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Cadu – 4°β / TIII • Poucos fungos são suficientemente virulentos para serem considerados patógenos primários. PATÓGENOS FÚNGICOS PRIMÁRIOS • Causam infecção em indivíduos imunocompetentes. • São agentes de infecções respiratórias. • Nenhum é parasita obrigatório. • Têm a fase saprófita e a fase parasitária. - A fase saprófita ocorre no solo ou em vegetais em decomposição e a disseminação se dá pelo ar. - A fase parasitária ocorre com crescimento a 37°C, com reprodução sexuada no nicho ambiental da mucosa do hospedeiro. • Têm dimorfismo. - A existência em formas alternadas permite a competição com as condições ambientais hostis do hospedeiro. • Colonizam o hospedeiro, encontram um microambiente adequado, evitam ou subvertem as defesas do hospedeiro e multiplicam no microambiente. • Possuem fatores de virulência que permitem o rompimento das defesas do hospedeiro que impedem o crescimento invasivo de microrganismos. • Quando os conídios são inalados, mesmo que o indivíduo seja saudável, ocorre infecção, colonização, invasão tecidual e disseminação sistêmica. • Podem agir como oportunistas, pois as formas mais graves de micoses são observadas em indivíduos imunocomprometidos. Blastomyces dermatitidis • Dimórficos endêmicos. • Infecção respiratória autolimitada. • O patógeno inalado vai para os alvéolos, sofre transformação para a forma leveduriforme, replica e coloniza a mucosa respiratória. - Os componentes da fase saprófita que foram inalados aderem à camada epitelial dos alvéolos, entram na fase parasitária leveduriforme. Esse processo é vantajoso, pois as leveduras são maiores que os conídios inalados, de modo que há resistência à fagocitose. - As leveduras desprendem seu Ag imunodominante na superfície celular e modificam a composição de sua parede celular, escapando do reconhecimento por macrófagos. - Ocorre a colonização tecidual e disseminação hematogênica. - MODULAÇÃO DA INTERAÇÃO ENTRE LEVEDURA E SI • Principal componente imunorreativo presente na superfície das leveduras é a glicoproteína da parede celular WI-1. - Promove adesão da levedura ao macrófago e induz potente resposta humoral e celular. • Desprendimento de WI-1 durante o crescimento evita o reconhecimento por macrófago. • A composição de carboidratos da parede celular da levedura desempenha função na apresentação e desprendimento de WI-1. - O principal é 1,3 – α – glucana. PATOGÊNESE DAS DOENÇAS FÚNGICAS Cadu – 4°β / TIII • Há uma relação inversa entre a quantidade de 1,3 – α – glucana presente na parede celular e a quantidade de WI-1 detectável na superfície da célula. • Cepas não virulentas possuem paredes finas e sem 1,3 – α – glucana, mas com WI-1 em abundância. • Incorporação de 1,3 – α – glucana na parede celular mascara WI-1, havendo importante participação na liberação de Ag modificado no microambiente do sítio de infecção. - Por mascara Wi-1, a levedura é capaz de escapar do reconhecimento por macrófagos e disseminar por via hematogênica. • O desprendimento de WI-1 pode facilitar a evasão imune por ligação ou consumo de Ac opsonizados e complemento longe da superfície celular da levedura. • A liberação de Wi-1 também pode saturar receptores de macrófagos e diminuir a eficiência da ligação e fagocitose das leveduras. - APRESENTAÇÃO DE Ag SE SUPERFÍCIE MODULA A VIA DOS LT AUXILAIRES DA RI • Após o reconhecimento inicial com um Ag, LT TH secretam IL-2 e IFN-gama, padrão TH1, ou IL-4, IL-5 e IL-10, padrão TH2. • IFN-gama e IL-2 ativam macrófagos, LT citotóxico e NK, para que ocorra a eliminação de organismos intracelulares. • O padrão TH2 favorece o crescimento e a diferenciação de LB, a mudança de isótopo para IgE e a diferenciação e ativação de eosinófilos. MIMETISMO MOLECULAR • Produção de moléculas que têm estrutura antigênica e funcional semelhante a moléculas do hospedeiro. • A infecção pode resultar na formação de Ac que têm reação cruzada com tecidos do hospedeiro e que produzem patologia autoimune. • Os fungos produzem moléculas com semelhança funcional, mas nem sempre com semelhança estrutural. PARTÓGENOS OPORTUNISTAS • O estado do hospedeiro é importante na determinação da patogenicidade dos fungos oportunistas. • Os organismos podem atuar como colonizadores benignos ou saprófitas ambientais, causando apenas infecções sérias quando ocorre diminuição das defesas do hospedeiro. • Principais - Candida spp. - C. neoformans. - Aspergillus spp.
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