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EXEMPLOS DE EXERCÍCIOS RESOLVIDOS HIDRÁULICA DE CONDUÇÃO FORÇADA 1. A tubulação de PVC da figura abaixo possui um comprimento de 120 m e um diâmetro de 200 mm. Determinar a vazão sabendo que a tubulação de adução possui as seguintes componentes: 1 Entrada normal; 2 Cotovelos de 90° e 1 Saída livre. Adotar a equação de perda de carga universal tendo como o fator de atrito (f) igual a 0,024. Solução: Aplicando a equação de Bernoulli entre os pontos (0) e (4), teremos: P0 γ + v0 2 2g + z0 = P4 γ + v4 2 2g + z4 + ∆H P0 γ + v0 2 2g + z0 = P4 γ + v4 2 2g + z4 + hf (0-4) + ha (0-4) P0 γ + v0 2 2g + z0 = P4 γ + v4 2 2g + z4 + f Lv D . v4 2 2g O cálculo do comprimento virtual (LV) é dado pela soma do comprimento real (L) da tubulação mais a soma dos comprimentos fictícios (∑LF). Desse modo, temos que: LV = L + ∑LF. O valor do comprimento fictício é calculado consultando (Tabela 2. - Comprimento equivalente de canalização): - Entrada normal: 1 un x 3,5 = 3,5 m - Cotovelo 90°: 2 un x 5,5 = 11,0 m - Saída livre: 1 un x 6,0 = 6,0 m - ∑LF = 20,5 m O comprimento virtual será: LV = L + ∑LF = 120 m + 20,5 = 140,5 m P0 γ + v0 2 2g + z0 = P4 γ + v4 2 2g + z4 + f L + ∑LF D . v4 2 2g 0 + 0 + 30,5 = 0 + v4 2 2g + 21 + f L + ∑LF D . v4 2 2g 9,5 = 0 + v4 2 2g (1 + f L + ∑LF D ) 9,5 = 0 + v4 2 2g (1 + 0,024 140,5 0,200 ) v4= 3,23 m/s A vazão Q = A.V será: Q = π . D2 4 . v = π . (0,200)2 4 . 3,23 = 0,102 m3/s = 102 l/s Q = 102 l/s 2. O projeto de uma linha adutora de drenagem pluvial ligando dois reservatórios previa uma vazão de 250 L.s-1. A adutora possui 1300 m de comprimento e foi executada em tubos de concreto com acabamento comum (C = 120) e diâmetro de 600 mm. Colocando em funcionamento, verificou-se que a vazão era de 180 L.s-1 devido a alguma obstrução deixada em seu interior, por ocasião da construção (C= 350). Calcular a perda de carga provocada pela obstrução (usando a fórmula de Hazen-Willians), desprezando as demais perdas acidentais. Solução: Aplicando a equação de Bernoulli entre os pontos (0) e (1), teremos: P0 γ + v0 2 2g + z0 = P1 γ + v1 2 2g + z1 + hf(0-1) 0 + 0 + H = 0 + 0 + 0 + hf(0-1) 0 + 0 + H = 0 + 0 + 0 + hf(0-1) H = hf(0-1) Pela fórmula de Hazen-Willians, explicitada em termos de velocidade, tem-se: V = 0,355.C.D0,63.J0,54 V = Q A = 4.Q π.D2 4.Q π.D2 = 0,355.C0,63. J0,54 J0,54= 4Q 0,355.π.C.D2,63 Não considerando a obstrução: J = ( 4.0,25 0,355.π.120.0,602,63 ) 1 0,54⁄ = 0,00139 m/m hf1 = J1 . L = 0,00139 m/m . 1300m = 1,807 m Considerando a obstrução: J = ( 4.0,18 0,355.π.350.0,602,63 ) 1 0,54⁄ = 0,000756 m/m hf2 = J2 . L = 0,000756 m/m . 1300m = 0,983 m A perda acidental devido a obstrução será, portanto: ha = 1,807 – 0,983 = 0,824 m 3. Uma canalização de tubos de ferro fundido novo ( = 0,26 mm) com diâmetro de 250 mm é alimentada por um reservatório cujo nível da água situa-se na cota de 1920 m. Calcular a vazão e a pressão no ponto E de cota 1750 m, distante 1500 m do reservatório, sabendo-se que a descarga se faz livremente na cota 1720 m. Use a fórmula Universal. Solução: Aplicando a equação de Bernoulli entre os pontos (0) e (1), teremos: P0 γ + v0 2 2g + z0 = P1 γ + v1 2 2g + z1 + hf(0-1) P0 γ + v0 2 2g + z0 = P1 γ + v1 2 2g + z1 + f L D . v4 2 2g 0 + 0 +1920 = 0 + v2 2g + 1720 + f L D . v2 2g 200 = v2 2g (1 + 0,03 . 2500 0,250 ) 200 = v2 2g (301) v2 = 200. 2. 9.81 301 → v = 3,61 m/s Desta forma e agora aplicando a equação da continuidade calcula-se a vazão: Q = A V = π.D2 4 . V Q = A V = π.0,2502 4 . 3,61 = 0,177 m3/s = 177 L/s Cálculo da pressão no ponto E ( PE γ ) P0 γ + v0 2 2g + z0 = PE γ + vE 2 2g + zE + hf(0 -E) P0 γ + v0 2 2g + z0 = PE γ + vE 2 2g + zE + f L D . vE 2 2g 0 + 0 + 1920 = PE γ + 3,612 2. 9,81 + 1750 + 0,03 1500 0,250 . 3,612 2.9,81 PE γ = 49,78 m 4. No encanamento da figura a seguir os trechos AB e EF são virgens. O trecho intermediário BE distribui em marcha 20 L.s-1 e o EF conduz ao reservatório 5 L.s-1. Quais os diâmetros destes trechos se as pressões em B e E são 55 m.c.a e 5,7 kgfcm-2 respectivamente? (Usar a fórmula de Hazen-Willians para C = 100). Admitir velocidades em (B), (E) e (2) como sendo desprezíveis. Solução: Aplicando a equação de Bernoulli entre os pontos (1) e (B), teremos: P1 γ + v1 2 2g + z1 = PB γ + vB 2 2g + zB + hf(1-B) 0 + 0 + 320 = 55 + 0 + 260 + hf(1-B) hf(1-B) = 5 m.c.a a. Diâmetro do trecho AB Q1 = Q2 + Q3 = 20 + 5 = 25 L.s-1 = 0,025 m3 s-1 hf(1-B) = 5 m.c.a hf(1-B) = J1. L1 J1= hf(1-B) L1 = 5 850 m m⁄ Aplicando-se a equação da continuidade e explicitando a velocidade no trecho através da equação de Hazen-Williams, temos: Q = A. V (m3/s); Q = π . D2 4 . 0,355 C D 0,63 J 0,54 0,025 = π . D2 4 . 0,355 100 D 0,63 ( 5 850 ) 0,54 D =(0,01435) 1/2,63 D = 0,199 m ~200mm b. Diâmetro do trecho BE: Sendo Q2 = 20 L.s-1 = 0,020 m3 s-1, então: Q = A. V (m3/s); Q = π . D2 4 . 0,355 C D 0,63 J 0,54 V = 0,355 C D 0,63 J 0,54 (m/s) V = 0,355 C D 0,63 J 0,54 (m/s) 0,020 = π . D2 4 . 0,355 100 D 0,63 ( 8 870 ) 0,54 D = ( 0,002 2,21 ) 1/2,63 D = 0,182 m = 182mm ~ 200 mm c. Diâmetro do trecho EF Sendo: Sendo Q3 = 5 L.s-1 = 0,005 m3 s-1, então: 5. Na figura a seguir a pressão em A (PA = 7,4 kgf.m-2) e para todos os tubos f = 0,03. Qual a pressão em B (PB=?), desprezando-se as perdas localizadas ou acidentais? Solução: As tubulações E e F estão em paralelo. Para se saber a pressão em B, tem-se que conhecer a perda de carga que ocorre nessas duas tubulações (no caso, tanto faz percorrer A E B ou A F B, que a perda será a mesma). O problema fica mais simples, se substituirmos as tubulações A E B e A F B por uma única equivalente. O esquema ficaria assim: De acordo com o estudo de condutos em paralelo tem-se a seguinte relação: Tubulação substitutiva das duas anteriores terá: f = f1 = f2. Desse modo: √D 5 L = √ 0,3005 600 +√ 0,4505 475 √D 5 L = 0,008245 (√ D5 L ) 2 = (0,008245 )2 D5 L = 0,000068 D5 = 0,000068 . L Nesse caso devemos admitir um valor ou para L ou para D; admitindo para D = 400 mm (valor intermediário entre 450mm e 300mm ou superior a 450mm). Desse modo teremos: 0,4005 = 0,000068 . L L = 150mm Aplicando-se a equação da continuidade, explicitando a velocidade no trecho através da equação de perda de carga universal (Darcy-Weisbach), temos: hf = f . L D . 42 π2 . Q2 0,42. 2g hf = 0,03 . 150 0,400 . 42 π2 . 0,502 0,4002. 2. 9,81 hf = 9,08m A pressão em B será: PB = PA – hf (A – B) = 74m – 9,08m = 64,92 m Se admitíssemos a tubulação substitutiva com um diâmetro de 500mm (D = 500mm), teríamos: D = 500 mm; L ~ 460 m hf = 0,03 . 460 0,500 . 42 π2 . 0,502 0,5002. 2. 9,81 hf = 9,10 m A pressão em B será: PB = PA – hf (A – B) = 74m – 9,10m = 64,90 m (pressão om pouco menor que a anterior)
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