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1 INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS OBJETIVOS INTRODUÇÃO CONCEITO DE INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA CLASSIFICAÇÃO DAS INTERAÇÕES FATORES PREDISPONENTES CONCLUSÃO INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS OBJETIVOS Relevância do tema na prática clínica; Importância dos conhecimentos de farmacologia na escolha da terapia medicamentosa; Conceituar a interação medicamentosa; Classificação das interações medicamentosas; Fatores que favorecem o aparecimento de interações medicamentosas; Interações medicamentosas comuns na terapêutica. 2 INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS INTRODUÇÃO O conhecimento das propriedades básicas dos fármacos e de sua ação farmacológica é de fundamental importância para a realização de uma terapêutica adequada, considerando que o corpo humano é um sistema complexo formado por uma infinidade de substâncias que fatalmente entrarão em contato com os fármacos ingeridos. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS INTRODUÇÃO Além disso, é preciso estar ciente da farmacodinâmica dos fármacos envolvidos na terapêutica para se evitar interações prejudiciais e possíveis efeitos adversos das fármacos aumentando os riscos ao paciente. 3 INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS CONCEITO Interação medicamentosa pode ser definida como a influência recíproca de um medicamento sobre outra substância. Ou seja, quando um medicamento é administrado isoladamente, produz um determinado efeito. Porém, quando este é associado a outro medicamento, a alimentos ou a outras substâncias (como o tabaco , drogas de abuso, ou mesmo substâncias que o paciente possa entrar em contato, como inseticidas, produtos de limpeza, cosméticos etc.) ocorre um efeito diferente do esperado, caracterizando uma interação. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS A incidência das interações oscila de 3% a 5% nos pacientes que recebem poucos medicamentos e até 20% naqueles que recebem de 10 a 20 fármacos. Quando ocorre uma interação farmacológica entre dois ou mais fármacos, pode ocorrer a interferência de um dos fármacos sobre os outros, alterando o efeito esperado, qualitativa ou quantitativamente. Assim pode- se obter um sinergismo de ação ou um antagonismo parcial ou total destes efeitos. 4 INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Interações medicamentosas podem então apresentar efeitos benéficos para o organismo podendo ser utilizadas para aumentar os efeitos terapêuticos ou reduzir a toxicidade de um determinado fármaco (por exemplo, o ácido acetilsalicílico e a dipirona, quando administrados juntos, tem sua ações analgésicas potencializadas), ou podem apresentar efeitos nocivos, diminuindo ou eliminando a ação dos medicamentos. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS As interações medicamentosas são classificadas em dois tipos: Interações físico-químicas e Interações terapêuticas. Interações físico-químicas: As interações físico-químicas ocorrem ‘fora’ do paciente pois, entre fármacos diferentes podem ocorrer numerosas incompatibilidades, que levam a reações quando estas são misturadas em infusão intravenosa, frascos ou seringas, podendo ocasionar a inativação dos fármacos em questão. Um exemplo é a precipitação da anfotericina B coloidal quando colocada em solução fisiológica. 5 INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Interações terapêuticas: As interações terapêuticas ocorrem no ambiente biológico, após a administração do medicamento e podem ser farmacocinéticas ou farmacodinâmicas. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS As interações farmacocinéticas ocorrem durante os processos de absorção, distribuição, biotransformação e excreção dos fármacos. Por exemplo a cimetidina (anti-histamínico H2), que inibe a biotransformação do paracetamol. 6 7 INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS As interações farmacodinâmicas ocorrem nos sítios de ação dos fármacos, envolvendo os mecanismos pelos quais os efeitos farmacológicos se processam. Este processo pode ser de dois tipos: interações farmacodinâmicas sinérgicas (como ocorre com a ação analgésica do paracetamol e codeína) ou antagônicas (antitussígeno com um xarope expectorante). INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Nem sempre o efeito de uma interação medicamentosa pode ser visível e cada paciente reage à sua maneira. Alguns estão mais propensos a evidenciar interações adversas, como os idosos, insuficientes renais, hepáticos, cardíacos e respiratórios, aqueles com hipotireoidismo, diabetes descompensado e várias outras patologias. FATORES PREDISPONENTES: 8 INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Também deve-se considerar os fatores que possam interferir na farmacocinética dos medicamentos, como o estado nutricional do paciente, patologias associadas, as características genéticas do indivíduo etc. FATORES PREDISPONENTES: 9 10 INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Uma das principais causas de interações medicamentosas atualmente é a prescrição simultânea de vários medicamento a um mesmo paciente, principalmente quando este se encontra internado. A auto-medicação, também é um fator importante. FATORES PREDISPONENTES: 11 INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Exemplos de Interações Medicamentosas O uso de tetraciclinas com leite promove a formação de um sal insolúvel, que precipita o fármaco impedindo sua absorção ; Os IMAO causam hipertensão, podendo ser potencializada pela tiramina, presente nos chocolates, queijos e outros alimentos; O hidróxido de magnésio que reduz a absorção estomacal do pentobarbital. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Exemplos Anticoagulantes orais tem seu efeito reduzido por barbitúricos e rifampicina pois estes últimos estimulam enzimas microssomais hepáticas relacionadas a biotransformação dos anticoagulantes; A cimetidina, inibe a biotransformação do paracetamol e dos beta-bloqueadores; A digoxina tem sua concentração plasmática aumentada em quase 2x quando é administrada simultaneamente com o verapamil e amiodarona. 12 INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Exemplos A vitamina K inibe a resposta dos anticoagulantes orais; O álcool aumenta a ação antiagregante plaquetária da aspirina; Aumento do potencial para ototoxicidade, nefrotoxicidade e bloqueio neuromuscular no uso concomitante de aminoglicosídeos e furosemida, vancomicina, anfotericina B. Antiácidos contendo Al+3, Ca+2, Mg+2 reduzem a absorção de fluorquinolonas; Macrolídeos inibem ação bactericida de penicilinas e cefalosporinas. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS CONCLUSÃO: Novos e importantes medicamentos para uso terapêutico estão sendo continuamente desenvolvidos porém suas interações somente serão descobertas através da observação e registro contínuo pelas equipes de saúde (médicos, enfermeiros, farmacêuticos, nutricionistas, técnicos etc). Este acompanhamento deve ser atento e permanente no intuito de minimizar sempre os possíveis danos a saúde do paciente contribuindo assim para o aprimoramento dos serviços prestados. 13 14
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