Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Maria Eduarda de Souza Trigo Fernandes 8º Semestre Alimentação Saudável 0-6 meses Amamentação: Até os seis meses de idade, é recomendado o aleitamento materno exclusivo. Além de nutrir o bebê, a amamentação também fornece anticorpos que auxiliam no amadurecimento do sistema imunológico. Inicialmente, o bebê que se alimenta apenas de leite materno mama de 8 a 12 vezes por dia e, com o tempo, ele mesmo vai aumentando os intervalos e fazendo o seu próprio horário de mamadas. - Posição do bebê: O bebê deve estar virado de frente para você, bem junto do seu corpo (barriga com barriga), bem apoiado e com os braços livres. - Pega da mama: Só coloque o bebê para sugar quando ele abrir bem a boca. O bebê pega bem o peito quando o queixo encosta na mama, os lábios ficam virados para fora, o nariz fica livre e a aréola aparece mais na parte de cima do que na parte de baixo da boca. Para tirar a bebê do peito sem machucar a mama, coloque seu dedo mínimo entre as gengivas dela, no canto dos lábios, assim ela abrirá a boca e soltará a mama. Não ofereça mamadeiras e chupetas. Elas atrapalham a amamentação. Além disso, podem causar doenças e problemas na dentição e na fala do bebê. - Tempo de mamada: Cada bebê tem seu próprio ritmo de mamar e ele deve ser respeitado. É importante que durante a mamada criar vínculo com o bebê, fazendo carinho, conversando. Depois da mamada, coloque-a na posição vertical, para arrotar. Alimente-se bem, descanse, evite bebidas alcoólicas, cigarro e outras drogas **Todo leite materno é forte e bom. A cor do leite pode variar, mas ele nunca é fraco. O ato de sugar é o maior estímulo à produção: quanto mais sua filha suga, mais leite você produz.** Ferro: Outro problema comum no Brasil é a anemia ferropriva, em muitos casos, a doença é passada de mãe para filho na gestação. Por isso, o Ministério da Saúde mantém o Programa Brasileiro de Suplementação com Ferro. A partir dessa estratégia, crianças de 6 a 18 meses, gestantes a partir da 20ª semana e mulheres até o terceiro mês pós-parto têm direito a suplementação de ferro, distribuída gratuitamente. Além disso, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda “ 1mg de ferro elementar/kg/dia, iniciando aos 180 dias de vida até o 24º mês de vida”. 6 meses até 2 anos Introdução Alimentar: Dos seis meses aos dois anos, é importante que os pais ofereçam, além do leite materno, a maior variedade possível de alimentos frescos, in natura e fibras. Até esse período, a criança passa por mudanças muito rápidas de peso e tamanho e começa a engatinhar, caminhar e brincar. Todas essas mudanças exigem alimentação balanceada para atender ao gasto de energia. Qualquer disfunção nesse período pode acarretar problemas no desenvolvimento escolar. A introdução de novos alimentos deve acontecer pouco a pouco. Não é preciso peneirar ou bater os alimentos no liquidificador, basta amassá-los com o garfo e oferecê-los separadamente no prato. Crie uma rotina de alimentação, oferecendo as refeições sempre nos mesmos horários, conforme esquema alimentar. Conforme o bebê crescer e desenvolver suas habilidades para segurar a colher e levá-la à boca, estimule-o a comer sozinho, em seu próprio prato. Maria Eduarda de Souza Trigo Fernandes 8º Semestre Maria Eduarda de Souza Trigo Fernandes 8º Semestre Quando o bebe recusar determinado alimento, ofereça-o novamente em outras refeições. Algumas vezes, são necessárias de oito a dez tentativas para que a criança aceite o novo alimento. Variar a forma de preparo ajuda a aceitação. Nesta fase, não ofereça açúcar, frituras e alimentos ultraprocessados como achocolatado, refrigerantes, sucos de caixa, salgadinhos, gelatina, balas, biscoitos, bolachas, salgadinhos de pacote, macarrão instantâneo e salsicha. O sal deve ser usado com moderação nas refeições. Utilize temperos naturais (cheiro-verde, alho, cebola e outros). Não utilize temperos prontos e industrializados. As crianças gostam de comer alguns alimentos com as mãos. Permita que elas façam isso algumas vezes, mas não deixe de incentivá-la a usar os talheres. Prevenindo as Carências Nutricionais Maria Eduarda de Souza Trigo Fernandes 8º Semestre A falta de ferro pode provocar cansaço, fraqueza e falta de apetite. Com isso, as crianças ficam sem ânimo para brincar e aprender. Para evitar a anemia, todas as crianças de 6 a 24 meses devem receber, além da alimentação rica em ferro, fontes extras de ferro de forma preventiva (por meio do suplemento de ferro ou de fortificação). Alimentos ricos em ferro: carne, fígado, feijão, ervilha A deficiência de vitamina A pode provocar problemas graves nos olhos da criança e levá-la à cegueira. Além de proteger a visão, a vitamina A diminui o risco de diarreia, de infecções respiratórias e ajuda no crescimento e desenvolvimento da criança. As crianças de 6 meses a 5 anos que residem em área de risco para a deficiência de vitamina A devem ser suplementadas. Verifique na sua Unidade Básica de Saúde (UBS) se o seu município faz parte do Programa Nacional de Suplementação de vitamina A. Alimentos ricos em vitamina A: fígado, gema de ovo, leite de vaca, frutas e legumes amarelo-alaranjados (manga, mamão, caqui), óleos e frutas oleaginosas (dendê, pequi), vegetais amarelos e vegetais folhosos (espinafre, couve, brócolis). Além do reforço com a suplementação e/ou fortificação de alimentos que a criança recebe na UBS e nas creches, é importante acrescentar, em suas refeições, alimentos ricos nesses nutrientes. Até os 2 anos de idade, os pequenos podem obter a vitamina D por meio do leite materno – caso seja necessário, o pediatra pode indicar doses de suplementação. “É internacionalmente preconizado que as crianças menores de um ano recebam suplementação de 400 UI/dia, enquanto as que têm entre um e dois anos devem receber 600 UI/dia”. 2 - 7 anos (Fase pré-escolar) É nesse período que a criança desenvolve os hábitos alimentares de acordo com a rotina da família. É natural nessa fase a criança rejeitar novos alimentos. Maria Eduarda de Souza Trigo Fernandes 8º Semestre 7 a 10 anos (Fase escolar) A idade escolar caracteriza uma fase de transição entre infância e adolescência e compreende crianças na faixa etária de 7 a 10 anos. O crescimento e as demandas nutricionais são ainda maiores nessa fase. Aqui, a criança já está adaptada à disponibilidade e costumes dietéticos da família. Por isso, é importante que o médico auxilie na orientação de uma alimentação balanceada, com oferta dos mais diversos grupos de alimentos – como carnes, hortaliças e cereais. Adolescência No Brasil, o período é compreendido entre os 12 e os 18 anos. Já a Organização Mundial da Saúde considera-o dos 10 aos 20 anos. De qualquer modo, é uma etapa de mudanças importantes, inclusive físicas – com o crescimento de estatura, maturação sexual e mudanças na estrutura corporal. Aqui, a nutrição deve estar associada com o nível de atividade do adolescente, que vai de sedentário a atividade intensa. O ideal é balancear os macros e os micronutrientes entre seis refeições diárias com oferta de grupos variados de alimentos.
Compartilhar