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Farmacodinâmica - 2023 - Parte 1 VF

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27/09/2023
1
FARMACODINÂMICA
Prof. Ryan Costa
Universidade Federal da Bahia
Sumário
Farmacodinâmica (Parte 1)
1. Ações farmacológicas;
2. Receptores
3. Interação fármaco-receptores:
a) Agonismo
b) Antagonismo
4. Curva Dose-resposta
a) Afinidade 
b) Eficácia
c) Aplicações
5. Fatores que interferem na resposta farmacológica
Princípio da Farmacologia Farmacodinâmica
Estudo das interações entre fármacos e 
constituintes do organismo, as quais, 
por uma série subsequente de eventos 
biológico resultam num efeito 
farmacológico.
Ação → Efeito
Princípio clínico
Um fármaco não tem a capacidade de conferir uma nova função à célula ou tecido-alvo.
→ Modificar a função da célula;
 
→ Modificar a taxa da função celular;
Farmacodinâmica
1. As drogas produzem efeitos 
terapêuticos e tóxicos em 
decorrência de suas interações 
com moléculas existentes no 
indivíduo;
2. As drogas atuam, em sua 
maioria, ao associar-se a 
macromoléculas específicas, 
alterando suas atividades 
biofísicas ou bioquímicas.
Ação Farmacológica
Não mediada por Receptores
Química Física Enzimática
EstimulaçãoInibição 
Mediada por Receptores
Exemplos
1) Antiácido neutralizando secreção 
gástrica ácida;
2) Protamina (Alcalina; CE +) 
neutralizando Heparina (ácida; CE -)
1) Osmose (Ex.: Manitol)
2) Adsorvente (ex. Carvão ativado)
1) Piridoxina: Cofator para atividade 
da Dopa-descarboxilase
1) Aspirina inibe a COX2;
2) Sufonamidas: interfere na síntese de 
ácido fólico bacteriano por inibir a enzima 
Folato sintase bacteriana.
Tipos de Ações Farmacológicas
27/09/2023
2
Tipos de Efeitos Farmacológicos
Estimulação
Provoca o aumento da 
atividade
Salbutamol na asma
Inibição/Depressão
Provoca a diminuição da 
atividade
Propranolol na hipertensão
Reposição
Suprir a falta de alguma
substância
Insulina na diabetes
Levodopa no Parkinson
Citotoxicidade
Destruir organismos patogênicos 
ou céls neoplásicas.
Amoxilina, albendazol, 
cetoconazol, aciclovir
Receptor
Importância:
a. Compreensão da resposta biológica;
b. Desenvolvimento de fármacos
c. Tomada de decisão na prática clínica;
1. Os receptores determinam, em grande parte, as relações quantitativas entre a dose ou 
concentração do fármaco e seus efeitos farmacológicos;
2. Os receptores são responsáveis pela seletividade da ação dos fármacos;
3. Os receptores medeiam as ações de antagonistas farmacológicos;
Componente de uma célula ou organismo que interage com um ligante e dá 
início à cadeia de eventos bioquímicos que levam às ações observadas
Transduction
Aspectos quantitativos 
da ação dos fármacos
1. A resposta induzida por fármacos não é um fenômeno “Tudo ou Nada”;
2. A interação do fármaco com o receptor está sujeita a Lei da ação das massas;
3. O aumento da dose pode aumentar a resposta.
Aspectos quantitativos da ação dos fármacos
A +
Aspectos quantitativos da ação dos fármacos DOSE
Dose única
Piperazina (4-5g) é 
suficiente para erradicar 
Nematódeos
 Ceftriaxona (500mg, IM) 
para tratar Gonorreia.
Dose diária
É a quantidade de fármaco a 
ser administrado em 24h, de 
uma só vez ou em doses 
divididas.
 Eritromicina: 1 g por dia, a ser 
administrado em 4 doses iguais 
(250mg a cada 6h)
Dose total
Quantidade máxima do 
fármaco necessária para 
o curso completo do 
tratamento;
 Penicilina G benzatina: 
Tratamento de Sífilis latente 
tardia: Dose total 7,2 milhões 
UI, IM (2,4 milhões UI, IM, 
semanal, por 3 semanas)
É a quantidade do fármaco em massa, volume, mol ou Unidades Internacionais (UI) 
necessária para promover o efeito desejado 
27/09/2023
3
DOSE
Dose de ataque
Dose alta a ser dada no 
início do tratamento para 
promover rapidamente a 
efetiva concentração 
plasmática do fármaco
 Cloroquina na malária: 
Início 600mg; 300mg após 
8h e 300mg após 2 dias.
Dose de 
manutenção
Quantidade 
normalmente seguida 
para manter a 
concentração plasmática 
em estágio estável após 
a dose de ataque.
A dose terapêutica varia de pessoa a pessoa.
Aspectos quantitativos da ação dos fármacos
Modelo de interação com o receptor
Barreiro, 2001
Modelo estático
Modelo de interação com o receptor
Modelo de dois Estados (Modelo dinâmico)
COMO O FÁRMACO INTERAGE COM O RECEPTOR?
Complementaridade Molecular
Interações Fármaco-Receptor
Ligações fortes
Efeitos prolongados ou até 
irreversíveis
• Quimioterápicos ➔ ação tóxica sobre 
parasitos
• Ação anti-séptica dos compostos 
clorados sobre proteínas microbianas.
Exemplos:
Maioria das ligações F-R
Efeitos produzidos são reversíveis
Fármaco deixa de agir assim 
que diminui sua [ ] nos líquidos 
extracelulares
Tipos de forças envolvidas
OH 
Phe 
Ser 
Ser 
 
O 
 
 O 
Asp OOC - 
Ligação iônica 
Van der Waals 
Ligação 
 de hidrogênio 
+ 
HO 
HO 
C C N 
27/09/2023
4
Afinidade
Capacidade do fármaco se ligar ao receptor
1. Curva Concentração-Ligação: Relaciona a concentração [C] do 
fármaco a sua capacidade de ligação ao receptor
a. Bmax (capacidade de ligação): A densidade total de receptores no sítio 
de ligação
b. Kd: Constante relacionada a concentração do fármaco necessária para 
ocupar 50% dos receptores em equilíbrio;
Quanto maior for a afinidade do fármaco ao 
receptor menor será a Kd
Seletividade: 
• Definida pela afinidade molecular;
• Diferença de atividade que uma determinada molécula 
tem para dois ou mais processos. 
• A diferença de atividade é sempre relativa e não absoluta:
• Aumentando-se suficientemente a 
dose/concentração, a ativação do(s) outro(s) 
processo(s) ocorrerá. 
Especificidade: 
• Pode ser considerada como uma forma extrema de 
seletividade onde nenhum aumento na concentração da 
molécula será suficiente para ativar o(s) outro(s) processo(s).
Propriedades Gerais dos Receptores
Enantiômeros: substâncias com um ou mais centros quirais que 
são “Imagens de espelho” e impossíveis de serem sobrepostas 
Diaesteroisômeros: Diferentes imagens de espelho – 
Isômeros geométricos (cis / trans) 
ESTEREOSELETIVIDADE (Esteroisomerismo)
Isomerismo devido ao arranjo tridimensional dos átomos 
Resposta Farmacológica
Curva Dose-Resposta
Relaciona a quantidade do fármaco a resposta produzida
1. Dose única
2. Estudo feito em único individuo
3. Mensurar Eficácia e Potência
Não é utilizado para respostas qualitativas (Quantal). Ex.: arritimia, convulsão e morte.
Curva hiperbólica 
pode alcançar resposta Máxima quando 
100% dos receptores estiverem ocupados
Curva Sigmóide (Log da dose): 
80% é uma linha reta, facilitando a 
comparação entre fármacos 
Resposta Farmacológica
1. Curva para resposta Quantal:
a. Relaciona a quantidade do fármaco à 
porcentagem de pacientes respondedores 
(resposta tudo ou nada)
b. Feito em um população (grupo)
c. Usado para mensurar DE50, DT50, DL50 e 
Índice terapêutico.
d. Expresso como Curva de Distribuição Normal 
Respostas farmacológicas
Exemplos
27/09/2023
5
Curva Dose-resposta
 
Eficácia
Habilidade do fármaco produzir 
efeito biológico (resposta)
Potência
 É a quantidade do fármaco 
requerido para produzir efeito 
50% do efeito máximo que tal substância 
é capaz de induzir
Inversamente proporcional a EC50
Interação Fármaco-Receptor
Agonista total
Ligante se liga ao 
receptor e produz 
uma resposta 
apropriada
 
 Afinidade e alta 
eficácia
 Ex: Adrenalina.
Agonista parcial
Ligante que não produz o 
máximo efeito, mesmo quando 
todos os receptores estão 
ocupados;
 Afinidade e parcial eficácia
 Buprenorfina (agonista parcial de 
receptores opioides) → produz menor 
efeito do que o agonista total morfina;
 Pode se comportar como 
antagonista
1
<1
Interação Fármaco-Receptor
Agonista inverso
Composto que se liga a um receptor e produz 
uma resposta oposta ao seu agonista 
correspondente.
Atua como antagonista.
Anti-histamínico H1 (ex. loratadina).
<0
Interação Fármaco-Receptor
Antagonismo
É a diminuição ou completa abolição do 
efeito de um agonista na presença de 
outro ligante.
Antagonismo
Fisiológico
Químico
FarmacocinéticoFarmacodinâmico
Antagonismo Farmacodinâmica
Antagonismo a nível de receptor.
Antagonismo 
Farmacodinâmico
Competitivo Não competitivo
Irreversível Alostérico
Antagonismo Farmacodinâmico
A. Competitivo
O antagonista compete com o agonista pelo mesmo sítio de ligação no receptor
1. O antagonista previne parcialmente ou completamente o efeito do agonista
2. A inibição pode ser revertida com o aumento da concentração do agonista
3. Deslocamento da curva para a direita (aumenta a EC50) sem mudar a Emax
4. Exemplos:
a. Acetilcolina (agonista) e atropina (antagonista)
b. Isoprotenerol (agonista) e Propranolol (antagonista)
27/09/2023
6
Antagonismo Farmacodinâmico
B. Não competitivo
O antagonismo não pode ser revertido pelo aumento da concentração do agonista
• Causa redução da Emax 
I – Antagonista irreversível
• Se liga ao receptor de forma covalente
• Ex.: Fenoxibenzamina, um inibidor irreversível do adrenoceptor alta
B. Não competitivo
O antagonismo não pode ser revertido pelo aumento da concentração do agonista
• Causa redução da Emax 
II - Antagonista Alostérico
• Se liga a outro sítio diferente do sitio de ligação e, por 
modificação conformacional, impede que o receptor 
seja ativado pelo agonista
Antagonismo Farmacodinâmico
Curva Dose-resposta
Aplicações
Se duas curvas são paralelas, as duas substâncias atuam pelo mesmo mecanismo de ação;
Se duas curvas não são paralelas, as duas drogas atuam por diferentes mecanismos
Quais fármacos têm o mesmo 
mecanismo de ação?
1. Comparação entre fármacos
Se temos duas drogas (A e B), a droga A tem curva sigmoide e a droga B não tem curva ou 
resposta. Quais as possíveis explicações?
a. A droga B não funciona naquele sistema
b. A droga B é um antagonista (competitivo ou não competitivo)
 
Como podemos determinar isso?
Curva Dose-resposta
Aplicações
A
B
B
B
Comparando a curva da droga A 
com a mistura da A+B
2. Compreensão do mecanismo de ação
1) Se a curva A é a mesma que a curva A+B:
B não atua neste sistema
2) Se as duas curvas forem paralelas (deslocamento para a direita):
B é antagonista competitivo
3) Se a curva A+B mudar para baixo:
B é um antagonista não competitivo 
Curva Dose-resposta
Aplicações
2. Compreensão do mecanismo de ação
A resposta analisado pode ser Terapêutica, Adversa, Tóxica ou Letal
Curva Dose-resposta
Aplicações
3. Avaliação da segurança da droga
27/09/2023
7
Índice Terapêutico 
• Medida de segurança de um fármaco 
• Calculado: DL50/DE50 ou DT50/DE50
Janela terapêutica 
• Margem entre a dose terapêutica e a dose 
letal da droga. 
Curva Dose-resposta
Aplicações
3. Avaliação da segurança da droga
Variações na Janela terapêutica
Faixa terapêutica
● Ciclosporina: 100 – 400ng/mL
● Carbamazepina: 4 – 10ug/mL
● Digoxina: 0,8 – 2 ng/mL
● Lítio: 0,8 – 1,4 mEq/L
● Quinidina: 2 – 6ug/mL
Fatores que interferem na Resposta 
farmacológica
● Indivíduos diferem no nível e na característica de resposta que um 
fármaco pode elicitar;
● Variação na resposta à mesma dose de um fármaco pode ser 
encontrada entre pacientes diferentes e mesmo no mesmo 
paciente em ocasiões diferentes
Interações 
medicamentosas
Farmacodinâmica
Interações medicamentosas
Sinergismo
Aditivo
Dois fármacos elicitam a 
mesma resposta, mas possuem 
mecanismos de ação 
diferentes e seu efeito 
combinado é igual ao 
somatório dos efeitos (1 + 1 = 2).
Dipirona e Codeína
Somatório
Efeito combinado de 
dois fármacos atuando 
através de mesmos 
mecanismo de ação.
Aspirina e Diclofenaco
Potencialização
A combinação do efeito de dois 
fármacos é maior do que cada 
efeito individual (1 + 1 = 3).
Sulfametoxazol e Trimetroprima
Levodopa e Carbidopa
Interações medicamentosas
Antagonismo
Antídoto
Utilizado para reverter 
intoxicação
Naloxano (antagonista 
opióide) nos quadros de 
depressão respiratória causados 
pela morfina
Flumazenil para intoxicação 
com benzodiazepínicos
Ineficácia do 
tratamento
Associação indevida de fármacos
Propranolol (Betabloqueador) e 
salbutamol (agonista Beta-
adrenérgico)
Tratamento de 
dependência
Efeito combinado de 
dois fármacos atuando 
através de mesmos 
mecanismo de ação.
Naltrexona tratamento 
de dependência a 
opióides
A resposta farmacológica de um medicamento é suprimida ou reduzida na presença de 
outro, muitas vezes pela competição destes pelo mesmo sítio receptor. 
27/09/2023
8
CREDITS: This presentation template was created by 
Slidesgo, including icons by Flaticon, and infographics & 
images by Freepik and illustrations
Thanks
Prof. Ryan Costa
ryanscosta@yahoo.com.br
http://bit.ly/2Tynxth
http://bit.ly/2TyoMsr
http://bit.ly/2TtBDfr
	Slide 1: FARMACODINÂMICA
	Slide 2: Sumário Farmacodinâmica (Parte 1)
	Slide 3
	Slide 4: Farmacodinâmica
	Slide 5: Farmacodinâmica
	Slide 6
	Slide 7: Tipos de Efeitos Farmacológicos
	Slide 8: Receptor
	Slide 9: Aspectos quantitativos da ação dos fármacos
	Slide 11
	Slide 12
	Slide 13: DOSE
	Slide 14: DOSE
	Slide 15
	Slide 16
	Slide 17
	Slide 18
	Slide 20: Interações Fármaco-Receptor
	Slide 21: Afinidade Capacidade do fármaco se ligar ao receptor 
	Slide 22: Propriedades Gerais dos Receptores 
	Slide 23: ESTEREOSELETIVIDADE (Esteroisomerismo)
	Slide 24: Resposta Farmacológica 
	Slide 25: Resposta Farmacológica
	Slide 26
	Slide 27: Curva Dose-resposta
	Slide 30: Interação Fármaco-Receptor
	Slide 31: Interação Fármaco-Receptor
	Slide 32: Interação Fármaco-Receptor
	Slide 34: Antagonismo Farmacodinâmica
	Slide 35: Antagonismo Farmacodinâmico
	Slide 36: Antagonismo Farmacodinâmico
	Slide 37: Antagonismo Farmacodinâmico
	Slide 40: Curva Dose-resposta Aplicações
	Slide 41
	Slide 42
	Slide 43
	Slide 44
	Slide 45: Variações na Janela terapêutica
	Slide 46
	Slide 56: Interações medicamentosas
	Slide 57: Interações medicamentosas Sinergismo
	Slide 58: Interações medicamentosas Antagonismo
	Slide 67: Thanks

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