Buscar

ExerciciosStoodiMed_Janeiro_02_2023

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Janeiro
16/01 a 20/01
Lista de
Exercícios
Toda semana uma lista
com exercícios difíceis
exclusivos para você
praticar ainda mais!
Matérias:
Gramática
Literatura
Geografia
História
Biologia
Matemática
Filosofia
Química
Física
Gramática
Seguindo com nossa retomada de início de ano, nesta semana continuaremos com algumas práticas de
exercícios para desenferrujarmos após o período de férias! Então, nesta semana, trabalharemos a interpretação
de textos dos mais variados gêneros, e dos principais vestibulares do país. Bons estudos!
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Leia o soneto “Descreve o que era naquele tempo a cidade da Bahia”, do poeta Gregório de Matos (1636-1696)
A cada canto um grande conselheiro,
Que nos quer governar cabana e vinha;
Não sabem governar sua cozinha,
E podem governar o mundo inteiro.
Em cada porta um bem frequente olheiro,
Que a vida do vizinho e da vizinha
Pesquisa, escuta, espreita e esquadrinha,
Para o levar à praça e ao terreiro.
Muitos mulatos desavergonhados,
Trazidos sob os pés os homens nobres¹,
Posta nas palmas toda a picardia,
Estupendas usuras nos mercados,
Todos os que não furtam muito pobres:
E eis aqui a cidade da Bahia.
(Gregório de Matos. Poemas escolhidos, 2010.)
1 Trazidos sob os pés os homens nobres: na visão de Gregório de Matos, os mulatos em ascensão subjugam com esperteza
os verdadeiros “homens nobres”.
1. (Unesp 2023) No soneto, o pronome “o” refere-se a
a) “mundo”.
b) “terreiro”.
c) “conselheiro”.
d) “olheiro”.
e) “vizinho”.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Leia a crônica “Elegia do Guandu”, de Carlos Drummond de Andrade, publicada originalmente em 2 de novembro de 1974.
E se reverenciássemos neste 2 de novembro os mortos do Guandu, que descem a correnteza, a caminho do mar –
o mar que eles não alcançam, pois encalham na areia das margens, e os urubus os devoram?
Perdoai se apresento matéria tão feia, em dia de flores consagradas aos mortos queridos. Estes não são amados
de ninguém, ou o são de mínima gente. Seus corpos, não há quem os reclame, de medo ou seja lá pelo que for.
Se algum deles tem sorte de derivar pela restinga da Marambaia e ali é recolhido por pescadores – ah, peixe menos
desejado – ganha sepultura anônima, que a piedade dos humildes providencia. Mas não é prudente pescar mortos do
Guandu: há sempre a perspectiva de interrogatórios que fazem perder o dia de trabalho, às vezes mais do que isso: a
liberdade, que se confisca aos suspeitos e aos que explicam mal suas pescarias macabras.
São marginais caçados pela polícia ou por outros marginais, são suicidas, são acidentados? Difícil classificá-los, se
não trazem a marca registrada dos trucidadores ou estes sinais: mãos amarradas, amarrado de vários corpos, pesos
amarrados aos pés. Estes últimos são mortos fáceis de catalogar, embora só se lhes vejam as cabeças em rodopio à flor
d’água, mas os que vêm boiando e fluindo, fluindo e boiando, em sonho aquático deslizante, estes desesperaram da vida,
ou a vida lhes faltou de surpresa?
Os mortos vão passando, procissão falhada. Eis desce o rio um lote de seis, uns aos outros ligados pela corda
fraternizante. É espetáculo para se ver da janela de moradores de Itaguaí, assistentes ribeirinhos de novela de espaçados
capítulos. Ver e não contar. Ver e guardar para conversas íntimas:
– Ontem, na tintura da madrugada, passaram três garrafinhas. Eu vi, chamei a Teresa pra espiar também...
Garrafinhas chamam-se eles, os trucidados com chumbo aos pés, e não mais como ficou escrito em livros de
cartório. O garrafinha nº 1 não é diferente do garrafinha nº 2 ou 3. Foram todos nivelados pelo Guandu. Como frascos
vazios, de pequeno porte e nenhuma importância, lá vão rio abaixo, Nova Iguaçu abaixo, rumo do esquecimento das
garrafas e dos crimes que cometeram ou não cometeram, ou dos crimes que neles foram cometidos.
[...]
O Guandu não responde a inquéritos nem a repórteres. Não distingue, carrega. Não comenta, não julga, não
reclama se lhe corrompem as águas; transporta. Em sua impessoalidade serve a desígnios vários, favorece a vida que quer
se desembaraçar da morte, facilita a morte que quer se libertar da vida. Pela justiça sumária, pelo absurdo, pelo desespero.
Mas não é ao Guandu que cabe dedicar uma elegia, é aos mortos do Guandu, nos quais ninguém pensa no dia de
pensar os e nos mortos. Os criminosos, os não criminosos, os que se destruíram, os que resvalaram. Mortos sem sepultura
e sem lembrança. Trágicos e apagados deslizantes na correnteza. Passageiros do Guandu, apenas e afinal.
(Carlos Drummond de Andrade. Os dias lindos, 2013.)
2. (Unesp 2022) Pode-se apontar na crônica um teor, sobretudo,
a) metalinguístico.
b) paródico.
c) crítico.
d) satírico.
e) fantástico.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Leia a crônica “Caso de justiceiro”, de Carlos Drummond de Andrade.
Mercadinho é imagem de confusão organizada. Todos comprando tudo ao mesmo tempo em corredores estreitos,
carrinhos e pirâmides de coisas se comprimindo, apalpamento, cheiração e análise visual de gêneros pelas madamas, e, a
dominar o vozerio, o metralhar contínuo das registradoras. Um olho invisível, múltiplo e implacável, controla os menores
movimentos da freguesia, devassa o mistério de bolsas e bolsos, quem sabe se até o pensamento. Parece o caos; contudo
nada escapa à fiscalização. Aquela velhinha estrangeira, por exemplo, foi desmascarada.
– A senhora não pagou a dúzia de ovos quebrados.
– Paguei.
Antes que o leitor suponha ter a velhinha quebrado uma dúzia de ovos, explico que eles estão à venda assim
mesmo, trincados. Por isso são mais baratos, e muita gente os prefere; casca é embalagem. A senhora ia pagar a dúzia de
ovos perfeitos, comprada depois; mas e os quebrados, que ela comprara antes?
A velhinha se zanga e xinga em ótimo português-carioca o rapaz da caixa. O qual lhe responde boas, no mesmo
idioma, frisando que gringo nenhum viria lá de sua terra da peste para dar prejuízo no Brasil, que ele estava ali para
defender nosso torrão contra piratas da estranja. A mulher, fula de indignação, foi perdendo a voz. Caixeiros acorreram,
tomando posição em defesa da pátria ultrajada na pessoa do colega; entre eles, alguns portugueses. A freguesia fez bolo. O
mercadinho parou.
Eis que irrompe o tarzã de calção de banho ainda rorejante e berra para o caixa:
– Para com isso, que eu não conheço essa dona mas vê-se pela cara que é distinta.
– Distinta? Roubou cem cruzeiros à casa e insultou a gente feito uma danada.
– Roubou coisa nenhuma, e o que ela disse de você eu não ouvi mas subscrevo. O que você é, é um calhorda e
quer fazer média com o patrão à custa de uma pobre mulher.
O outro ia revidar à altura, mas o tarzã não era de cinema, era de verdade, o que aliás não escapou à percepção de
nenhum dos presentes. De modo que enquanto uns socorriam a velhinha, que desmaiava, outros passavam a apoiá-la
moralmente, querendo arrebentar aquela joça. O partido nacionalista acoelhou-se. Foram tratando de cerrar as portas, para
evitar a repetição de Caxias. Quem estava lá dentro que morresse de calor; enquanto não viessem a radiopatrulha e a
ambulância, a questão dos ovos ficava em suspenso.
– Ah, é? – disse o vingador. – Pois eu pago os cem cruzeiros pelos ovos mas você tem de engolir a nota.
Tirou-a do bolso do calção, fez uma bolinha, puxou para baixo, com dedos de ferro, o queixo do caixa, e meteu-lhe o
dinheiro na boca.
Assistência deslumbrada, em silêncio admiracional. Não é todos os dias que se vê engolir dinheiro. O caixa
começou a mastigar, branco, nauseado, engasgado.
Uma voz veio do setor de ovos:
– Ela não roubou mesmo não! Olha o dinheiro embaixo do pacote!
Outras vozes se altearam: “Engole mais os outros cem!” “Os ovos também!” “Salafra” “Isso!” “Aquilo!”.
A onda era tamanha que o tarzã, instrumento da justiça divina, teve de restabelecer o equilíbrio.
– Espera aí. Este aqui já pagou. Agora vocês é que vão engolir tudo, se maltratarem este rapaz.
(Carlos Drummond de Andrade. Cadeira de balanço, 2020.)
3. (Albert Einstein - Medicina 2022) Nodiscurso indireto livre, a fala de determinada personagem ou fragmentos dela
inserem-se discretamente no discurso indireto através do qual o narrador relata os fatos. Ocorre discurso indireto livre no
seguinte trecho:
a) “– Ah, é? – disse o vingador. – Pois eu pago os cem cruzeiros pelos ovos mas você tem de engolir a nota.” (11º
parágrafo)
b) “Antes que o leitor suponha ter a velhinha quebrado uma dúzia de ovos, explico que eles estão à venda assim mesmo,
trincados.” (4º parágrafo)
c) “A senhora ia pagar a dúzia de ovos perfeitos, comprada depois; mas e os quebrados, que ela comprara antes?” (4º
parágrafo)
d) “– Distinta? Roubou cem cruzeiros à casa e insultou a gente feito uma danada.” (8º parágrafo)
e) “Outras vozes se altearam: ‘Engole mais os outros cem!’ ‘Os ovos também!’ ‘Salafra’ ‘Isso!’ ‘Aquilo!’.” (16º parágrafo)
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Momento
Adélia Prado
Enquanto eu fiquei alegre,
permaneceram um bule azul com um
descascado no bico,
uma garrafa de pimenta pelo meio,
um latido e um céu 1limpidíssimo
com recém-feitas estrelas.
Resistiram nos seus lugares, em seus ofícios,
constituindo o mundo pra mim, anteparo
para o que foi um acometimento:
súbito é bom ter um corpo pra rir
e sacudir a cabeça. A vida é mais tempo
alegre do que triste. Melhor é ser.
PRADO, Adélia. In: A Bagagem. Rio de Janeiro: Record, 2014 [1979], p.54.
4. (Uece 2022) No texto de Adélia Prado, o eu lírico revela que o tempo é
a) o que se vive aqui e agora.
b) o que já se viveu.
c) algo inatingível.
d) sempre um contraste.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Leia o texto a seguir.
As vacinas são uma das mais belas criações da humanidade. Uma delas erradicou a varíola, outras derrubaram as mortes
por febre amarela, sarampo e meningite e são elas que agora sustentam a volta à vida depois do período mais duro da
pandemia de Covid-19. Seu princípio básico de funcionamento é tremendamente simples: estimular o corpo a identificar e
combater um agente estranho ao organismo. Baseados nesse conceito, há décadas pesquisadores na área do câncer
perguntam-se qual seria o efeito do recurso contra a doença, uma vez que os tumores são conglomerados anormais de
células crescendo entre os tecidos, configurando-se, portanto, em algo alheio à natureza dos órgãos. Não tem sido fácil
achar a resposta, mas o anúncio feito há duas semanas pela Cleveland Clinic, dos Estados Unidos, mostra que os
estudiosos raciocinam no caminho certo.
Considerado um dos melhores do mundo, o centro americano de tratamento e pesquisa em saúde informou o início de um
estudo clínico para testar a eficácia e segurança de uma vacina na prevenção e tratamento do tipo mais agressivo de câncer
de mama. Se der certo, será o primeiro imunizante capaz de evitar diretamente o surgimento de um tumor. Atualmente, há
opções de proteção indireta, como as vacinas de HPV e da hepatite B. A primeira atua sobre alguns tipos do Papilomavírus
humano responsáveis por tumores, como o que causa câncer de colo de útero. A segunda protege de infecções pelo vírus
da hepatite B, doença que promove inflamação crônica do fígado, tornando as células do órgão vulneráveis à proliferação
descontrolada (característica do câncer).
Participarão do ensaio clínico entre 18 e 24 pacientes que tiveram o diagnóstico do câncer em etapa inicial nos últimos três
anos, encontram-se sem o tumor, mas apresentam grande risco de recidiva. Até setembro de 2022, quando esse braço da
pesquisa será encerrado, cada uma receberá três doses da vacina, aplicadas com intervalos de duas semanas entre cada
uma. Nessa fase, o objetivo é examinar a resposta imune desencadeada pela vacina e efeitos colaterais. Ou seja, avaliar o
desempenho do imunizante do ponto de vista terapêutico.
Adaptado de: PEREIRA, Cilene. Uma vacina tão esperada. Veja. São Paulo: Ed. Abril. 10 de novembro de 2021. ed. 2763,
ano 54, nº 44, p. 62-63.
5. (Uel 2022) Sobre os recursos linguísticos empregados no primeiro parágrafo do texto, considere as afirmativas a seguir.
a) A noção de “conceito” contesta o que é nomeado antes como “princípio básico de funcionamento”, por agregar muitos
elementos mais complexos, segundo o texto.
b) A ideia de “recurso” pode ser sintetizada na identificação precoce de um “agente estranho ao organismo”.
c) O termo “tumores” representa uma excepcionalidade no organismo de pessoas que já possuíam a doença à época da
detecção do problema.
d) O termo “alheio” corresponde à voracidade do câncer como doença que leva à morte com muita rapidez.
e) O termo “resposta” está conectado com uma longeva linha de investigação mantida por pesquisadores do câncer.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
[No museu do passado]
O interesse pela história deu origem aos museus e também à decisão de preservar os monumentos históricos. A
justificativa inicial dessas iniciativas era: lembrar-se para não repetir. Não deu muito certo, pois nunca paramos de repetir o
pior. Na verdade, suspeito que nosso gosto pelos resíduos do passado não seja pedagógico. Por que nos importa a
história? Por que deambulamos pelos museus?
Acreditamos que os homens devam afirmar-se segundo as suas habilidades. Não queremos que o passado decida
nosso destino: o que nos importa, em princípio, é o futuro. “Não me fale de suas façanhas de ontem, diga-me o que sabe
fazer.” Se inventamos a arqueologia, a história, o museu, a restauração e a conservação das antiguidades, não foi para
aprender uma lição. A razão dessa nossa paixão é o caráter incompleto da revolução moderna: o futuro é um terreno
demasiado inquietante e incerto para aceitarmos que só ele nos defina; portanto, o passado assombra nossos dias.
Não conseguimos esquecer: proclamamos a liberdade dos espíritos, mas cultivamos antigos preconceitos de raça,
cultura e classe. Ou então nos dizemos autônomos, mas explicamos nossos atos pelos eventos da nossa infância ou pelo
legado dos nossos pais.
Numa cultura diferente da nossa, os restos do passado poderiam parecer bem mais importantes do que uma vida.
Talvez um homem do Antigo Regime nos dissesse que sem a presença do passado não haveria sociedade nem sujeitos.
Talvez, para ele, a promessa de futuro contida no sorriso de um menino valesse menos do que os artefatos que sustentam a
memória de um povo.
(Adaptado de: CALLIGARIS, Contardo. Terra de ninguém. S. Paulo, Cia das Letras, 2004, p. 331-332)
6. (Puccamp Medicina 2022) Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do texto
em:
a) decisão de preservar os monumentos históricos (1º parágrafo) = intuito de retificar os vestígios da história.
b) suspeito que nosso gosto pelos resíduos do passado não seja pedagógico (1º parágrafo) = intuo que nosso desfrute das
lembranças plenas seja apenas relativo.
c) o caráter incompleto da revolução moderna (2º parágrafo) = o aspecto inidentificável da rebelião contemporânea.
d) terreno demasiado inquietante e incerto (2º parágrafo) = campo excessivamente aflitivo e vacilante.
e) Ou então nos dizemos autônomos (3º parágrafo) = ou mesmo falamo-nos com propriedade.
7. (Puccamp Medicina 2022) No contexto em que surgem, estabelecem uma oposição de sentido as seguintes
expressões:
a) interesse pela história // preservar os monumentos (1º parágrafo)
b) o passado decida nosso destino // diga-me o que sabe fazer (2º parágrafo)
c) afirmar-se segundo as suas habilidades // o que nos importa [...] é o futuro (2º parágrafo)
d) não conseguimos esquecer // cultivamos antigos preconceitos (3º parágrafo)
e) os restos do passado // artefatos que sustentam a memória (4º parágrafo)
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Para além da compaixão
Tendemos a acreditar que a compaixão, por si mesma, pode tornar as pessoas mais humanizadas. Contudo, esse
sentimento moral não é confiável por si só. Como os outros animais, o ser humano geralmente sente compaixão por quem
ele conhece, e não por quem ele não conhece. Hoje sabemos que até criaturas aparentemente simples como os
camundongos reagem com desconforto quando veem outros camundongos, com os quais tenhamvivido antes, sofrendo.
1Porém, o sofrimento de camundongos desconhecidos não consegue produzir um contágio afetivo que precede a
compaixão. Portanto, é provável que a tendência de dividir o mundo entre os conhecidos e os desconhecidos seja algo
profundamente enraizado em nossa herança evolutiva. Também podemos recusar a compaixão por outros motivos
inaceitáveis; por exemplo, podemos culpar injustamente a pessoa que está sofrendo por seu infortúnio. Muitas pessoas
acreditam que os pobres atraem a pobreza sobre si por meio da preguiça e da falta de esforço. Consequentemente, embora
estejam muitas vezes enganadas com relação a isso, elas não sentem compaixão pelos pobres.
Esses déficits de compaixão podem se conectar à dinâmica perniciosa do nojo e da vergonha. 2Quando determinado
subgrupo social é identificado como vergonhoso e nojento, seus membros parecem inferiores aos membros dominantes,
além de muito diferentes deles: primitivos, fedorentos, contaminados e contaminantes. Torna-se fácil, portanto, excluí-los da
compaixão, e fica difícil enxergar o mundo de seu ponto de vista. Pessoas que sentem muita piedade de outras pessoas de
seu grupo (social, racial, religioso etc.) são capazes de tratar pessoas de grupos diferentes como animais ou objetos.
Em suma, cultivar a compaixão não é por si só suficiente para superar as forças da discriminação, opressão e subordinação
social. A própria compaixão pode se tornar uma aliada do nojo e da vergonha, fortalecendo a solidariedade entre as elites e
distanciando-as ainda mais dos subalternizados. Daí a necessidade de se cultivar a educação dos sentimentos morais,
ampliando os horizontes da compaixão para além dos limites do grupo conhecido. A capacidade de se colocar no lugar do
outro, por mais diferente que ele seja, é algo que deve ser aprendido.
NUSSBAUM, Martha C. Sem fins lucrativos: porque as democracias precisam das humanidades. São Paulo: Martins Fontes,
2015. p. 38-39. (Adaptado).
8. (Ueg 2022) O trecho que faz referência ao comportamento dos camundongos utiliza um argumento baseado em
a) dedução
b) analogia
c) metáfora
d) ironia
e) falácia
9. (Unicamp 2021) De acordo com Heloísa Starling, “Sertão é uma palavra carregada de ambiguidade. Sertão pode indicar
a formação de um espaço interno, a fronteira aberta, ou um pedaço da geografia brasileira onde a terra se torna mais árida,
o clima é seco, a vegetação escassa. Mas a palavra é igualmente utilizada para apontar uma realidade política: a
inexistência de limites, o território do vazio, a ausência de leis, a precariedade dos direitos. Sertão é, paradoxalmente, o
potencial de liberdade e o risco da barbárie – além de ser também uma paisagem fadada a desaparecer.
(Adaptado de Heloisa Murgel Starling, A palavra “sertão” e uma história pouco edificante sobre o Brasil. Disponível em
https://www.suplementopernambuco.com.br/artigos/2243-a-palavra-sert%C3%A3o-e-uma-hist%C3%B3ria-pouco-edificante-
sobre-o-brasil.html. Acessado em 06/08/2020.)
Assinale o excerto que corresponde à ideia de sertão desenvolvida pela autora.
a) “Se achardes no Sertão muito sertão, lembrai-vos que ele é infinito, e a vida ali não tem esta variedade que não nos faz
ver que as casas são as mesmas, e os homens não são outros.” (Machado de Assis, Obra completa. Rio de Janeiro:
Nova Aguilar, v. 3, p. 765)
b) “Nessa época o sertão parece a terra combusta do profeta; dir-se-ia que por aí passou o fogo e consumiu toda a verdura,
que é o sorriso dos campos e a gala das árvores, ou o seu manto, como chamavam poeticamente os indígenas.” (José de
Alencar, O sertanejo. São Paulo: Ática, 1995, p.15)
c) “Lugar sertão se divulga: é onde os pastos carecem de fechos; onde um pode torar dez, quinze léguas, sem topar com
casa de morador; e onde criminoso vive seu cristo-jesus, arredado do arrocho de autoridade.” (João Guimarães Rosa,
Grande sertão: veredas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1956, p. 8.)
d) “Dilatam-se os horizontes. O firmamento, sem o azul carregado dos desertos, alteia-se, mais profundo, ante o expandir
revivescente da terra. E o sertão é um vale fértil. É um pomar vastíssimo, sem dono.” (Euclides da Cunha, Os sertões.
São Paulo: Ateliê, 2001, p. 135)
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Publicada em 1902, a partir de um trabalho de correspondente de guerra encomendado pelo jornal "A Província de São
Paulo" ao engenheiro militar Euclides da Cunha, oriundo da Escola Militar da Praia Vermelha (atualmente, Instituto Militar de
Engenharia), a obra "Os Sertões" aborda os acontecimentos da chamada guerra de Canudos, que foi o confronto entre um
movimento popular messiânico e o Exército Nacional, de 1896 a 1897, no interior do estado da Bahia. Uma leitura
obrigatória para a compreensão da sociedade e da cultura brasileira, a obra reflete a descoberta pelo autor de um "Brasil
profundo", desconhecido pela elite intelectual e política do litoral, e se tornou obra canônica de expressão dos problemas e
temas da nacionalidade. Em tom erudito, "Os Sertões" se caracteriza pelo encontro do estilo com os conceitos científicos,
que são estetizados e transfigurados, para estabelecer um novo plano de realidade humana, por meio de uma escrita
tortuosa, gramaticalmente rebuscada, marcada pela rica adjetivação e reinvenção lexical.
Texto 1
Capítulo 3
A GUERRA DAS CAATINGAS
1Os doutores na arte de matar que hoje, na Europa, 2invadem escandalosamente a ciência, perturbando-lhe o
remanso com um retinir de esporas insolentes – e formulam leis para a guerra, pondo em equação as batalhas, têm definido
bem o papel das florestas como agente tático precioso, de ofensiva ou defensiva. 3E ririam os sábios feldmarechais –
guerreiros de cujas mãos caiu o franquisque heroico trocado pelo lápis calculista – 4se ouvissem a alguém que às caatingas
pobres cabe função mais definida e grave que às grandes matas virgens. Porque estas, malgrado a sua importância para a
defesa do território – 5orlando as fronteiras e quebrando o embate às invasões, impedindo mobilizações rápidas e
impossibilitando a translação das artilharias – se tornam de algum modo neutras no curso das campanhas. Podem
favorecer, indiferentemente, aos dois beligerantes 6oferecendo a ambos a mesma penumbra às emboscadas,
dificultando-lhes por igual as manobras ou todos os desdobramentos em que a estratégia desencadeia os exércitos. São
uma variável nas fórmulas do problema tenebroso da guerra, capaz dos mais opostos valores.
7Ao passo que as caatingas são um aliado incorruptível do sertanejo em revolta. Entram também de certo modo na
luta. 8Armam-se para o combate: agridem. 9Trançam-se, impenetráveis, ante o forasteiro, mas abrem-se em trilhas multívias,
para o matuto que ali nasceu e cresceu.
10E o jagunço faz-se o guerrilheiro-tugue, intangível...
As caatingas não o escondem apenas, amparam-no.
11Ao avistá-las, no verão, uma coluna em marcha não se surpreende. Segue pelos caminhos em torcicolos,
aforradamente. E os soldados, devassando com as vistas o matagal sem folhas, nem pensam no inimigo. 12Reagindo à
canícula e com o desalinho natural às marchas, prosseguem envoltos no vozear confuso das conversas travadas em toda a
linha, virguladas de tinidos de armas, cindidas de risos joviais mal sofreados.
É que nada pode assustá-los. Certo, se os adversários imprudentes com eles se afrontarem, serão varridos em
momentos. Aqueles esgalhos far-se-ão em estilhas a um breve choque de espadas e não é crível que os gravetos finos
quebrem o arranco das manobras prontas. E lá se vão, marchando, tranquilamente heroicos...
De repente, pelos seus flancos, estoura, perto, um tiro...
A baia passa, rechinante, ou estende, morto, em terra, um homem. Sucedem-se, pausadas, outras, passando sobre
as tropas, em sibilos longos. Cem, duzentos olhos, mil olhos perscrutadores, volvem-se, impacientes. em roda. Nada veem.
Há a primeira surpresa. Um fluxo de espanto corre de uma a outra ponta das fileiras.
E os tiros continuam raros, mas insistentes e compassados, pela esquerda, pela direita.
pela frente agora. irrompendode toda a banda...
Então estranha ansiedade invade os mais provados valentes, ante o antagonista que vê e não é visto. Forma-se
celeremente em atiradores uma companhia, mal destacada da massa de batalhões constritos na vereda estreita.
3Distende-se pela orla da caatinga. 14Ouve-se uma voz de comando; e um turbilhão de balas rola estrugidoramente dentro
das galhadas...
Mas constantes, longamente intervalados sempre, zunem os projéteis dos atiradores invisíveis batendo em cheio
nas fileiras.
15A situação rapidamente engravesce, exigindo resoluções enérgicas. Destacam-se outras unidades combatentes,
escalonando-se por toda a extensão do caminho, prontas à primeira voz; – 16e o comandante resolve carregar contra o
desconhecido. Carrega-se contra os duendes. A força, de baionetas caladas, rompe, impetuosa, o matagal numa expansão
irradiante de cargas. Avança com rapidez. Os adversários parecem recuar apenas. Nesse momento surge o antagonismo
formidável da caatinga.
17As seções precipitam-se para os pontos onde estalam os estampidos e estacam ante uma barreira flexível, mas
impenetrável, de juremas. 18Enredam-se no cipoal que as agrilhoa, 19que lhes arrebata das mãos as armas, e não vingam
transpô-lo. Contornam-no. Volvem aos lados. Vê-se um como rastilho de queimada: uma linha de baionetas enfiando pelos
gravetos secos. 20Lampeja por momentos entre os raios do sol joeirados pelas árvores sem folhas; e parte-se, faiscando,
adiante, dispersa, batendo contra espessos renques de xiquexiques, unidos como quadrados cheios, de falanges,
intransponíveis, fervilhando espinhos...
Circuitam-nos, estonteadamente, os soldados. 21Espalham-se, correm à toa, num labirinto de galhos. Caem, presos
pelos laços corredios dos quipás reptantes; ou estacam, pernas imobilizadas por fortíssimos tentáculos. Debatem-se
desesperadamente até deixarem em pedaços as fardas, 22entre as garras felinas de acúleos recurvos das macambiras...
Impotentes estadeiam, imprecando, o desapontamento e a raiva, agitando-se furiosos e inúteis. Por fim a ordem
dispersa do combate faz-se a dispersão do tumulto. 23Atiram a esmo, sem pontaria, numa indisciplina de fogo que vitima os
próprios companheiros. Seguem reforços. 24Os mesmos transes reproduzem-se maiores, acrescidas a confusão e a
desordem; – enquanto em torno, circulando-os, rítmicos, fulminantes, seguros, terríveis, bem apontados, caem
inflexivelmente os projetis do adversário.
De repente cessam. Desaparece o inimigo que ninguém viu.
As seções voltam desfalcadas para a coluna, depois de inúteis pesquisas nas macegas. 25E voltam como se
saíssem de recontro braço a braço, com selvagens: vestes em tiras; armas estrondadas ou perdidas: golpeados de gilvazes;
claudicando, estropiados; mal reprimindo o doer infernal das folhas urticantes; frechados de espinhos...
(...)
26A luta é desigual. A força militar decai a um plano inferior. 27Batem-na o homem e a terra. 28E quando o sertão
estua nos bochornos dos estios longos não é difícil prever a quem cabe a vitória. 29Enquanto o minotauro, impotente e
possante, inerme com a sua envergadura de aço e grifos de baionetas, sente a garganta exsicar-se-lhe de sede e, aos
primeiros sintomas da fome, reflui à retaguarda, fugindo ante o deserto ameaçador e estéril, 30aquela flora agressiva abre ao
sertanejo um seio carinhoso e amigo.
(...)
A natureza toda protege o sertanejo. Talha-o como Anteu, indomável. É um titã bronzeado fazendo vacilar a marcha
dos exércitos.
CUNHA, Euclides da. Os Sertões (Campanha de Canudos). 2ª ed. São Paulo: Editora Ciranda Cultural, 2018, p. 181-186.
Texto 2
ESTADOS DE VIOLÊNCIA
A guerra, na longa história dos homens, terá tido seus atores e suas cenas, seus heróis e seus espaços, seus
personagens e seus teatros. Diversidade incrível das fardas, dos costumes, enfeites, armaduras, equipamentos.
31Multiplicidade dos terrenos: barro espesso ou poeira asfixiante, brejos viscosos, desfiladeiros rochosos, prados
gordurentos ou planícies sombrias, colinas acidentadas, montanhas dentadas, muros grossos das cidades fortificadas,
portões e fossos profundos. Sem mesmo falar das táticas de combate da evolução técnica das armas. 32Mas o que
malgrado tudo ficaria e basearia a distinção entre guerras maiores e menores, grandes e pequenas, verdadeiras e
degradadas, era essa forma pura de dois exércitos engajando forças representando entidades políticas identificáveis,
afrontando-se em batalhas decisivas, terrestres ou marítimas, que os colocavam em contato com seu princípio de
encerramento, vitória ou derrota. É ainda possível essa forma pura de guerra, depois que as grandes e principais potências
dispõem da arma absoluta (o fogo nuclear), depois ainda que um só possui uma superioridade arrasadora das forças
clássicas de destruição, tecnologias de reconhecimento, técnicas de fundição de precisão, depois enfim que as democracias
desenvolveram uma cultura de negociação, de arbitragem em que o recurso á força nua é dado como inadequado,
selvagem, contraproducente? Imagina-se que no futuro ainda grandes potências mobilizem o conjunto de suas forças vivas
para se medirem?
Na trama visível, dilacerada das grandes guerras contemporâneas, reconhecem-se apenas a paisagem cultural da
guerra, as nervuras de sua representação dominante. Não se veem mais, e tanto melhor, colunas de soldados em centenas
de milhares chegando ao futuro campo de batalha, dispondo-se em ordem para a batalha decisiva. Não se espera mais com
um entusiasmo ansioso a sanção das armas: duração da batalha. data da vitória ou da derrota (...) 33Os estados de violência
fazem aparecer uma multiplicidade de figuras novas: o terrorista, o chefe de facções, o mercenário, o soldado profissional, o
engenheiro de informática, o responsável da segurança etc. Não exército disciplinado, mas redes dispersas, concorrentes,
profissionais da violência. Mudanças ainda no nível do teatro dos conflitos. Para a guerra: uma planície, espaços largos, às
vezes colinas ou nos, em todo caso campanhas (para não levar em conta aqui guerras de cerco). E depois vem o
espetáculo desolador após a batalha os inimigos como que abraçados na morte, corpos juncando o solo, fardas rasgadas,
manchas de sangue. Um grande silêncio depois de tantos gritos e de vaias. O novo teatro é hoje a cidade. Não a cidade
fortificada, em torno da qual se entrincheira, mas a cidade viva dos transeuntes. 34A dos espaços públicos: mercados,
garagens, terraços de café, metrôs... A das ruas que francos atiradores isolados transformam em teatro de feira para
divertimentos atrozes (...)
Tempos e espaços, personagens e cadáveres. Aqui se trata apenas do regime de imagens de violência armada que
se acha transformado. A aposta filosófica seria dizer que acontece outra coisa, e não a guerra, que se poderia chamar
provisoriamente de “estados de violência”, porque eles se oporiam ao que os clássicos tinham definido como “estado de
guerra” e também como "estado de natureza" (...)
35Diante da inquietante extravagância desses conflitos dificilmente identificáveis ou codificáveis nos quadros da
análise estratégica clássica, ouve-se mesmo: o pior estaria por vir. É preciso dizer que a polemologia (estudo da guerra) não
reconhece mais seus filhos: nem seus chefes responsáveis, nem seus soldados dóceis, nem seus heróis esplêndidos. nem
seus mortos no campo de honra. 36Chega-se mesmo a se queixar. Neste ponto, contudo, a nostalgia é dificilmente
suportável. Sobretudo para lastimar guerras que às vezes nem mesmo foram vividas pessoalmente. Estas boas velhas
guerras, com bons velhos inimigos, fomentadas por Estados, alegando “razões”, deve-se recordar que foram também o
instrumento das mais baixas ambições, das mais loucas pretensões, dos mais sórdidos cálculos? Que elas acarretaram sem
falhar o sacrifício de milhões de homens que não pediam senão para viver, que elas esgotaram precocemente civilizações
desenvolvidas conduziram culturas prestigiosas ao suicídio?
37Resta, além de um pensamento nostálgico, compreender o que causa os estadosatuais de violência. Então, antes
que falar da “nova guerra”, de "guerra selvagem", “guerra sem a guerra", de "guerra sem fim", de "guerra assimétrica", de
"guerra civil generalizada", de "guerra ruiva", 38é preciso elucidar, em lugar do jogo antigo da guerra e da paz, as
estruturações destes estados de violência (...) Como a filosofia clássica tinha conceituado o estado de guerra e de natureza,
seria preciso esboçar a análise filosófica dos estados de violência, como distribuição contemporânea das forças de
destruição.
GROS, Frédéric, Estados de violência: ensaio sobre o fim da guerra. Tradução de José Augusto da Silva. Aparecida, SP:
Editora Ideias & Letras, 2009. p. 227-232 (texto adaptado).
10. (Ime 2021) O Texto 1 intercala os processos dissertativo-argumentativo e descritivo-narrativo. Isso se confirma,
respectivamente, pelas seguintes características
a) emprego de alusões históricas e expressão do ponto de vista do autor: economia de adjetivação.
b) utilização frequente de verbos conjugados no gerúndio: relações de anterioridade e posterioridade.
c) exposição de ideias e de informações sobre o tema; relato biográfico de acontecimentos.
d) uso de aspectos do texto científico e artigo jornalístico; narrativa historiográfica.
e) preocupação com a plausibilidade e consistência teórica; necessidade de engendrar no leitor uma disposição de agir.
GABARITO�
1� e, 2� c, 3� a, 4� d, 5� e, 6� d, 7� b, 8� b, 9� c, 10� d
Literatura
Stoodianas e Stoodianos, tudo bem?
Temos um pouco de tudo na lista desta semana: artes, interpretação de texto e teoria literária. Ótima
oportunidade para que você teste seu nível de autonomia neste campo do conhecimento.
Para acessar nossas aulas de literatura, clique aqui
Para acessar nossas aulas de artes, aqui
Bons estudos!
1. (Espm 2018) Aprecie as imagens, leia o texto e responda:
O artista era um aristocrata que abandonou a vida de luxo e regrada dos nobres para flanar pela marginalidade parisiense.
https://www.stoodi.com.br/materias/literatura/
https://www.stoodi.com.br/materias/artes/
Boêmio, pintou a melancolia de suas noites, seus cabarés e cortesãs. Faleceu precocemente, aos 36 anos, de sífilis e
alcoolismo. O Museu de Arte de São Paulo (MASP) expôs entre junho e outubro de 2017 uma mostra de 75 pinturas,
cartazes e gravuras do artista, autor das imagens em questão e sobre quem o texto trata. São obras que vieram do Museu
D’Orsay (Paris), do Museu Tate e do Museu Victória & Albert (Londres) e do Museu Thyssen-Bornemisza (Madri).
Assinale a alternativa que apresente, respectivamente, o artista e o movimento artístico em questão:
a) Toulouse Lautrec – Pós-Impressionismo;
b) Henri Matisse – Fauvismo;
c) Paul Césanne – Impressionismo;
d) Claude Monet – Impressionismo;
e) Eugène Delacroix – Romantismo.
2. (Enem PPL 2015) A dança moderna propõe em primeiro lugar o conhecimento de si e o autodomínio. Minha proposta é
esta: através do conhecimento e do autodomínio chego à forma, à minha forma – e não o contrário. É uma inversão que
muda toda a estética, toda a razão do movimento. A técnica na dança tem apenas uma finalidade: preparar o corpo para
responder à exigência do espírito artístico.
VIANNA, K.; CARVALHO, M. A. A dança. São Paulo: Siciliano, 1990.
Na abordagem dos autores, a técnica, o autodomínio e o conhecimento do bailarino estão a serviço da
a) padronização do movimento da dança.
b) subordinação do corpo a um padrão.
c) concretização da criação pessoal.
d) ideia preconcebida de forma.
e) busca pela igualdade entre os bailarinos.
3. (Acafe 2014) Acerca da relação entre a arte brasileira e as diversas fases da História do Brasil, analise as afirmações a
seguir.
I. Os movimentos impressionista e expressionista brasileiros estavam ligados aos movimentos revolucionários dos anos 60
e 70 do século XX. A contestação da ditadura foi ligada às obras que retratavam os pobres, os escravos e os operários.
II. A música brasileira, criativa e sofisticada, apoiou- se em suas raízes multiculturais e influenciou o movimento denominado
“arte global” que, no século XXI, reúne artistas dos principais países emergentes do mundo.
III. Parte do cinema brasileiro das últimas décadas tem buscado retratar graves aspectos da realidade social brasileira como
a violência e a desigualdade.
lV. O movimento modernista brasileiro voltou-se contra os padrões estéticos europeus. Em sua crítica da sociedade
tradicional brasileira apoiou a Revolução de 30, o governo varguista e suas reformas.
V. No século XIX, a pintura brasileira ainda era fortemente influenciada por padrões estéticos europeus. Parte das temáticas
retratadas evocava aspectos da história política do país.
Todas as afirmações corretas estão em:
a) III - V
b) II - IV
c) II - III - IV
d) III - IV - V
4. (Unicamp 2014)
A imagem acima, obra de Andy Warhol, pertence a uma série que faz referência a outros ícones do século XX. Sobre o
artista e a obra é correto afirmar que:
a) Che Guevara, Pelé e Marilyn Monroe são referências em suas áreas de atuação e foram retratados por Warhol porque o
artista queria que os jovens os imitassem.
b) O artista denunciava as ações do regime cubano, por meio da imagem de Che Guevara, ao mesmo tempo em que
criticava o predomínio cultural americano, ao fazer trabalho semelhante com Marilyn Monroe.
c) A Pop Art, na qual se insere Andy Warhol, é um movimento de valorização da cultura midiática, daí sua predileção por
representantes de esquerda e de minorias, como mulheres e negros.
d) A proliferação de imagens produzidas pela publicidade, cinema, TV e jornais estimulou uma pintura que trouxe para a
tela, com a Pop Art, referências conhecidas.
5. (Uel 2014) Leia o texto a seguir.
A partir das mudanças ocorridas na arte desde a década de 1950, houve uma expansão nesse campo, com o surgimento de
novas linguagens e novos meios. Na década de 1960, ocorreu uma tendência de desmaterialização artística a partir de
questionamento das categorias tradicionais estabelecidas e da intenção de integrar a arte com a vida. A arte conceitual
significou o deslocamento da obra de arte enquanto objeto físico para o conceito, visando ao estudo da linguagem artística,
sua natureza e sua função no circuito mercadológico. Com a ampliação das possibilidades de expressão, os artistas
contemporâneos têm encontrado no espaço público uma forma de deselitização e um espaço de problematização da
natureza da arte. A ideia torna-se tão importante quanto a matéria, a participação do público na obra passa a ser
fundamental, independentemente de técnicas e materiais utilizados.
(Adaptado de: RIBEIRO, M. A. Neovanguardas: Belo Horizonte – anos 60. Belo Horizonte: C/Arte, 1997. p.46.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre arte a partir da década de 1950, relacione as imagens, os conceitos e suas
definições correspondentes.
(A) Instalação
(B) Graffiti
(C) Intervenção
(D) Arte Minimalista
(E) Arte Conceitual
(I) Busca desenvolver uma ideia ou conceito por intermédio da disposição de vários elementos no espaço ou da junção
simultânea de vários suportes diferentes: objetos, pessoas ou mesmo animais. Procura criar um ambiente que traduza a
ideia artística, utilizando-se, para isso, muitas vezes, de recursos cênicos.
(II) Surge a partir das periferias das metrópoles como forma de expressão contra a opressão provocada pela sociedade
industrial e invade os centros urbanos e as instituições artísticas. De pichações de signos ou frases de efeito rápido,
evolui para uma forma gráfica em que a cor é bastante valorizada.
(III) Aberta para a ideia e a informação, renuncia ao tradicional objeto de arte como artigo de luxo único, permanente, portátil
e vendável. Mais adequadamente transmitida por múltiplas linguagens, como a escrita, a fotografia, o documento, o
mapa, o filme, o vídeo, a corporal e, sobretudo, por meio da linguagem verbal.
(IV) É uma linguagem que encontrou seu maior campo de ressonância na escultura. Trabalhando quase sempre com
estruturas únicas, forma sistemas visuais, caracterizadosprincipalmente pela utilização de formas primárias puras, sem
conotação poética e ideológica.
(V) Caracteriza-se pela alteração momentânea de um cenário usual, pela introdução de novos elementos e/ou materiais,
procurando gerar uma tensão entre a obra e o meio urbano, entre a arte e o meio formal.
Assinale a alternativa que contém a associação correta.
a) 1-A-I, 2-B-II, 3-C-III, 4-D-IV, 5-E-V.
b) 1-B-II, 2-C-IV, 3-A-V, 4-D-I, 5-E-III.
c) 1-C-V, 2-D-II, 3-E-I, 4-B-III, 5-A-IV.
d) 1-E-II, 2-A-III, 3-D-IV, 4-B-I, 5-C-V.
e) 1-E-III, 2-B-II, 3-D-IV, 4-A-I, 5-C-V.
6. (Uepb 2013) Sobre as manifestações culturais, promovidas principalmente pela intelectualidade jovem entre as décadas
de 50 e 60 do século passado, assinale a única alternativa INCORRETA.
a) Os integrantes do movimento do Cinema Novo defendiam uma nova forma de fazer cinema. Propunham a produção de
filmes em prazos curtos, com pequenos orçamentos, privilegiando o conteúdo e não a qualidade técnica.
b) A Jovem Guarda, por ser influenciada pela contracultura norte-americana, foi responsável pela formação de muitos
jovens que saíam do ativismo cultural universitário para as lutas contra a ditadura militar. Além das angústias e anseios da
juventude, as músicas tratavam da necessidade de engajamento político.
c) A jovem intelectualidade pregava a necessidade de realizar uma arte engajada politicamente, que fosse capaz de
conscientizar o povo e transformar a sociedade. A tentativa de colocar essa concepção em prática deu origem à criação,
em 1962, dos Centros Populares de Cultura (CPCs), da União Nacional dos Estudantes.
d) A Bossa Nova era o ritmo dos jovens de classe média da zona sul do Rio de Janeiro. As composições bossa-novistas
eram influenciadas pelo samba e pelo jazz originário dos EUA. Suas letras eram leves, românticas, e falavam da praia, do
sol e das mulheres cariocas.
e) A Companhia Teatro de Arena, fundada em 1953 em São Paulo, era composta por atores e diretores vindos das escolas
de teatro ligadas às universidades. Propunha a montagem de espetáculos de baixo custo, preparados para serem
realizados em espaços circulares com a plateia ao redor, ou seja, em arenas.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
CAPÍTULO XXI
Na estação de Vassouras, entraram no trem Sofia e o marido, Cristiano de Almeida e Palha. Este era um rapagão
de trinta e dois anos; 1ela ia entre vinte e sete e vinte e oito.
Vieram sentar-se nos dois bancos fronteiros ao do Rubião [...].
[Rubião] — O senhor é lavrador?
[Palha] — Não, senhor.
[Rubião] — Mora na cidade?
[Palha] — De Vassouras? Não; viemos aqui passar uma semana. Moro mesmo na Corte. Não teria jeito para lavrador,
2conquanto ache que é uma posição boa e honrada.
Da lavoura passaram ao gado, à escravatura e à política. Cristiano Palha maldisse o governo, que introduzira na
fala do trono uma palavra relativa à propriedade servil; mas, com grande espanto seu, Rubião não acudiu à indignação. Era
plano deste vender os escravos que o testador lhe deixara, exceto um pajem; se alguma coisa perdesse, o resto da herança
cobriria o desfalque. Demais, a fala do trono, que ele também lera, mandava respeitar a propriedade atual. Que lhe
importavam escravos futuros, se os não compraria? O pajem ia ser forro, logo que ele entrasse na posse dos bens. Palha
desconversou, e passou à política, às câmaras, à guerra do Paraguai, tudo assuntos gerais, ao que Rubião atendia, mais ou
menos. Sofia escutava apenas; movia tão somente os olhos, que sabia bonitos, fitando-os ora no marido, ora no interlocutor.
— Vai ficar na Corte 3ou volta para Barbacena? perguntou o Palha no fim de vinte minutos de conversação.
— 4Meu desejo é ficar, e fico mesmo, acudiu Rubião; estou cansado da província; 5quero gozar a vida. Pode ser até
que vá à Europa, mas não sei ainda.
Os olhos do Palha brilharam instantaneamente.
Machado de Assis, Quincas Borba.
7. (Fgv 2014) Vista no contexto da obra e observada nos termos em que se dá, a consideração da “questão servil”, que
ocorre no excerto, remete a um contexto histórico no qual
a) os processos de atualização em curso no País já encontram na escravidão um entrave ou um embaraço, tal como ocorre
em O cortiço.
b) o aumento desmedido do tráfico negreiro demanda a intervenção da Coroa, tal como ocorre nas Memórias de um
sargento de milícias.
c) o brilho social, a que almeja a Corte, se vê empanado pela presença dos escravos, tal como se postula em Senhora.
d) já se considera a presença do elemento servil no ambiente escolar um impedimento à formação do jovem, tal como se
declara em O Ateneu.
e) a prefiguração do fim do cativeiro já enseja uma compreensão do Brasil como ente multirracial, conforme se verá,
simbolicamente, em Macunaíma.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Capítulo um
Antes de iniciar este livro, imaginei construí-lo pela divisão do trabalho.
Dirigi-me a alguns amigos, e quase todos consentiram de boa vontade em contribuir para o desenvolvimento das letras
nacionais. Padre Silvestre ficaria com a parte moral e as citações latinas; João Nogueira aceitou a pontuação, a ortografia e
a sintaxe; prometi ao Arquimedes a composição tipográfica; para a composição literária convidei Lúcio Gomes de Azevedo
Gondim, redator e diretor do Cruzeiro. Eu traçaria o plano, introduziria na história rudimentos de agricultura e pecuária, faria
as despesas e poria o meu nome na capa.
São Bernardo, Graciliano Ramos.
8. (Fgv 2014) Ao iniciar-se com um raciocínio da ordem da economia e da produção, São Bernardo remete a dois outros
romances: o primeiro também se abre com uma reflexão de fundo econômico, e o segundo carrega, já na sua divisão
interna, as marcas do processo econômico. Esses dois romances são, respectivamente,
a) O cortiço e A hora da estrela.
b) Quincas Borba e Senhora.
c) Memórias de um sargento de milícias e O Ateneu.
d) Senhora e A hora da estrela.
e) O Ateneu e O cortiço.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Leia o poema Legado, de Carlos Drummond de Andrade, abaixo.
Que lembrança darei ao país que me deu
tudo que lembro e sei, tudo quanto senti?
Na noite do sem-fim, breve o tempo esqueceu
minha incerta medalha, e a meu nome se ri.
E mereço esperar mais do que os outros, eu?
Tu não me enganas, mundo, e não te engano a ti.
Esses monstros atuais, não os cativa Orfeu,
a vagar, taciturno, entre o talvez e o se.
Não deixarei de mim nenhum canto radioso,
uma voz matinal palpitando na bruma
e que arranque de alguém seu mais secreto espinho.
De tudo quanto foi meu passo caprichoso
na vida, restará, pois o resto se esfuma,
uma pedra que havia em meio do caminho.
9. (Ufrgs 2014) Considere as seguintes afirmações sobre o poema.
I. No primeiro quarteto, o poeta pergunta pelo legado que deixará para o país a que deve tudo o que lhe é caro; no segundo
quarteto, há uma invocação um tanto irônica do mundo, não se trata mais apenas do país: há uma ampliação da
referência que atravessaria os limites geográficos para lidar com o mundo/realidade.
II. A forma soneto e a referência a Orfeu, o mitológico poeta grego capaz de encantar a todos com o som da sua lira,
revelam que o modernismo de Drummond agora se associa com o parnasianismo, o que permite ao poeta reivindicar uma
posição fixa na tradição, em contraste com Orfeu, perplexo entre o talvez e o se.
III. No último terceto, o poeta alega que, da sua trajetória um tanto instável, restará uma pedra que havia em meio do
caminho, o que equivale a uma paráfrase, agora em registro formal e sério, dos versos do célebre poema do início de
sua carreira modernista: No meio do caminho tinha uma pedra/ tinha uma pedra no meio do caminho (...).
Quais estão corretas?
a) Apenas II.
b) Apenas III.
c) Apenas I e II.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Ciência e Hollywood
5Infelizmente, é verdade: explosões não fazem barulho algum no espaço. Não me lembro de um só filme que tenha
retratado isso direito. 6Pode ser que existam alguns, mas se existirem não fizeram muito sucesso. 10Sempre vemos
explosões gigantescas, estrondos fantásticos.Para existir ruído é necessário um meio material que transporte as
perturbações que chamamos de ondas sonoras. Na ausência de atmosfera, ou água, ou outro meio, as perturbações não
têm onde se propagar. 7Para um produtor de cinema, a questão não passa pela ciência. Pelo menos não como prioridade.
Seu interesse é tornar o filme emocionante, e explosões têm justamente este papel; roubar o som de uma grande
espaçonave explodindo torna a cena bem sem graça.
11Recentemente, o debate sobre as liberdades científicas tomadas pelo cinema tem aquecido. O sucesso do filme O dia
depois de amanhã (The day after tomorrow), faturando mais de meio bilhão de dólares, e seu cenário de uma idade do gelo
ocorrendo em uma semana, em vez de décadas ou, melhor ainda, centenas de anos, 9levantaram as sobrancelhas de
cientistas mais rígidos que veem as distorções com desdém e esbugalharam os olhos dos espectadores (a maioria) que
pouco ligam se a ciência está certa ou errada. Afinal, cinema é diversão.
15Até recentemente, defendia a posição mais rígida, que filmes devem tentar ao máximo ser fiéis à ciência que retratam.
Claro, isso sempre é bom. Mas não acredito mais que seja absolutamente necessário. 1Existe uma diferença crucial entre
um filme comercial e um documentário científico. 12Óbvio, 2documentários devem retratar fielmente a ciência, educando e
divertindo a população, mas filmes não têm necessariamente um compromisso pedagógico. 13As pessoas não vão ao
cinema para serem educadas, ao menos como via de regra.
Claro, 3filmes históricos ou mesmo aqueles fiéis à ciência têm enorme valor cultural. Outros educam as emoções através da
ficção. 14Mas, se existirem exageros, eles não deverão ser criticados como tal. Fantasmas não existem, mas filmes de terror
sim. Pode-se argumentar que, no caso de filmes que versam sobre temas científicos, 4as pessoas vão ao cinema esperando
uma ciência crível. Isso pode ser verdade, mas elas não deveriam basear suas conclusões no que diz o filme. No mínimo, o
cinema pode servir como mecanismo de alerta para questões científicas importantes: o aquecimento global, a inteligência
artificial, a engenharia genética, as guerras nucleares, os riscos espaciais como cometas ou asteroides etc. 8Mas o conteúdo
não deve ser levado ao pé da letra. 16A arte distorce para persuadir. E o cinema moderno, com efeitos especiais
absolutamente espetaculares, distorce com enorme facilidade e poder de persuasão.
O que os cientistas podem fazer, e isso está virando moda nas universidades norte-americanas, é usar filmes nas salas de
aula para educar seus alunos sobre o que é cientificamente correto e o que é absurdo. Ou seja, usar o cinema como
ferramenta pedagógica. 17Os alunos certamente prestarão muita atenção, muito mais do que em uma aula convencional.
Com isso, será possível educar a população para que, no futuro, um número cada vez maior de pessoas possa discernir o
real do imaginário.
MARCELO GLEISER
Adaptado de www1.folha.uol.com.br.
10. (Uerj 2013) A oposição entre “ciência” e “Hollywood”, expressa no título do artigo de Gleiser, corresponde a outra
oposição bastante estudada no campo da literatura, que se verifica entre:
a) acontecimento e opinião
b) historicismo e atualidade
c) verdade e verossimilhança
d) particularização e universalismo
GABARITO�
1� a, 2� c, 3� a, 4� d, 5� e, 6� b, 7� a, 8� b, 9� d, 10� c
História
Escravidão negra no Brasil - parte 1
Área: Diversidade Cultural, Conflitos e Sociedade
Módulo
Escravidão negra no Brasil
https://www.stoodi.com.br/materias/historia/escravidao-negra-no-brasil/?st_hm_px=1
Nesta lista de exercícios StoodiMed serão cobradas as seguintes habilidades:
- reconhecer a dinâmica da organização do movimento abolicionista e a sua importância na
transformação da realidade histórico-geográfica.
- identificar registros de práticas dos escravizados no tempo e no espaço.
- analisar as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere às mudanças nas legislações ou
nas políticas públicas.
1. (Unesp 2023) Muitos escravos e libertos recorriam aos orixás para resolver diferentes tipos de problema. Aos poucos, a
crença nos orixás foi se desenvolvendo e, no século XIX, deu origem ao Candomblé. Essa religião era formada por “irmãos
de fé”, pessoas que acreditavam nos orixás e que se reuniam em torno de uma mesma casa ou terreiro. Nesse espaço, que
era comandado por uma mãe de santo ou um pai de santo, além de realizar suas cerimônias religiosas, entrar em contato
com seus deuses e buscar respostas por meio de jogos de adivinhação (como o jogo de búzios), muitos escravos e libertos
conseguiram formar outra família, família essa que muito se assemelhava com as grandes linhagens existentes em diversas
localidades africanas.
(Ynaê Lopes dos Santos. História da África e do Brasil afrodescendente, 2017.)
O texto caracteriza o Candomblé como
a) uma estratégia de recusa e resistência dos escravizados diante dos esforços de catequização empreendidos pelos
jesuítas portugueses.
b) uma tentativa de conciliar características de distintas religiosidades de matriz africana, como o politeísmo e as idolatrias.
c) uma religião derivada de crenças de origem africana, que possibilitou o surgimento de espaços de sociabilidade e
solidariedade entre escravizados.
d) uma religião trazida da África e praticada no Brasil pelos escravizados como uma forma de manter contato com as
origens e os antepassados.
e) uma religião de matriz islâmica que permitia a unificação dos escravizados procedentes de diversas regiões da África
2. (Pucpr Medicina 2023) Observe a imagem e o texto abaixo:
https://www.stoodi.com.br/materias/historia/escravidao-negra-no-brasil/?st_hm_px=1
Leia as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA:
1. Os proprietários dos escravizados domésticos poderiam disponibilizar seus serviços para aluguel ou utilizavam sua
mão-de-obra dentro de suas casas.
2. As mulheres escravizadas, sobretudo no trabalho doméstico, empreendiam várias formas de resistência para sobreviver,
entre elas a resistência linguística, apego a religião ancestral e a trabalho.
3. Com o recrudescimento do tráfico Atlântico de africanos na primeira metade do século XIX, o uso da mão-de-obra
escravizada em tarefas domésticas declinou devido à dificuldade em adquirir escravizados.
4. A vida das senhoras do período colonial era dependente da presença de escravizadas(os) como acompanhantes,
serviçais, amas de leite entre outros.
a) Todas estão corretas.
b) 1, 2 e 4 estão corretas.
c) 1 e 3 estão corretas.
d) 1, 3 e 4 estão corretas.
e) 3 e 4 estão corretas.
3. (Uece 2022) Atente para o trecho a seguir: “[...] o tráfico negreiro se tornou uma considerável fonte de renda para a
Coroa, por meio de um amplo sistema de taxação. [...] por volta de 1630, um escravo africano entrava no Brasil com uma
taxação equivalente a 20% do seu preço no porto de embarque. Na segunda metade do século XVII, as taxas de exportação
de africanos subiram para 28%, tornando-os ‘a mercadoria’ mais tributada de todo o império lusitano”.
FARIA, R.M.; MIRANDA, M.L.; CAMPOS, H.G. Estudos de História. 1.ed. São Paulo: FTD, 2010, p. 257. Coleção estudos de
história; v.1.
Baseado nas informações do excerto e no que se sabe sobre o tráfico negreiro, é correto afirmar que
a) a importância da mão de obra escrava africana para o sistema colonial português estava somente na sua utilização nas
lavouras e minas da colônia.
b) o tráfico de escravos, utilizado apenas como força motriz da colonização no Brasil, ficou restrito à relação do reino com
sua colônia.
c) o comércio de escravos foi atividade importante para o tesouro real português, além da exploração colonial da lavoura e
da mineração.
d) o impacto econômico desta atividade foi pequeno, pois poucos escravos foram comercializados, devido à alta tributação
cobrada sobre eles.
4. (Unesp 2022) [...] as irmandades de negros eram espaços permitidos dentro da legalidade, nos quais o escravo podia
manifestar-se fora de suas relações de trabalho. [...] Em certo sentido,era através da religião católica que o escravo
encontrava algum lenitivo para sua situação. Tudo indica que a permissão para a criação das irmandades de negros tenha
sido dada com o intuito de obter melhores resultados na cristianização dos escravos [...].
Paradoxalmente, os negros utilizaram as irmandades para resguardar valores culturais, em especial suas crenças religiosas.
[...] Tudo leva a crer que, a partir da realidade vivida naquela época, bem como considerando as dificuldades, o negro
recriou e reinterpretou a cultura dominante, adequando-a à sua maneira de ser.
(Ana Lúcia Valente. “As irmandades de negros: resistência e repressão”. In: Horizonte, v. 9, no 21, 2011.)
Segundo o excerto, as irmandades religiosas de negros, no Brasil colonial, eram
a) organizações culturais destinadas à difusão do catolicismo e, paralelamente, à valorização do sincretismo religioso.
b) confrarias em que era proibido, por ordens metropolitanas, o contato direto entre escravizados.
c) templos em que era permitida, pelas autoridades coloniais, a realização de cultos religiosos de origem africana.
d) espaços de imposição de princípios europeus aos escravizados e, simultaneamente, de manifestação de traços culturais
de matriz africana.
e) instituições de apoio e auxílio aos escravizados, criadas e mantidas por meio da atuação catequizadora dos jesuítas
espanhóis.
5. (Upe-ssa 2 2022) A estratificação social no Brasil Colonial fundou‐se precisamente no deslocamento imaginário da
noção desigualadora de “Escravo”, para a coordenada de contrários fundada sob a perspectiva da diferença entre homens
livres e escravos. Nessa perspectiva, um indivíduo não está escravo, ele é escravo, e toda a violência maior do modelo de
estratificação social típico do Brasil Colonial esteve alicerçada nesse deslocamento, nessa transformação de uma
contradição em contrariedade, nessa estratégia social imobilizadora.
Referência: BARROS, José D'Assunção. Escravidão Clássica e Escravidão Moderna. Desigualdade e Diferença no
Pensamento Escravista: uma comparação entre os antigos e os modernos. Ágora. Estudos Clássicos em Debate 15, 2013,
p. 211-12. Adaptado.
O processo histórico descrito no texto apresenta como uma de suas principais características a
a) ascensão social.
b) servidão voluntária.
c) privação de direitos.
d) proibição constitucional.
e) preservação da autonomia.
6. (Ufjf-pism 2 2022) Leia os fragmentos de dois sambas-enredo vencedores dos respectivos carnavais no final dos anos
1980 no Rio de Janeiro.
I. “Valeu Zumbi
O grito forte dos Palmares
Que correu terras, céus e mares Influenciando a abolição”.
(Vila Isabel, 1988)
II. “Pra Isabel, a heroína
Que assinou a lei divina
Negro dançou, comemorou
O fim da sina”.
(Imperatriz Leopoldinense, 1989)
Sobre o tema é CORRETO afirmar que:
a) Os sambas apresentados são exemplos de que há́ uma disputa de memórias pelo protagonismo do processo
abolicionista no Brasil, com foco orientado para ações de resistência dos escravizados ou para as ações governamentais
oficiais.
b) O protagonismo atribuído a Zumbi dos Palmares é reflexo de uma tradição de reparação de memória na política brasileira
e que se encontra plenamente sedimentada na sociedade, não havendo, portanto, questionamentos a ela.
c) A resistência negra no processo de abolição da escravidão brasileira restringiu-se apenas à formação de quilombos,
sobretudo no século XVII, não tendo, portanto, efeito sobre a assinatura da Lei Áurea pela princesa Isabel.
d) Ambos os sambas, ao politicamente escolherem seus heróis nacionais, pecam em não reconhecer o verdadeiro
protagonista do fim da escravidão no Brasil: a Inglaterra e sua cruzada ética contra a escravização de africanos.
e) Ao assinar a lei que pôs fim à escravidão no Brasil, a princesa Isabel estava enfrentando a nascente elite industrial e a
Inglaterra, todos desejosos da manutenção da escravidão e, portanto, contrários à assinatura desta lei.
7. (Pucrj 2022) Em 13 de maio de 1888, terminava um período de quase quatro séculos de escravidão no Brasil. Abaixo é
apresentada uma charge do ano anterior à abolição e, em seguida, um extrato de uma crônica de Machado de Assis,
publicada poucos dias depois da Lei Áurea (13 de maio de 1888).
“Pancrácio aceitou tudo; aceitou até um peteleco que lhe dei no dia seguinte, por me não escovar bem as botas; efeitos da
liberdade. Mas eu expliquei-lhe que o peteleco, sendo um impulso natural, não podia anular o direito civil adquirido por um
título que lhe dei. Ele continuava livre, eu de mau humor; eram dois estados naturais, quase divinos”.
ASSIS, Machado de. Crônica. Gazeta de Notícias, Rio de Janeiro, 19 de maio de 1888.
Os documentos acima mostram que o processo abolicionista e a abolição propriamente dita trouxeram os seguintes
desdobramentos para a população afrodescendente:
a) antes da abolição, as leis antiescravidão e as lutas contra a escravidão traziam esperanças de liberdade e reais
possibilidades de ascensão social fora do trabalho agrícola.
b) a liberdade dos escravizados não significou necessariamente uma mudança substancial no cotidiano dos negros, uma
vez que não os incluiu de forma mais igualitária na sociedade e na economia do Brasil.
c) a luta pela liberdade levada a cabo pelos ex-escravizados tinha como objetivo fugir do campo, mesmo sabendo que
continuariam as relações de poder escravistas.
d) os negros libertos pela Lei Áurea conseguiram integrar-se à crescente produção industrial como trabalhadores
assalariados.
8. (Acafe 2022) Em 2021, completaram-se 150 anos da promulgação da Lei nº 2.040, conhecida como Lei do Ventre Livre,
em que estabelecia a alforria às crianças nascidas de mulheres escravizadas, no Império do Brasil a partir da data de 28 de
setembro de 1871. Tendo em vista o contexto de escravidão, no Brasil do século XIX, e, em especial, os debates que
tiveram lugar na década de 1870, as alternativas abaixo estão corretas, EXCETO a alternativa.
a) Além disso, a Lei do Ventre Livre estabelecia a obrigatoriedade para todo proprietário realizar a matrícula de seu escravo
em um registro nacional. Aqueles escravos que não estivessem, devidamente, matriculados seriam considerados livres.
b) Na segunda metade do século XIX, as tensões sociais ganham força, especialmente no que diz respeito às relações de
trabalho. Portanto, leis como a Eusébio de Queirós (1850), a Lei do Ventre Livre (1871) e a Lei dos Sexagenários (1885)
deixam claro os anseios e as inquietações acerca do trabalho escravo, praticado no Império do Brasil.
c) Soma-se a isso o fato de a Inglaterra exercer forte pressão no governo brasileiro para a adoção de medidas para extinguir
a escravidão, pois pregava-se a necessidade de aumento do mercado consumidor, com trabalhadores assalariados,
atendendo aos interesses dos investimentos ingleses no Brasil.
d) Com a promulgação da lei nº 2.040, as crianças nascidas a partir daquela data tornavam-se, prontamente, livres,
podendo assim exercer funções remuneradas, o que garantia a transição do regime escravocrata para a mão de obra
livre, embora provocassem perda material aos proprietários de escravos.
9. (Integrado - Medicina 2022) A Lei Áurea abolia a escravidão, mas não seu legado. Trezentos anos de opressão não se
eliminam com uma penada. A abolição foi apenas o primeiro passo na direção da emancipação do negro. Nem por isso
deixou de ser uma conquista, se bem que de efeito bem limitado.
COSTA, Emília Viotti da. A abolição. São Paulo: Editora UNESP, 2010. p. 12
Com base no fragmento e sobre o fim da escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta.
a) A extinção do trabalho escravo no Brasil acentuou o descontentamento dos ingleses com o governo de D. Pedro II, pois a
Inglaterra era a principal fornecedora de africanos escravizados para os cafeicultores paulistas.
b) Apesar de estar associada, exclusivamente, ao fim da escravidão no território brasileiro, a Lei Áurea também foi
responsável pela criminalização da prática do racismo e pela realização de ações afirmativas.c) O fim da escravidão no Brasil deve ser compreendido como fruto de um processo lento e complexo, envolvendo
lideranças políticas, civis, além dos próprios escravizados, não estando limitado a promulgação da Lei Áurea pela
princesa Isabel, em 1888.
d) A expansão da lavoura canavieira no nordeste brasileiro e a participação do Brasil na Guerra do Paraguai, podem ser
apontados como dois importantes motivos que justificam a resistência da elite agrícola e do Exército brasileiro, em aderir
ao movimento abolicionista.
e) Uma das grandes vitórias dos proprietários de escravizados foi a obtenção do direito à indenização após a promulgação
de lei que aboliu a escravidão no país, o que demonstra o alinhamento total do governo brasileiro com os interesses dos
escravocratas.
10. (Fcmscsp 2022) Tinham-me chegado vagas notícias da escravidão, sem relho e sem tronco, aceitável, quase desejável.
Maria Moleca e Vitória, livres, viviam sossegadas em casa de meu avô. Não me vinha a ideia de que se conservassem ali
por hábito ou por não terem para onde ir. Estavam bem, sempre tinham estado bem. [...] Não me ocorreria que alguém
manejara a enxada, suara no cultivo do algodão e da cana: as plantas nasciam espontaneamente.
(Graciliano Ramos. Infância, 1980.)
Graciliano Ramos nasceu em 1892 no estado de Alagoas e publicou, em 1945, em primeira edição, o livro de memórias
Infância. O escritor exprime no excerto
a) a permanência da visão senhorial da escravidão anos após a abolição.
b) a continuidade das relações de produção escravistas nas grandes fazendas.
c) a relação pacífica entre classes na sociedade escravista brasileira.
d) a irrelevância social da mentalidade escravista ao longo da história do Brasil.
e) a concessão aos escravos recém-libertos de auxílios governamentais.
GABARITO�
1� c, 2� b, 3� c, 4� d, 5� c, 6� a, 7� b, 8� d, 9� c, 10� a
Biologia
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
A proteína verde fluorescente, do inglês green fluorescence protein (GFP) – observada pela primeira vez na água-viva
(Aequorea victoria) –, tornou-se uma das ferramentas mais importantes usadas na biociência contemporânea.
Evolutivamente, a distribuição filogenética dos genes homólogos de GFP foi encontrada apenas nos filos Cnidaria,
Arthropoda e Chordata.
(Adaptado de MACEL, Marie-Lyne et al. Zoological Letters, Londres. v. 6, p.2-11, 2020.)
1. (Unicamp 2023) Considerando a distribuição filogenética do gene GFP, é correto afirmar a hipótese de origem em
a) ancestral metazoário comum e eventos independentes de perda do gene em vários clados.
b) ancestrais metazoários distintos e manutenção do gene em todos os metazoários marinhos.
c) ancestral metazoário comum e manutenção do gene em todos os metazoários marinhos.
d) ancestrais metazoários distintos e eventos independentes de perda do gene em vários clados.
2. (Puccamp 2022) A figura abaixo apresenta uma filogenia com as características de alguns grupos de animais
protostômios.
O grupo representado pela seta corresponde aos
a) equinodermos.
b) platelmintos.
c) nematelmintos.
d) anelídeos.
e) artrópodes.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Oxitocina mostra benefícios contra dano causado pelo Alzheimer
Um novo estudo, liderado por pesquisadores da Universidade de Tóquio, buscou investigar se a oxitocina poderia
causar algum tipo de efeito sobre o avanço do Alzheimer. A oxitocina é um hormônio que se tornou bastante conhecido por
seu papel no sistema reprodutivo feminino e por sua capacidade de fomentar sentimentos como amor e bem-estar. Essa
substância é conhecida por facilitar certas atividades da química da célula que são importantes no fortalecimento do
potencial de sinalização dos neurônios e na formação de novas memórias, como o fluxo de íons de cálcio. Estudos
anteriores indicaram que a proteína beta-amiloide suprime algumas dessas atividades químicas. Os cientistas descobriram
que a oxitocina, por si só, não possui nenhum efeito na plasticidade sináptica no hipocampo, mas, de alguma maneira,
consegue reverter os efeitos danosos da beta-amiloide.
(Disponível em: https://sciam.com.br/. Adaptado)
3. (Puccamp Medicina 2022) A oxitocina é um hormônio peptídico composto por nove aminoácidos. Sua estrutura primária
é muito semelhante à da vasopressina, diferindo em apenas dois aminoácidos. A figura abaixo mostra a distribuição dos
genes OT e VT entre os vertebrados, genes responsáveis pela síntese de oxitocina e de vasopressina, respectivamente.
Sobre as informações fornecidas foram feitas as seguintes afirmações:
I. O gene OT existe em outros grupos de vertebrados, mas é expresso apenas em mamíferos.
II. Uma duplicação do gene VT provavelmente deu origem ao gene OT.
III. O gene OT surgiu na era Mesozoica.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I.
b) II.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.
4. (Enem PPL 2021) O cladograma demonstra o grau de parentesco entre cinco grupos de animais vertebrados.
De acordo com esse cladograma, quais animais apresentam maior semelhança genética?
a) Sapo e jacaré.
b) Jacaré e pardal.
c) Pardal e coelho.
d) Sardinha e sapo.
e) Coelho e sardinha.
5. (Integrado - Medicina 2021) Observe a árvore filogenética a seguir.
Sobre a imagem, assinale a alternativa CORRETA.
a) O número 1 representa a presença de celoma, o 2 a presença de crânio, o 3 a presença de coluna vertebral, o 4 a
conquista do ambiente terrestre, o 5 a presença de quatro membros, o 6 a presença de penas e ausência de dentes e o 7
a presença de pelos e glândulas mamárias.
b) O número 1 representa a presença de crânio, o 2 a presença de coluna vertebral, o 3 a presença de maxilas, o 4 a
presença de quatro membros, o 5 a presença de âmnio, o 6 a presença de penas e ausência de dentes e o 7 a presença
de pelos e glândulas mamárias.
c) Todos os tetrápodes são amniotas.
d) O grupo dos répteis é monofilético.
e) O grupo formado pelos vertebrados sem maxilas – os agnata – é monofilético.
6. (Ufpr 2020) Os sistemas de classificação dos seres vivos mudaram ao longo do tempo. Partindo de uma situação em que
os seres vivos eram imutáveis, como pensava Lineu, para outra em que se percebem as alterações ao longo do tempo, o
conceito de espécie foi sendo alterado. Os critérios utilizados nos sistemas de classificação, em ordem cronológica, são:
a) nomenclatura binomial, fisiologia celular e isolamento reprodutivo.
b) semelhanças anatômicas, biologia molecular e homologia de órgãos.
c) fisiologia celular, homologia de órgãos e nomenclatura binomial.
d) homologia de órgãos, semelhanças anatômicas e biologia molecular.
e) semelhanças anatômicas, isolamento reprodutivo e biologia molecular.
7. (Enem digital 2020) Alterações no genoma podem ser ocasionadas por falhas nos mecanismos de cópia e manutenção
do DNA, que ocorrem aleatoriamente. Assim, a cada ciclo de replicação do DNA,existe uma taxa de erro mais ou menos
constante de troca de nucleotídeos, independente da espécie. Partindo-se desses pressupostos, foi construída uma árvore
filogenética de alguns mamíferos, conforme a figura, na qual o comprimento da linha horizontal é proporcional ao tempo de
surgimento da espécie a partir de seu ancestral mais próximo.
Qual espécie é geneticamente mais semelhante ao seu ancestral mais próximo?
a) Cavalo
b) Ovelha
c) Veado
d) Porco
e) Vaca
8. (Ufu 2020) Os cladogramas (1 e 2) abaixo ilustram relações filogenéticas entre os táxons hipotéticos A, B, C, D e E.
1 2
Considerando-se os conceitos da sistemática filogenética, analise as afirmativas abaixo.
I. Os táxons A e B isolados, do cladograma 1, constituem um grupo monofilético.
II. Os cladogramas 1 e 2 apresentam uma mesma hipótese filogenética.
III. No cladograma 2, há quatro grupos de táxons que compartilham um ancestral comum.
IV. No cladograma 1, o táxon C é mais próximo evolutivamente de E do que o grupo D.
Assinale a alternativa que apresenta as afirmativas corretas.
a) Apenas I e III.
b) Apenas II e III.
c) Apenas II e IV.
d) Apenas III e IV.
9. (Insper 2019) Analise a organização dos seguintes grupos animais.
Classe:Aves
Família: Psittacidae
Espécie: Anodorhynchus hyacinthinus (arara-azul-grande)
Espécie: Anodorhynchus glaucus (arara-azul-pequena)
Espécie: Ara ararauna (arara-canindé)
Espécie: Ara macao (araracanga)
Espécie: Amazona aestiva (papagaio verdadeiro)
Espécie: Amazona brasiliensis (papagaio-da-cara-roxa)
A taxonomia dos grupos listados compreende
a) três gêneros e seis espécies, pertencentes à mesma Ordem.
b) dois gêneros e seis espécies, pertencentes à mesma Família.
c) três gêneros e seis espécies, pertencentes a Filos diferentes.
d) três gêneros, três espécies e seis subespécies, pertencentes à mesma Classe.
e) dois gêneros e três espécies, pertencentes a subespécies diferentes.
10. (Uefs 2018) O filo dos artrópodes possui membros com nomes bastante curiosos, como a mariposa Neopalpa
donaldtrumpi, que tem uma espécie de topete que lembra Donald Trump, e a aranha Heteropoda davidbowie, que
homenageia o artista morto em 2016. A aranha Spintharus berniesandersi recebeu o nome de Bernie Sanders, que foi
pré-candidato à presidência dos Estados Unidos. Outros famosos foram homenageados: Spintharus barackobamai,
Spintharus michelleobamaae, Spintharus davidbowiei e Spintharus leonardodicaprioi. Em 2012, uma samambaia foi
nomeada Gaga germanotta, por causa de Lady Gaga.
(www.folha.uol.com.br, 26.09.2017. Adaptado.)
Os critérios adotados pela biologia evolutiva para nomear e classificar as espécies sugerem que existe maior proximidade
evolutiva
a) entre S. davidbowiei e H. davidbowie do que entre S. davidbowiei e S. barackobamai.
b) entre G. germanotta e N. donaldtrumpi do que entre H. davidbowie e S. michelleobamaae.
c) entre S. davidbowiei e S. leonardodicaprioi do que entre H. davidbowie e S. davidbowiei.
d) entre N. donaldtrumpi e H. davidbowie do que entre S. davidbowiei e S. leonardodicaprioi.
e) entre G. germanotta e H. davidbowie do que entre N. donaldtrumpi e S. leonardodicaprioi.
GABARITO�
1� a, 2� e, 3� b, 4� b, 5� b, 6� e, 7� e, 8� a, 9� a, 10� c
Química
QUÍMICA DESCRITIVA – AMETAIS e Outros compostos.
Área: Química Geral
Módulo: Química Descritiva
Objetivo: Reconhecimento de propriedades dos ametais mais importantes. Obtenção dos ametais e os
processos utilizados nessa obtenção.
1. (Upe 2013) O diálogo apresentado a seguir ocorreu em um supermercado quando uma cliente se aproximou de uma
demonstradora de produtos alimentícios.
– Senhora, por favor. A senhora não deseja experimentar a nossa margarina? É uma margarina sem gordura trans e sem
colesterol!
– Oh, amada, cadê? Hummm... Bem, se ela realmente for uma margarina, concordo que não possua colesterol. Mas... O
que me garante a ausência de gordura trans no seu produto?
A vendedora olhou para a cliente, olhou-a de novo e disse:
– A senhora não deseja conhecer a nossa maionese?
Analisando-se a situação descrita acima, é CORRETO afirmar que
a) a dúvida da consumidora residia no fato de que um produto alimentício derivado de óleo vegetal deve possuir gorduras
trans.
b) a concordância da consumidora na isenção de colesterol no produto se deve ao fato de que essa substância está ausente
na matéria-prima usada na produção de margarina.
c) a garantia da presença de gorduras trans na margarina é o teste positivo com uma solução de iodo, no qual ocorre a
mudança de coloração, de violeta para marrom.
d) uma percepção sensorial acurada torna uma pessoa capaz de distinguir substâncias que possuam ligações C=C do tipo
trans, e, provavelmente, essa qualidade deveria ser pouco desenvolvida na cliente.
e) a opção dada pela vendedora para conhecimento do outro produto descartaria a possibilidade de a cliente questionar
sobre a presença de colesterol na maionese, pois essa é “0% Colesterol”.
2. (Pucrj 2013) O elemento iodo é um sólido que sublima na temperatura ambiente e que foi descoberto em 1811 por
Bernard Courtois.
Sobre as características desse elemento e suas propriedades, em função da sua posição na tabela periódica, é correto
afirmar que o iodo
a) é mais eletronegativo que o cloro.
b) no estado fundamental possui, na última camada, 1 elétron no subnível s e 5 no subnível p.
c) produz um hidrácido que possui fórmula H2I.
d) por ter brilho, é um metal.
e) combina-se com o hidrogênio formando ligação covalente polar.
3. (Ufpa 2013) A indústria cloro-soda é uma das mais importantes indústrias de base de um país. Por meio da utilização de
como matéria-prima, diversos produtos são obtidos, conforme mostrado no esquema abaixo:
O processo A e os produtos X, Y e Z são, respectivamente,
a) pirólise, e
b) eletrólise, e NaH.
c) hidrólise, e
d) eletrólise, e
e) hidrólise, e
4. (G1 - cftmg 2012) Considerando-se as propriedades de algumas substâncias químicas, é INCORRETO afirmar que o
a) hidróxido de potássio é usado na fabricação de sabões.
b) cloreto de sódio, em solução aquosa, conduz eletricidade.
c) alumínio é empregado em embalagens de produtos alimentícios.
d) dióxido de enxofre é um dos gases poluentes do álcool combustível.
5. (Unesp 2002) A poluição térmica, provocada pela utilização de água de rio ou mar para refrigeração de usinas
termoelétricas ou nucleares, vem do fato da água retornar ao ambiente em temperatura mais elevada que a inicial. Este
aumento de temperatura provoca alteração do meio ambiente, podendo ocasionar modificações nos ciclos de vida e de
reprodução e, até mesmo, a morte de peixes e plantas. O parâmetro físico-químico alterado pela poluição térmica,
responsável pelo dano ao meio ambiente, é
a) a queda da salinidade da água.
b) a diminuição da solubilidade do oxigênio na água.
c) o aumento da pressão de vapor da água.
d) o aumento da acidez da água, devido à maior dissolução de dióxido de carbono na água.
e) o aumento do equilíbrio iônico da água.
6. (Ita 2002) Assinale a opção que apresenta um par de substâncias isomorfas.
a) Grafita(s), diamante(s).
b) Oxigênio(g), ozônio(g).
c) Cloreto de sódio(s), cloreto de potássio(s).
d) Dióxido de enxofre(g), trióxido de enxofre(g).
e) Monóxido de chumbo(s), dióxido de chumbo(s).
7. (Ufpe 2002) O carbonato de sódio, um sal muito utilizado no tratamento e na neutralização de águas e soluções, pode
ser obtido a partir da reação representada pela seguinte equação química não balanceada:
Sobre esta reação química, podemos afirmar que:
a) é uma reação de óxido-redução (redox).
b) é produzido 1,0 mol de CO2(g) quando 1,0 mol de NaHCO3(s) é decomposto.
c) os produtos desta reação podem ser separados por evaporação.
d) é uma reação de neutralização.
e) NaHCO3(s) dissolve-se em água dissociando-se em Na+(aq) e CO3-(aq).
8. (Fatec 2002) A escolha de um combustível para um determinado tipo de veículo depende de vários fatores. Em foguetes,
por exemplo, é importante que a massa de combustível a bordo seja a menor possível; em automóveis, é conveniente que o
combustível não ocupe muito espaço.
Considerando esses aspectos, analise a tabela a seguir:
Levando-se em conta apenas esses critérios, os combustíveis mais adequados para propulsionar um foguete e um
automóvel seriam, respectivamente,
a) metanol e hidrogênio.
b) metanol e octano.
c) hidrogênio e octano.
d) hidrogênio e hidrogênio.
e) octano e hidrogênio.
9. (Puccamp 2002) Entre os produtos de uso doméstico indicados a seguir, o que é obtido industrialmente a partir de
matérias-primas extraídas da água do mar é
a) o gesso.
b) o detergente.
c) a água sanitária.
d) a aguarrás.
e) o creme dental.
10. (Ita 2002) A respeito de compostos contendo silício, qual das opções a seguir apresenta a afirmação CORRETA?
a) Vidros são quimicamente resistentes ao ataque de hidróxido de sódio.
b) Vidros se fundem completamente em um único valor de temperatura na pressão ambiente.
c) Quartzo apresenta um arranjo ordenado de suas espécies constituintes que se repete periodicamente nas três direções.
d) Vidros comerciais apresentam uma concentração de dióxido de silício igual a 100% (m/m).
e) Quartzo é quimicamente resistente ao ataque de ácido fluorídrico.
GABARITO�
1� b, 2� e, 3� d, 4� d, 5� b, 6� c, 7� c, 8�

Continue navegando