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Planilha de Reflexão de Scripts de Doenças Aluno: Bárbara Vitória Marinho Moreira Período: 7º período - turma C2 Data: 07/09/2023 Professora: Vanessa Barcelos 1) Apresentação da Vinheta Clínica do paciente atendido O paciente se apresentou à consulta no dia 01/09/2023 para realização de primeira consulta na Dermatologia. Paciente relata aparecimento de pelo encravado na região do tórax há 13 anos, após espremer gerou inflamação, gerando queloide. Iniciou tratamento por UBS apenas conseguindo avaliação da Dermatologia no ano passado, assim realizando aplicação de Triancil. Relata descamação em couro cabeludo, com aparecimento de pústulas dolorosas, em uso de Head and Shoulder há 8 meses. Diante disso, relata aparecimento em momentos de estresse, pápulas disseminadas pelo corpo mas que não causam nenhum incômodo, apenas gostaria de saber o que poderia ser. Ademais, o mesmo relata que já havia tido queloide pós-operatório de rompimento do tímpano no ouvido esquerdo. Paciente apresenta HAS e Colesterolemia. Faz uso de hidroclorotiazida 12,5mg MID, sinvastatina 10mg MID e em tratamento de queloide com Triancil 2mg/ml realizando aplicação após última consulta de forma mensal. Todos os achados acima foram evidenciados durante o exame físico sendo descritos da seguinte forma: 1. Pápulas angiomatosas e disseminadas na região superior do abdome, pescoço e clavícula, MMSS em terço superior e região do couro cabeludo 2. Cicatriz queloidiana em tórax, mais hipertrófica em pontas que no centro: hipercrômica em pontas e normocrômica no centro 3. Pústula esparsas no couro cabeludo sem descamação 2) Representação inicial do problema: Faça um sumário do caso, usando os qualificadores semânticos jovem/idoso; agudo/crônico; difuso/localizado; leve/grave etc.) Paciente adulto, 51 anos, sexo masculino. Natural de Belo Horizonte, MG. Procedência: Porteiro. Portador de HAS e Colesterolemia. Apresenta surdez grave em ouvido esquerdo após rompimento de tímpano - faz uso de aparelho auditivo Ao exame físico, apresentou lesões crônicas: 1. Pápulas angiomatosas e disseminadas na região superior do abdome, pescoço e clavícula, MMSS em terço superior e região do couro cabeludo 2. Cicatriz queloidiana em tórax, mais hipertrófica em pontas que no centro: hipercrômica em pontas e normocrômica no centro 3. Pústula esparsas no couro cabeludo sem descamação Paciente demonstrou ansiedade durante toda consulta. 3) Planilha dos scripts dos diagnósticos diferenciais: Informe 3 diagnósticos diferenciais para o caso apresentado na vinheta. A seguir preencha os elementos que compõem os seus scripts. Elementos dos Scripts Diagnóstico 1: Melanoma Diagnóstico 2: Amiloidose Diagnóstico 3: Histiocitose X Epidemiologia ● Menos comum de todos os tipos de câncer de pele ● Pior prognóstico ● Tem 90% de curo se descoberto com antecedência ● HF positiva de câncer de pele ● Exposição solar ● Forma cutânea é um tipo raro de amiloidose ● Comum em idosos, principalmente mulheres ● Pode estar associada a outras doenças: Alzheimer, mieloma múltiplo ● Doença rara ● Comum em crianças em torno dos 5 anos ● Atinge ambos os sexos Tempo de Evolução Variável. O melanoma apresenta fases de desenvolvimento. Se desenvolve apenas na camada mais superficial da pele, o que facilita a remoção cirúrgica e a cura do tumor. Nos estágios mais avançados, a lesão é mais profunda e Evolução lenta → pode durar meses ou até mesmo anos Tem início súbito (meses). Porém tem uma evolução mais lenta (anos). Porém depende da forma de manifestação da doença. espessa, o que aumenta a chance de se espalhar para outros órgãos (metástase) e diminui as possibilidades de cura. Apresentação Clínica Nevos em tons acastanhados ou enegrecidos que podem causar sangramento. Mulheres: pernas Homens: troncos Pode aparecer em face e em outras regiões do corpo, pode ter mudança no tamanho, espessura e coloração. Pápulas de coloração variada: acastanhadas, angiomatosas e amareladas. Podem evoluir para placas dependendo se houver agrupamento. Pápulas e vesículas de coloração variada: hiperemiadas ou castanhas, crosta e erosões. Podem se manifestar de outra forma sem ser cutânea, em crânio, ossos, pulmões e em SNC e sistema endócrino. Fisiopatologia Exposição à Radiação Ultravioleta (UV) → Danos ao DNA nos Melanócitos → Mutações Genéticas → Ativação de Vias de Sinalização Oncogênicas (ex.: BRAF, NRAS) → Crescimento Descontrolado dos Melanócitos → Formação de Lesão Melanocítica (Pinta) → Progressão para Melanoma → Invasão na Camada Basal da Epiderme → Potencial Metástase para Órgãos Distantes (estágio avançado) Grupo de doenças raras, causadas pelo depósito de proteínas insolúveis no corpo. Ao contrário das proteínas normais do nosso corpo, que são capazes de se degradarem, essas proteínas insolúveis se depositam nos órgãos e tecidos, causando danos Acúmulo de Proteínas Amilóides na Pele → Proteínas Amiloides Anormais se Aglomeram na Pele → Formação de Lesões Cutâneas Características → Lesões Cutâneas Firmes, Elevadas e de Coloração Anormal → Amiloidose Cutânea Manifestada É uma proliferação das células mononucleares dendríticas com infiltração local ou difusa nos órgãos. Proliferação Anormal de Células de Langerhans → Migração das Células Afetadas para os Tecidos → Acúmulo Anormal de Células de Langerhans nos Tecidos → Formação de Lesões e Danos nos Tecidos Afetados Compare e contraste estes scripts de doenças, reflita suas características definidoras e discriminatórias. Compare estas características à representação inicial do problema. O Angioma Rubi ou Nevo Rubi, que é uma das hipóteses diagnósticas do paciente em questão, apresenta os 3 diagnósticos diferenciais acima: Melanoma: é um câncer de pele maligno que se desenvolve a partir dos melanócitos, as células produtoras de pigmento na pele. O paciente apresenta pápulas angiomatosas na pele. O Melanoma, por outro lado, geralmente se apresenta como lesões escuras, assimétricas e com várias cores na pele, como pintas escuras ou manchas com pigmentação irregular. Amiloidose: é uma condição na qual proteínas anormais chamadas amiloides se acumulam nos órgãos e tecidos, incluindo a pele. As lesões de amiloidose geralmente se apresentam como nódulos firmes e elevados na pele, com uma coloração amarelada ou esbranquiçada. Essa aparência é notavelmente diferente das manchas vermelhas brilhantes do Angioma Rubi do paciente. Histiocitose X: também conhecida como histiocitose de células de Langerhans, envolve uma proliferação anormal de células de Langerhans, um tipo de célula imunológica. Embora a Histiocitose X possa afetar a pele e causar várias lesões cutâneas, as características clínicas típicas não se assemelham ao Angioma Rubi do paciente. As lesões da Histiocitose X podem ser variáveis, mas geralmente não se apresentam como manchas angiomatosas vermelhas brilhantes. Assim, percebe-se que nenhum dos diagnósticos diferenciais poderiam ser considerados hipóteses diagnósticas para o paciente, seguindo as características da lesão e toda a história clínica do paciente. 4) Planilha dos scripts dos diagnósticos diferenciais: Informe 3 diagnósticos diferenciais para o caso apresentado na vinheta. A seguir preencha os elementos que compõem os seus scripts. Elementos dos Scripts Diagnóstico 1: Cicatriz Hipertrófica Diagnóstico 2: Dermatofibrosarcoma Protuberans Diagnóstico 3: Lúpus Vulgar ou Tuberculose Luposa Epidemiologia ● Variabilidade de pigmentação da pele - fototipo alto ● Genética - HF de cicatrização anormal ● Afeta homens e mulheres de forma igual, podendo ocorrer em qualquer idade ● Baixa malignidade ● Adultos jovens em torno dos 35 anos ● HF positivo ● Metástase rara ● Comum na Escandinávia e raro do Brasil ● Maior prevalência em mulheres Tempo de Evolução Tempo de evolução menor, não seriam tão elevadas e teriam melhor prognóstico. Aparecimento entre 6 e 12 meses após o evento traumático tendo melhora a partir de 18 meses. Recidivante com muita frequência, mesmo após excisão cirúrgica ampla.Evolução lenta e progressiva. Apresentação Clínica Elevadas e eritematosas, às vezes hipercrômicas, as CH, contudo, tendem a permanecer nos limites do traumatismo e regridem a partir de 24 meses após o trauma. Pode acompanhar dor e prurido e até mesmo causar limitações funcionais (principalmente em áreas de articulação). Nódulos aglomerados em placas, protuberantes, superfície lobulada de evolução lenta e progressiva, chegando a ulcerar-se, de localização preferencial nas paredes abdominal e dorsal, podendo, entretanto, ter outras localizações (extremidades e cabeça). Lesão Tuberosa, em placa, que pode ulcerar, localizada frequentemente na face, podendo invadir mucosas ● Planas: serpiginosa ou policíclica ● Hipertróficas: ceratósica ou tumoral ● Ulcerosas: necrose e ulceração da placa, com deformidades cicatriciais e mutilações ● Vegetativa: necrose e ulceração sem cicatrização. Fisiopatologia Há um desequilíbrio entre a formação, a maturação e o catabolismo das estruturas neoformadas de tecido cicatricial. 1. Ferida ou Lesão Cutânea: A cicatrização hipertrófica começa com uma ferida ou lesão cutânea. 2. Resposta Inflamatória Inicial: Logo após a lesão, o corpo inicia uma resposta inflamatória normal para limpar detritos e combater infecções. 3. Exacerbação da Resposta Inflamatória: Em indivíduos suscetíveis, a resposta inflamatória pode ser exagerada e prolongada. 4. Ativação dos Fibroblastos: Os fibroblastos, células que produzem colágeno, são ativados na área da ferida. 5. Produção de Colágeno Aumentada: Os Células fusiformes dispostas em redemoinhos, raras mitoses e atipias, invadindo derme profunda e hipoderme 1. Translocação Genética: A causa primária do DFSP é uma translocação genética específica, geralmente envolvendo os genes COL1A1 e PDGFB. Essa translocação leva à ativação do fator de crescimento do receptor de plaquetas (PDGFRB), que estimula o crescimento descontrolado das células. 2. Proliferação Celular Descontrolada: A ativação do PDGFRB resulta em uma proliferação celular descontrolada na derme, levando à formação de uma massa protuberante na pele. 3. Invasão Local: Tem uma tendência a invadir localmente os tecidos A infecção é endógena (secundária), linfo-hematogênica ou, por contiguidade, raramente exógena (primária). Em cerca de 40% dos casos, está associado à linfoadenite e, em 10 a 30%, há foco pulmonar, ósseo ou articular. Há tendência cicatricial que provoca sérias deformidades. O PPD é um forte reator. À diascopia, observam-se os chamados “nódulos de geleia de maçã”. fibroblastos começam a produzir colágeno em excesso. 6. Predomínio do Colágeno Tipo III: Na cicatriz hipertrófica, há um predomínio do colágeno tipo III em vez do colágeno tipo I. 7. Matriz Extracelular Desorganizada: A matriz extracelular que envolve as células fica desorganizada e desordenada. 8. Fatores de Crescimento: Além disso, fatores de crescimento, como o TGF-β (fator de crescimento transformador beta), desempenham um papel na regulação da produção de colágeno e na formação da cicatriz. adjacentes, incluindo músculos e gordura subcutânea, o que o torna clinicamente agressivo. Compare e contraste estes scripts de doenças, reflita suas características definidoras e discriminatórias. Compare estas características à representação inicial do problema. O Queloide, que é uma das hipóteses diagnósticas do paciente em questão, apresenta os 3 diagnósticos diferenciais acima: Cicatriz Hipertrófica: A cicatriz hipertrófica é semelhante à queloide, mas geralmente é menos expansiva e permanece dentro dos limites da ferida original. Pode ser um diagnóstico diferencial, mas, neste caso, a descrição de uma cicatriz hipertrófica em pontas e normocrômica no centro é mais sugestiva de queloide. Dermatofibrosarcoma Protuberans (DFSP): é uma neoplasia de pele maligna de crescimento lento. Geralmente, se apresenta como uma massa nodular que cresce progressivamente. No caso apresentado, não há descrição de uma massa nodular em crescimento, tornando o DFSP uma escolha improvável. Lúpus Vulgar: não é uma condição relacionada a cicatrizes queloidianas. É uma variante de tuberculose cutânea que geralmente se apresenta como lesões na pele, mas essas lesões não estão relacionadas à formação de queloides. Tuberculose Luposa: é uma forma rara de tuberculose cutânea, mas as lesões associadas a ela não são semelhantes a cicatrizes queloidianas. Além disso, a história de exposição à tuberculose não está claramente descrita no caso. Assim, percebe-se que nenhum dos diagnósticos diferenciais poderiam ser considerados hipóteses diagnósticas para o paciente, seguindo as características da lesão e toda a história clínica do paciente. 5) Planilha dos scripts dos diagnósticos diferenciais: Informe 3 diagnósticos diferenciais para o caso apresentado na vinheta. A seguir preencha os elementos que compõem os seus scripts. Elementos dos Scripts Diagnóstico 1: Psoríase Diagnóstico 2: Dermatite Atópica Diagnóstico 3: Tinea Capitis Epidemiologia ● Frequente no adulto jovem, igual em ambos os sexos ● Maior risco de desenvolver quando há HF ● Prevalência estimada em crianças varia de 0,55% ● Relação com outras atipias (asma e rinite alérgica) ● Doença genética, influenciadas por fatores ambientais, emocionais e imunológicos inicia no 3º a 6º mês de vida ● Comum em crianças em torno dos 3 aos 7 anos ● Fatores Socioeconômicos - ↑ pobreza ● Transmissão de pessoa para pessoa - objetos contaminados ● Microsporum, tricophyton, epidermophton Tempo de Evolução Condição crônica de pele. Tem evolução lenta. De acordo com a idade. Normalmente melhora na vida adulta ou pode se manifestar apenas na vida adulta → semanas a anos. Depende do tipo de fungo. Podendo progredir em semanas ou até mesmo anos. Apresentação Clínica Psoríase em Placas (Vulgar): placas eritemato infiltrativas com escamas secas branco-prateadas. Afeta de forma simétrica a face de extensão dos membros. Comprometimento ungueal. Pode haver prurido, queimação e ardência. Halo de Woronoff (zona clara perilesional) e evolução crônica com acalmia e exacerbação. Psoríase em Gotas: comum em crianças, adolescentes e adultos jovens. Aparecimento súbito de pápulas eritemato descamativas no tronco e membros proximais. Precedida por Lactentes: Em geral, entre os 3 e 6 meses como áreas eritemato crostosas, inicialmente nas regiões malares, disseminando-se, principalmente, para o couro cabeludo, pescoço, fronte, punhos, face de extensão de membros e área das fraldas. Pré-Puberes: Na maioria dos casos, as lesões tornam-se menos exsudativas, mais papulosas e com tendência a liquenificação, comprometendo principalmente as dobras antecubitais e Alopecia focal (localizada) e descamativa. Cabelo quebradiço na base, deixando a área tonsurada. infecção por streptococcus e pode evoluir para psoríase em placas ou regredir espontaneamente. Psoríase Eritrodérmica: eritema intenso, universal e descamação discreta. Desencadeada por terapia intempestiva, administração e interrupção de corticoide, pode apresentar hipotermia, septicemia e bacteremia Psoríase Pustulosa: dividida em: ● Generalizada: placa eritematodematosas e pústulas generalizadas, comprometimento do estado geral, febre e leucocitose é desencadeada por infecções, queimaduras, psoríase em placa, interrupção de corticoide sistêmico e hipocalcemia ● Localizada: lesão única, lesão palmoplantar e lesão de extremidades dos dedos (acrodermatite contínua Haloppeal) Artrite Psoriásica: caracterizada por soronegativa, mais frequente mono ou oligoartrite assimétrica, afeta mais articulações de mãos e pés. Pode preceder, concomitante ou depois do ínicio da psoríase (10 anos). Quanto mais grave o quadro cutâneo, mais prevalente a artrite e matriz ungueal é frequentemente acometida. poplíteas, punhos, pálpebras, face e pescoço. Adolescentes: As lesões se tornam papulo descamativas e, mais caracteristicamente, liquenificadas, sujeitas a surtos de agudização. Adultos: No adulto, sua distribuição usual é típica e compreendedobras antecubitais e poplíteas, sendo também frequente o comprometimento do pescoço, pálpebras, mãos e punhos. Fisiopatologia Devido a aceleração do ciclo germinativo epidérmico, com aumento das células em proliferação e encurtamento do tempo de maturação celular da epiderme das lesões mediado por resposta TH1 e TH17 que atuam nos queratinócitos e neutrófilos promovendo alteração na lesão e ativação da cadeia inflamatória. Sendo exacerbada ou desencadeada por: 1. Trauma cutâneo (Fenômeno de Kobner): físico, químicas, elétrico, cirúrgico, inflamatório 2. Álcool, tabagismo 3. Hipocalcemia 4. Infecções (estreptococos beta-hemolíticos) 5. Medicamentos (lítio, betabloqueadores, AINES, antimaláricos) 6. Estresse emocional 7. Alterações endócrinas/gravidez Caracterizada por exposição do antígeno estimulando o Linfócito B que produz IgE estimulando os mastócitos (libera leucotrienos, prostaglandinas e histamina) atuando na resposta TH2 liberando IL-2, IL-5 e IL-13 estimulando eosinófilos atuando na resposta alérgica e contra parasitas. Infecção fúngica do couro cabeludo e dos cabelos causada por diferentes espécies de fungos dermatófitos. A fisiopatologia da tinea capitis envolve a interação entre o fungo e o hospedeiro. Fisiopatologia da Tinea Capitis Contato com o Fungo Dermatófito → Adesão e Invasão do Couro Cabeludo e Cabelos → Crescimento Fúngico e Degradação de Queratina → Resposta Inflamatória Localizada → Formação de Lesões no Couro Cabeludo → Transmissão e Disseminação da Infecção Compare e contraste estes scripts de doenças, reflita suas características definidoras e discriminatórias. Compare estas características à representação inicial do problema. A Dermatite Seborreica, que é uma das hipóteses diagnósticas do paciente em questão, apresenta os 3 diagnósticos diferenciais acima: Psoríase: é uma doença crônica da pele que geralmente causa lesões escamosas, avermelhadas e espessas na pele. Ela pode afetar várias partes do corpo, incluindo o couro cabeludo. A principal diferença é que o paciente apresenta pústulas dolorosas no couro cabeludo, que não são típicas da psoríase. Dermatite Atópica: é uma condição crônica da pele que geralmente se manifesta como áreas inflamadas, hiperemiadas, prurido e descamativas. Pode ocorrer em várias partes do corpo, incluindo o couro cabeludo. Tinea Capitis: ou tinha do couro cabeludo, é uma infecção fúngica que afeta o couro cabeludo e os cabelos. Ela pode causar descamação, coceira e lesões na pele. No caso do paciente, as pústulas no couro cabeludo não estão associadas à descamação, o que é mais típico da tinea capitis. Além disso, as lesões em outras partes do corpo não correspondem a essa infecção fúngica. Assim, percebe-se que nenhum dos diagnósticos diferenciais poderiam ser considerados hipóteses diagnósticas para o paciente, seguindo as características da lesão e toda a história clínica do paciente. 6) Exames Complementares: O paciente não havia trago consigo exames complementares e para suas hipóteses diagnósticas não era necessário exames, o diagnóstico foi realizado totalmente de forma clínica. Com isso não deveria ter sido solicitado nenhum exame. Reflita sobre a justificativa da realização destes exames. Há algum exame que deveria ser solicitado? 7) Representação final do problema e diagnóstico HD: Angioma Rubi, Queloide e Dermatite Seborreica. O Angioma Rubi, conhecido por nevo rubi ou até mesmo angioma senil, é uma lesão vermelho brilhante que aparece na pele dos adultos, inicialmente plana e podendo aumentar de tamanho com o tempo. Ele possui origem genética e também se relaciona a fatores como envelhecimento e exposição solar, e até mesmo estresse. Segundo a sua fisiopatologia é desconhecida. Trata-se de hiperplasia não tumoral autolimitante que não se associa a alguma neoangiogênese com proliferação endotelial anormalmente aumentada, e cujos fatores de crescimento angiogênicos, como alfa-TNF, beta-FGF e VEGF, não parecem estar relacionados a seu aparecimento. O Quelóide, é uma desordem da proliferação da pele que ocorrem por um processo cicatricial anômalo, resultado de inflamação crônica da derme reticular. Fatores genéticos são muito importantes na formação dos QE. Sua prevalência é maior entre pacientes com fototipos mais altos, afroamericanos, hispânicos e asiáticos, se comparada aos caucasianos. Há um desequilíbrio entre a formação, a maturação e o catabolismo das estruturas neoformadas de tecido cicatricial. Contudo, esse processo é mais agressivo e duradouro, no caso dos QE. A Dermatite Seborreica, tem como conceito por eczema seborreico ou eczemátide, tem caráter constitucional, crônico, recorrente, não é contagioso que ocorre em regiões ricas em glândulas seborreicas. Não há uma causa específica, porém na patogênese há uma alteração sebácea e um predisposição familiar, en discreta predominância no sexo masculino. Indiciada por ação androgênica que estimula produção de sebo pelas glândulas sebáceas que possui alteração na composição em pacientes predispostos como aumento da proporção de colesterol, triglicérides e parafina. Estimulando processo inflamatório da glândula sebácea. Favorecido por: 1. umidade, calor e roupas que retém calor 2. tensão emocional 3. quadros neurológicos (parkinson, epilepsia, poliomielite) 4. alcoolismo, obesidade, DM, ingestão excessiva de hidratos de carbono 5. medicamentos (cimetidina, metildopa e neurolépticos) 6. imunodeficiência Com isso, juntamente do exame físico e as queixas relatadas pelo paciente, chegamos nas seguintes hipóteses diagnósticas descritas acima, realizando a seguinte conduta: - Realizo CIL (corticoide intralesional) 0,2mL - Retorno em 30 dias para avaliar nova CIL - Hidrocolóide diário - Retirada de Head & Shoulders pelo fato do paciente estar utilizando há 8 meses sem pausa, podendo até mesmo ser prejudicial para a dermatite seborreica - Foi realizado orientações ao paciente como: tomar banho em água morna, será utilizado shampoo à base cetoconazol, limpeza da região da face com frequência, além de melhorar na alimentação REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA Alterações no processo de reparo fisiológico. [S. l.], 2013. Disponível em:http://rbqueimaduras.org.br/details/67/pt-BR/alteracoes-no-processo-de-reparo-fisiologico/#:~:text=A%20cicatriz%20hipertr%C3%B3fica%20decorre%2 0da,involuir%20na%20maioria%20das%20vezes. Acesso em: 06 setembro 2023. http://rbqueimaduras.org.br/details/67/pt-BR/alteracoes-no-processo-de-reparo-fisiologico/#:~:text=A%20cicatriz%20hipertr%C3%B3fica%20decorre%20da,involuir%20na%20maioria%20das%20vezes http://rbqueimaduras.org.br/details/67/pt-BR/alteracoes-no-processo-de-reparo-fisiologico/#:~:text=A%20cicatriz%20hipertr%C3%B3fica%20decorre%20da,involuir%20na%20maioria%20das%20vezes Hemangioma rubi no couro cabeludo. [S. l.]. Disponível em:https://www.scielo.br/j/abd/a/bhqT5NRRPJZz6PwZwb4gdht/ . Acesso em: 06 setembro 2023. Câncer de Pele [S. l.]. Disponível em:https://www.sbd.org.br/doencas/cancer-da-pele/ . Acesso em: 06 setembro 2023. MIRANDA, João da Costa. DUAS PALAVRA SOBRE LUPUS VULGAR. 1903. Dissertação, Universidade do Porto, 1903 Azulay, Rubem David. Azulay Dermatologia. 8a. ed. [S. l.: s. n.], 2021 Rivitti, Evandro A.. Manual de dermatologia clínica de Sampaio e Rivitti.[S. l.: s. n.], 2014 https://www.scielo.br/j/abd/a/bhqT5NRRPJZz6PwZwb4gdht/ https://www.sbd.org.br/doencas/cancer-da-pele/