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Anestesiologia Veterinária Anestesia Inalatória é a técnica de anestesia geral que se baseia na administração de fármacos anestésicos por via respiratória através da vaporização desse agente é realizada por meio da intubação orotraqueal e posteriormente pela conexão da sonda orotraqueal a um aparelho de anestesia inalatória que realizará a vaporização do agente anestésico e o lançará diretamente nos pulmões do paciente durante inspiração Depois de atingir a sua saturação nos alvéolos pulmonares, o gás anestésico alcança a corrente sanguínea e chega até o sistema nervoso central local - produz efeito desejado o processo de eliminação do gás anestésico ocorre quase que exclusivamente por via respiratória durante expiração Como é realizada a anestesia inalatória Agentes Inalatórios Éter Halotano Isoflurano Sevoflurano Desflurano Enflurano Fatores que influenciam na vaporização do anestésico: Pressão de vapor: O Isoflurano possui uma pressão de vapor de 240 mHg enquanto o Sevoflurano apresenta pressão de vapor de 160 mmHg. Logo o Isoflurano é mais facilmente vaporizado em comparação ao Sevoflurano Temperatura ambiental: a temperatura possui correlação direta com a vaporização - quanto maior a temperatura ambiente mais fácil de vaporizar Pressão barométrica: quanto menor a pressão barométrica, mais fácil será vaporizar o a gente anestésico Solubilidade para mensurar a solubilidade usa-se o coeficiente de partição sangue/gás (Cps/g) do anestésico - esse valor determina o equilíbrio entre as concentrações de anestésico no sangue e nos alvéolos quanto maior for o Cps/g do anestésico, mais anestésico será necessário administrar para atingir a saturação deste no sangue e com isso mais lenta será a indução anestésica e retorno anestésico A solubilidade está relacionada ao ponto de equilíbrio (saturação) do anestésico em cada meio biológico Mayara Carolina | Medicina Veterinária Características físico-químicas vaporização máxima do isoflurano - (240/760) x 100 = 31,6% vaporização máxima sevoflurano -(160/760) x 100 = 21% Pressão de vapor do anestésico está relacionada à capacidade de ser vaporizado - quanto maior a pressão de vapor, mais facilmente o anestésico é vaporizado Sevoflurano possui Cps/g de 0,59 Isoflurano possui Cps/g de 1.4 / 1.5 pacientes anestesiados com sevoflurano será mais rápido que os anestesiados com isoflurano Concentração Alveolar Mínima A CAM é a concentração mínima necessária para abolir a resposta motora frente a um estímulo doloroso supra máximo em 50% dos indivíduos - cada espécie animal tem um valor de CAM para cada agente anestésico quanto maior for o CAM - mais anestésico será necessário infundir no sistema para manter o paciente em anestesia Anestesiologia Veterinária Em cães o CAM do isoflurano é de 1,3 V% Em cães o CAM do Sevoflurano é de 2,3 V% logo, pacientes anestesiados com sevoflurano precisarão de mais anestésico quando comparados a cães anestesiados com isoflurano Mayara Carolina | Medicina Veterinária Mecanismo de ação atua em receptores inibitórios GABA, estimulando-os e em receptores excitatórios como os glutaminérgicos NMDA, AMPA e serotoninérgicos bloqueando-os Sistema Respiratório todos anestésicos inalatórios deprimem o trato respiratório, dose dependente. Isoflurano deprime menos que o sevoflurano planos e estágios Anestésicos pela quantidade de fármaco anestésico no cérebro pela magnitude da estimulação cirúrgica por condições subjacentes que exerçam efeitos sinérgicos como depressores do SNC a profundidade anestésica é determinada Plano I: Nesse plano cessam os movimentos voluntários mas ainda há miorrelaxamento insuficiente, manutenção dos reflexos protetores (laringotraqueal, palpebral e interdigital), possível taquicardia e taquipneia, salivação e globo ocular centralizado, com nistagmo e em midríase. Plano II: Há perda do reflexo laringotraqueal e interdigital, mas Estágio I - desperto de consciência, desde o estado de alerta até a perda de consciência Estágio II - excitação anunciada pelo movimento muscular espontâneo: paciente inconsciente mas apresenta movimentos involuntários (tosse, taquicardia, taquipneia) Estágio III - é o estágio cirúrgico, dividido em quatro planos 1. 2. reflexo palpebral e corneal presentes. Já não há taquicardia e a respiração já fica compassada, com padrão toracoabdominal. O globo ocular está rotacionado. 3. Plano III: Há perda de reflexo palpebral e corneal discreto. Há bradicardia discreta e bradpneia. Pode ocorrer hipotensão discreta. A respiração ganha padrão adbominotorácico. O globo ocular pode estar centralizado. 4. Plano IV: Considerado plano de anestesia inadequado pois o paciente já está profundo na anestesia. Há perda de todos os reflexos protetores, globo ocular centralizado e pupilas em midríase, apneia, bradicardia e hipotensão. Estágio IV - depressão extrema do SNC e parada respiratória - é o momento iminente de morte, com choque bulbar. Há sobredose anestésica, com colapso vasomotor, pupilas em midríase, apneia, bradicardia intensa, hipotensão considerável. Caracterização dos planos anestésicos Plano superficial: Animal apresenta manutenção dos reflexos protetores, miorrelaxamento insuficiente, globo ocular centralizado, em midríase, podendo apresentar nistagmo. Podem ser observadas taquicardia, hipertensão e taquipneia. A respiração tem padrão toracolombar. Plano Adequado: Animal apresenta perda de reflexos interdigital e laringotraqueal e talvez palpebral, mas o corneal está presente. O globo ocular está rotacionado e com pupilas em miose. Observa-se FC adequada, FR adequada e discreta diminuição da pressão arterial. O miorrelaxamento é adequado. Plano profundo: Animal apresenta perda de todos os reflexos protetores (interdigital, laringotraqueal, palpebral, corneal), globo ocular centralizado e em midríase, bradicardia, hipotensão, bradpneia ou até apneia.
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