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diferenciar os macronutrientes e suas funções na alimentação;
entender a importância da alimentação equilibrada para a prática
de exercício físico;
diferenciar bioquímica de bioenergética;
entender os vários processos químicos da vida celular do ponto
de vista energético;
analisar as implicações fisiológicas dos processos químicos
voltadas ao exercício físico.
A BASE PARA O DESEMPENHO
HUMANO: NUTRIÇÃO, BIOQUÍMICA
E BIOENERGÉTICA
UNIDADE 1
A partir do estudo desta unidade você deverá ser capaz deA partir do estudo desta unidade você deverá ser capaz de:
NUTRIÇÃO: ENERGIA PARA O EXERCÍCIONUTRIÇÃO: ENERGIA PARA O EXERCÍCIO
FÍSICOFÍSICO
T Ó P I C O 1T Ó P I C O 1

0,5x 1x 1,5x
 
NutrNutr……Baixar Reproduzir na SoundCloud
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Unidade 1 - Tópico 1 
https://leo-livro.uniasselvi.com.br/EDF06_fisiologia_do_exercicio/unidade1.html?topico=1 25/09/2023, 22:17
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1 INTRODUÇÃO1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, você verá que a alimentação equilibrada associada à prática
de exercício físico é essencial para a obtenção de bons resultados,
independentemente da meta a ser alcançada, com melhor desempenho no
exercício. E que a bioquímica e a bioenergética constituem um dos
principais blocos temáticos da Fisiologia, focando no estudo dos vários
processos químicos que tornam possível a vida celular do ponto de vista
energético e analisando as suas implicações fisiológicas.
2 CARACTERÍSTICAS DA NUTRIÇÃO EQUILIBRADA E2 CARACTERÍSTICAS DA NUTRIÇÃO EQUILIBRADA E
SUA RELAÇÃO COM O EXERCÍCIO FÍSICOSUA RELAÇÃO COM O EXERCÍCIO FÍSICO
“Pela ingestão equilibrada de todos os nutrientes, oriundos de uma boa
nutrição, pode-se promover a saúde, prevenir doenças e melhorar a
capacidade de rendimento do organismo”. (PEREIRA; CABRAL, 2007, p. 41).
Atwater, em 1894, iniciou as pesquisas científicas estabelecendo relações
entre a composição dos alimentos, quantidade e qualidade de consumo e a
saúde dos indivíduos, publicando padrões dietéticos e tabelas de
composição de alimentos. A partir daí, vários guias alimentares foram
desenvolvidos em diferentes formas de apresentação (PHILIPPI et al.,
1999).
O objetivo desses guias é organizar de forma gráfica a distribuição dos
alimentos para que a população compreenda e, a partir disso, fazer com
que haja o consumo de vários alimentos e em quantidade suficiente para
que juntos componham uma dieta adequada nutricionalmente (PHILIPPI et
al., 1999).
Caro acadêmico! Você sabia que para que uma dieta seja equilibrada e
nutritiva, cinco características são importantes? São elas: a adequação; a
qualidade; a quantidade suficiente; a harmonia e a variedade de alimentos.
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Essas cinco características são importantes para o funcionamento do corpo
em geral e, principalmente, fornecem combustíveis necessários à prática
regular e segura dos exercícios físicos. Para que aprendamos como
organizar essas características alimentares, a melhor forma é seguir a
pirâmide alimentar. Veja, a seguir, o exemplo de pirâmide alimentar criada
em 1996.
FIGURA 1 - PIRÂMIDE ALIMENTAR DE 1996
FONTE: Disponível em: <https://goo.gl/ERFCcR>. Acesso em: 27 jan. 2016.
A pirâmide foi melhor adaptada em 2013, passando a contar com novos
alimentos para melhor adaptação à dieta e aos hábitos culturais dos
brasileiros, além de uma redução do valor energético diário para 2.000
Kcal, fracionamento da dieta em seis porções diárias e o incentivo à prática
de atividades físicas. 
FONTE: Disponível em:
 <http://www.nutricaopraticaesaudavel.com.br/index.php/saude-bem-
estar/entenda-a-nova-piramide-alimentar/>. Acesso em: 27 jan. 2016.
FIGURA 2 - PIRÂMIDE ALIMENTAR ADAPTADA À POPULAÇÃO
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BRASILEIRA
Fonte: Disponível em: <https://goo.gl/jpsrqA>. Acesso em: 27 jan. 2016.
FIGURA 3 - PIRÂMIDE ALIMENTAR INFANTIL DURANTE A SEMANA
Fonte: BARBOSA et al. (2005, p. 637) 
FIGURA 4 - PIRÂMIDE ALIMENTAR INFANTIL FINAL DE SEMANA
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FONTE: Barbosa et al. (2005, p. 637) 
Veja nesse endereço on-line a professora Lina Cláudia falando sobre
a Pirâmide Alimentar: Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=nfkksMFRquI>.
A nutrição acompanha o ser humano em todas as etapas de sua vida, com
suas peculiaridades dietéticas, levando em conta origens, idade, condições
fisiológicas e múltiplas finalidades e, atualmente, a alimentação está
presente na mídia brasileira com modelos de dietas para perder ou ganhar
peso, para robustecer músculos, para melhorar a saúde e para diversificar
e sofisticar o cardápio (ROMANELLI, 2006).
S
Não é objetivo deste tópico aprofundar os aspectos da alimentação
em caráter social, econômico, mas sua influência na prática do
exercício físico, pois é através de uma dieta equilibrada em
quantidade e qualidade que o organismo adquire energia para o bom
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desempenho de suas funções. Veremos agora os macronutrientes
presentes em nossa alimentação que influenciam a prática do
exercício físico.
FIGURA 5 - MACRONUTRIENTES  
Fonte: Hermsdor"; Volp; Bressan (2007)
Os macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídios) juntos influenciam a
ingestão calórica (IC) e no gasto energético (GE), com importante papel no
controle do peso e da reserva de gordura corporal. Para seu entendimento
é necessário analisar a ingestão, oxidação, termogênese e estocagem dos
macronutrientes, e suas influências diretas durante a prática do exercício
físico (HERMSDORFF; VOLP; BRESSAN, 2007). Veja, a seguir, o quadro com
os aportes calóricos diários:
QUADRO 1 - EXEMPLO DE APORTE CALÓRICO DIÁRIO DOS
MACRONUTRIENTES
Macronutriente DRIS 2005
Atleta de
endurance
Atleta de força
Carboidrato 45-65% 55-80% 30-65%
Lipídio 20-35% 10-25% 15-30%
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Proteína 10-35% 10-20% 20-40%
Fonte: Phil l ips; Moore; Tang (2007, p. S59)Fonte: Phil l ips; Moore; Tang (2007, p. S59)
Agora, acadêmico, você verá cada macronutriente isoladamente, pois eles
possuem funções e objetivos diferentes na formação estrutural de nosso
organismo e como combustível energético à prática do exercício físico.
3 CARBOIDRATOS (CHO) E SUA RELAÇÃO COM O3 CARBOIDRATOS (CHO) E SUA RELAÇÃO COM O
EXERCÍCIO FÍSICOEXERCÍCIO FÍSICO
Os CHO são formados por carbono e água e pela combinação de átomos
de hidrogênio, carbono e oxigênio (hidratos de carbono), fundamentais no
fornecimento de energia ao organismo, por meio do catabolismo da glicose
presente na corrente sanguínea e do glicogênio muscular e hepático
(COYLE, 1992), tendo como ideal o consumo em média de 55% a 60% da
dieta diária.
A Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (SBME, 2003) recomenda
ingestão de CHO correspondente a 60-70% do valor energético total e 5-8g
de carboidratos por kg de massa corporal ao dia.
FIGURA 6 - OBJETIVOS DO CONSUMO DE CARBOIDRATOS
Fonte: Fonseca (2012, p. 176)
Após a digestão, os carboidratos são armazenados na forma de glicogênio
muscular (músculos) e glicogênio hepático (fígado) (ROGATTO, 2003). “O
glicogênio muscular gera a energia durante o exercício e a sua depleção
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leva à fadiga, sendo que o organismo consegue reverter a exaustão com
concentrações adequadas de carboidratos”. (GUERRA; SOARES; BURINI,
2001, p. 201).
Para que haja recuperação precisa ter a restauração dos estoques
hepáticos e musculares de glicogênio, reposição defluidos e eletrólitos,
regeneração e reparo de lesões causadas pelo exercício e adaptação após
o estresse catabólico, ou seja, com envolvimento dos processos
nutricionais (GUERRA; SOARES; BURINI, 2001).
3 .1 CLASS IF ICAÇÃO DOS CARBOIDRATOS3.1 CLASS IF ICAÇÃO DOS CARBOIDRATOS
Os carboidratos podem ser classificados de acordo com o tamanho do
carboidrato (grau de polimerização (número de unidades monoméricas),
ou de acordo com sua digestibilidade ou disponibilidade (LUZ et al., 1997).
São eles:
FIGURA 7 - CLASSIFICAÇÃO DOS CARBOIDRATOS
Fonte: Luz et al. (1997, p. 175)
a) Monossacarídeos (com um açúcar por molécula)
Presentes em muitas frutas como uva, maçã, laranja, pêssego etc., a glicose
e frutose são os dois monossacarídeos mais abundantes na natureza e os
principais açúcares de muitas frutas. “Nos seres humanos, o metabolismo
da glicose é a principal forma de suprimento energético”. (FRANCISCO
JUNIOR, 2008, p. 9).
FIGURA 8 - REPRESENTAÇÃO DAS ESTRUTURAS QUÍMICAS DA D-
GLICOSE E D-FRUTOSE
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FONTE: Francisco Junior (2008, p. 8)
b) Dissacarídeos (com dois açúcares por molécula) e oligossacarídeos (de
três a cinco açúcares por molécula)
Os oligossacarídeos são formados por cadeias curtas de monossacarídeos.
Os mais comuns são os dissacarídeos, que têm em sua composição dois
monossacarídeos unidos por uma ligação denominada glicosídica. Aqui
temos como exemplo a sacarose, que é o açúcar da cana (uma molécula de
glicose e outra de frutose) e a lactose, que é o açúcar do leite (uma
molécula de galactose e outra de glicose) (FRANCISCO JUNIOR, 2008). 
“A maltodextrina é o único oligossacarídeo biodisponível no organismo
humano”.  (FRANCISCO JUNIOR, 2008, p. 9).
FIGURA 9 - REPRESENTAÇÃO DAS MOLÉCULAS DE LACTOSE (A) E
SACAROSE (B)
FONTE: Francisco Junior (2008, p. 9)
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c) Polissacarídeos (mais de 20 unidades até milhares de monossacarídeos)
“O polissacarídeo encontrado na alimentação é o amido, presente em
tubérculos e cereais. Amido e glicogênio são importantes nas funções de
armazenamento energético tanto nas células vegetais, quanto nos
animais”. (FRANCISCO JUNIOR, 2008, p. 9).
FIGURA 10 - REPRESENTAÇÃO DA CADEIA DE AMILOSE (A) E
AMILOPECTINA (B)
FONTE: Francisco Junior (2008, p. 9)
FIGURA 11 - CLASSIFICAÇÃO DOS CARBOIDRATOS
FONTE: Luz et al. (1997, p. 175)
“Além da classificação dos carboidratos pela polimerização (número de
unidades monoméricas), eles também podem ser classificados de acordo
com a digestibilidade, que depende da presença de enzimas específicas
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que irão liberar os monossacarídeos para serem absorvidos”. (CECATO et
al., 2010, 282).
São eles, segundo Cecato (2010, p. 282):
Carboidratos digeríveis: capazes de sofrer degradação pelas enzimas
humanas. Exemplos: amido, sacarose, lactose, maltose e isomaltose;
Carboidratos parcialmente digeríveis: por alguma razão não sofrem
digestão no intestino delgado. Exemplo: amido resistente. 
Carboidratos indigeríveis: incapazes de serem digeridos por enzimas
humanas, mas podem sofrer fermentação pelas bactérias intestinais,
desempenhando outras funções no organismo. 
Se você quiser saber mais sobre o metabolismo de carboidratos e
sua ação no exercício físico, veja os links dos vídeos a seguir:
Vídeo 1= <https://www.youtube.com/watch?v=q0D_rAo9NJM>.
Vídeo 2 = <https://www.youtube.com/watch?v=891LG65paNk>.
Vídeo 3 = <https://www.youtube.com/watch?v=icm0bd0SEYs>.
S
“O índice glicêmico (IG) avalia o efeito dos carboidratos sobre a
glicose sanguínea, pelo fato do organismo não digerir e nem absorver
todos os carboidratos com a mesma velocidade”. (SAPATA, FAYH e
OLIVEIRA, 2006, p. 189). Vamos, a partir de agora, entender e
observar a importância do IC no desempenho no exercício.
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3.2 ÍNDICE GL ICÊMICO ( IG ) E CARGA GLICÊMICA (CG)3 .2 ÍNDICE GL ICÊMICO ( IG ) E CARGA GLICÊMICA (CG)
Em 1981, Jenkins desenvolveu o IG, comparando os efeitos fisiológicos de
alimentos contendo carboidratos em relação à sua composição química.
Podendo definir IG como a classificação de um alimento em relação ao
efeito que ele exerce na glicemia pós-prandial, em comparação àquela
observada após o consumo de um alimento referência, ambos contendo a
mesma quantidade de carboidrato disponível (50g ou 25g) (JENKINS et al.,
2002).
FIGURA 12 - CLASSIFICAÇÃO DO ÍNDICE GLICÊMICO
FONTE: Disponível em: <https://goo.gl/vkmmZx>. Acesso em: 28 jan. 2016.
O quadro a seguir, caro acadêmico, familiarizará você com diversos
alimentos e o seu índice glicêmico.
QUADRO 2 - CLASSIFICAÇÃO DO ÍNDICE GLICÊMICO DE ALGUNS
ALIMENTOS
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FONTE:    Disponível em: <https://bit.ly/3u8k48R>. Acesso em: 28 jan. 2016. 
Por que é importante sabermos o IG dos alimentos?
Porque o IG dos alimentos consumidos antes, durante e após o
treino influencia no desempenho do exercício (GUERRA; SOARES;
BURINI, 2001).
Ao serem consumidos, os alimentos provocam no organismo:
FIGURA 13 - ÍNDICE GLICÊMICO E RESPOSTA GLICÊMICA
FONTE: Sapata; Fayh; Oliveira (2006)
“Quando se pretende avaliar um alimento isoladamente, o ideal é avaliar a
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carga glicêmica (CG), pois esta envolve a qualidade e a quantidade do
carboidrato consumido, quantificando o efeito total desse carboidrato
consumido sobre a glicose plasmática” (SILVA et al., 2009, p. 561).  Obtido
pela fórmula: CG= (porção carboidrato x IG)/100.
FIGURA 14 - CARGA GLICÊMICA DE ALGUNS ALIMENTOS
FONTE: Disponível em: <https://bit.ly/38eQPIL>. Acesso em: 28 jan. 2016.
Silva et al. (2009, p. 263) apresentam a tabela a seguir, que representa os
valores utilizados para classificar o IG e a CG de um alimento e a CG diária,
tendo a glicose como referência.
TABELA 1 - IG E A CG DE UM ALIMENTO E A CG DIÁRIA
Fonte: Silva et al. (2009, p. 263) 
Acadêmico! A melhor maneira de entendermos realmente a efetividade de
um assunto é lendo pesquisas científicas sobre ele e o que realmente já foi
pesquisado sobre o tema. Ao longo do caderno você encontrará várias
tabelas com pesquisas científicas, confirmando ou refutando o que já foi
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pesquisado sobre o assunto.
Veja um estudo que analisou o consumo alimentar, o IG e a CG em
jogadoras de futebol. E os autores concluíram, ao final do estudo, que
apesar de o IG ter sido alto e ser importante para a reposição de glicogênio
muscular após a partida, as jogadoras consumiram refrigerantes e fast-
foods e estes não são as melhores escolhas alimentares, pois não são
alimentos saudáveis (GONÇALVES et al., 2015). Veja no Quadro 3:
QUADRO 3 - ESTUDO DE CAMPO QUE AVALIOU O IG E CG DE JOGADORAS
DE FUTEBOL
Estudo/
referência
Sujeitos/
Idade
(anos)/sexo
Análise Resultados
Gonçalves
et al. (2015)
7 jogadoras de
futebol
feminino
clube da cidade
de Botucatu-SP
(18 a 27 anos)
- do IG e da
CG antes,
durante e
após o jogo
- dia de treinamento e
dia pós-jogo = IG das
refeições variou entre
baixo e moderado.
- dia do jogo = IG baixo
foi
predominante,
entretanto, no lanche,
primeira refeição após
a partida, se
caracterizou como alto.
- A CG foi alta na
maioria das refeições,
nos três dias avaliados.
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FONTE: A autoraFONTE: A autora
Na prática do exercício físico moderado diariamente e na melhora do
desempenho físico de atletas, utiliza-se o índice glicêmico como um guia de
referência para a seleção do suporte nutricional ideal de carboidratos,
levando em conta a taxa de digestão e absorção de um determinado
alimento (SIU; WONG, 2004), pois quanto mais intenso o exercício for,
maior será sua dependência em relação ao carboidrato como combustível
(SAPATA, FAYH e OLIVEIRA, 2006).
Por exemplo, indivíduos com excesso de gordura corporal tendem a ser
mais lentos e fatigáveis na execução do movimento, do que um indivíduo
mais magro e musculoso, do mesmo peso (POWERS; HOWLEY, 2014).
4 LIPÍDIOS E SUA RELAÇÃO COM O EXERCÍCIO FÍSICO4 LIPÍDIOS E SUA RELAÇÃO COM O EXERCÍCIO FÍSICO
“Os lipídios são moléculas pequenas semelhantes ou homólogas, na
estrutura, definidos como compostos que ocorrem naturalmente solúveis
em solventes não polares, mas insolúveis em água, e os principais tipos de
lipídios são os triglicerídeos (gorduras e óleos), fosfolipídios, ceras e
esteroides”. (HUANG; FRETER, 2015, p. 925).
FIGURA 15 - CLASSIFICAÇÃO DOS LIPÍDIOS
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FONTE: Disponível em: <https://goo.gl/sPuxu9>. Acesso em: 15 mar. 2016.
“Durante o exercício físico, os lipídios (gorduras) são utilizados como
importantes fontes de energia juntamente com o carboidrato, poupando o
glicogênio muscular”. (BARRETO et al., 2009, p. 244). Existem três caminhos
após a ingestão dos ácidos graxos provenientes da dieta: armazenados
para posterior utilização, diretamente metabolizados para gerar energia ou
incorporados nas estruturas das células (AOKI, SEELAENDER, 1999).
FIGURA 16 - ALIMENTOS RICOS EM LIPÍDIOS
FONTE: Disponível em: <https://bit.ly/3JawJw2>. Acesso em: 15 mar. 2016.
Em exercícios de longo tempo, ou seja, com esforço prolongado, o músculo
esquelético usa como substrato energético fontes provenientes dos
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carboidratos e lipídios (15% a 20% do total das calorias ingeridas), mas os
lipídios, sob a forma de ácidos graxos, possuem vantagem no fornecimento
energético comparado aos carboidratos (GOMES, SMOLAREK, SOUZA
JUNIOR, 2011).
Se você quiser saber mais sobre as funções dos lipídios – compostos
orgânicos, veja os vídeos a seguir:
Vídeo 1= <https://www.youtube.com/watch?v=fU4XQcln2OI>.
Vídeo 2 = <https://www.youtube.com/watch?v=nv_vVOw_YgI>.
Vídeo 3 = <https://www.youtube.com/watch?v=efxM9AXKGGc>.
  A energia é obtida através dos processos oxidativos, no interior da
mitocôndria, como, por exemplo, em uma sessão de atividade física de
intensidade moderada (60% a 80% da frequência cardíaca máxima ou 50%
a 75% do VO2max e longa duração (“endurance”), os ácidos graxos são o
principal substrato para as fibras oxidativas de contração lenta (AOKI,
SEELAENDER, 1999).
Os lipídios que são usados como combustíveis para a conversão de energia
são originados: a) a partir de gordura armazenada como triglicerídeos
dentro dos adipócitos (mobilizado como livres ácidos graxos); b) de
triglicerídeos intramuscular. C) lipoproteínas de baixa densidade ricas em
triglicerídeos (VLDL-TGs; quilomícrons) (SMEKAL et al., 2003).
“O uso dos carboidratos e lipídios como fonte de energia depende de
alguns fatores, como a intensidade do exercício, duração, tipo de célula
esquelética usada, tipo de exercício, taxas hormonais etc.” (SMEKAL et al.,
2003, p. 891).
Achten e Jeukendrup (2004) apontam em sua revisão que estudos que
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compararam corrida e ciclismo geralmente revelam maior oxidação da
gordura na corrida; descreveram também um estudo em que foram
avaliados 10 triatletas durante duas horas de corrida e ciclismo, e
concluíram que, mesmo que o ciclismo tenha apresentado maiores valores
de VO2max, a corrida apresentou oxidação da gordura em 18% maior que
o ciclismo.
A capacidade do corpo humano para armazenar carboidratos é limitada e,
quando os depósitos de glicogênio se esgotam, a eliminação de energia
taxa de carboidratos é diminuída, e a intensidade do exercício deve ser
reduzida, porque trifosfato de adenosina não pode ser gerado em uma
taxa suficiente (SMEKAL et al., 2003, p. 891). Veja no Quadro 4.
QUADRO 4 -  ESTUDO DE CAMPO SOBRE O METABOLISMO DE LIPÍDIOS
DURANTE O EXERCÍCIO
Estudo/
referência
Sujeitos/
Idade (anos)/
sexo
Intervenção
Duração
(semanas)
Resultados
Thyfault et
al. (2004)
23 mulheres
- 10 peso
normal,
eutroficas
- 7 obesas
- 6 obesos
mórbidos 
(25 a 44 anos)
- Bicicleta
ergométrica
- intensidade
moderada de
50% VO2max
- 60 minutos
- 1 sessão
- indivíduos obesos e
obesos mórbidos
possuem uma
diminuição da
capacidade de oxidar
os ácidos graxos do
plasma em
comparação
com os indivíduos
magros tanto em
repouso quanto em
exercício.
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FONTE: A autoraFONTE: A autora
A partir de agora, acadêmico, falaremos da proteína, que é um dos
macronutrientes muito utilizados por atletas e praticantes de exercício,
pois, pelo fato de grande parte do organismo ser composto de água, as
proteínas compõem os músculos, e o exercício provoca uma série de
efeitos no metabolismo de proteínas.
5 PROTEÍNAS E SUA RELAÇÃO COM O EXERCÍCIO5 PROTEÍNAS E SUA RELAÇÃO COM O EXERCÍCIO
FÍSICOFÍSICO
Consideram-se as proteínas como macromoléculas, compostas por um
conjunto de aminoácidos de baixo peso molecular, que são fontes de
energia e calor, com função reguladora (hormonal), estrutural (colágeno),
defensivas (anticorpos), de transporte (albumina) e de ação catalítica
(enzimas) (VANESA; PAZ, 2014). “Várias pesquisas, desde os anos 70 e 80,
mostram o interesse pelo estudo do metabolismo de
proteínas/aminoácidos e como afetam o rendimento durante o exercício
prolongado”. (ROSSI; TIRAPEGUI, 1999, p. 71).
Segundo a American Dietetic Association, Dietitians of Canada e American
College of Sports Medicine (2000, p. 2133),
a proteína é um dos suplementos alimentares mais populares dentre os
desportistas e tem a função de aumentar o balanço nitrogenado diário,
aumentar a ressíntese de ATP depois do exercício físico, evitar a anemia
esportiva por meio do aumento da síntese de hemoglobina, mioglobulina e
enzima oxidativas durante o exercido aeróbio, melhorar a recuperação
tecidual e a resposta imunitária do organismo, dentre outros fatores.
“Para se analisar a eficiência e qualidade da proteína, deve-se considerar a
sua digestibilidade e capacidade de satisfazer os requerimentos
nutricionais do homem por aminoácidos essenciais e nitrogênio não
essencial, na função de síntese proteica” (PIRES et al., 2006, p. 182).
FIGURA 17 - ALIMENTOS RICOS EM PROTEÍNAS
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FONTE: Disponível em: <https://bit.ly/3K3pojc>. Acesso em: 16 mar. 2016.
FIGURA 18 - ALIMENTOS RICOS EM PROTEÍNAS
FONTE: Disponível em: <https://bit.ly/3J5TEZx>. Acesso em: 16 mar. 2016.
FIGURA 19 - ALIMENTOS RICOS EM PROTEÍNAS
FONTE: <https://bit.ly/3DDCilE>. Acesso em: 16 mar. 2016.
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No artigo de Frenhani e Burini (1999, p. 228), os autores descrevem os
mecanismos envolvidos na absorção de aminoácidos:
- quando ingeridas as proteínas, na boca são apenas reduzidas a partículas
menores, sem sofrerem modificações químicas;
- quando chegam ao estômago (representam 10-20% da digestão total
proteica), as proteínas e polipeptídiossão desnaturados por ação do HCl e
hidrolisadas pela pepsina, sendo que a maior parte desta digestão ocorre no
lúmen do duodeno e jejuno, sob a influência do suco pancreático,
processando-se, quase completamente, no íleo terminal.
- no intestino delgado, a enteropeptidase, em pH neutro, ativa o tripsinogênio
a tripsina que, por sua vez, promove a ativação das outras propeptidases do
suco pancreático, levando então à hidrólise luminal de proteínas e
polipeptídios, produzindo aminoácidos (AA) livres e pequenos peptídeos, e
estes são então hidrolisados pelas peptidases da borda em escova a AA, di e
tripeptídios que são absorvidos, principalmente, no jejuno proximal.
As unidades básicas que compõem uma proteína são chamadas de
aminoácidos, e em humanos saudáveis, nove aminoácidos são
considerados essenciais, pois devem ser inseridos na dieta, uma vez que
não podem ser sintetizados endogenamente (ROGERO; TIRAPEGUI, 2008).
Veja a seguir os aminoácidos essenciais e não essenciais.
FIGURA 20 - CLASSIFICAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS  
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FONTE: Disponível em: <https://bit.ly/3r2OcjP>. Acesso em: 18 mar. 2016.
A leucina, valina e isoleucina são aminoácidos essenciais de cadeia
ramificada (ACR), diferindo na sua concentração e também diferem em
relação ao tipo de fibra muscular, ou seja, 20-30% maior em fibras de
contração lenta em comparação àquelas de contração rápida (ROGERO;
TIRAPEGUI, 2008).
A massa muscular de humanos é de 40-45% da massa corporal total, existe
grande quantidade de ACR nas proteínas musculares e estes ACR
correspondem a 35% dos aminoácidos essenciais em proteínas
musculares, e também são relevantes para a manutenção da proteína
corporal, além de serem fonte de nitrogênio para a síntese de alanina e
glutamina (ROGERO; TIRAPEGUI, 2008).
S
Olá, acadêmico!
Não se esgota aqui a importância da alimentação para a prática do
exercício físico com objetivo de melhorar o desempenho. No próximo
tópico você verá a alimentação adequada que deve ser realizada e
sua influência no exercício físico.
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LEITURA COMPLEMENTARLEITURA COMPLEMENTAR
Reportagem sobre como é a alimentação dos atletas de pontaReportagem sobre como é a alimentação dos atletas de ponta
Leia parte da reportagem sobre como é alimentação de atletas olímpicos,
realizada pela BBC, em 20/07/2012.
Se quiser visualizar a entrevista na íntegra, veja link disponível em:
<http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/07/londres-2012-como-e-a-
alimentacao-dos-atletas-de-ponta.html>. Acesso em: 28 jan. 2016.
  
ReportagemReportagem:
Uns têm que comer muito, outros muito pouco. Uns têm que escolher
muito bem o que põem no prato, outros poucos podem ignorar qualquer
restrição. Para todos os esportistas olímpicos, a dieta é um assunto crucial
e específico.
Isso porque cada corpo atlético, alto ou baixo, robusto ou frágil, é uma
“máquina” que requer combustível específico para obter o mais alto
rendimento. O impacto da dieta sobre o desempenho esportivo já era
conhecido pelos atletas olímpicos originais, no século VI a.C.
Segundo pesquisas históricas, as façanhas de alguns profissionais que
consumiam dietas ricas em proteínas deram início a uma febre do
consumo de carne entre os competidores que lutavam pela glória em
Olímpia. “Não há uma fórmula para todos os esportes”, disse à BBC Álvaro
García-Romero Pérez, professor da Faculdade de Ciências da Saúde da
Universidade Europeia de Madri e especialista em nutrição desportiva.
“Não deve ser nada muito pesado, nem para esportistas nem para não
esportistas. A alimentação deve ser parte de uma filosofia de vida e pode
ser conseguida por meio da educação alimentar”, observa Marcia Onzari,
chefe da cátedra de Nutrição da Universidade de Buenos Aires. A realidade
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é que, para alguns, “treinar” o estômago pode ser quase tão duro como
converter-se no indivíduo mais rápido, forte ou no que salta mais alto.
  
Os que comem muitoOs que comem muito
Já se tornou uma lenda a história segundo a qual o nadador americano
Michael Phelps, ganhador de 16 medalhas olímpicas, manteria uma dieta
pantagruélica de 12 mil calorias por dia (quase cinco vezes a média
recomendada para um homem adulto). O mesmo Phelps já desmentiu isso,
que o professor García-Romero acredita ser um exagero.
Mas alguns esportes, que Onzari agrupa na categoria de “longa duração ou
resistência”, requerem de verdade o consumo de quantidades de
alimentos consideravelmente superiores ao de um ser humano médio.
“Isso inclui a maratona, o triatlo, o remo, a natação em águas abertas, o
ciclismo. Eles se caracterizam por uma demanda de energia muito elevada.
Os esportistas têm que consumir uma quantidade suficiente de
carboidratos para ter muita energia quando estão treinando ou
competindo, junto com a hidratação”, observa Onzari.
Os alimentos que são fonte de carboidratos incluem os cereais como a
aveia, a cevada, o trigo e o milho, as farinhas, os legumes e algumas frutas. 
García-Romero afirma que a chave está na “alimentação sustentada
durante longos períodos que supõe o treinamento”, mas as experiências
variam de um atleta para o outro.
Em um artigo recente na imprensa local, a nadadora de águas abertas Keri-
Ann Payne atribuía a uma estratégia equivocada de alimentação o fato de
ter perdido o campeonato mundial de 2007. “Na minha modalidade, o que
faz a diferença é o que se come dois dias antes da competição. Você tem
que se encher de carboidratos, coisa que eu não fiz. Comer uma montanha
de arroz ou de macarrão não é tão divertido como parece”, disse.
Os que comem poucoOs que comem pouco
No outro extremo estão os “esportes de categoria de peso”, como o boxe e
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as artes marciais, e os “esportes estéticos”, como a ginástica ou o nado
sincronizado. O controle do peso é fundamental em cada uma dessas
modalidades, e pode colocar o atleta sob uma forte pressão diante da
comida.
A lutadora turca de taekwondo Nur Takar, por exemplo, segue uma dieta
de 1.500 calorias por dia, 500 abaixo da média recomendada às mulheres.
A ginasta sul-coreana Son Yeon-Jae causou polêmica recentemente ao dizer
publicamente que seguia um regime alimentar rígido e que comia “como
um passarinho”: só café da manhã e almoço, em quantidades limitadas. “A
vida é dura neste momento”, disse em uma entrevista em maio.
Para García-Romero, eticamente não é correto submeter qualquer atleta a
esse tipo de dieta. “Não se deve fazer isso. Acima do atleta está a pessoa.
No mundo dos esportes, muitas vezes, nos fixamos somente na época de
competições, mas temos também que pensar no que acontecerá com
essas pessoas depois”, afirma.
Os que comem alimentos específicosOs que comem alimentos específicos
Em outro grupo estão os atletas que precisam de força, como os
levantadores de peso e os praticantes do arremesso de martelo. “Essas
pessoas precisam de um aumento na quantidade de energia em sua
alimentação para conseguir um aumento de massa muscular e, para isso,
são necessários proteínas, creatina e suplementos para aumento de peso”,
disse Onzari.
De acordo com García-Romero, isso também não seria recomendável do
ponto de vista da saúde. “Se uma pessoa recebe proteínas por muito
tempo, é possível que tenha problemas hepáticos e renais”, afirmou.
Outra história é a dos atletas que evitam ou se concentram em certos
alimentos, que consideram importantes para seu sucesso ou simplesmente
por gostarem mais. Um caso famoso é o da maratonista chinesa Wang
Junxia, cuja dieta inclui vermes e sopa de tartaruga. Já o jogador debasquete canadense Steve Nash é um grande fanático por nozes e grãos.
O maratonista americano Michael Arnstein, por sua vez, não é somente
vegetariano, mas se baseia estritamente em frutas. “Há muitos benefícios,
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tanto para a pessoa que a segue como para o planeta em que vivemos”,
escreveu o atleta em seu blog.
Os que comem o que queremOs que comem o que querem
Enquanto alguns atletas seguem dietas severas, outros dizem que comem
o que querem. O corredor americano Tyson Gay faz parte do primeiro
grupo. Segundo declarações recentes, a nutricionista do atleta determina
que ele consuma 230 gramas de proteínas, 308 gramas de carboidratos e
70 gramas de gorduras diariamente.
No outro extremo, o nadador do mesmo país Ryan Lochte não parece
acreditar em nutricionistas. “A nutrição é a última coisa com que me
preocupo. Como o que conheço bem. Estou comendo McDonald’s a cada
refeição desde que cheguei aqui. E acredito que está me ajudando”, disse o
nadador durante os Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.
Um pouco menos radical é a britânica Jessica Ennis, que compete no
heptatlo. “Todo mundo me fala que está se submetendo a uma dieta
restrita, mas esse não é o meu caso. Como saladas e verduras, mas
também chocolates. Alguns atletas comem normal”, disse recentemente.
Não há apenas uma receita para a vitória olímpica. Segundo especialistas, o
senso comum teria que ser usado para manter a saúde no longo prazo. O
professor Álvaro García-Romero afirma que os extremos são
compreensíveis.
“Entendo que um atleta que treina de uma certa forma vai ter uma
repercussão econômica e, na melhor das hipóteses, vai trabalhar um
número limitado de anos e, depois, viver de renda”, afirmou.
ATIVIDADE PRÁTICAATIVIDADE PRÁTICA
Ações educativas para promoção de hábitos alimentares saudáveisAções educativas para promoção de hábitos alimentares saudáveis
  
ObjetivoObjetivo: Realizar a criação da pirâmide alimentar com imagens,
fotografias ou rótulos de alimentos. Elaborar um material educativo para
orientação nutricional, por meio de um folder que apresente princípios da
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alimentação saudável. Tempo de duraçãoTempo de duração: de 45 a 60 minutos. MaterialMaterial
a ser utilizadoa ser utilizado: fotografias, imagens ou réplicas e rótulos de alimentos e
uma cartolina. Separado em grupos, cada grupo cria o seu.
Etapas: Em uma cartolina, desenhar a pirâmide de alimentos.
1 - Colar as imagens, rótulos de alimentos de acordo com sua
ordenação dos alimentos seguindo o guia da pirâmide alimentar.
2 - É apresentada em quatro níveis e subdivida em oito grupos
alimentares e ordenados da seguinte maneira:
- 1º nível: grupo dos cereais, tubérculos, raízes (base da pirâmide)
- 2º nível: grupo das hortaliças e grupo das frutas;
- 3º nível: grupo do leite e produtos lácteos; grupo das carnes e ovos
e grupo das leguminosas;
- 4º nível: grupo dos óleos e gorduras e grupo dos açúcares e doces
(topo da pirâmide).
- Abaixo da pirâmide, água e exercícios físicos diversos.
3 - Depois se pode dividir e cada grupo apresenta um nível da
pirâmide.
4 - Estes cartazes podem ser colados ao longo da universidade como
forma de promoção de hábitos saudáveis alimentares.
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RESUMO DO TÓPICORESUMO DO TÓPICO
A alimentação promove a saúde e previne doenças.
A alimentação equilibrada também pode melhorar o rendimento do
organismo na prática do exercício físico.
Os guias alimentares servem para que o indivíduo entenda de modo
prático a importância de uma dieta equilibrada e o que deve conter.
Os macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídios) influenciam na
ingestão calórica (IC) e no gasto energético (GE).
Os macronutrientes têm papel no controle do peso e da reserva de
gordura corporal.
Os carboidratos são fundamentais no fornecimento de energia ao
organismo, devendo ser consumidos em média de 55% a 60% da
dieta diária.
Após a digestão, os carboidratos são armazenados na forma de
glicogênio muscular (músculos) e glicogênio hepático (fígado).
O glicogênio muscular gera a energia durante o exercício e a sua
depleção leva à fadiga.
Para que haja recuperação precisa ter a restauração com
envolvimento dos processos nutricionais.
Os carboidratos podem ser classificados de acordo com o tamanho
do carboidrato (grau de polimerização – número de unidades
monoméricas) ou de acordo com sua digestibilidade ou
disponibilidade.
Neste tópico, você viu queNeste tópico, você viu que:
  
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A maltodextrina é o único oligossacarídeo biodisponível no organismo
humano.
O polissacarídeo encontrado na alimentação é o amido, presente em
tubérculos e cereais.
Os carboidratos podem classificados de acordo com a digestibilidade,
que são carboidratos digeríveis, carboidratos parcialmente digeríveis
e carboidratos indigeríveis.
O índice glicêmico classifica os alimentos em relação ao efeito que ele
exerce na glicemia pós-prandial.
O IG dos alimentos consumidos antes, durante e após o treino
influencia o desempenho do exercício.
Quando se pretende avaliar um alimento isoladamente, o ideal é
avaliar a carga glicêmica (CG), pois esta envolve a qualidade e a
quantidade do carboidrato consumido.
No exercício físico diário e na melhora do desempenho físico de
atletas é utilizado o índice glicêmico como um guia de referências
para a seleção do suporte nutricional ideal de carboidratos.
Os lipídios são moléculas pequenas semelhantes na estrutura.
Os principais tipos de lipídios são os triglicerídeos (gorduras e óleos),
fosfolipídios, ceras e esteroides.
Durante o exercício físico, os lipídios (gorduras) são utilizados como
importantes fontes de energia juntamente com o carboidrato,
poupando o glicogênio muscular.
Em exercícios de longo tempo, ou seja, com esforço prolongado, o
sistema musculoesquelético usa como substrato energético fontes
provenientes dos carboidratos e lipídios.
As proteínas como macromoléculas, compostas por um conjunto de
aminoácidos de baixo peso molecular.
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As proteínas têm a função de fontes de energia e calor, reguladora
(hormonal), estrutural (colágeno), defensivas (anticorpos), de
transporte (albumina) e de ação catalítica (enzimas).
Quando ingeridas as proteínas, na boca são apenas reduzidas a
partículas menores, no estômago (representam 10-20% da digestão
total proteica) e no intestino delgado, são reduzidas a aminoácidos
(AA) livres e pequenos peptídios.
As unidades básicas que compõem uma proteína são chamadas de
aminoácidos.
Há 20 aminoácidos, nove aminoácidos são considerados essenciais,
pois devem ser ingeridos na dieta, visto que não podem ser
sintetizados endogenamente.
A leucina, valina e isoleucina correspondem a 35% dos aminoácidos
essenciais em proteínas musculares.
A leucina, valina e isoleucina são aminoácidos essenciais de cadeia
ramificada (ACR).
AUTOATIVIDADESAUTOATIVIDADES
Unidade 1 - Tópico 1
1 - A nutrição acompanha o .................... em todas as etapas de sua vida,
com suas peculiaridades ...................., levando em conta origens,
...................., condições .......................e múltiplas finalidades e, atualmente, a
........................está presente na mídia brasileira com modelos de
........................para perder ou ganhar peso, para robustecer .........................,
para melhorar a saúde e para diversificar e sofisticar o .........................
(ROMANELLI, 2006, p. 335). Assinalea alternativa correta que preenche a
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A) 
B) 
C) 
D) 
Responder
A) 
B) 
citação acima:
ser humano, dietas, idade, fisiológicas, alimentação,
dietéticas, músculos, cardápio
ser humano, fisiológicas, idade, dietéticas, alimentação,
dietas, músculos, cardápio
ser humano, cardápio, dietéticas, idade, alimentação,
músculos, fisiológicas, dietas 
ser humano, dietéticas, idade, fisiológicas, alimentação,
dietas, músculos, cardápio
2 - Para o entendimento da atuação dos macronutrientes é necessário
analisar:EXCETO:
Ingestão.  
Oxidação.
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C) 
D) 
Responder
A) 
B) 
C) 
Resistência cardiovascular.
Termogênese.
3 - Em relação às proteínas, assinale V para verdadeiro e F para falso sobre
suas características:
(  ) Micromoléculas, compostas por um conjunto de aminoácidos de alto
peso molecular.
(  ) São fontes de energia e calor.
(  ) Quando ingeridas as proteínas, na boca são reduzidas a partículas
menores e sofrem modificações químicas.
(  ) Têm função reguladora (hormonal), estrutural (colágeno), defensivas
(anticorpos), de transporte (albumina). 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
V – F – V – V. 
V – F – F – F.
F – V – F – V.
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D) 
Responder
A) 
B) 
C) 
D) 
Responder
V – F – F – V.
4 - Sobre os lipídios, assinale a alternativa verdadeira:
Durante o exercício físico os lipídios (gorduras) são utilizados
como importantes fontes de energia juntamente com o
carboidrato, poupando o glicogênio muscular. 
Durante o exercício físico os lipídios (gorduras) não são
utilizados como importantes fontes de energia juntamente
com o carboidrato, poupando o glicogênio muscular.
Durante o exercício físico os lipídios (gorduras) são utilizados
como importantes fontes de energia, mas não com o
carboidrato.
Durante o exercício físico os lipídios (gorduras) são utilizados
como importantes fontes de energia juntamente com o
carboidrato, gastando todo o glicogênio muscular.
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Página 34 de 35
Apresentação  Tópico 2
Conteúdo escrito por:
Todos os direitos reservados © Prof.ª Rafaela Liberali
Prof.ª Simone A. P. Vieira
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