<html><head> <style> @import url(https://fonts.googleapis.com/css?family=Source+Sans+Pro:300,400,600,700&display=swap); </style> </head><body><div class="ql-snow"><div class="pd-html-content"><div class="ql-editor"><p class="ql-align-center"><strong>CASOS CLÍNICOS - REABILITAÇÃO ORAL II</strong></p><p class="ql-align-center"><strong>PARTE III</strong></p><p class="ql-align-center"><strong>TÓPICO: Preparos minimamente invasivos e laminados cerâmicos na Odontologia Reabilitadora</strong></p><p class="ql-align-center"><br></p><p class="ql-align-justify"><strong>Caso 1. </strong></p><p class="ql-align-justify">Conduzido pela dupla de alunos do último ano de odontologia, João Alberto e Mariana, ajude-os a solucionar o caso da paciente Ana Laura, 21 anos, que procurou a clínica porque se sentia muito incomodada ao sorrir, visto que o dente 22 era muito mais curto e estreito em relação aos outros dentes da frente. No exame clínico, João Alberto e Mariana observaram que se tratava de um dente conoide, com indicação de reabilitação, já que a paciente é jovem e tem uma exigência estética alta. Para o exame radiográfico, este dente apresentava normalidade dos tecidos periapicais e periodontais. Como você pode ajudar os alunos a devolver a vontade de sorrir à paciente Ana Laura? Como indicar a técnica mais adequada de preparo e cimentação adesiva para o dente em questão? Quais são os princípios a seguir e em que se basear para a escolha do melhor tratamento? Como proceder para a sua execução adequada? </p><p class="ql-align-justify"><span style="color: rgb(0, 138, 0);">Resolução:</span> Ppara ajudar João Alberto e Mariana a solucionar o caso da paciente Ana Laura, aplique os conhecimentos adquiridos ao longo desta seção. A paciente Ana Laura, 21 anos, procurou a clínica porque se sentia muito incomodada ao sorrir, pois apresentava o dente 22 - conoide - muito menor e mais estreito em relação aos dentes adjacentes, formando um espaço (diastema) entre ele e o elemento 23, mas mostrava normalidade de coloração dos tecidos periapicais e periodontais. Pelas condições dentais da paciente e para indicar o melhor tratamento e a técnica mais adequada de preparo e cimentação adesiva para o dente em questão, deve-se pensar primeiro nas características oclusais: oclusão normal, sem sinal de bruxismo nem ausência de espaço interoclusal ou mordida de topo; as características do substrato: dente com alteração de forma, mas a cor e o posicionamento estavam normais, com presença de diastema. Quanto ao preparo, pode-se pensar que as condições de um dente conoide, diferentemente de um dente que não tenha alteração de forma, favorecem o não preparo, pois, o próprio formato expulsivo do dente e o espaço existente até o dente adjacente, servem como um guia de posicionamento para a cerâmica, e evitam o sobrecontorno. Para ajudar no planejamento, é feita a moldagem e o enceramento diagnóstico, que guiará toda a condução do tratamento e a partir do qual um mock up de resina bisacrílica é confeccionado para que a paciente visualize o resultado final. Uma vez decidido que não será feito preparo, é feita a moldagem de trabalho com fio retrator e o envio para o laboratório com as indicações e o diagrama de cor para a confecção da lente de contato em cerâmica reforçada com dissilicato de lítio, mais resistente que a feldspática convencional e muito estética. O cimento de escolha é o cimento resinoso fotopolimerizável, mas antes da cimentação é feita a prova da lente com as pastas-teste do cimento, a fim de observar se a coloração dele é compatível com a estética requerida. Só depois de verificada a estética e a necessidade de algum ajuste eventual, é feito o preparo da peça e do dente para, enfim, realizar a cimentação final.</p><p class="ql-align-justify"><br></p><p class="ql-align-justify"><strong>Caso 2. </strong></p><p class="ql-align-justify">O paciente Luciano compareceu ao consultório da Dra. Márcia com uma faceta direta em resina composta no dente 21, confeccionada há 5 anos e com nítida alteração de cor e textura em relação aos dentes vizinhos. Após anamnese detalhada, o paciente relatou ter sofrido um trauma quando tinha 8 anos e, após o ocorrido, seu dente escureceu um pouco, e, desde então, foram feitas restaurações diretas de resina para mascarar a coloração alterada, sendo que ele nunca se mostrou satisfeito com o resultado. No exame clínico e radiográfico, a Dra. Márcia percebeu que o dente já havia sido tratado endodonticamente, devido ao trauma sofrido. A restauração direta de resina, sobreposta ao dente para mascarar a coloração alterada, apresentava-se manchada, porosa e sem brilho, com um sobrecontorno que estava nitidamente provocando inflamação tecidual. Ao remover a restauração de resina, a Dra. Márcia percebeu que o dente estava realmente escurecido e já havia sofrido um preparo relativamente extenso, mas que seria possível resolver o caso do Luciano de forma satisfatória. Ajude a Dra. Márcia a planejar o melhor tratamento para o Luciano. Com base nas informações fornecidas, qual seria a melhor indicação de tratamento? Como resolver os principais problemas, como a inflamação tecidual, o sobrecontorno e o escurecimento do substrato? Quais os materiais de escolha, tanto para a reabilitação quanto para a cimentação?</p><p class="ql-align-justify"><span style="color: rgb(0, 138, 0);">Resolução: </span>Uma vez removida a restauração antiga, a Dra. Márcia precisava devolver a estética e a funcionalidade do dente 21 ao paciente Luciano. O primeiro passo foi refazer o preparo dental, porque o dente se apresentava realmente mais escurecido, e todos os preparos prévios para a confecção de facetas diretas de resina já tinham removido toda a camada de esmalte, deixando toda a superfície vestibular em resina. Como a adesão em dentina é sabidamente mais deficiente que em esmalte, para reforço da interface de cimentação, ela precisaria ganhar em retenção, além de necessitar de uma espessura maior de cerâmica para trabalhar o mascaramento do substrato. O caminho escolhido foi repreparar o dente para receber uma faceta cerâmica, envolvendo as faces proximais e incisal, e para não deixálo com o dente preparado, ela confeccionou um provisório com resina direta, retido somente por um ponto de condicionamento ácido e adesivo no centro da face vestibular. Na consulta seguinte, com o tecido mais saudável, ela conseguiu refinar o preparo e moldar para envio ao laboratório com as coordenadas da cor escolhida, em conjunto com o paciente e o técnico em prótese. Como a espessura permitia, foi confeccionada a faceta em vitrocerâmica prensada, reforçada com dissilicato de lítio, que posteriormente foi recoberta com cerâmica feldspática convencional para melhor caracterização da peça, já que a dificuldade técnica em executar um único dente é muito maior, e ainda pior em substrato escurecido. Antes da cimentação, a Dra. Márcia fez a prova com as pastasteste do cimento resinoso, para verificar qual coloração do cimento ficaria melhor sob a faceta e ajustar eventuais interferências, e só então procedeu ao preparo e ao condicionamento da peça e do dente para posterior cimentação com cimento resinoso fotopolimerizável. A faceta de cerâmica, confeccionada após o preparo dental (idealmente no máximo 0,5 mm abaixo da margem gengival), é muito mais compatível aos tecidos, pela lisura de superfície e adaptação marginal, enquanto sua coloração permanece estável ao longo dos anos. </p><p class="ql-align-justify"><br></p></div><div name="pdEndOfFile"></div></div></div></body></html>
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