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Gabriella R O - Clínica Cirúrgica - 7ºP PANCREATITE AGUDA: EMBRIOLOGIA: PÂNCREAS É ORIGINADO DO INTESTINO ANTERIOR. DEPOIS NA VIDA ADULTA TEM IRRIGAÇÃO DUPLA ARTÉRIA EMBRIONÁRIA -> TRONCO CELÍACO DEPOIS TEM RAMOS DA MESENTÉRICA SUPERIOR > SE DISTENDE NA ¾ SEM, DISTENSAO DORSAL MAIOR QUE VENTRAL, ROTAÇÃO DO ESTOMAGO, SÃO 2 ESTRUTURAS FRAGMENTADAS: BROTO PANCREATICO VENTRAL E DORSAL, RODA E FUSIONA ANATOMIA: • 12 a 25 cm dimensão • 60 a 170g • Dividido em 3 porções básicas • 12 a 25 cm dimensão • 60 a 170g • Dividido em 3 porções básicas PROCESSO UNCINADO: REGIÃO MAIS POSTERIOR DA CABEÇA DO PÂNCREAS, 5 PORÇÕES: CABEÇA, CORPO, CAUDA, PROCESSO UNCINADO, COLO/PESCOÇO ARTÉRIA QUE IRRIGA VEM DO TRONCO CELÍACO -> GASTRODUODENAL -> PRINCIPAL RAMO -> PANCREATICODUODENAL ARCO DE IRRIGAÇÃO - CIRCULAÇÃO COLATERAL PÂNCREAS: Glândula Mista • Endócrino: Insulina e glucagon - ILHOTAS DE LANGERHANS • Exócrino: Suco pancreático - ACINOS PANCREÁTICOS PANCREATITE DEFINIÇÃO: AUTODIGESTÃO INAPROPRIADA DO PÂNCREAS, DO SUCO PANCREÁTICO, DIGESTÃO FICA COMPROMETIDA • Doença inflamatória, não bacteriana comum, causada por ativação indevida, liberação intersticial e autodigestão do pâncreas por suas próprias enzimas digestivas, provocando edema, hemorragia, necrose pancreática e ativação da resposta inflamatória sistêmica (SIRS). ✓ Pode ou não estar acompanhado de alterações morfológicas e funcionais. CLASSIFICAÇÃO: ETIOLOGIA: ✓ Cálculos biliares (70 a 80% dos casos), OBSTRUÇÃO DO DUCTO PRINCIPAL; ✓ Etilismo; ✓ Hipercalcemia; ✓ Traumatismo; ✓ Hiperlipidemia; ✓ Medicamentos; ✓ Familiar/Hereditária; ✓ Obstrutiva; ✓ Idiopática/auto imune; ✓ Pós-operatória; ✓ Isquêmica; Manifestações Clínicas – Visão Geral: • Desde sintomas leves a graves; • Desde doença autolimitada a processo inflamatório agudo com risco de vida; • Desde ataque transitório até perda permanente da função • Lesão reversível do parênquima pancreático associada à inflamação. • Inflamação aguda caracterizada por dor abdominal súbita e elevação das enzimas pancreáticas. Doença dos trato biliar e alcoolismo: 80% dos casos nos países ocidentais. Cálculos: 35 a 60% dos casos de pancreatite aguda. 1 Homem: 3 mulheres – trato biliar; 6 Homens: 1 mulher - etilismo FISIOPATOLOGIA: • AUTODIGESTÃO INAPROPRIADA • Ativação inapropriada do tripsinogênio - ativa tripsina - começa ter digestão em local que não deve Mecanismos não estão esclarecidos: • Obstrução dos ductos pancreáticos; pode ser por cálculo, tumor, parasita • Lesão primária/direta de células acinares; pode ser por vírus (ex: covid), bactéria, parasita ou trauma (ex: cirúrgico) • Transporte intercelular defeituoso de pró-enzimas dentro das células acinares (mecanismo desconhecido, raro: via molecular que causa pancreatite) OBSTRUÇÃO DO DUCTO PANCREÁTICO: • Cálculos ou lamas biliares impactadas na região da ampola de Vater. • Elevação da pressão nos ductos intra pancreáticos. • Acúmulo intersticial de fluidos ricos em enzimas; • Lesão tecidual: Inflamação ➔ Edema Edema: Compromete fluxo sanguíneo Insuficiência vascular e lesões isquêmicas nas células acinares. DEPENDENDO DO TEMPO DE EVOLUÇÃO, ISQUEMIA, VIABILIZA OU INVIABILIZA O ÓRGÃO LESÃO PRIMÁRIA DAS CÉLULAS ACINARES: • Se inicia no interior das células acinares. • Causas: Vírus, drogas, trauma pancreático. QUADRO CLÍNICO • Geralmente após grandes refeições. • Dor, início abrupto, constante e intensa: região epigástrica, quadrante superior direto e/ou esquerdo, irradiação para dorso e/ou referida em ombros - DOR EM FAIXA. • Anorexia, náuseas e vômitos podem acompanhar a dor (90% dos casos). Casos graves: Desidratação, taquicardia, hipotensão, evolução para choque. Vômito pode levar a Síndrome de Mallory-Weiss (DIAG DIFERENCIAL, LACERAÇÃO DA MUCOSA ESOFÁGICA) • Paciente se movimento buscando posição antálgica. • Diferente do paciente com perfuração de víscera oca, que permanece imóvel. • Febre; Taquicardia, taquipneia, Hipotensão; hipovolemia -> CONFUSÃO MENTAL (PODE ESTAR CHOCADO, SÃO SINAIS DE GRAVIDADE) • Ausculta pulmonar reduzida em bases (pode ocorrer derrame pleural e/ou atelectasia). -> PROC INFLAMATÓRIO PERTO DO DIAFRAGMA, CIRCULAÇÃO LINFÁTICA DRENA • Icterícia; OBSTRUÇÃO DAS VIAS BILIARES NÃO TEM POSIÇÃO PARA DOR, NÃO PARA Pode ocorrer: • Distensão abdominal: DOLOROSO -> Íleo paralítico • Diminuição ou ausência na eliminação de gases e/ou fezes -> Íleo paralítico • Equimose Periumbilical -> Sinal de Cullen • Equimose em Flancos -> Sinal de Grey Turner POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES: • Hipovolemia; • Pseudocisto; Necrose pancreática; • Hemorragia digestiva, íleo paralítico; • Icterícia obstrutiva; Trombose de veia esplênico-porta; hemorragia. • CIVD; Choque por falência pulmonar e renal. • SARA; • IRA; • Íleo paralítico; • Choque ➔ Sepse Exames Laboratoriais • Hematócrito pode estar elevado (desidratação) ou baixo (pancreatite hemorrágica); • Leucocitose • Ureia e Creatinina podem estar elevados (desidratação); • Hipoalbuminemia; Hiperglicemia; Hipertrigliceridemia; Hipocalcemia • Hiperbilirrubinemia; PCR elevado (marcador de gravidade); • FA, GGT, ALT, AST, Gasometria AMILASE E LIPASE NÃO MARCAM GRAVIDADE, O QUE MARCA É O PCR Amilase sérica aumentada (nem sempre); Elevação na corrente sanguínea durante as primeiras 24horas. ↑6-12h e ↓3 a 5 dias; Geralmente 3x mais que o normal Lipase Elevação na corrente sanguínea dentro das próximas 72 a 96 horas seguintes. PANCREATITE AGUDA O grau de elevação não faz paralelo com a gravidade Exames de Imagem RAIO X: • Inespecífico • Revela causas associadas • Pneumonia/atelectasia de bases; pneumoperitônio; obstrução intestinal) • Íleo paralítico; Alça sentinela; Sinal do “corte do cólon” • Cólon transverso acentuadamente distendido com ar; • Ausência de gás distal à flexura esplênica devido a espasmo funcional • RAIO X – (Cut-off) > DESCENDENTE NÃO APARECE, CORTE DO CÓLON -> PANCREATITE TOMOGRAFIA: • Com contraste • Indicada para todo paciente com pancreatite aguda cuja doença não se resolver em 48 – 72h. • Preciso • Aumento focal ou difuso do pâncreas; • Realce heterogêneo com áreas de necrose não realçadas; • Bordas acentuada de coleções agudas de líquido, abscesso, pseudocisto; • Infiltração da gordura peripancreática; • Derrames pleurais, atelectasia basilar CPRE: Semanas após pancreatite – avaliar causa • Semanas após pancreatite – avaliar causa ACHADOS: • Ducto pancreático principal dilatado ou normal; • Comunicação de pseudocisto com ducto pancreático principal; • Pode revelar colédoco estreitado e afunilado com dilatação biliar pré estenótica. ULTRASSONOGRAFIA: • Realizada em escala de cinza; • Pâncreas, hipoecoico aumentado • Coleção de líquido, abscesso e/ou pseudocisto DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: • Câncer de pâncreas; • Linfoma; • Metástases; • Qualquer causa de abdome agudo do abdome superior: Colecistite; Colangite; Úlcera duodenal perfurada; Obstrução intestinal (de delgado); CRITÉRIOS DE GRAVIDADE • Ranson • Balthazar (critério tomográfico) PROGNÓSTICO • Detecção precoce com complicações • Bom • Detecção tardia com complicações • Sombrio • Necrose pancreática infectada • Mortalidade próximo a 50% TRATAMENTO: • Clínico • Redução da secreção pancreática e correção do distúrbio hidroeletrolítico; • Sonda nasogástrica, antibiótico, analgésicos, anti-inflamatórios, NPT/nutrição enteral precoce, O2. • Drenagem de pseudocistos infectados ou esfincterotomia endoscópica; • Cirurgia: Casos graves. Ex: Necrose infectada
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