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Bioquímica Juliana Almeida – Medicina UNIRIO Mecanismos de Sinalização – Receptores de Superfície Efeito do TSH sobre a Secreção de Hormônio da Tireoide >> receptor acoplado à ptn G. >> a ptn G ativa a adenilato ciclase – aumenta a [AMPc]. >> o AMPc se liga às subunidades regulatórias da PKA – liberando as subunidades catalíticas. >> as sub. catalíticas fosforilam diversas proteínas. >> a cascata termina coma secreção dos hormônios da tireoide, como o T4 e o T3. >>> o amor é um fenômeno neurobiológico complexo, baseado em atividades cerebrais que envolvem um número elevado de mensageiros/efetores químicos – os compostos químicos que atuam sobre o nosso corpo (principalmente o cérebro) e nos transmitrem todas as sensações e comportamentos que associamos ao amor. > compostos químicos que afetam nosso cérebro: Norepinefrina – efeito cronotrópico para o coração (excitação); Serotonina – responsável pelo controle do equilíbrio emocional; Dopamina – nos faz sentir felizes. >> esses compostos são controlados pela feniletilamina – pessoas que têm elevada produção desse composto ou que são mais responsivas aos seus efeitos tendem a saltar de romance em romance. > teoria da tolerância – se você produz um hormônio por muito tempo, ele tende a ser tolerado → diminuição da sua produção, da ação do seu receptor ou da intensidade da cascata disparada por ele ------ feedback negativo! Oxitocina – hormônio do “carinho” ou do “abraço”; induz o trabalho de parto; em animais, contribui para as uniões sociais e fortalece laços; é liberado por ambos os sexos durante o orgasmo (indica que quanto mais sexo um casal praticar, maior a ligação química entre eles). Vasopressina – conhecida como hormônio da fidelidade; sua ação é sobre a pressão sanguínea; o ADH liberado durante o sexo age sobre a região do cérebro ligada a recompensa – forma vínculos afetivos. Endorfina – analgésico natural e produz uma sensação de calma e segurança; é liberada no organismo durante o ato sexual e em exercícios físicos. Secreção e Ação da Arginina Vasopressina nos túbulos distais do rim › Receptores de osmolaridade detectam o aumento de NaCl no sangue – disparam a produção do neurônio vasopressinérgico no hipotálamo, a neurofisina. › É levada até a pituitária posterior – onde é liberada no capilar através das suas fenestrações. › O complexo arginina-vasopressina-neurofisina II é liberado na circulação. › Quando chega à cél. tubular distal (sua cél-alvo), esse complexo se dissocia, liberando a vasopressina. › A vasopressina atua sobre um receptor acoplado à ptn G -> ativa a adenilato ciclase -> produz AMPc -> ativa a PKA -> induz a translocação de subunidades de canais de água (aquaporinas). › Aumentando o número de aquaporinas na membrana tubular, a água pode passar – aumenta a reabsorção de água. › Isso regula a osmolaridade do sangue novamente Nucleação de Complexos Supramoleculares pelas ptns de ancoragem da cinase A (AKAP) >> a ptn de ancoragem ancora o receptor B-adrenérgico com a ptn G, com a adenilato ciclase e com as ptns que vão atuar nas ptns-alvo! >> ptn cinase e ptn fosfatase presas num complexo que desencadear, através de um hormônio, a cascata: ativação da ptn G – adenilato ciclase – AMPc – PKA. >> as ptns fosfatases desfosforilam, desativando ou ativando, as enzimas de vias de sinalização. >> o complexo de sinalização propicia a compartimentalização/agrupamento dessas proteínas, facilitando sua regulação e a regulação da via. >> o microambiente é organizado. Principais Mecanismos para o Término da Transdução de Sinal Dependente de Receptor › Para a via não ficar ativada continuamente, há mecanismos terminais. >> na supressão, o receptor é internalizado e destruído nos lisossomos. Dessensibilização do Receptor B-adrenérgico >> esses mecanismos são importantes para evitar uma hiperativação de vias específicas. >> outros segundos mensageiros: diacilglicerol, inositol trifosfato (IP3) e Ca2+. Ação do IP3 Receptor Tirosina Quinase › A ptn Ras estimula vias de sinalização associadas ao crescimento e proliferação celular. › Vários casos/tipos de câncer estão relacionados à superativação da ptn Ras – leva a um descontrole do crescimento e da proliferação celular. › A ptn Ras ativada ativa uma cascata de sinalização MAP-quinases. › As ptns efetoras (MAP-quinase) fosforilam: Ptns citosólicas ou de membrana – gera mudança rápida de atividade de ptns citosólicas ou de membrana. Ptn nuclear reguladora de genes – causa mudanças na expressão gênica. › Exemplo de receptor de tirosina quinase – receptor de insulina. A insulina se liga a esse receptor, que dimeriza e se autofosforila, bem como fosforila o IRS-1 (elemento de resposta à insulina). O IRS-1 que desencadeia a sinalização da cascasta associada a insulina. Via Ras-Raf-MAPK – regula a expressão de alguns genes. >> desregulando ou hiperativando um componente da via, os reflexos se dão no final. >> uma das cascatas desencadeadas epla ativação do receptor de insulina leva à translocação do GLUT4 (adipócitos e miócitos) para a membrana plasmática (pra colocar glciose pra dentor da cél) – resistência a insulina – a glicose NÃO entra nas células. Sinalização JAK-STAT › Eritropoietina aumenta a síntese de eritrócitos. › O receptor dimeriza e fosforila algumas vias, podendo fosforilar a STAT e a JAK. › Via paralela – cascata das MAPK. Mostra que pode haver, ao mesmo tempo, uma dupla ativação da mesma via – pela EPO e pela insulina. Cascatas de Sinalização Intracelular Iniciadas por receptor de Citocina › O receptor de citocina + receptor de tirosina – ativados pela citocina, sendo dimerizados, fosforilando o próprio receptor. › O receptor fosforilado, fosforila outras ptns, as STATs. › As STATs ativadas dimerizam e vão para o núcleo – modula a expressão gênica. Cross-talking – Sinalização Cruzada >> numa cél, há vários tipos de receptores. >> a PKB ativada pelo receptor da insulina ativa a cauda carboxiterminal do receptor B-adrenérgico! >> com essa ativação, o receptor B-A é “sequestrado” – ou seja, quando a insulina está alta, ela diminui o número de recpetors B-A na membrana! > um receptor consegue interferir na função de outro – faz sentido nesse exemplo porque os papeis da adrenalina e da insulina são antagônicos. Receptores Canais Iônicos Dependentes de Neurotransmissores › Principais elementos de transdução de sinal em sinapses neuronais. › O neurotransmissor é liberado e atua sobre um receptor (nesse caso, um canal iônico). › Ao ativar, o canal se abre, permitindo a passagem de íons para o interior do neurônio pós-sináptico – altera o potencial de membrana dessa cél. >> um neurotransmissor pode se ligar a um canal iônico e o deixar inativo! Neurotransmissores Excitatórios vs. Inibitórios >> a soma de canais de Na+ com canais de Cl- que determina a geração de um PA ou não – depende da quantidade de nt excitatórios e inibitórios. >> para as vesículas de nt serem liberadas, elas precisam de um estímulo – influxo de Ca2+! >> assim que o impulso vem, os canais de Na+ se abrem, permitindo a entrada de íons positivos, despolarizando a membrana. >> os canais lentos de K+ promovem a repolarização. >> ACh se liga a seus receptores específicos associados à canais iônicos. >> essa ligação leva a abertura de canais de Na+ e Ca2+, que entram na membrana pós-sináptica, promovendo a propagação do impulso nervoso. Terminais Sinápticos e Sinapses › Sinapses: estruturas em terminais nervosos que contêm os locais especializados para a transmissão dos impulsos nervosos. › Neurotransmissores (nt) Excitatórios – abrem canais de Na+ (Ach,serotonina, glutamato); Inibitórios – abrem canais de Cl- (GABA, glicina). >> o cérebro funciona basicamente com mecanismos inibitórios. > cada neuronônio recebe a informação de até 10k sinapses! – isso significa que se 5mil delas liberarem nt excitatórios e 5mil liberarem nt inibitórios = nada acontece! – tudo depende do somatório dos estímulos dos nt. Exemplo: quando a dopamina é eliminada na sinapse por um neurônio, o neurônio seguinte é capaz de reconhecê-la através de receptores específicos – após o reconhecimento, a dopamina é recapturada pelo neurônio que a eliminou (diminuindo o efeito). A cocaína atua nesse sistema, bloqueando a recaptação de dopamina! – ela permanece na sinapse “passando a informação” de prazer e euforia, sem cessar. O uso prolongado de cocaína faz com que o cérebro se adapte a ela – ele começa a depender desta substância para funcionar normalmente, diminuindo os níveis de dopamina no neurônio. Se o inidíviduo parar de usar cocaína, não existe dopamina suficiente nas sinapses, então ele experimenta o oposto do prazer (fadiga, depressão e humor alterado). Resistência a Insulina Imunometabólica › Além do aumento da glicose no sangue, há um aumento de ácidos graxos circulantes. › Esses ácidos graxos são capazes de disparar sinalização de receptores do tipo Toll (TLR) – receptores relacionados a padrões moleculares associados a patógenos. › Ao dispararem a via de sinalização intracelular, eles bloqueiam a via da AKT (ativada pela insulina) e a ativação do IRS (elemento de resposta a insulina). Afeta a transcrição e ativação de determinados genes, já que a insulina ativa as MAPK. › O receptor de fatores pró-inflamatórios (como o TNFR) – ativa algumas vias que bloqueiam a ativação do AKT e do IRS. › Então, você tem insulina, o receptor funciona, mas o problema da resistência a insulina é que mecanismos bloqueiam a cascata de sinalização intracelular. › Não adianta dar insulina, induzir o aumento da expressão de seus receptores. › Adianta diminuir o quadro inflamatório sistêmico local e a quantidade de ácidos graxos circulantes –> exercício físico, perda de peso e vida mais saudável. Integração entre as Principais Cascatas de Sinalização › A comunicação cruzada leva a uma alteração na regulação gênica e na produção/função das proteínas plasmáticas.
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