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Julia Folly - Med 8º semestre Acometimento ocular em doenças sistêmicas Cirurgia Geral - O�almologia Doenças do polo posterior (Retina, Vítreo, coróide e nervo óptico): 2º tema mais cobrado nas provas (depois de olho vermelho) ● revisão dos pontos mais importantes: Retina neurossensorial → tecido fino e altamente especializado; transforma estímulo luminoso -> estímulo nervoso; tem continuidade com o nervo óptico; Mácula: região central, de maior acuidade visual; Fóvea: centro da Mácula, com muitos cones: visão de alta definição e cores → possui 9 camadas de células; contém cones e bastonetes → Vascularização: artéria e veia central da retina e coriocapilar -> ramos da carótida interna; drenam para o seio cavernoso e veia o�álmica -> podem sofrer esmagamento em caso de esclerose arteriolar Vítreo: → O humor vítreo preenche o segmento posterior do globo ocular, ocupando 80% do seu volume total: 98% é água, 2% colágeno e ácido hialurônico; transparente ● Exames 1. Fundoscopia direta:Nervo óptico pálido: remete a sequela; Hiperemiado: lesão recente ou agudo: causa isquêmica, inflamatória, infecciosa ou compressiva 1 Julia Folly - Med 8º semestre 2. Angiografia fluoresceínica: utiliza uma substância fluorescente, geralmente a fluoresceína, para visualizar os vasos sanguíneos, especialmente os da retina, na parte de trás do olho. Após a administração da fluoresceína, a câmera de angiografia fluoresceínica é posicionada próxima ao olho do paciente. Essa câmera é equipada com um filtro especial que permite a captura de imagens usando a luz fluorescente emitida pelo corante circulante nos vasos sanguíneos.À medida que a fluoresceína se move através dos vasos sanguíneos, o médico registra uma série de imagens em tempo real, mostrando como o corante flui e preenche os vasos. Essas imagens são frequentemente gravadas em um vídeo -> identificar qualquer anormalidade, como obstruções nos vasos sanguíneos, vazamentos de fluido ou outras alterações na circulação sanguínea. A angiografia fluoresceínica é especialmente útil na o�almologia para avaliar doenças como a retinopatia diabética, degeneração macular, oclusões vasculares e outras condições que afetam a retina. → Protocolo ETDRS: padrão-ouro → pode fazer com dilatação ou não da pupila → não é possível de ser feito em casos de opacidade dos meios/ tem menor efetividade (ex Catarata) normal 2 Julia Folly - Med 8º semestre -> quando a fluoresceína sai dos vasos da retina, com imagem anormal exsudatos algodonosos e interrupção da transmissão do contraste -> LES 3. OCT - Tomografia de coerência óptica: utiliza a tecnologia de luz infravermelha para criar imagens de alta resolução; As imagens obtidas são processadas por um computador, que cria uma representação tridimensional das estruturas oculares. Isso permite ao médico examinar detalhadamente a retina, a camada de fibras nervosas e outras estruturas relevantes. 3 Julia Folly - Med 8º semestre ALTERAÇÕES DA RETINA ● Pontinhos brancos: exsudatos duros -> são lipídeos que extravasam dos vasos ● Hemorragias mais superficiais são mais espalhadas: Hemorragias em chama de vela ● Hemorragias mais profundas são mais redondinhas ● Microaneurisma são pontos bem pequenos, menores que as hemorragias profundas -> Ficam brancos nos exames contrastados, enquanto a hemorragia fica escura!! ● Exsudatos algodonosos: edema do axônio devido a isquemia ● Drusas: está ligado a degeneração de mácula, ligada a idade 4 Julia Folly - Med 8º semestre Retinopatia Diabética/ RD → principal causa de cegueira em países industrializados; RD = principal complicação da DM → Principais fatores de risco: ● TEMPO: mais frequentes após 20 anos de evolução da doença ● HIPERGLICEMIA: segundo fator mais importante no desencadeamento da RD → DM1: mais frequente e formas mais graves do que DM2 → Fatores de piora associados: HAS, tabagismo (hipóxia tecidual), gravidez (↓controle metabólico, alterações hormonais e hemodinâmicas) e nefropatia (proteinúria -> edema macular) → hipoglicêmico: paciente se comporta como com hipermetropia; Hiperglicêmico: paciente se comporta como míope → Triagem e diagnóstico: ● DM 1: iniciar triagem 5 anos após diagnóstico ou no início da puberdade ● DM 2: ao diagnóstico ● EXAME ANUAL, a não ser em casos de já alterações observadas: intervalos mais curtos individualizando → Feito por Fundoscopia direita; Se alterações -> Angiografia fluoresceínica ou OCT -> pesquisa de edema macular, áreas isquêmicas (hipofluorescência na angiografia) e neovascularização → Classificação: ● Retinopatia diabética não proliferativa: microaneurismas (1ª manifestação!), hemorragias intra retinianas, exsudatos duros, manchas algodonosas e edemamacular; Formas mais graves: todas essas apresentações + veias em rosário e alterações microvasculares intra retinianas (shunts); é quadro reversível!! A maculopatia diabética é a causa mais comum de deficiência visual em pacientes diabéticos tipo 2. ● Retinopatia diabética proliferativa (mais grave e mais rápida evolução!): neovasos retinianos; cursa com redução acentuada da acuidade visual; irreversível = dano estrutural → Classificação pelo grau: 1. Muito leve: poucos aneurismas; retorno em 1 ano 2. Leve: microaneurismas e/ou hemorragias leves < 4 quadrantes dos olhos 3. Moderada: microaneurismas e/ou hemorragias leves nos 4 quadrantes ou severas hemorragias em < 4 quadrantes; retorno em 6 meses 4. Grave: regra 4-2-1: microaneurismas e/ou hemorragias severas em 4 quadrantes ou ensalsichamento venoso em 2 quadrantes ou anormalidades microvasculares intra retinianos (IRMAs) em 1 quadrante 5. Muito grave: >= 2 características de retinopatia severa 5 Julia Folly - Med 8º semestre exsudados duros aneurisma hemorragias “manchas escuras por onde não há vascularização e pontos de extravasamento do contraste/ rompimento dos vasos” → Complicações: Hemorragia vítrea, Descolamento de retina tracional e Perda da acuidade visual (principalmente por edema macular!!) 6 Julia Folly - Med 8º semestre → Tratamento: ● Geral: orientar controle glicêmico; controle do colesterol: aumentar a reabsorção dos exsudatos duros ● Fotocoagulação a laser: tratamento padrão-ouro! -> age destruindo parte da retina doente e permitindo uma melhor perfusão da retina saudável: ↓áreas isquêmicas = ↓fatores vasogênicos = estabiliza os neovasos; ↓risco de perda visual ● vitrectomia via pars plana: cirurgia que envolve o segmento posterior do olho, é indicada para casos graves (hemorragia vítrea ou descolamentos da retina) Retinopatia hipertensiva/ RH → Rastreamento em pacientes com HAS: anualmente → fases que se diferenciam na fundoscopia: 1. Fase vasoconstritora: constrição arteriolar difusa; característica precoce da RH; reversível se controle da PA 2. Fase exsudativa: quebra da barreira hemato retiniana interna -> extravasamento de sangue -> hemorragias em chama de vela, lipídios intra retinianos (exsudatos duros) e isquemia de fibras nervosas da retina (exsudatos algodonosos). 3. Fase esclerótica: arteriosclerose hipertensiva -> aumento da espessura dos vasos -> vasos apresentam alteração da sua coloração, com aspecto de fio de cobre e fio de prata. Também ocorre cruzamento arteriovenoso patológico, característico de retinopatia hipertensiva crônica. 4. Fase de complicação da esclerose: microaneurismas, oclusão da veia ou artéria central da retina, oclusão de ramo venular e formação de membrana epirretiniana. → Emergência hipertensiva: cursa com papiledema, hemorragias em chama de vela e congestão de veias e capilares Oclusão da artéria central da retina e seus ramos → RARO; Epidemio: homens > 60 anos; EMERGÊNCIA OFTALMOLÓGICA → Patologias associadas - causas base: HAS, DM, estenose da artéria carótida e doença cardíaca valvular → Pode ocorrer por presença de êmbolos; trombose intraluminal; espasmo arteriolar, vasculite e aneurisma da A. carótida interna → Clínica: perda súbita e indolor da acuidade visual, unilateral, que pode ser precedida por episódios transitórios de perdade visão em 25% dos casos (amaurose fugaz)-> oclusão de algum ramo da artéria central = perda visual no campo de visão irrigado por aquele ramo específico → Fundoscopia: retina pálida e opaca (edema difuso) Fóvea com mancha cor de cereja (característico!!) e estreitamento das arteríolas e vênulas 7 Julia Folly - Med 8º semestre → angiografia fluoresceínica é o melhor exame para confirmar o diagnóstico → prognóstico é muito ruim → Condutas: adoção de postura supina; massagem ocular; diminuição da pressão intraocular; paracentese de câmara anterior; dinitrato de isossorbida sublingual (para induzir vasodilatação). Oclusão de veia central da retina e seus ramos → terceira causa de retinopatia vascular (depois de HAS e DM) → > 60 anos → Pode ser isquêmica ou não isquêmica (75%, menos grave) → Clínica: redução súbita da acuidade visual unilateral → Glaucoma neovascular e hemorragia vítrea são as principais complicações da OVCR isquêmica. → Fundoscopia: hemorragias em chama de vela nos quatro quadrantes; aumento da tortuosidade e da dilatação venosa; manchas algodonosas múltiplas; e papiledema e edema macular. → angiografia fluoresceínica: exame padrão ouro → Tto quando isquêmica: panfotocoagulação; Edema macular: terapia intravítrea com esteroides e antiangiogênicos → Complicações: pode cursar com glaucoma neovascular e retinopatia proliferativa Catarata → Patologia degenerativa caracterizada pela perda da transparência do cristalino. É considerada a principal causa de cegueira reversível no mundo e um problema de saúde pública, dado o grande número de pessoas com a doença ● Cristalino: fica na pupila; biconvexo, transparente; avascular; dioptria de +20; varia de forma e tamanho com a acomodação e idade do indivíduo ● pode ocorrer opacidade em qualquer uma das camadas do cristalino, formando diferentes tipos de catarata ● A biomicroscopia, realizada na lâmpada de fenda, é o exame mais importante na avaliação do cristalino. → ↑ incidência em DM; avaliar a retina antes de fazer a cirurgia → Catarata senil: envelhecimento das fibras do cristalino, que por não se renovarem, possuem praticamente a mesma idade do indivíduo -> mais opaco com o tempo; fatores de risco: tabagismo, radiação ultravioleta e álcool; Clínica: borramento ou perda da visão lentamente progressivos, “visão 8 Julia Folly - Med 8º semestre nublada”; uni ou bilateral (mais comum); Único tto é o cirúrgico: remoção do cristalino opaco através de uma incisão pequena e implantação de lente intraocular → Catarata congênita: principal causa de deficiência visual tratável ou prevenível na infância. Geralmente são de causa idiopática; ● principais complicações: AMBLIOPIA E ESTRABISMO SECUNDÁRIO ● diagnóstico precoce tem alta influência no prognóstico: Teste do reflexo vermelho -> catarata congênita é a causa mais frequente de alteração deste teste nas maternidades, podendo cursar com leucocoria (reflexo pupilar branco) ● tto cirúrgico em < 12 semanas de vida -> retirada do cristalino opaco; colocação de lente ocorre em segundo momento, geralmente aos 2 anos Questões 9 Julia Folly - Med 8º semestre 10
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