pagamento poderá ser 
feito em outro valor que possa 
ser expresso em moeda. 
Rede e-Tec Brasil 38 Legislação Trabalhista, Tributária e Empresarial
Artigo 96. A expressão “legislação tributária” compreende as leis, os 
tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas com-
plementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e rela-
ções jurídicas a eles pertinentes. 
Um ponto importante a ser observado nessa definição é o que está remetido 
à frase “versem no todo ou em parte”. Isso quer dizer que há leis que tra-
tam exclusivamente de tributos e relações jurídicas a eles pertinentes, mas, 
também, existem leis que têm como objetivo outros assuntos, mas tratam 
em parte sobre tributos e suas respectivas relações jurídicas. 
De acordo com o Código Tributário Nacional (CTN), em seus artigos 3º ao 5º 
da Lei nº. 5.172/ 1966, tributo é definido da seguinte maneira: 
Artigo 3º. Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda 
ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato 
ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa 
plenamente vinculada.
Artigo 4º. A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo 
fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualifi-
cá-la: 
I -a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
II -a destinação legal do produto da sua arrecadação.
Artigo 5º. Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. 
De acordo com Filho e Rocha (2002), uma forma de entender a definição de 
tributo proposta pelo Código Tributário Nacional é decompor sua definição 
da seguinte forma: 
a) Prestação pecuniária: significa que o tributo deve ser pago em unidades 
de moeda corrente. 
b) Compulsória: obrigação independente da vontade do contribuinte. 
c) Em moeda ou cujo valor se possa exprimir: os tributos são expressos em 
moeda corrente nacional (reais) ou por meio de indexadores (ORTN, OTN, 
Rede e-Tec BrasilAula 3 - Direito Tributário 39
BTN, Ufir). 
d) Que não se constitua sanção de ato ilícito: as penalidades pecuniárias ou 
multas não se inserem no conceito de tributo; dessa forma, o pagamento de 
tributo não decorre de infração de determinada norma ou descumprimento 
da lei. 
e) Instituída em lei: existe apenas a obrigação de pagar o tributo se uma 
norma jurídica com força de lei estabelecer essa obrigação. 
f) Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada: a auto-
ridade não possui liberdade para escolher a melhor oportunidade de cobrar 
o tributo; a lei já estabelece todos os passos a serem seguidos. 
Os autores citados lembram ainda que, quanto às espécies de tributos, o 
Sistema Tributário Nacional está estruturado de forma a permitir ao Estado, 
conforme artigo 5º mencionado anteriormente, cobrar: 
• Impostos: representam o instrumento do qual o Estado dispõe tanto para 
conseguir recursos quanto para direcionar o comportamento da econo-
mia. 
• Por meio dos impostos, é possível a gestão da administração pública 
como também os investimentos em obras públicas. 
• Taxas: são vinculadas à utilização efetiva ou potencial pelo contribuinte 
de serviços públicos, como, por exemplo, a taxa de poder de polícia. 
• Contribuições de melhoria: são tributos cobrados quando o poder pú-
blico proporciona algum benefício aos contribuintes por meio de obras 
públicas. 
Os impostos são os tributos de maior significância e, consequentemente, de 
maior valor. Assim, a Constituição de 1988, estabeleceu a competência de 
cobrança desses tributos, dividindo-os, nos três âmbitos do governo: federal, 
estadual e municipal. 
Compete à União instituir os impostos sobre rendas e proventos de qual-
quer natureza, operações financeiras, propriedade rural, produtos industria-
lizados, importação e exportação. São exemplos de impostos federais: 
Rede e-Tec Brasil 40 Legislação Trabalhista, Tributária e Empresarial
• Imposto de Renda - IR: imposto sobre a renda de qualquer natureza. 
• Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI: imposto incidente sobre 
produtos industrializados, nacionais e estrangeiros. 
• Imposto sobre Operações Financeiras - IOF: incidente sobre operações de 
crédito, operações de câmbio e seguro ou relativas a títulos ou valores 
mobiliários. 
• Imposto Territorial Rural - ITR: é o imposto aplicado em propriedades 
rurais. 
Já no âmbito estadual, compete aos estados e ao Distrito Federal instituir 
os impostos sobre operações sobre a circulação de mercadorias, prestações 
de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e propriedade de 
veículos automotores. São exemplos de impostos estaduais: 
• Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS: é o imposto 
incidente sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre 
prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de 
comunicação. 
• Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores - IPVA: é o imposto 
incidente sobre a propriedade de veículos automotores, qualquer que 
seja a sua natureza; alcança, portanto, veículos rodoviários, aeroviários e 
aquaviários (marítimos, fluviais e lacustres). 
Já aos municípios cabem os impostos sobre propriedade urbana; transmis-
são inter vivos de bens imóveis e serviços de qualquer natureza. São exem-
plos de impostos municipais: 
• Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU: imposto 
incidente sobre o imóvel pertencente à zona urbana do município e que 
esteja situado em local que tenha os melhoramentos básicos de infraes-
trutura definidos em Lei. 
• Imposto sobre Transmissão Inter Vivos de Bens e Imóveis e de Direitos 
Reais a eles relativos - ITBI: é o imposto cobrado sobre transmissão/cessão 
de bens imóveis, ou seja, transações que envolvam imóveis. 
Rede e-Tec BrasilAula 3 - Direito Tributário 41
• Impostos Sobre Serviços - ISS: é o imposto sobre serviços de qualquer 
natureza, de competência dos municípios e do Distrito Federal, tem 
como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa à Lei 
Complementar n° 116/2003, ainda que esses não se constituam como 
atividade preponderante do prestador. 
Assim, diante dessa enorme gama de possibilidades, o governo criou vários 
tributosque, atualmente, são alvo de discussões econômicas e políticas. No 
ano de 2006, foi criado o Super Simples (simples federal), que teve como 
objetivo criar uma única alíquota para nove impostos (divididos entre as três 
esferas governamentais) com o intuito de beneficiar as micro e pequenas 
empresas. Todavia, algumas deficiências foram constatadas e essa ação do 
governo gerou ainda mais discussões. 
3.2 Princípios 
Haja vista a superioridade da Lei Constitucional Federal sobre as demais, 
os princípios tributários instituídos pela Constituição Federal de 1988 esta-
belecem que as normas jurídicas só têm validade se editadas em rigorosa 
consonância com eles. Com base na Constituição, veja os princípios listados 
abaixo: 
• Princípio da Legalidade - É vedado aos governos públicos (União, esta-
dos, distrito federal e municípios) exigir ou aumentar tributo sem lei que 
o estabeleça. 
• Princípio da isonomia tributária - É vedado aos governos públicos instituir 
tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação 
equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profis-
sional ou função por eles exercida, independentemente da denominação 
jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos. 
• Princípio da irretroatividade tributária - É vedado cobrar tributos em rela-
ção a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os 
houver instituído ou aumentado. 
• Princípio da anterioridade - É vedado cobrar tributos no mesmo exercício 
financeiro em que tenha sido publicada a lei que os instituiu ou aumen-
tou. 
Rede e-Tec Brasil 42 Legislação Trabalhista, Tributária e Empresarial
• Princípio da Competência - O exercício da competência tributária é dado 
à União, aos estados, ao distrito federal ou aos municípios por meio de 
suas casas legislativas, não sendo permitida qualquer delegação ou pror-
rogação desta competência para outro ente que não seja o previsto pela 
constituição. 
• Princípio da uniformidade geográfica - A tributação da União deverá ser 
uniforme em todo o território nacional, não podendo criar distinções em 
relação aos estados, aos municípios e ao distrito federal. 
• Princípio da não-discriminação tributária - Proíbe a manipulação de alí-
quotas, bases de cálculo ou qualquer outra fórmula tributária em bene-
fício ou prejuízo da economia da União, dos estados ou dos municípios. 
• Princípio da capacidade contributiva - Estabelece o princípio da capaci-
dade econômica do contribuinte, que, por mera definição, seria a pos-
sibilidade econômica de pagar tributos. É considerada subjetiva quando 
se refere à condição pessoal do contribuinte; é objetiva quando leva em 
conta manifestações objetivas de riqueza do contribuinte (bens imóveis, 
títulos etc.). 
• Princípio da autoridade tributária - Aparece o princípio da autoridade 
tributária e são justificadas as prerrogativas da administração tributária. 
• Princípio da tipologia tributária - As taxas e os impostos não podem ter 
a mesma base de cálculo; portanto, as espécies tributárias são definidas 
pela distinção de dois fatores: hipótese de incidência e base de cálculo. 
3.3 Elementos Fundamentais dos Tributos 
A obrigação tributária é a relação de Direito Público em que o Estado (su-
jeito ativo) pode determinar ao contribuinte (sujeito passivo) uma prestação 
(objeto) nos termos e nas condições descritos na lei (fato gerador). 
São elementos fundamentais da obrigação tributária: 
• Lei: é o principal elemento da obrigação. É ela quem cria os tributos e 
determina as condições de sua cobrança. 
• Objeto: representa as obrigações que o sujeito passivo (contribuinte) deve 
Obrigação tributária - É 
importante destacar que nasce 
uma obrigação quando, numa 
relação jurídica, por meio de um 
credor (uma pessoa), 
pode-se exigir do devedor 
(outra pessoa) uma prestação, 
determinada por 
uma prévia determinação legal 
ou de manifestação de vontade.
Rede e-Tec BrasilAula 3 - Direito Tributário 43
cumprir, segundo as determinações da lei. As obrigações consistem em: 
pagamento da obrigação principal, ou seja, pagar o valor referente ao 
tributo devido ou à multa por não cumprimento da obrigação principal; 
e pagamento da obrigação acessória, que se trata de pagar formalida-
des complementares, destinadas a comprovar a existência e os limites da 
operação tributada e a exata observância da legislação aplicável. 
• Fato Gerador: é o que gera a obrigação de pagar o tributo, ou seja, é a 
situação definida em lei como necessária e suficiente para sua ocorrên-
cia. Por exemplo, para o imposto de renda, o fato gerador é a obtenção 
de renda e proventos de qualquer natureza, tanto por pessoas físicas 
quanto jurídicas.
De acordo com a Constituição Federal, a base de cálculo deve ser definida 
por Lei Complementar. Caso haja alteração, essa deve estar em consonância 
com os princípios constitucionais da legalidade, da anterioridade e da irre-
troatividade.
• Alíquota - A alíquota representa o percentual aplicado sobre a base de 
cálculo para determinar o valor correspondente ao tributo a ser reco-
lhido. Esse percentual é definido por lei e, tal como a Base de Cálculo, 
deve estar de acordo com os princípios constitucionais da legalidade, da 
anterioridade e da irretroatividade.
3.4 Imunidade e Isenção Tributárias
A imunidade caracteriza-se pelo privilégio concedido a alguma pessoa para 
que essa se isente da obrigação legal, mediante uma imposição da legisla-
ção, não sendo obrigado a fazer ou a cumprir encargo de obrigação legal.
Alguns exemplos de imunidades concedidas são: imunidade diplomática, 
imunidade judicial, imunidade parlamentar e imunidade tributária.
Para a imunidade tributária, a Constituição Federal, em seu artigo 150, esta-
belece os seguintes tópicos:
• Vedação de entes estatais instituírem impostos sobre o patrimônio, a ren-
da ou os serviços uns dos outros (somente o governo público).
• Vedação de entes estatais instituírem impostos sobre o patrimônio, a ren-
Rede e-Tec Brasil 44 Legislação Trabalhista, Tributária e Empresarial
da e os serviços das entidades mantenedoras de templos de qualquer 
culto.
• Vedação de entes estatais instituírem impostos sobre o patrimônio, a ren-
da e os serviços das entidades representativas de partidos políticos, sin-
dicatos de trabalhadores, instituições de educação e de assistência sem 
fins lucrativos. 
• Vedação de entes estatais instituírem impostos sobre livros, jornais, peri-
ódicos e papéis destinados à impressão desses. 
Já a isenção caracteriza-se como a dispensa, a imunidade e a concessão 
atribuída a alguma pessoa para que se livre, se esquive ou se desobrigue 
de algum encargo que todos devem pagar ou para que se livre de qualquer 
obrigação. 
Os principais exemplos de imunidade e isenção tributária do Imposto de 
Renda, por exemplo, são: 
• Templo de qualquer culto: representa a edificação pública para cultos 
religiosos de qualquer religião que não tenha finalidade econômica. 
• Instituição de educação sem fins lucrativos: caracteriza-se como o esta-
belecimento de ensino que se dedica tanto à educação quanto à cultura 
em geral. 
• Instituição de assistência social: caracteriza-se como sendo uma entidade 
sem fins lucrativos com o intuito de prestar serviços sociais à comunida-
de. 
• Partido político: caracteriza-se pela organização cujos membros realizam 
ações em comum, com objetivos políticos e sociais. 
• Entidade sindical de trabalhadores: é uma entidade que administra os 
interesses de uma determinada classe social ou profissional. 
3.5 Alguns tributos relevantes 
Como você já pode ter observado existem diversos tributos no nosso país. 
Porém agora, iremos nos ater em algumas espécies de tributos mais relevan-
Contribuinte e responsável: 
Em todas as obrigações existe 
de um lado o sujeito ativo e de 
outro o sujeito passivo. O sujeito 
ativo, no caso da obrigação 
tributária, éo governo público, 
que criou o tributo. Já o sujeito 
passivo, de acordo com o Código 
Tributário, configura-se sob duas 
formas:
• Contribuinte: é o sujeito 
que tem relação direta e pessoal 
com a situação que constitui o 
respectivo fato gerador.
• Responsável: é o sujeito 
que não tem condição de 
contribuinte (não pratica o 
ato que enseja a condição de 
contribuinte). Todavia, 
 tem obrigação decorrente de 
dispositivo legal.
Rede e-Tec BrasilAula 3 - Direito Tributário 45
tes para nossa área. Acompanhe:
Imposto de Renda - IR 
O Regulamento do Imposto de Renda foi criado com o objetivo de consoli-
dar todas as leis e dispositivos que regulamentam e normatizam este impos-
to. Esse Regulamento foi redigido também, para o recolhimento de imposto 
de renda de pessoas físicas e jurídicas.
A sua organização é feita por assunto, separando as normas e os regulamen-
tos de pessoas físicas dos de pessoas jurídicas. 
Este regulamento é de suma importância para a contabilidade, já que 
a tributação de imposto de renda influencia todos os campos de atu-
ação de um contador.
Esse tributo é classificado e definido como aquele que incide sobre o resulta-
do positivo (lucro) das empresas, proveniente da diferença entre as receitas 
reconhecidas (ganhas) e as despesas que foram incorridas (consumidas) no 
período. 
O Imposto de Renda é de competência da União e o seu recolhimento é 
feito de forma direta sobre a renda tanto da pessoa física quanto da pessoa 
jurídica. 
Para as personalidades jurídicas (empresas), a incidência do Impostode Ren-
da acontece devido à obtenção de resultados positivos (lucros) em suas ope-
rações, independentemente do segmento (industriais, comerciais, de pres-
tação de serviços ou mercantis), como também nos aumentos patrimoniais 
decorrentes dos ganhos de capital e outras receitas não operacionais.
De acordo com o Artigo 44 do Código Tributário Nacional, a base de cálculo 
do imposto é o montante real, presumido ou arbitrado, das rendas e dos 
proventos tributáveis.
Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN
O ISSQN é um tributo de competência dos municípios. Ele incide sobre os 
serviços prestados pelas empresas ou pelos profissionais autônomos.
Existem alguns serviços que não são tributados pelo ISSQN, pois o Estado e 
a União já o fazem. Como exemplo, citamos a prestação de serviços de tele-
Renda, para efeitos tributários, 
deve ser entendida como aquela 
que abrange tanto a renda 
propriamente dita quanto os 
proventos, ou seja, compreende 
o produto do capital, do trabalho 
ou da combinação de ambos, 
como também os acréscimos 
patrimoniais. Assim, de acordo 
com o exposto, ‘proventos’ 
compreende os acréscimos 
patrimoniais das entidades 
jurídicas, excluindo o produto do 
capital ou do trabalho. 
A legislação introduziu a figura 
do Lucro Presumido como uma 
alternativa opcional para alguns 
tipos de pessoas jurídicas, 
geralmente de pequeno porte 
e de menor nível de estrutura, 
facilitando as rotinas 
burocráticas e administrativas. 
Todavia, as demais empresas 
devem tributar a partir da 
apuração do Lucro Real, por 
mais que envolva uma maior 
complexidade na execução das 
rotinas contábeis e tributárias.
Rede e-Tec Brasil 46 Legislação Trabalhista, Tributária e Empresarial
comunicações, os serviços de geração e fornecimento de energia elétrica, os 
transportes em geral, entre outros.
Para a existência do ISSQN, alguns elementos são essenciais. Caso não exis-
ta um deles, não será possível a incidência tributária. São eles:
• Efetividade e habitualidade do serviço prestado.
• Autonomia do serviço prestado.
• Finalidade lucrativa da atividade prestada. 
O fato gerador do ISSQN corresponde à prestação de serviços constantes da 
legislação, mesmo que esta prestação esteja vinculada ao fornecimento de 
mercadorias. Portanto, os contribuintes (pessoa jurídica ou natural) são os 
prestadores desses serviços especificados.
É importante ressaltar a existência de algumas figuras que não são conside-
radas contribuintes. É o caso de quem presta serviços com vínculo empre-
gatício, dos trabalhadores avulsos e, também, dos diretores e membros dos 
conselhos consultivo e fiscal.
A base de cálculo para esse imposto é o preço do serviço, ou seja, a receita 
bruta a ele correspondente sem nenhuma dedução, exceto os descontos ou 
abatimentos concedidos.
A construção civil é um exemplo dessa exceção, visto que já é permitida, em 
alguns municípios, a dedução do valor de materiais adquiridos de terceiros 
e das faturas de subempreitadas já tributadas do ISSQN da receita de venda.
Outra exceção é quando os serviços são executados sob a forma de trabalho 
pessoal do próprio contribuinte ou quando se referem à prestação de ser-
viços por sociedades profissionais. Nesses casos, a base de cálculo é outra, 
fixada por legislação específica.
O imposto é devido para o município no qual se encontra o estabelecimento 
do prestador do serviço ou, caso não haja estabelecimento, o local de domi-
cílio do prestador é que será levado em consideração.
É importante, neste momento, 
conceituarmos alguns termos 
utilizados pela legislação 
tributária e fiscal.
Exercício Social: é o espaço 
de tempo em que no final os 
contribuintes são obrigados a 
apurar os seus resultados
e preparar as demonstrações 
contábeis, para efeitos 
comerciais, tributários e 
societários. A duração do período 
social é de um ano e pode ou não 
coincidir com o ano-calendário.
Exercício Financeiro: é o 
período coincidente ao ano-
calendário. Utiliza-se dizer apenas 
exercício.
Ano-calendário: é o período 
de doze meses com início em 1º 
de janeiro e com término em 31 
de dezembro, designando o ano 
de ocorrência do fato gerador da 
obrigação fiscal.
Ano-base: expressão antiga que 
foi substituída por ano-calendário.
Ano civil: é um período de doze 
meses contados a partir de 
determinado dia.
Por exemplo: de 1º de abril de 
2007 a 30 de março de 2008.
Período-base: é o período de 
incidência do Imposto de Renda 
Pessoa Jurídica, isto é, o período 
de apuração da base de cálculo. 
Para o Lucro Real, o 
Presumido e o Arbitrado, o 
período é trimestral; e, para o 
Lucro Real por estimativa, é anual 
com recolhimentos mensais.
Período de apuração: refere-se 
ao período-base de apuração do 
IRPJ.
O ISSQN incide sobre os serviços 
relacionados na legislação 
básica de acordo com o Decreto-
Lei nº. 406/1968 e com a Lei 
Complementar nº.56/1987. 
Caso haja algum serviço que 
não esteja relacionado nessa 
legislação, não é obrigatório o 
pagamento do imposto. 
Rede e-Tec BrasilAula 3 - Direito Tributário 47
Imposto sobre operações relativas à Circulação de Merca-
dorias e sobre prestação de Serviços de transporte inte-
restadual e intermunicipal e de comunicação - ICMS
O ICMS é o imposto de competência dos Estados e do Distrito Federal, e os 
princípios constitucionais que o regem são a não-cumulatividade e a seleti-
vidade.
O ICMS já está incluso no preço final (tanto de venda quanto de compra) 
de determinado produto de uma empresa, ou seja, ao comprar qualquer 
mercadoria, o ICMS já estará incluso no preço que será pago ao fornecedor; 
e quando a mercadoria for revendida, o preço de venda que será pago pelo 
cliente deve, também, incluir a parcela correspondente ao ICMS. 
Portanto, todas as empresas que realizam transações com mercadorias sujei-
tas à incidência do ICMS terão que pagar esse tributo. O valor corresponde à 
diferença entre o ICMS pago a seus fornecedores na compra de mercadorias 
e o ICMS cobrado de seus clientes na venda dessas mercadorias. 
A base legal para a incidência do ICMS está regulamentada pela Lei Com-
plementar nº. 87/1996 e pelos convênios firmados entre os diversos estados, 
em que cada um tem sua regulamentação específica. 
Assim, o fato gerador do ICMS corresponde à circulação de mercadorias ou 
à prestação de determinados serviços, seguindo algunsrequisitos: 
• Saídas de mercadorias de qualquer tipo de estabelecimento. 
• Prestação de serviços de transportes interestaduais ou intermunicipais e 
de comunicações. 
• Entradas de mercadorias importadas em qualquer tipo de estabelecimen-
to. 
• Fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias em restau-
rantes, bares, cafés etc. 
Os contribuintes de ICMS são, portanto, todas as pessoas naturais ou jurídi-
cas que, de modo habitual, pratiquem operações relacionadas à circulação 
de mercadorias, ou que prestem serviços de transporte interestadual ou in-
termunicipal, de comunicações e de telecomunicações. 
Rede e-Tec Brasil 48 Legislação Trabalhista, Tributária e Empresarial
Pela legislação, é criada a figura do substituto tributário, que é aquele obri-
gado a calcular, cobrar e recolher o imposto devido nas operações subse-
quentes, simplificando-se, assim, as movimentações de pequeno valor e as 
de grande circulação, proporcionando um controle mais efetivo na arreca-
dação do tributo. 
A base de cálculo do ICMS é, na maioria das vezes, o valor da operação com 
mercadorias incluindo as importâncias acessórias como fretes e seguros pa-
gos pelo comprador, excluídos os descontos concedidos. 
A alíquota aplicada à base de cálculo é determinada individualmente em 
cada estado pela legislação estadual. 
Acompanhe: no estado de São Paulo, para as operações internas, a alíquota 
é de 18%; para as operações interestaduais com saídas para os estados das 
regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e Espírito Santo, a alíquota é de 
7%; para as operações interestaduais com saídas para os estados das regiões 
Sul e Sudeste, a alíquota é de 12%. 
O prazo de recolhimento do ICMS é estabelecido de acordo com a Classifi-
cação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE, e pelo Código de Prazo 
de Recolhimento - CPR. Portanto, a classificação é feita por meio do ramo de 
atividade da empresa e o seu recolhimento é mensal. 
O ICMS pode ser recuperado pelas empresas por meio da compra de mer-
cadorias. 
Portanto, as empresas que adquirem mercadorias para revenda, ou até mes-
mo as indústrias que compram insumos para a produção do produto final, 
podem reaver o valor pago na venda por meio da contrapartida do valor 
pago na compra. 
Imposto sobre Produtos Industrializados -IPI 
O Imposto sobre Produtos Industrializados, conhecido como IPI é o imposto 
de competência da União e é cobrado de produtos industrializados nacionais 
e estrangeiros. Ele não está sujeito ao princípio constitucional da anteriori-
dade, podendo haver alteração de alíquota durante o exercício financeiro. 
Esse tributo é aplicado de acordo com a classificação do produto de acordo 
com a sua essencialidade, o que chamamos de princípio da seletividade. Por-
Rede e-Tec BrasilAula 3 - Direito Tributário 49
tanto, os produtos supérfluos (como perfumes e bebidas finas) e os nocivos 
à saúde (como os cigarros) acabam recebendo uma elevada taxação, en-
quanto os mais essenciais (como os alimentos) recebem taxação mais baixa. 
Outro fator que influencia na taxação é a política governamental e os subsí-
dios de determinados setores.
A base legal para a incidência do IPI encontra-se na Constituição Federal no 
Artigo 153, nas Leis nº. 4.502/1964 e 5.172/1966, e no Decreto Federal nº. 
2.637/1998. 
Os fatos geradores do IPI são as saídas de produtos industrializados das in-
dustrias e o desembaraço aduaneiro de produtos importados. 
Os contribuintes do IPI englobam:
• Os estabelecimentos industriais, as operações de industrialização e os 
equiparados à indústria.
• As operações de não-industrialização como: importadores, filiais de esta-
belecimento industrial e comerciantes de bens de produção.
A base de cálculo do IPI é, para o produto nacional, o preço da operação ou 
a saída da mercadoria. Já para o produto importado é a base de cálculo para 
os impostos aduaneiros acrescidos desses impostos e dos encargos cambias.
As alíquotas são variáveis e seguem a classificação dos produtos da tabela de 
incidência do IPI, de acordo com a tabela do Decreto Federal nº.4.070/2001.
As empresas industriais que adquirem matérias-primas, materiais de emba-
lagem e outros materiais para fabricação podem creditar-se do ICMS e do IPI 
pago nas aquisições de materiais para a industrialização por meio de poste-
riores vendas tributadas dos produtos acabados.
Esses impostos devem ser recuperados, pois todos os insumos foram utiliza-
dos no processo de industrialização. Assim, caracteriza a devolução de um 
valor de insumos que ainda irá passar por um processo de industrialização. 
Caso o valor do ICMS e do IPI sobre as compras corresponder a valor superior 
ao das vendas, o valor acumulado pode ser transferido a exercícios posterio-
Caracteriza-se como 
industrialização qualquer
operação que modifique a 
natureza, o funcionamento, o 
acabamento, a apresentação, a 
finalidade ou o aperfeiçoamento 
do produto para o consumo 
como: transformação,
beneficiamento, montagem,
renovação e acondicionamento. 
Rede e-Tec Brasil 50 Legislação Trabalhista, Tributária e Empresarial
res, para uma futura recuperação. 
3.6 Contribuições sociais 
A contribuição social é um tipo de tributo que tem como finalidade consti-
tucionalmente a intervenção no domínio econômico, interesse de categorias 
profissionais ou econômicas e seguridade social, mantendo a função para-
fiscal e extrafiscal. 
Segundo Grisard (2002), as contribuições sociais que também são conhe-
cidas como paraestatais, ou de previdência, após a Constituição Federal de 
1988 ganharam grande importância em sua formulação e diferenças no po-
der de tributar. 
De acordo com o art. 149 da Constituição Federal, compete à União instituir 
contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse 
das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atu-
ação nas respectivas áreas. É importante observar que estas contribuições 
são caracterizadas pela finalidade da instituição e não pela destinação do 
produto da respectiva cobrança. 
Deve-se observar as normas gerais do Direito Tributário e os princí-
pios constitucionais da legalidade e da anterioridade quando se trata 
da contribuição social. 
Grisard explica que, as contribuições que têm função parafiscal são aquelas 
de interesse de categorias profissionais ou econômicas, como por exemplo a 
seguridade social. Estas sobrevivem através de recursos financeiros de enti-
dades do poder público, desvinculadas do Tesouro Nacional, no sentido que 
possuem patrimônio próprio. 
O autor escreve ainda que as contribuições de interesse de categorias profis-
sionais ou econômicas devem compor a receita nos orçamentos das entida-
des representativas dessas categorias, enquanto as contribuições de seguri-
dade social constituem receita no orçamento da seguridade, de que trata o 
art. 165, § ºCF, são, portanto, nitidamente parafiscais. 
Em contrapartida as contribuições de intervenção no domínio econômico 
são vinculadas ao poder público. O lançamento é feito através de homo-
logação da seguinte forma: O particular antecipa o pagamento, baseado 
Rede e-Tec BrasilAula 3 - Direito Tributário 51
nos elementos que têm como corretos, sem que haja prévia avaliação pela 
administração. 
De acordo com Grisard (2002), são três as espécies de contribuição social 
abrangidas pela vigente Constituição Federal, a saber: 
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico 
Esse tipo de contribuição tem como característica ser instrumento de inter-
venção no domínio econômico e tem função nitidamente extrafiscal. A extra 
fiscalidade é entendida através do emprego dos instrumentos (por quem 
os tenha à disposição), com finalidade de não obter receita para os cofres 
públicos, mas sim de disciplinar comportamentos, tendo em vista alcançar 
objetivos econômicos ou sociais.
Qualquer tributo interfere no domínio econômico.
Contribuições de Interessede Categorias Profissionais ou 
Econômicas 
Esta espécie, segundo Grisard, caracteriza-se como de interesse de categoria 
profissional ou econômica quando destinada a propiciar a organização desta 
categoria, fornecendo recursos financeiros para a manutenção de entidade 
associativa. 
Esse tipo de contribuição não se trata de destinação de recursos arrecada-
dos, mas, sim, de vinculação da própria entidade representativa da categoria 
profissional ou econômica com o contribuinte. Isso está estabelecido nos 
termos dos artigos 8º, IV e 149 da Carta Magna, onde o sujeito ativo da 
relação tributária é a entidade. 
Com relação a contribuição que a lei prevê, esta se refere o artigo 149, 
esclarecendo que a ressalva está indicando a entidade representativa da ca-
tegoria profissional, ou econômica, como credora das duas contribuições. A 
primeira contribuição é aquela fixada pela assembléia geral, de natureza não 
tributária. A segunda, por sua vez, trata daquela prevista em lei, fundamen-
tada no artigo 149 da Constituição Federal. 
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social 
- COFINS 
A base para a regulamentação da Seguridade social brasileira é a Constitui-
ção brasileira em seu título VIII (da Ordem Social), nos artigos 194 a 204. 
De acordo com o artigo 8º, IV/
CF a Assembléia Geral fixará a 
contribuição que, em se tratando 
de categoria profissional, será 
descontada em folha, para 
custeio do sistema confederativo 
da representação sindical 
respectiva, independente da 
contribuição social prevista em 
lei. 
Rede e-Tec Brasil 52 Legislação Trabalhista, Tributária e Empresarial
Dessa forma, o artigo 194, em seu caput determina que a seguridade social 
é composta de: 
• assistência social: política social de proteção gratuita aos necessitados; 
• previdência social: mecanismo público de proteção social e subsistência 
proporcionados mediante contribuição; 
• saúde pública: espécie da seguridade social (por efeito da Constituição) 
destinada a promover redução de risco de doenças e acesso a serviços 
básicos de saúde e saneamento. 
A seguridade social, no que tange a gestão do Regime Geral de Previdência 
Social, é organizada pelo Ministério da Previdência Social e sua execução fica 
a cargo do Instituto Nacional do Seguro Social, com o auxílio das secretarias 
estaduais de assistência social. Envolve também o Ministério da Saúde, o 
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e o Ministério do 
Trabalho e Emprego. 
Podemos citar ainda os Regimes Próprios de Previdência, que estão sob ges-
tão dos entes federativos (estados, municípios, distrito federal) que optarem 
pela sua criação, assim como a Saúde e a Assistência Social podem também 
ser assumidas pelos entes federativos. 
Para ficar claro: A seguridade social é uma obrigação constitucional 
do Estado brasileiro, porém isso não quer dizer que outros órgãos 
(filantrópicos ou com finalidade de lucro/iniciativa privada) também 
não possam atuar nas áreas previdenciárias (previdência privada, por 
exemplo), saúde pública (planos particulares) e assistência social (en-
tidades religiosas). Em uma situação como essa, os órgãos podem firmar 
convênios com os entes públicos e seguirem leis gerais para que possam 
atuar com uniformidade e responsabilidade. 
Assim a COFINS é, atualmente, regulada pela Lei 9.718/98, com as altera-
ções subsequentes, sendo seus contribuintes as pessoas jurídicas de direito 
privado. Também são consideradas as pessoas equiparadas as pessoas jurí-
dicas pela legislação do Imposto de Renda, com exceção as microempresas 
e as empresas de pequeno porte submetidas ao regime do Simples Federal 
(Lei 9.317/96) e, a partir de 01.07.2007, do Simples Nacional (LC 123/2007). 
A partir de 01 de fevereiro 
de 1999, com a edição da Lei 
9.718/98, a base de cálculo da 
contribuição é a totalidade das 
receitas auferidas pela pessoa 
jurídica, sendo irrelevante o tipo 
de atividade por ela exercida e 
a classificação contábil adotada 
para as receitas. Disponível 
em <http://www.maph.com.
br/tematica/pisecofins.htm> 
Acesso em: 23 out. 2013. 
Rede e-Tec BrasilAula 3 - Direito Tributário 53
A alíquota geral é de 3% (a partir de 01.02.2001) ou 7,6% (a partir de 
01.02.2004) na modalidade não cumulativa. Entretanto, para determinadas 
operações, a alíquota é diferenciada. 
Segundo as informações do site Portal Tributário, foi a partir da competência 
janeiro/2007, que o PIS e a COFINS passaram a ser recolhidos até o dia 20 
do mês seguinte ao da competência (o último dia útil do segundo decêndio 
subsequente ao mês de ocorrência do fato gerador) - novo prazo fixado pe-
los artigos 7º e 11 da MP 351/2007. 
Este site informa também que antecipa-se o recolhimento se no dia 20 não 
houver expediente bancário, como por exemplo: os tributos da competência 
do período janeiro/2007 vencerão no dia 16.02.2007, pois nos dias 19 e 20 
de fevereiro não haverá expediente bancário (carnaval). 
Para os importadores de cigarros, o recolhimento das contribuições do PIS 
e COFINS tem uma normatização própria: devem ser efetivados na data do 
registro da declaração de importação no SISCOMEX (art. 53 e 54 da Lei 
9.532/97). 
Resumo
Esta aula tratou do Direito Tributário, fazendo referência às principais tribu-
tações existentes no Brasil, lembrando que estima-se a existência de mais de 
66 tributos existentes no país hoje em dia, sendo o sistema brasileiro um dos 
mais complexos do mundo. 
Até a competência 
dezembro/2006 (vencimento 
janeiro/2007), o recolhimento 
do PIS e da COFINS eram feitos 
até o último dia útil da primeira 
quinzena (dia 15 ou o último dia 
útil anterior, se o dia 15 não for 
útil) do mês seguinte ao mês de 
ocorrência dos fatos geradores.
A sigla PIS significa Programa 
de Integração Social que é um 
direito voltado, principalmente, 
aos trabalhadores que são 
vinculados a ele há mais de cinco 
anos. O PIS é um programa que 
foi criado pelo Governo Federal 
que tem como principal objetivo 
promover a integração entre 
o empregado na vida e no 
desenvolvimento das empresas, 
visando uma melhor distribuição 
da renda nacional. O PIS é 
destinado aos empregadores 
do setor privado e são estas 
pessoas, as quais devem 
providenciar o cadastramento 
do trabalhador admitido e que 
comprove não estar inscrito no 
PIS ou PASEP que é Programa 
de Formação do Patrimônio do 
Servidor Público. O cadastro 
do PIS deve ser feito pelo 
empregador logo na primeira 
admissão do trabalhador através 
de um formulário que se chama 
Documento de Cadastramento 
do Trabalhado (DCT). Disponível 
em : <http://nainternet.net/
como-saber-se-tenho-direito-ao-
pis.html> Acesso em: 23 out. 
2013.
Rede e-Tec Brasil 54 Legislação Trabalhista, Tributária e Empresarial
Atividades de aprendizagem 
1. Diante das alternativas abaixo, identifique se estão erradas (e) ou certas (c) 
(Fonte:http://www.vemconcursos.com/opiniao/index.phtml?page_
ordem=assunto&page_id=1605&page_print=1)
a) (ESAF/PFN/98) Entidades não estatais, como o SENAI e o SENAC, por 
exemplo, podem ter o poder de tributar, desde que a lei lho conceda. ( )
b) (ESAF/PFN/98) A competência tributária pode ser transferida, mediante 
lei, para entidade estatal distinta ou para pessoa jurídica não estatal. ( )
c) (CESPE/PROCURADOR/INSS/98) Diferentemente da capacidade tributária 
ativa, que é passível de delegação, a competência tributária é absolutamente 
indelegável. ( )
d) (ESAF/AFTN/96) União, Estados, Municípios e Distrito Federal podem dele-
gar capacidade para instituir, arrecadar e fiscalizar um tributo. ( )
e) (ESAF/AFTN/96) União, Estados, Municípios e Distrito Federal podem de-
legar capacidade para arrecadar e fiscalizar um tributo. ( )
f) (ESAF/AFTN/96) União, Estados, Municípios e Distrito Federal não podem 
delegar capacidade tributária ativa. ( )
Estudante,
Você acaba de finalizar a penúltima aula da disciplina legislação trabalhista, 
tributáriae empresarial. Os conhecimentos até aqui adquiridos são de gran-
de valia para o mercado profissional e você já deu um grande passo, pois 
reconhecer a nossa Legislação para esses segmentos já é um diferencial na 
formação de qualquer profissional, principalmente na área que você está se 
qualificando. Siga em frente, persista e aproveite a próxima aula que tratará 
do Direito empresarial.

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