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Cadu e Isa – 4°β / TIII • As células funcionam normalmente estando no LEC com [ ] constante de eletrólitos. - A [ ] total dos solutos, que é a osmolaridade, deve ser regulada para evitar que as células murchem ou inchem, sendo determinada pela quantidade de soluto em uma determinada quantidade de LEC. • Controle da água corporal - Ingestão de líquidos. - Excreção de água. O EXCESSO DE ÁGUA É EXCRETADO NA URINA DILUÍDA • Quando há excesso de água, os rins excretam urina com menor osmolaridade, ou seja, mais diluída. • Quando há déficit de água, a urina é excretada com uma osmolaridade maior, isto é, mais concentrada. • Os rins podem excretar muita urina diluída ou pouca urina concentrada, sem que ocorra alteração na excreção de solutos. ADH CONTROLA A [ URINÁRIA ] • ADH determina se a excreção renal será de urina diluída ou concentrada. • Por meio de feedback a osmolaridade é regulada juntamente com a [ Na ] plasmático, por meio de alteração da excreção renal água sem que isso influencie a excreção de solutos. • Quando os solutos ficam mais concentrados nos líquidos corporais, a hipófise posterior secreta mais ADH, o que eleva a permeabilidade dos túbulos distais e dos ductos coletores à água. - Isso aumenta a reabsorção de água e reduz o volume de urina sem modificar a excreção de solutos. • O excesso de água diminui a osmolaridade do LEC, o que resulta em menor secreção de ADH pela hipófise posterior. Assim, a permeabilidade dos túbulos distais e dos ductos coletores à água diminui. - Mais urina diluída é excretada. MECANISMOS PARA EXCREÇÃO DE URINA DILUÍDA • A excreção de urina com uma menor osmolaridade ocorre pela manutenção da reabsorção de solutos e menor reabsorção de água do líquido tubular. • O filtrado glomerular recém formado tem osmolaridade semelhante à do plasma. Desse modo, para que o excesso de água seja excretado é preciso diluir o filtrado à medida em que ele passa pelo túbulo, o que ocorre por uma reabsorção de solutos maior que a de água. • Líquido tubular fica isosmótico no túbulo proximal - A reabsorção de água e de solutos é na mesma proporção no túbulo proximal. - Quando o líquido chega no ramo descendente da alça, ocorre reabsorção de água e o líquido tubular fica equilibrado com o líquido do interstício que é muito hipertônico. Sendo assim, o líquido tubular fica mais concentrado à medida em que flui pela alça. • Líquido tubular é diluído no ramo ascendente da alça - No segmento espesso ocorre muita reabsorção de Na, de K e de Cl-, mas ele é impermeável à água, de modo que o líquido tubular fica mais diluído ao percorrer o ramo ascendente da alça até o início do túbulo distal. - Com ou sem ADH o líquido que sai do túbulo distal inicial é hiposmótico. CONCENTRAÇÃO E DILUIÇÃO DA URINA Cadu e Isa – 4°β / TIII • Líquido tubular sofre mais diluição nos túbulos distais e coletores sem ADH - O líquido diluído no túbulo distal inicial passa para o contorcido distal final e para o ducto coletor, onde há mais absorção de NaCl. - Sem ADH, o túbulo também fica impermeável à água, e a nova reabsorção de solutos dilui mais o líquido. - Falha na reabsorção de água e a reabsorção continuada de solutos aumentam a produção de urina diluída. OS RINS CONSERVAM ÁGUA EXTRANDO URINA CONCENTRADA • O consumo de água é necessário para compensar as perdas, mas a produção de pouca urina concentrada minimiza a necessidade de ingestão de água. - Isso ocorre por meio da reabsorção da mesma quantidade de solutos e aumento da reabsorção de água. GRAVIDADE ESPECÍFICA DA URINA • Medida do peso de solutos na urina. - Estima a [ solutos ] na urina. • Diretamente proporcional à [ urina ]. • Sua relação com a osmolaridade da urina apenas se altera quando a urina contém moléculas grandes. REQUISITOS PARA A EXCREÇÃO DE URINA CONCENTRADA - O interstício medular é hiperosmótico, de modo que o ADH elevado provoca deslocamento de água para ele e retorno dela para a circulação por meio das vasa recta. O líquido intersticial da medula renal fica hiperosmótico por meio do mecanismo multiplicador de contracorrente, em que: há transporte ativo de Na e cotransporte de K, Cl- e outros do ramo ascendente espesso da alça para o interstício medulas; transporte ativo de íons dos ductos coletores para o interstício medular; difusão facilitada de ureia dos ductos coletores para o interstício medular e difusão de água dos túbulos para o interstício medular em pequena proporção. • Alto ADH - Aumenta a permeabilidade dos túbulos distais e dos ductos coletores à água. • Alta osmolaridade do líquido intersticial medular renal - Produz gradiente osmótico para a reabsorção de água na presença de altos níveis de ADH. CARACTERÍSTICAS DA ALÇA QUE MANTÊM OS SOLUTOS CONFINADOS NA MEDULA RENAL • Uma razão para elevada osmolaridade medular é o transporte ativo de Na e o cotransporte de K, Cl- e outros íons do ramo ascendente espesso da alça para o interstício. - Como o ramo ascendente espesso é impermeável à água, os solutos transportados não são acompanhados pela água. - O ramo descendente da alça já é permeável à água, de modo que a osmolaridade do líquido tubular fica igual à da medula. ETAPAS DA FORMAÇÃO DO INTERSTÍCIO MEDULAR HIPEROSMÓTICO • A alça fica cheia de líquido com a mesma [ ] que deixa o túbulo proximal. • Bomba de íons ativa no ramo ascendente da alça reduz a [ ] tubular e eleva a [ ] do interstício. - A bomba estabelece um gradiente de [ ] entre o líquido tubular e o líquido intersticial. • Rápido equilíbrio osmótico entre o líquido tubular no ramo descendente da alça e o líquido intersticial por causa do movimento de água por osmose. - A osmolaridade intersticial é mantida em um determinado valor pelo contínuo transporte de íons para fora do ramo ascendente espeço da alça. • Fluxo adicional de líquido do túbulo proximal para a alça, fazendo com que o líquido hiperosmótico, formado no ramo descendente, flua para o ramo ascendente. Cadu e Isa – 4°β / TIII • Íons adicionais são bombeados para o interstício com retenção de água no líquido tubular. • Líquido do ramo descendente atinge o equilíbrio com o líquido intersticial medular hiperosmótico. • Mais soluto é bombeado dos túbulos para o interstício à medida em que o líquido tubular hiperosmótico do ramo descendente da alça flui para o ramo ascendente. PAPEL DO TÚBULO DISTAL E DOS DUCTOS COLETORES NA EXCREÇÃO DE URINA CONCENTRADA • A porção inicial do túbulo distal dilui mais ainda o líquido tubular, pois promove o transporte ativo de NaCl para fora do túbulo, mas é impermeável à água. • A quantidade de água reabsorvida no túbulo coletor depende da [ ] plasmática de ADH. - Sem ADH o túbulo coletor fica impermeável à água, mas continua reabsorvendo solutos. - Em alta [ ADH ], o túbulo coletor fica muito permeável à água, de modo que muito dela vai para o interstício cortical, onde é removida pelos capilares peritubulares. • À medida em que o líquido tubular flui pelos ductos coletores medulares, há reabsorção hídrica adicional do líquido tubular para o interstício, mas a quantidade total de água é pequena em comparação à adicionada ao interstício. - A água reabsorvida vai para os vasa recta e depois para o sangue venoso. UREIA CONTRIBUI PARA QUE O INTERSTÍCIO FIQUE HIPEROSMÓTICO E PARA QUE A URINA FIQUE CONCENTRADA • Ureia é reabsorvida passivamente pelo túbulo. • Mecanismo de reabsorção da ureia - Quando o líquido tubular passa pelo ramo ascendente espesso para ir para os túbulos distais e coletores, ureia é reabsorvida. - Altas concentrações de ADH fazem com que a água seja reabsorvida pelo túbulo coletor e a [ ureia ] aumenta, já que parte do túbulo não é muito permeávela ela. - A passagem do líquido tubular para os ductos coletores faz com que haja reabsorção de água, de modo que a [ ureia ] aumenta, o que permite que ela vá para o líquido intersticial pelos transportadores específicos de ureia. - O movimento simultâneo de água e de ureia para fora dos ductos coletores mantém a alta [ ureia ] no líquido tubular e na urina. • Recirculação da ureia do ducto coletor para a alça contribui para que a medula renal fique hiperosmótica - A excreção de ureia é determinada por sua [ ] no plasma, pela FG e pela reabsorção de ureia tubular renal. - A [ ureia ] aumenta à medida em que o líquido tubular vai para o segmento delgado da alça, por causa da reabsorção de água e por causa da secreção de ureia no ramo delgado da alça. - O ramo espesso da alça, o túbulo distal e o túbulo coletor são impermeáveis à ureia. - Quando os rins estão formando urina concentrada e tem muito ADH, a reabsorção de água a partir do túbulo distal e do túbulo coletor aumenta a [ ureia ]. - A elevada [ ureia ] no túbulo e a presença de transportadores específicos promovem a difusão de ureia para o interstício. - Essa recirculação provê um mecanismo adicional para a formação de hiperosmolaridade na medula renal. - Quando há excesso de água, o fluxo de urina aumenta e a [ ureia ] nos ductos coletores diminui, causando menor difusão de ureia para o interstício medular. TROCA POR CONTRACORRENTE NOS VASA RECTA PRESERVA A HIPEROSMOLARIDADE • Sem o fluxo sanguíneo medular especial os solutos bombeados na medula renal seriam dissipados. • Características do fluxo sanguíneo medular renal que permitem as elevadas [ solutos ] - O fluxo sanguíneo medular é baixo. - Os vasa recta servem como trocadores contra corrente, o que minimiza a retirada de solutos do interstício medular. Cadu e Isa – 4°β / TIII • Mecanismo de troca por contracorrente - Sangue entra e sai da medula por meio dos vasa recta. - Os vasa recta são permeáveis a solutos do sangue. - O sangue fica mais concentrado à medida em que se direciona para as papilas da medula - Quando o sangue retorna para o córtex fica menos concentrado, já que solutos difundem para o interstício medular e água vai para os vasa recta. • Os vasa recta não geram hiperosmolaridade medular, mas evitam a dissipação. • Aumento do fluxo sanguíneo medular reduz a capacidade de [ urina ]. CONTROLE DA OSMOLARIDADE E DA CONCENTRAÇÃO DE Na DO LEC • A regulação da osmolaridade e a concentração de sódio do LEC estão intimamente relacionados, já que o sódio é o íon mais abundante no compartimento extracelular. • Os íons de sódio do LEC e os respectivos ânions associados são os principais determinantes do movimento de líquido através das membranas celulares. • Embora múltiplos mecanismos controlem a quantidade de sódio e água excretada pelos rins, dois sistemas estão envolvidos com a regulação da concentração de sódio e da osmolaridade do LEC: - Sistema osmorreceptor – ADH - Mecanismo da sede. SISTEMA DE FEEDBACK OSMORRECEPTOR DE ADH • Quando a osmolaridade (concentração plasmática de sódio) aumenta acima do normal em virtude de déficit de água, o sistema operada seguinte forma: • Desse modo, a água é conservada no corpo enquanto sódio e outros solutos continuam a serem excretados na urina. Isso causa a diluição dos solutos no LEC, corrigindo a concentração extracelular inicialmente alta. • Em casos de ingestão excessiva de água e diminuição da osmolaridade do LEC, acontece o oposto, e menos ADH é formado. Urina mais diluída é produzida. SÍNTESE DE ADH PELOS NÚCLEOS SUPRAÓPTICOS E PARAVENTRICULARES • O ADH é sintetizado e liberado pelo hipotálamo e hipófise respectivamente. • Os núcleos sintetizadores são: - Células do núcleo supraóptico. - Células dos núcleos paraventriculares do hipotálamo. • Uma vez sintetizado o ADH é transportado pelos axônios neurais até suas extremidades e chega à glândula hipófise posterior. Em seguida é conduzido pela circulação capilar da hipófise para a circulação sistêmica. Cadu e Isa – 4°β / TIII • A secreção de ADH, em reposta ao estímulo osmótico, é rápida, de modo que os níveis plasmáticos desse hormônio podem aumentar por várias vezes. • A segunda área neural importante no controle e secreção de ADH é a região AV3V (região anteroventral do 3ºV). A estimulação elétrica dessa área ou sua estimulação pela angiotensina II pode aumentar a secreção do ADH, sede e apetite pelo sal. ESTIMULAÇÃO DA LIBERAÇÃO DE ADH PELA QUEDA NA PA OU QUEDA NO VOLUME SANGUÍNEO • O ADH pode também ser controlado por: - Reflexos barorreceptores arteriais. - Reflexos cardiopulmonares. • Essas vias de reflexo se originam em regiões de alta pressão sanguínea, como o arco aórtico e o seio carotídeo, e de baixa pressão nos átrios cardíacos. • Sempre que a pressão e volume sanguíneos estiverem reduzidos, assim como ocorre durante uma hemorragia, o aumento da secreção do ADH provoca elevação da reabsorção de líquidos pelos rins, ajudando a restaurar a normalidade desses valores. SEDE NO CONTROLE DA OSMOLARIDADE • Os rins minimizam a perda de líquidos durante os déficits hídricos, por meio do processo de feedback relata anteriormente. A ingestão adequada de líquidos é necessária para contrabalançar qualquer perda de líquido. Esse consumo de água é regulado pelo mecanismo de sede que, juntamente com o mecanismo osmorreceptor-ADH, matém o controle preciso da osmolaridade e da [ Na ] no LEC. CENTRO DE CONTROLE DA SEDE • A mesma área ao longo da parede anteroventral do 3ºV que promove a liberação do ADH também estimula a sede. Outra área é a situada anterolateralmente no núcleo pré- óptico, sendo que essas áreas em conjunto recebem o nome de centro da sede. • É quase certo que as células atuem como osmorreceptores, ativando o mecanismo da sede, da mesma forma como os osmorreceptores estimulam a liberação de ADH. A osmolaridade elevada o LCR no 3ºV apresenta basicamente o mesmo efeito de promover a sede. ESTÍMULOS PARA A SEDE • Os rins devem continuar a excretar água até mesmo em pessoa desidratada para livrar o corpo do excesso de solutos ingeridos ou produzidos pelo metabolismo. Quando a concentração de sódio eleva por apenas cerca de 2mEq/L acima do normal, o mecanismo de sede já é ativado. A isso é dado o nome de limiar para a ingestão de água. Assim, até mesmo pequenos aumentos pequenos aumentos da osmolaridade plasmática costumam ser acompanhados pela ingestão de água. • Na pessoa saudável, os mecanismos osmorreceptor-ADH e da sede atuam paralelamente, de modo a regular, com precisão, a osmolaridadedo LEC e a [ Na ]. • Quando um desses dois mecanismos falha, o outro restante, funcionando normalmente, ainda consegue controlar a osmolaridade do LEC, contanto que haja ingestão suficiente de líquido para balancear as perdas do volume urinário obrigatório diário. • Na ausência de ambos, não existe outro mecanismo de feedback capaz de regular adequadamente a osmolaridade plasmática. Cadu e Isa – 4°β / TIII PAPEL DA ANGIOTENSINA II E DA ALDOSTERONA NA OSMOLARIDADE • Tanto a angiotensina II como a aldosterona desempenham papel importante na regulação da reabsorção de sódio pelos túbulos renais. A baixa de sódio permite que esses hormônios sejam estimulados a fim de promover maior reabsorção do mesmo. • Aumentando a reabsorção de sódio, consequentemente aumentam de água e por isso, exibem pequeno efeito sobre a concentração de sódio. Isso demonstra que mesmo sem sistema funcional de feedback da aldosterona, a concentração plasmática de sódio pode ser satisfatoriamente regulada. • Para entender melhor o que acontece, mesmo que a aldosterona e a angiotensinaII aumentem o volume do LEC e da quantidade de sódio, por reabsorver água também, permite que haja pequena variação na concentração desse íon. Em condições extremas isso muda. • Além disso, sob condições normais, o sistema ADH e da sede sobrepõe aos sistemas da angiotensina II e da aldosterona. MECANISMOS DE APETITE PELO SAL • São ativados por estímulos primários, que aumentam a vontade pelo sal, associados a deficiência de sódio, à redução do volume sanguíneo ou a baixa pressão sanguínea. Seu mecanismo neural é bem análogo ao mecanismo da sede.
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