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INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: COMO IDENTIFICAR E EVITAR INTERAÇÕES PREJUDICIAIS ENTRE MEDICAMENTOS NA FISIOTERAPIA. As interações medicamentosas ocorrem quando dois ou mais medicamentos interagem entre si, afetando seus efeitos no organismo. Essas interações podem ser benéficas, prejudiciais ou ter efeitos neutros, dependendo das substâncias envolvidas e de como elas interagem. Identificar e evitar interações medicamentosas prejudiciais é fundamental para garantir a segurança e a eficácia do tratamento médico. Abaixo, exploramos como essas interações ocorrem e como podem ser evitadas. Tipos de Interações Medicamentosas: 1. Farmacodinâmicas: Essas interações ocorrem quando dois medicamentos atuam sobre o mesmo sistema de órgãos ou alvo no organismo, potencializando ou antagonizando seus efeitos. Por exemplo, a combinação de dois medicamentos para baixar a pressão arterial pode resultar em uma redução excessiva da pressão, levando à hipotensão. 2. Farmacocinéticas: Refere-se às mudanças na absorção, distribuição, metabolismo e excreção de um medicamento devido à presença de outro medicamento. Um exemplo é quando um medicamento interfere no metabolismo hepático de outro, alterando seus níveis no sangue. Fatores de Risco para Interações Medicamentosas: Existem vários fatores que aumentam o risco de interações medicamentosas, incluindo: • Uso de Múltiplos Medicamentos: Quanto mais medicamentos uma pessoa toma, maior a probabilidade de interações. • Idade: Idosos geralmente têm maior risco devido a mudanças na função renal e hepática. • Condições de Saúde Subjacentes: Certas doenças podem afetar a absorção, metabolismo e excreção de medicamentos. Identificação de Interações Medicamentosas: A identificação de potenciais interações medicamentosas começa com uma revisão completa da lista de medicamentos do paciente. Existem recursos, como bancos de dados online e programas de gerenciamento de prescrições, que podem ajudar os profissionais de saúde a identificar interações. É importante considerar: • Medicamentos Prescritos: Verificar se os medicamentos prescritos pelo médico podem interagir entre si ou com medicamentos de venda livre. • Suplementos e Fitoterápicos: Incluir suplementos vitamínicos, ervas e produtos de venda livre na análise, pois eles também podem interagir com medicamentos. • Histórico Médico e Medicamentoso: Conhecer o histórico médico e medicamentoso do paciente, incluindo alergias, pode ser crucial para evitar interações perigosas. Prevenção de Interações Medicamentosas: 1. Comunicação entre Profissionais de Saúde: Médicos, farmacêuticos e outros profissionais de saúde devem trabalhar em conjunto para revisar e monitorar a lista de medicamentos do paciente. 2. Atualização Regular: Manter a lista de medicamentos do paciente atualizada é essencial, pois as terapias podem mudar ao longo do tempo. 3. Avaliação Individualizada: Considerar as características do paciente, como idade, condições médicas e histórico familiar, para adaptar os tratamentos e evitar interações. 4. Educação do Paciente: Instruir os pacientes sobre a importância de informar todos os medicamentos e suplementos que estão tomando, inclusive aqueles adquiridos sem prescrição médica. 5. Monitoramento Regular: Monitorar os pacientes quanto a sinais de interações medicamentosas, como efeitos colaterais inesperados, pode ajudar a identificar problemas precocemente. Exemplos de Interações Medicamentosas Comuns: • A combinação de alguns antibióticos com contraceptivos orais pode diminuir a eficácia destes últimos. • Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) podem aumentar o risco de sangramento quando usados com anticoagulantes. • Alguns antidepressivos (inibidores da recaptação da serotonina) podem causar a síndrome da serotonina quando combinados com outros medicamentos que afetam os níveis de serotonina. • Medicamentos para pressão arterial combinados com diuréticos podem aumentar o risco de desequilíbrios.
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