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@anab_rs | Ana Beatriz Rodrigues Dr. Brendow Ribeiro Alencar 
1 
Protocolo de sepse 
 
 
 
@anab_rs | Ana Beatriz Rodrigues Dr. Brendow Ribeiro Alencar 
2 
INTRODUÇÃO 
Sepse é quando a resposta do organismo frente ao agressor 
é amplificada determinando a disfunção de órgãos e 
sistemas. 
− Ex.: tem-se um foco infeccioso bem definido, 
como pneumonia, erisipela, ITU, pielonefrite, 
estar gerando uma resposta exagerada ao 
organismo levando a disfunção orgânica 
(insuficiência respiratória, hipotenso, disfunção 
renal, plaquetopenia). 
É uma situação de emergência. 
As diretrizes preconizam o diagnóstico precoce e 
tratamento adequado da sepse com a administração de 
antimicrobianos de largo espectro para a situação clínica 
em questão, por via endovenosa, o mais rapidamente 
possível, dentro da 1ª hora após o diagnóstico e, 
preferencialmente, após obtenção das culturas pertinentes. 
O tempo janela da sepse, ou seja, o tempo limite para 
iniciar o tratamento (antibiótico) é de 1 hora. A sepse é 
uma doença tempo-dependente, quanto maior for o tempo 
gasto para tratar maior será a morbimortalidade do 
paciente. 
− Tem que reconhecer a sepse precocemente. 
A cada segundo uma pessoa morre de sepse no mundo. 
A sepse afeta cerca de 50 milhões de pessoas todos os anos 
no mundo, das quais pelo menos 11 milhões morrem. 
Estima-se que 20% de todas as mortes no mundo estão 
associadas à sepse, sendo estas, muitas vezes, mortes 
evitáveis. O Brasil tem uma das maiores taxas de 
letalidade por sepse no mundo, calculada em 55,7%, de 
acordo com dados do estudo SPREAD, realizado em 2014. 
Os principais problemas estão relacionados ao 
reconhecimento tardio e tratamento inadequado. 
Porque a letalidade brasileira é tão alta? 
− Dificuldade de diagnostico? 
− Desconhecimento do público leigo? 
− Desconhecimento dos profissionais de saúde? 
− Acesso inadequado? 
− Limitação de recursos? 
− Processos inadequados? 
− Sepse é uma doença negligenciada? 
− Baixa percepção? 
QUANDO SUSPEITAR? 
TRIAGEM 
≥ 2 critérios com foco infeccioso devem-se suspeitar de 
sepse. 
4T: temperatura; taquicardia; taquipneia; e tantão ou 
tiquim de leucócitos. 
Temperatura ≤ 36°C ou ≥ 38°C 
Frequência Cardíaca ≥ 90 bpm 
Frequência Respiratória 
≥ 20 irpm ou PaCO2 < 32 
mmHg 
Glóbulos Brancos 
≥ 12.000 ou ≤ 4.000 
cel/mm3 ou 10% bands 
*critérios sensíveis, por exemplo paciente grande 
queimado pode apresentar esses critérios porem não estará 
necessariamente com sepse. 
q-SOFA 
Critérios menos sensíveis, porém mais especifico para 
sepse em pacientes mais graves. 
Taquipneia > 22 irpm 
Hipotensão (PAs) < 100 mmHg 
Escala de coma de 
Glasgow 
< 15 
 
SOFA – AVALIAÇÃO DE DISFUNÇÃO 
ORGÂNICA 
 
DISFUNÇÕES ORGÂNICAS 
Neurológica 
Rebaixamento do nível de 
consciência (Glasgow) 
Cardiovascular 
Hipotensão – choque 
Necessidade de 
vasopressores 
Pulmonar 
Relação PO2/FiO2 
(gasometria) 
Clínica: FR e SpO2 
Hepático 
Aumento de bilirrubinas – 
icterícia 
Renal 
Redução da diurese – 
oliguria 
Aumento da creatinina 
Hematológico 
Redução das plaquetas – 
plaquetopenia 
 
 
@anab_rs | Ana Beatriz Rodrigues Dr. Brendow Ribeiro Alencar 
3 
MANEJO 
− Tem critérios de sepse? Triagem; 
− Se sim, encaminha para a sala vermelha; 
− O médico deve ser imediatamente comunicado; 
− O médico realiza sua avaliação; 
− Confirmou a suspeita de sepse, deve-se abrir o 
pacote séptico, estabilizar o paciente e iniciar a 
antibioticoterapia na primeira hora. 
Obs.: antibiótico empírico de amplo espectro (primeira 1 
hora), conforme sitio suspeito. 
− “Dose cheia” no primeiro dia; 
− Idealmente após coletadas culturas; 
− Controle de foco infeccioso; 
− Descalonar ATB guiado pela cultura assim que 
possível. 
 
CONDUTAS A SEREM TOMADAS NA PRIMEIRA 
HORA DE IDENTIFICAÇÃO DE SEPSE E/OU 
CHOQUE SÉPTICO 
1. Mensurar Lactato (> 2 mmol/L); 
2. Coletar 2 amostras de sangue (sítios periféricos 
diferentes) para hemocultura antes de iniciar 
antibioticoterapia; 
a. Se for por suspeita de endocardite coleta 
3 amostras. 
3. Iniciar antibioticoterapia de longo espectro após 
coleta de sangue para hemocultura; 
a. Antibiótico direcionado para o foco 
infeccioso. 
4. Infundir soluções cristaloides (Soro Fisiológico à 
0,9% e/ou Ringer com Lactato) em caso de 
hipotensão ou se lactato estiver igual ou maior que 
4 mmol/L; 
a. Administrar 30ml/kg nas primeiras 3 
horas. 
5. Iniciar infusão de vasopressores caso a 
hipotensão seja refratária (resistente). Meta PAM 
≥ 65 mmHg. 
a. Droga: primeiro administrar a 
noradrenalina. Caso ainda não for capaz 
de alcançar a PAM e quando já estiver em 
uma dose maior que 0,25 mg/kg/min → 
associar a vasopressina. 
b. O corticoide (hidrocortisona 200 mg/dia – 
50 mg 6/6 horas ou infusão continua) 
deve ser associada a noradrenalina nas 
doses acima de 0,25-0,5 mg/kg/min. Com 
o intuito de diminuir a necessidade de 
vasopressor. 
KIT / PACOTE SEPSE 
Exames que devem ser solicitados: 
− Hemograma completo – leucograma, 
plaquetometria; 
− Glicose; 
− Sódio; 
− Potássio; 
− Ureia; 
− Creatinina – disfunção renal; 
− PCR quantitativa – avaliar o grau de inflamação; 
− TGO/TGO – avaliar lesão hepática; 
− Bilirrubinas totais e frações – disfunção hepática; 
− Gasometria arterial – disfunção respiratória com 
relação PO2/FiO2; 
− Atividade protrombinica / RNI – disfunção 
hepática; 
− Hemocultura de sangue periférico 1° amostra; 
− Hemocultura de sangue periférico 2° amostra. 
Existe outros exames que devem ser solicitados a partir do 
foco infeccioso. Por exemplo: 
− Foco urinário → EAS, Gram de urina, urocultura 
com antibiograma. 
− Foco neurológico → coleta do liquor. 
− Foco pulmonar → cultura de aspirado traqueal, 
raio-X de tórax. 
MEDICAÇÃO 
A escolha da terapia antimicrobiana inicial deve ser 
baseada na situação clínica do paciente, considerando foco 
primário da infecção, histórico de infecções prévias, uso 
recente de eventuais antimicrobianos e a presença de 
imunodeficiências, assim como nos fatores de risco para 
patógenos potencialmente resistentes (infecção 
nosocomial ou associada à assistência à saúde) e na 
microbiologia local. 
 
@anab_rs | Ana Beatriz Rodrigues Dr. Brendow Ribeiro Alencar 
4 
FATORES DE RISCO PARA GERMES 
MULTIRRESISTENTES 
− Uso de antibióticos nos últimos 90 dias; 
− Internação hospitalar nos últimos 90 dias; 
− Imunossuprimidos – pacientes 
oncohematológicos ou que fazem uso de 
imunossupressores; 
− Tratamento quimioterápico; 
− Insuficiência renal crônica em hemodiálise; 
− Institucionalizados oriundos de presídios ou 
asilos; 
− Presença de dispositivos invasivos.

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