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DISTÚRBIOS DO SÓDIO E DIARREIA CRÔNICA: DESIDRATAÇÃO E NATREMIA: ● Hipernatremia subestima a desidratação. ○ Aqui do lado de fora puxa a água então quando ela mostra a desidratação, vai estar bem grave já. ● Hiponatremia mostra sinais de desidratação precocemente. OSMOLARIDADE PLASMÁTICA: ● Fórmula: 2X Na + G/18 ○ O G é a glicose - normalmente ela não influencia muito, apenas quando temos uma cetoacidose ou diabetes descompensada. ○ O valor normal da osmolaridade é de 285-295 mOsm/kg ○ Na normal é de 135-145 mEq/L. Obs: Que tem mais fora da célula é o sódio, por isso que em casos de hiponatremia a desidratação se faz precoce pois o líquido também vai para dentro da célula. O que tem mais dentro da célula é o potássio. OSMORRECEPTORES NO HIPOTÁLAMO: ● Elevação da osmolaridade → secreção de ADH → Ductos coletores → retenção de água. REGULAÇÃO DO VOLUME: ● Hipovolemia: ○ Estimula a sede → secreção de ADH e conservação renal de água IMPORTANTE: ● A hipovolemia tem prioridade comparada à osmolaridade - então mesmo com o sódio mais para baixo se tem hipovolemia vai ter retenção de água após secreção de ADH e ai vai piorar essa hiponatremia pois dilui mais ainda o sódio. TIPOS DE DESIDRATAÇÃO: ● Isotônica. ● Hipotônica. ● Hipertônica. HIPOTÔNICA: ● 10-20% dos casos. ● Na < 130 mEq/L ● Ai tem a perda do líquido do extracelular (com a osmolaridade diminuída) para o intracelular. Quadro clínico: ● Sinais de desidratação acentuados. ● Choque precoce. ● Sede discreta - pois entra água na célula. ● Edema cerebral → Convulsões (em caso que entra tanta água para as células). DESIDRATAÇÃO HIPONATRÊMICA: ● Exemplo: diarreia ○ Perdas: 50 mEq/L de sódio. ○ Só que nesse caso o paciente só está repondo com água livre e isso vai acabar com que gere uma hiponatremia, pois a água vai para dentro da célula (por conta do papel do ADH). ● Temos mais risco de desidratação hiponatrêmica nas diarréias secretoras (em que temos a perda excessiva de sódio) - como na cólera. ● Prioridade do tratamento é restaurar a volemia: SF a 0,9%. ● Podemos ter alguns sintomas como: ○ Neurológicos: pois entra tanta água na célula que acaba podendo gerar convulsões, aí nesse caso fazemos: ■ Solução hipertônica com sódio a 3%. ● 1 ml/kg leva a um aumento de 1 mEq/L. ● Fazer de 4 a 6 ml/kg. PEGADINHA: ● Correção rápida do sódio - pois ai se aumenta o sódio rápido a célula desidrata muito rápido e isso mata ela : ○ Tem risco de mielinólise central pontina ○ EVITAR AUMENTOS SUPERIORES A 12 mEq/L (de variação da natremia em 24 horas). HIPERTÔNICA: ● 4-5% dos casos. ● Na > 150 mEq/L. ● LIC → LEC (excesso de sódio que faz com que puxe a água para fora). DESIDRATAÇÃO HIPERNATRÊMICA: ● EX: Diarreia. ○ Perda de 50 mEq/l de sódio - sem reposição hídrica → gera a hipernatremia. IMPORTANTE: ● QUADRO CLÍNICO NA DESIDRATAÇÃO HIPERTÔNICA: ○ TURGOR POUCO ALTERADO. ○ CHOQUE É TARDIO. ○ HIPERTONIA, HIPERREFLEXIA. ○ SEDE INTENSA. ● As manifestações clínicas são mais leves e demoradas, por isso que demoram para procurar atendimento. Complicações: ● Retração do tecido cerebral (que fica murcho) e ingurgitamento dos vasos intracranianos - causam hemorragia cerebral, trombose e efusão subdural. Tratamento: ● Prioridade na restauração da volemia - SF 0,9%. ● A correção rápida também traz risco de que a célula incha muito rápido e isso gera um edema cerebral. ● Não reduzir além de 12 mEq/L/dia o sódio. PEGADINHA: DIARREIA X ENCOPRESE ● Encoprese é quando a criança tem uma constipação grave que acaba gerando fezes endurecidas presa e aí passa fezes líquidas na lateral delas e a criança acaba manchando a roupa. ● Encoprese secundária a uma constipação grave. DIARREIA CRÔNICA: ● Investigação: ○ História + exame físico/ estado nutricional. ■ Perda de peso. ○ Exame de fezes. PEGADINHA: ● Diarreia crônica inespecífica: ○ Quando o paciente não perde peso. ○ Comum que esse paciente faça o consumo absurdo de carboidratos ● Pode ser cólon irritado também. ● Exame de fezes: ○ pH e substâncias redutoras - são bons em casos que a diarreia já teve 14 dias completos até 28 (diarreia persistente). ○ EPF - parasitológico de fezes. ■ Giardia é um exemplo que causa diarreia e tratamos ela com metronidazol. ○ Coprocultura - avaliar bactérias. ■ Podemos buscar a toxina clostridium difficile (paciente que usa muito ATB). ○ EAF - elementos anormais nas fezes (sangue, leucocitos…). ○ Sudan - buscam esteatorréia. ○ Gordura fecal em 72 horas. ○ Teste do suor - dá para ver fibrose cística (acima de 60 - então se senta e chora). ○ Anticorpos: ■ Antigliadina. ■ Antiendomísio. ■ Antitransglutaminase tecidual. ● Endoscopia digestiva - depois de ver que os anticorpos deram sugestivos para doença celíaca: ○ Biópsia intestinal. ● Estudos hormonais: ○ Polipeptídeo intestinal vasoativo. ○ Gastrina. ○ Secretina. Diagnósticos na diarreia crônica: ● Intolerância à lactose. ● Diarreia crônica inespecífica / cólon irritável - sem perda de peso. ● Com perda de peso: ○ Giardíase. ○ Doença inflamatória intestinal (Crohn / retocolite ulcerativa). ○ Fibrose cística (íleo meconial é a primeira manifestação). ○ Síndrome disabsortiva pós gastroenterite. ○ Doença celíaca; Doença inflamatória intestinal: ● A Doença de Crohn dá mais sintomas sistêmicos. Na endoscopia tem áreas boas e áreas ruins (paralelepípedo). ● Retocolite ulcerativa (doença começa a nível anorretal e vai seguindo pelo intestino só que tem uma parte que ela para e na endoscopia vemos toda a parede lesada).
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