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Uso Racional de Medicamentos

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 Mais da metade de todos os medicamentos são prescritos, dispensados ou 
vendidos de forma inadequada; 
 Metade de todos os pacientes não usam os medicamentos corretamente; 
 Mais de 50% de todos os países não implementam políticas básicas para 
promover uso racional de medicamentos; 
 27,11% das intoxicações registradas no Brasil em 2017 foram por medicamentos 
de acordo com o Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológicas; 
 Vários fatores contribuem para este cenário: 
 Automedicação; 
 Uso excessivo de medicamentos (“polifarmácia”); 
 Uso inadequado de antimicrobianos (doses inadequadas, uso em 
infecções não bacterianas); 
 Erros na prescrição; 
 Prescrição não baseada nas diretrizes clínicas (fontes baseadas em 
evidências); 
 Medicamentos prescritos sem considerar os medicamentos que o paciente 
já utiliza; 
 Não adesão correta a regimes posológicos; 
 Acessibilidade aos serviços de saúde. 
 Intoxicação; 
 Eventos adversos; 
 Agravamento do estado de saúde; 
 Aparecimento de novas doenças; 
 Interações medicamentosas; 
 Aumento da resistência bacteriana; 
 Aumento do tempo de internação; 
 Dependência ao medicamento; 
 Óbitos. 
 
 
 É a atitude que garante ao paciente receber medicamentos apropriados à sua 
condição clínica, nas doses adequadas capazes de gerar efeitos farmacológicos 
eficazes, boa tolerabilidade e segurança com mínimos efeitos tóxicos, pelo tempo 
necessário e ao menor custo. 
 Criação da Política Nacional de Promoção da Saúde e da Política Nacional de 
Medicamentos (1998): 
 Adoção e revisão permanente da Relação Nacional de Medicamentos 
Essenciais (RENAME). 
 Criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (1999); 
 Criação do Comitê Nacional para a Promoção do Uso Racional de 
Medicamentos (CNPURM) (2007); 
 Objetivos do CNPURM: Possui caráter consultivo e tem por finalidade 
orientar e propor ações, estratégias e atividades para a promoção do URM 
visando ampliar e qualificar o acesso a medicamentos que atendam aos 
critérios de qualidade, segurança e eficácia. 
 Para o usuário: Maior garantia do benefício terapêutico (uso de fármacos 
eficazes e seguros), redução dos riscos, evita custos desnecessários, contribuindo 
para a integralidade do cuidado à saúde; 
 Institucionalmente: Melhoria do padrão de atendimento, maior resolubilidade 
e significativa redução de gastos; 
 Condutas racionais acarretam consequências positivas sobre mortalidade, 
morbidade e qualidade de vida da população. 
 O uso inadequado do medicamento pode ocorrer em qualquer etapa do 
processo de medicação, ou seja, na prescrição, transcrição e documentação, 
dispensação, preparo, administração, ou durante a monitorização de reações 
adversas; 
 
 
 Aproximadamente 3/4 dos incidentes estão relacionados à prescrição (49%) e 
à administração (26%). 
OBS: Por meio de estratégias simples e de baixo custo, é possível, sim, promover 
o uso racional de medicamentos. 
 O uso racional de medicamentos, propriamente dito, envolve 5 etapas, sendo 
todas passíveis de erros: 
 Prescrição; 
 Verificação; 
 Preparação / dispensação; 
 Administração; 
 Monitoramento. 
 No entanto, o uso racional “nasce” antes do medicamento. 
 
Orientar as prioridades para pesquisa, desenvolvimento e inovação, para novos 
medicamentos, novas apresentações farmacêuticas (doses, formas, posologia, 
mecanismos para administração) ou novos processos que possam ser mais 
efetivos. 
 Primeira etapa = Descoberta ou síntese de um novo medicamento com 
potencial uso; 
 Processo de descoberta: 
 Modificação de moléculas conhecidas;
 Identificação e isolamento de moléculas à partir de plantas ou 
microrganismos;
 Desenvolvimento à partir do entendimento dos mecanismos biológicos e 
estruturas químicas.
 
 
 Farmacoeconomia: Avaliar investimento levando em conta panorama da 
saúde, além da política e economia de mercado. 
 Objetivo: encontrar o tratamento mais eficiente ao menor custo, 
valorizando os resultados para o paciente e diminuindo os custos para 
a sociedade.
Modelo Experimental Material / Tecido Exemplos de 
Avaliação 
Estudos moleculares 
Ligação a receptores Frações da 
membrana celular de 
órgãos ou células em 
cultura 
Afinidade pelo 
receptor e 
seletividade 
Atividade enzimática Nervos, glândulas, 
enzimas purificadas 
Inibição enzimática e 
seletividade 
Citocromo P-450 Frações do fígado Inibição enzimática; 
efeitos sobre o 
metabolismo de 
drogas 
Celular 
Função Celular Cultura de células Ação sobre receptores 
Tecidos Vasos sanguíneos Efeitos sobre a 
contração e 
relaxamento 
Sistemas Animais Pressão arterial, 
débito cardíaco, níveis 
hormonais, sedação, 
estimulação, efeito 
diurético, etc 
 
 
 
 
Fase Perfil Número médio de 
participantes 
I – Voluntários sadios Sadios 25 a 50 
II – Investigação clínica Pacientes (avaliar 
potencial terapêutico) 
50 a 150 
III – Ensaios 
terapêuticos 
Multicêntricos 
(*farmacoeconomia) 
250 a 1000 
IV - Farmacovigilância Acompanhamento Ilimitado 
 
OBS: Estabelece a dose a ser utilizada na fase III. 
 Objetivo: 
 Obtenção de informações de segurança e eficácia do medicamento na 
prática cotidiana; 
 Identificar, avaliar e monitorar a ocorrência dos eventos adversos 
relacionados ao uso de medicamentos comercializados no mercado 
brasileiro;
 Garantir que os benefícios relacionados ao uso desses produtos sejam 
maiores que os riscos por eles causados.
 Além disso: a farmacovigilância monitora os eventos adversos causados 
por desvios da qualidade de medicamentos, queixas técnicas, interações 
medicamentosas, inefetividade terapêutica, erros de medicação, uso de 
medicamentos para indicações não aprovadas no registro, uso abusivo, 
intoxicações e interações medicamentosas. 
OBS: Aproximadamente um terço de todos os lançamentos de novos 
medicamentos foi retirado do mercado nos primeiros dois anos de 
comercialização. E cerca de 50% têm o uso suspenso nos primeiros anos. 
 1957: “Hipnótico e sedativo seguro recomendada durante a gravidez”; 
 Foi aprovada, mas os testes de toxicidade foram realizados em ratos 
resistente à teratogenicidade da talidomida (maiores níveis glutationa) -> 
destruição dos superóxidos induzidos pela talidomida); 
 1961: Primeira suspeita. 
 
 
 40% dos pacientes que procuram os serviços de saúde na atenção 
básica não necessitam de medicamento, por não apresentarem 
evidências de doenças orgânicas ou psíquicas; 
 80% dos pacientes que são atendidos na atenção primária à saúde 
saem das consultas médicas com uma prescrição medicamentosa; 
 Portanto, a prescrição deve ser elaborada de modo a prover o uso 
racional de medicamentos. 
 Antes da prescrição: Esse paciente realmente precisa de 
medicamento(s)?
 Estabelecer um diagnóstico conclusivo; 
 Escolher a terapia medicamentosa adequada baseado em evidências 
científicas (cuidado com o “novo”); 
 Determinar a posologia adequada de acordo com o paciente; 
 Confirmar a inexistência de contraindicação da medicação escolhida 
para o determinado paciente; 
 Minimizar as interações farmacológicas; 
 Minimizar a probabilidade de reações adversas de acordo com o 
paciente; 
 Realizar uma prescrição racional; 
 Informar corretamente toda a terapia medicamentosa, aumentando a 
adesão do paciente ao tratamento; 
 Monitorar o usuário quanto à resposta terapêutica e de possíveis efeitos 
colaterais; 
 
 
 Divulgar o potencial risco ao paciente sobre o uso irracional do 
medicamento (automedicação); 
 Interação com demais profissionais da saúde. 
 Definição = É uma ordem médica para preparar ou realizar um 
tratamento específico para determinado paciente; 
 Etapas racionais no momento da prescrição: 
 Estabelecer um diagnóstico específico; 
 Considerar a fisiopatologia do diagnóstico estabelecido; 
 Selecionar um objetivo terapêutico (artrite reumatoide:alivio da dor 
X impedir a evolução do processo patológico); 
 Selecionar um fármaco de escolha; 
 Determinar o esquema posológico apropriado; 
 Elaborar um plano para a monitorização da ação do fármaco e 
determinar um parâmetro de avaliação final para a terapia; 
 Planejar um programa de educação do paciente. 
 
 A prescrição pode ser feita a mão, impressa ou eletrônica; 
 Principais problemas: 
 Incapacidade de entendimento da grafia e a abreviatura de 
palavras: indução de erros; 
 Colher de chá, sopa, etc (volume não é padronizado); 
 Abreviações dos nomes dos fármacos e das instruções quanto à 
administração. 
 
 
 Medicamentos de menor preço, uma vez que o medicamento genérico 
deve ser no mínimo, 35% mais barato que o medicamento de referência; 
 Contribuir para aumento do acesso aos medicamentos de qualidade, 
seguros e eficazes (Lei n° 9.787, de 10 de fevereiro de 1999). 
 O prescritor deve se basear em fontes confiáveis e imparciais para 
embasar suas práticas de prescrição; 
 Observar eficácia e eficiência terapêutica para cada grupo de pacientes e 
indicações de uso pretendidas. 
 Pediátricos; 
 Idosos; 
 Grávidas; 
 Lactantes; 
 Obesos; 
 Pacientes com insuficiência cardíaca; 
 Pacientes hipertensos; 
 Pacientes diabéticos; 
 Pacientes com insuficiência renal; 
 Pacientes imunodeprimidos; 
 Fatores genéticos (farmacogenômica é o ramo da farmacologia que estuda 
como a variabilidade genética altera a forma com a qual cada indivíduo 
responde a um medicamento). 
 A maioria dos fármacos administrados a mulheres grávidas tem a 
capacidade de atravessar a placenta; 
 
 
 Tamanho molécula: HEPARINA (segura pois não atravessa) X 
VARFARINA (teratogênica).
 A placenta desempenha um local de metabolismo -> geração de 
metabólitos tóxicos; 
 Aleitamento; 
 Princípios para a utilização de medicamentos durante a gestação, quando 
necessário: 
 Escolha cautelosa e adequada do fármaco (análise de risco / benefício 
criteriosa);
 Utilização de fármacos com perfil de segurança já estabelecido;
 Evitar fármacos que não foram ainda amplamente utilizados em 
gestantes;
 Fármacos devem ser administrados na menor dose efetiva e pelo 
menor período possível;
 Evitar a utilização de fármacos, sempre que possível, principalmente 
no primeiro trimestre.
 O prescritor deve sempre ter em mente que crianças não são pequenos 
adultos; 
 Muitos fármacos utilizados em pediatria são utilizados sob prescrições 
“off label”: Utilização clínica de fármacos com indicações diferentes em 
relação a dosagem, frequência, via de administração e grupo etário; 
 Alteração da composição corporal -> alteração da distribuição *% 
água, gordura; 
 Metabolização diferenciada -> enzimas demoram 8 semanas ou mais 
para alcançar o nível de atividade do adulto; 
 Taxa de filtração glomerular menor; 
 Utilizar a dose pediátrica descrita nas diretrizes clínicas – cálculo pela 
massa ou a área de superfície corpórea; 
 Geralmente são avessas a formas farmacêuticas e posologias 
incômodas; 
 Recomendações e estratégias específicas para crianças. 
 
 
 
 
 Uma em cada cinco prescrições em idosos está inapropriada; 
 Estudo com 195 pacientes idosos: mais de 30% utilizavam plantas 
medicinais sem comunicar ao clínico, estando expostos, portanto, a 
interações químicas; 
 Estudo com + de 80.000 pacientes entre 80 e 100 anos de idade: 20% 
associavam medicamentos e álcool; 
 Diminuição geral da capacidade metabólica, da função renal, na 
resposta imune, da massa muscular; 
 Múltiplas doenças -> interações medicamentosas -> planejar esquemas 
“integrados”; 
 Atenção ao consumo de medicamentos sem prescrição; 
 Custo da prescrição, educação deficiente, dificuldades de expressão e 
demência; 
 Lista dos medicamentos potencialmente inapropriados: 
  Malefícios e  benefícios (quedas, fraturas, confusão mental, 
síncope, sedação, retenção ou incontinência urinária, anorexia, 
boca seca e constipação intestinal) -  qualidade de vida do idoso. 
 Observa-se que uma em cada cinco doses incorretamente. 
Tipo de Erro Exemplo 
Erro de infusão Paciente deveria receber 
ciprofloxacino, solução injetável 
com 2 mg/ml, bolsa de 100 ml, em 
60 minutos. A solução foi 
infundida em 20 minutos 
Erro na técnica de preparo Utilizado 10 ml de soro fisiológico 
a 0,9% para reconstruir 40 mg de 
omeprazol (apresentação frasco-
ampola), ao invés de utilizar o 
diluente próprio 
Erro na monitoração Administrado 0,25 mg de digoxina 
via oral, antes de verificar a 
frequência cardíaca 
 
 
Uso inadequado e crônico de alguns antiácidos (por exemplo, hidróxido 
de alumínio) pode causar constipação e hipofosfatemia; 
 O abuso de laxativos pode resultar em cólicas abdominais e distúrbios 
hidroeletrolíticos; 
 O uso de simpaticomiméticos ou de cafeína (ocultos em muitos 
produtos de venda livre) podem provocar insônia, nervosismo e agitação; 
 A ingestão aguda de grandes quantidades de aspirina ou de 
acetaminofeno pode provocar toxicidade grave.

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