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Motilidade → De fora para dentro a parede intestinal é composta por: camada serosa → músculo longitudinal → músculo circular, (contração e do relaxamento dessas duas camadas: motilidade) → submucosa → mucosa → A maioria das regiões são compostas por musculatura lisa (com exceção da cavidade oral, faringe, 1/3 superior do esôfago e esfíncter anal externo – musculatura estriada) → Músculo liso: características específicas, que fazem com que células musculares lisas fiquem agrupadas (junções comunicantes, que permitem a passagem elétrica de íons e 2º mensageiros) – garantindo que a contração ocorra como um sincício (quando contrai, contrai como um todo) → Contração tônica (esfíncteres e estômago proximal) – mantida e sustentada ter um estímulo inibitório para que ela relaxe → Contração fásica (esôfago, estômago distal e intestino) – contração rápida (contração seguida de relaxamento que funciona para propensão do alimento) → Potenciais de ondas lentas: 3 a 12/min → começa a partir de células de Cajal – não pode ser considerado um potencial de ação → Potenciais de ondas em ponta/espícula: 1 a 10/s - despolarização → abre canais de cálcio-sódio → cálcio que gera a contração → Quanto maior o número de potenciais gerados, maior o tempo/força de contração da região → Estímulos excitatórios: estiramento (não aumenta pressão), estímulo da acetilcolina (via nervo vago), hormônios gastrointestinais → Estímulos inibitórios: atividade simpática (NA impede o processo) Controle neural → Sistema Nervoso Entérico: • Plexo mioentérico: se localiza entre a camada muscular longitudinal e a camada muscular circular, está relacionado diretamente com a motilidade do TGI. • Plexo submucoso: se localiza na camada submucosa, está relacionado com as secreções, apenas uma contração de vilosidades acontece no intestino delgado • Os neurônicos que comunicam-se nesses plexos são chamados de intrínsecos, diretamente modulados por neurônios extrínsecos, vindos do SNA (principalmente parassimpático) • Estímulos que acontecem no epitélio → ativação de receptores → potenciais aferentes → tronco encefálico/medula espinal → modulações simpáticas/ parassimpáticas nos neurônios intrínsecos → Sistema Nervoso Autônomo: • Simpático: afasta do limiar • Parassimpático: aproxima do limiar Controle hormonal → MOTILINA • Secreção: Jejum: células M do estômago e duodeno Auxilia na motilidade do período interdigestivo Ação: Complexo motor migratório (peristalse) a cada 90min → COLECISTOCININA (CCK) • Secreção: Ácidos graxos e monoglicerídeos no intestino (células I do duodeno e jejuno) principalmente, frente à gorduras presentes no duodeno Ação: Forte contração da vesícula biliar para secreção da bile, inibição motora gástrica moderada → PEPTÍDEO INIBITÓRIO GÁSTRICO Peptídeo insulinotrópico glicose- dependente Secreção: Ácidos graxos, aas e carboidratos no intestino → mucosa duodeno e jejuno Ação: Inibição motora gástrica leve → SECRETINA Secreção: pH ácido no intestino → células S do duodeno frente à acidez do quimo Ação: inibição fraca do TGI → Segmentação: organização do movimento camada muscular ativa – diretamente envolvida a mistura desse conteúdo Principalmente no intestino delgado → precisa a mistura do alimento → exposição a diferentes enzimas e uma capacidade absortiva eficiente → Peristalse/Peristaltismo: Plexo mioentérico, organização do movimento, ação de cada camada muscular Movimento em direção boca-ânus Pode ser bidirecional, porem limitado Forte contração na camada circular – frente a presença de um conteúdo que distendeu-se (aproximadamente 2 cm) a frente dessa região → contração antes → Complexo motor migratório: organização do movimento Controle: ausência de alimento no estômago e duodeno secreção de motilina Movimento que acontece entre estômago e intestino quando não está se fazendo digestão É a remoção de todo o conteúdo do intestino que não foi utilizado anteriormente → atuação da motilina → Em repouso, permanecem tonicamente contraídos, funcionando como uma barreira Esfíncter esofágico inferior, esfíncter pilórico, esfíncter ileocecal → Reflexo miogênico, agentes neuro- humorais (vago – Ach) → Liberação de oxido nítrico e peptídeo intestinal vasoativo, substâncias inibitórias que relaxam esses esfíncteres para que eles consigam permitir a passagem desse conteúdo em um momento adequado → Integrados no SNE Controle de secreção, peristaltismo, segmentação, inibição local → Comunicação das células do intestino com gânglios pré-vertebrais simpáticos que voltam para TGI Gastrocólico – sinais do estômago para evacuação do cólon (conteúdo fecal seja enviado para o reto para ser eliminado) Enterogástrico – sinais do intestino delgado e cólon para inibir motilidade e secreção gástrica - quimo extremamente ácido, gorduroso, hipertônico... Colonoileal – sinais do cólon para inibir o esvaziamento do íleo no cólon. → Resposta do intestino para a medula espinal/tronco encefálico que volta para TGI Controle vagal motor e secretivo do estômago, inibição geral do TGI pela dor, defecação → Refere-se a um movimento reflexo, que pode a qualquer momento ser sobreposto pelo movimento voluntário → Vinculado a diferentes estímulos: córtex olfativo, córtex gustativo, amigdala, núcleo do trato solitário – o reflexo depende de uma atividade do trigêmeo (ramo mandibular) → Relaxamento da mandíbula (cai) → estira os músculos → sobe → movimentação da mandíbula e atuação dos dentes • Dentes incisivos (corte): capacidade de força de até 25 kg na cavidade oral • Dentes molares (vinculados a trituração): força de até 90 kg na cavidade oral → Funções da mastigação: aumenta a área de superfície desse conteúdo, mistura o conteúdo com a saliva para iniciar um processo de digestão, facilita a deglutição → Para deglutir, não pode atrapalhar a respiração → Fase oral (voluntária): pós o término da mastigação → pressiona a língua contra o palato → empurra o alimento para o posterior → atinge a faringe → Fase faríngea (involuntária): ativação de mecanorreceptores → mandam a informação via nervo vago e glossofaríngeo para o centro da deglutição (localizado no bulbo/ponte) → emite eferências para o controle da deglutição Atividade de fibras vagais motoras – pois há músculo esquelético União das cordas vocais para fechar a epiglote – evita que o alimento passe para a parte respiratória Contração dos músculos constritores (superiores, médios e inferiores) para que esse processo ocorra → Fase esofágica (involuntária): o esfíncter esofágico superior está relaxado e o inferior está contraído → peristaltismo primário → dependente da atividade vinda da fase faríngea → fibras vagais viscerais → peristalse contra o EEI. Quando essa onda primária não é o suficiente, gera-se uma onda peristáltica secundária → dependente da distensão que ocorre no esôfago → ativa vias aferentes → vias eferentes → contração acentuada do esôfago → alimento vai para o estômago. Esfíncter esofágico inferior relaxa → fundo do estômago relaxa (relaxamento receptivo) → estômago consegue guardar grande quantidade de bolo alimentar sem aumentar pressão → As fases involuntárias dependem da atividade do centro da deglutição, constituído por três núcleos: 1. Núcleo não vagal: refere-se às fibras vagais motoras 2. Núcleo ambíguo 3. Núcleo motor dorsal do vago → A contração que acontece na região de musculatura estriada, tem fibras vagais somáticas; quando acontece na musculatura lisa (2/3 inferiores do esôfago) tem fibras vagais viscerais que promovem a contração do esôfagoe, consequentemente, a passagem do bolo alimentar → Constituído por musculatura lisa → Mantém-se contraído para evitar o refluxo de ácido, mas precisa relaxar: Inervado por fibras vagais excitatórias e inibitórias → contraído mantém-se a atividade das fibras excitatórias (via acetilcolina); já para relaxar desencadeia-se a ativação de fibras inibitórias → passam a despolarizar rapidamente, gerando potenciais → liberando VIP (peptídeo intestinal vasoativo) e NO (oxido nítrico) → permite a passagem do bolo alimentar → Bolo alimentar alcançou o fundo do estômago (que está relaxado) → acúmulo do alimento sem aumentar pressão intragástrica → Camadas musculares do estômago: longitudinal, circular e oblíqua → essas camadas se acentuam em espessura a partir do corpo do estômago e não do fundo, o que garante um relaxamento para armazenar esse conteúdo → Estômago: armazenamento (manter até ter secreções gástricas acentuadas), mistura com secreções, forma o quimo (triturá-lo o máximo possível através do peristaltismo), esvaziamento (lento) para o intestino → As células intersticiais de Cajal no estômago começam a aparecer na parte proximal no corpo do estômago, e assim, a partir de movimentos inicialmente fracos, três ondas por minuto, começamos a misturar o bolo alimentar ao quimo e levá-lo em direção ao piloro, e começa a acentuar o movimento e permitir a passagem do liquido para o intestino delgado → Reflexos de preparação Gastrocólico: vontade de defecar após início da refeição Gastroileal: aumenta peristalse ileal → Mistura e trituração Controle vagal Reflexo fundoantral – alimento no fundo intensificam motilidade → Controle Pilórico Vias vagais excitatória e inibitórias NO – relaxamento CCK, reflexos duodenais (ACh) – contração pós-prandial Controle do esvaziamento gástrico → Fatores gástricos = estímulo ao esvaziamento 1. Aumento do volume Gástrico: estiramento → reflexo mioentérico → estimula bomba pilórica e inibe o piloro 2. A liberação de gastrina (mucosa antral) → aumenta contrações do corpo e mais ainda do antro pilórico → Fatores duodenais = inibição do esvaziamento 1. Reflexos Enterogástricos • Possíveis estímulos: volume duodenal alto irritação da mucosa duodenal quimo duodenal ácido (pH 3,5-4), hiper ou hipotônico produtos de digestão proteínas e gorduras no quimo • Vias: SNE, gânglios simpáticos pré- vertebrais e n. vago → TE → inibição vagal 2. Regulação hormonal • Presença de gordura no duodeno e jejuno • Liberação de hormônios no sangue • Inibem bomba pilórica e estimulam contração esfíncter pilórico - CCK (inibidor competitivo da gastrina) - gorduras estimulam sua liberação - Secretina (ácido no duodeno → estimula secreção de bicarbonato de sódio pelos ductos pancreáticos) - Peptídeo inibidor gástrico (gordura e carboidratos no duodeno) → Contrações segmentares: contrações dos músculos circulares e relaxamento dos músculos longitudinais Misturam os alimentos Segmentos de 1-5cm Ritmo de ondas lentas → Contrações peristálticas curtas: Propelir o alimento ingerido e os produtos da digestão ao longo do trato digestivo – direção ao ânus Triturar o alimento e misturá-lo às secreções Revolver o conteúdo (renovar continuamente o material em contato com o tecido) → Reflexos intrínsecos do sistema nervoso entérico: movimento peristáltico → Reflexo Gastroentérico Distensão gástrica → Plexo mioentérico → aumenta peristalse intestinal → Controle Hormonal Estímulo: gastrina, CCK, insulina e serotonina infecção (diarréia – “descarga peristáltica”) Inibição: secretina (estimula a liberação de bicarbonato pelos ductos pancreáticos e torna o quimo alcalino pois as enzimas no duodeno tem atividade em pH básico) e glucagon Contração da Camada Muscular Mucosa → Estímulo: alimento no intestino → Via: plexo nervoso submucoso → Ação: aumenta número de pregas “ordenha” das vilosidades – aumentando a área de superfície e consequentemente aumentando a capacidade de absorção → Válvula íleocecal Pressão no colón = fecha Reflexo gastroileal = relaxa → Reflexo Ileocecal Distensão cecal ou irritação = contração esfínctérica + inibição peristalse do íleo Contrações haustrais ou de mistura → Forte contração da camada circular e camadas longitudinais no intestino grosso → Movimentos segmentares lentos que movem a massa fecal pelo cólon, favorecem a absorção de água e eletrólitos no cólon ascendente e transverso proximal. → Podem ser estimuladas pela distensão do colon. → Capazes de propelir o conteúdo até o cólon transverso. Movimentos de massa (peristálticos) → Estímulos: distensão ou irritação do colon; distensão no estômago (Reflexo gastrocólico); distensão no duodeno (Reflexo duodenocólico) → Ondas de contração da camada circular de áreas grandes do cólon descendente ao reto ou até mesmo desde o ceco. → 1-3 vezes/dia → Reflexo intrínseco: Distensão do reto → Plexo mioentérico → Reflexo parassimpático (nervos pélvicos) → Contração do cólon descendente, sigmóide e reto → Relaxamento do esfíncter anal (musculatura lisa) → Relaxamento voluntário do esfíncter externo → Se a defecação é atrasada o reflexo para até o próximo movimento de massa → Reflexo de defecação parassimpático: Terminações nervosas do reto → Medula espinal → Fibras parassimpáticas (nervos pélvicos) → Contração do cólon descendente, sigmóide e reto → Relaxamento do esfíncter anal interno