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Gabriella R Oliveira - Cirurgia III - 8ºP CÂNCER DE ESTÔMAGO: corpo, fundo, cárdia, antro e piloro camada mucosa, submucosa, muscular, subserosa e serosa suprimento vascular e arterial tronco celíaco - esplénica, gástrica E, hepática comum, gástrica duodenal parte venosa segue parte arterial linfonodos 7 e 9 - gástrica esquerda e tronco celíaco mesentérica, tronco celíaco, pararrenal CA de esofago da transicao esofago-gastrica tipo 1: final do esofago, ca de esofago tipo 3: ca gástrico tipo 2: transição, dependendo da forma que é tratado, evolui bem ou mal Tumor com epicentro localizado a > 2cm da junção esofagogástrica (A) ou tumor localizado a < 2cm da junção esofagogástrica (B), mas sem acometimento dessa junção, é classificado como câncer gástrico. Tumor com epicentro localizado a < 2cm da junção esofagogástrica com acometimento dessa junção (C) é classificado como câncer de esôfago. epicentro dentro da zona 2 - ultrapassa juncao -> ca de esofago epicentro dentro da zona 2 - não ultrapassa junção → ca gástrico CA GÁSTRICO: 1 milhão de câncer e 769 mil mortes ambos os sexos: 5 causa de cancer e 4 causa de morte 4 causa de cancer e 4 causa de morte no homem 7 causa de cancer na mulher, 5 causa de morte no brasil, homem está igual mundo, mulher é 6º, piorou, no mundo era o 7º FATORES DE RISCO: homem, acima de 65 anos, mutação brca1 e brca2, síndromes hereditárias, infecção por H Pylori (alteração da homeostase gástrica, altera produção de muco, aumenta pH, reduz fator intrínseco, altera absorção de b12, anemia perniciosa), cirurgia ou manipulação gástrica, SD metabólica, obesidade, sedentarismo, tipo alimentar, alimentos embutidos, conservantes, sal, tabagismo e etilismo, países asiáticos - bebidas quentes e alimentação 90% são esporádicos, mutação genética não ligada a cromossomo sexual 10% hereditários, todos vão ter, rastrear todos, quase 100% de chance que família vai ter, tem detecção precoce Câncer Gástrico Difuso Hereditário (DGC) Critério Familiar • ≥ 2 casos de câncer gástrico na família (ao menos um tipo difuso) • ≥ 1 caso de DGC em qualquer idade e ≥ 1 caso de carcinoma lobular de mama < 70 anos. • ≥ 2 casos de carcinoma lobular mama< 50 anos. Critério individual • DGC < 50 anos • DGC em etnia Maori • DGC em lábio leporino ou fenda palatina • DGC em carcinoma lobular de mama < 70 anos • Carcinoma lobular de mama bilateral < 70 anos • Neoplasia gástrica em anel de sinete < 50 anos HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA: estagio 0: restrito so na mucosa, estagio 1: submucosa estagio 2: camada muscular estagio 3: subserosa, está na serosa estagio 4: ultrapassou a serosa a medida que avança as camadas, com a maior profundidade há comprometimento linfonodal e disseminação hematogênica, é a doença metastática FISIOPATOLOGIA: Fisiológico: - Oncogenes: regula a divisão celular; - Supressor tumoral: dá o start para a apoptose ou retardam divisão celular. - Mutação no DNA: se problema na ação dos oncogenes e supressores tumorais - Transforma-se em oncogene ou desativa supressor tumoral. → PATOLÓGICO Mutações Genéticas - Síndromes Hereditárias - Mutação adquiridas DETECÇÃO PRECOCE: - Identificar os grupos alto de risco; - Ainda assintomáticos - Rastreamento na população geral – NÃO RECOMENDADO: sem sintomas e sem história familiar QUADRO CLÍNICO: pirose, epigastralgia, náusea, vômito, hematêmese, melena, anemia, icterícia, perda de peso, dispneia, tosse crônica, dor óssea Metastático: tosse crônica, dor óssea, icterícia, dispnéia EXAMES COMPLEMENTARES: - Hemograma completo - Sangue oculto nas fezes - Hepatograma - Função renal - Raio X de tórax: imagens em alvo, balas de canhão, tratou como pneumonia e não melhorou, pensar em neoplasia metastática DIAGNÓSTICO: - Localização/Caracterização - Anatomopatológico - Classificação precoce ou avançado lesão precoce: não teve comprometimento da muscular, está na mucosa ou submucosa avançada: comprometeu muscular EDA - CLASSIFICAÇÃO MACROSCÓPICA PRECOCE: tipo 3: compromete a submucosa AVANÇADOS: CLASSIFICAÇÃO DE BORRMANN borrmann: já teve comprometimento da muscular de todos os tipos tipo 1: lesão protusa, retração visível tipo 2: lesão de centro ulcerado de bordas bem delimitadas tipo 3: lesão ulcerada, bordas elevadas mas não tão definidas tipo 4: lesão infiltrativa difusa, sem saber onde começa e termina TIPOS: - Adenocarcinoma → 90% dos tumores gástricos - Tipos raros (5% a 10%) → Tumores neuroendócrinos, GIST (estromais) e linfomas. HISTOPATOLÓGICO: jovem com ca gástrico: células difusas e nao intestinais e comportamento mais agressivo OMS: DIAGNÓSTICO: IMUNOHISTOQUÍMICA/MOLECULAR: avaliar gene mutado dos oncogenes/genes de supressão - HER 2 - E-Caderina – CDH1 - VEGF TIPOS DE LAUREN - INTESTINAL E DIFUSO SUBTIPOS MOLECULARES: EXAMES - ESTADIAMENTO: - Tomografia - Eco-endoscopia - Ressonância magnética - PET CT - Laparoscopia TOMOGRAFIA: • Avalia T, N, M Limitação para identificar T1 - o precoce, vê o avançado, lesão que já pegou muscular Não identifica MTx peritoneal (carcinomatose peritoneal) < 5mm em 20-30% ECO-EDA: • Avalia T melhor que Tomografia Limitação para identificar N: linfonodos, avalia mais os próximos ao tumor, estômago é cheio Define pacientes para ressecção endoscópica RNM: • Não é rotina Limitada para pacientes que não podem receber contraste, sensibilidade cai Acurácia semelhante à TC PET-CT: • Doença metastática Baixa acurácia para T e N: tamanho menor e número linfonodos acometidos LAPAROSCOPIA: complementação do estadiamento convencional, videolaparoscopia, cirurgia robótica, ideal é passar ótica de vídeo estágio 0: in situ, so na mucosa, nao tem linfonodo comprometido e nem metástase estagio 1: camadas superficiais, na submucosa ja pode ter metástase linfonodal 2: avançou, compromete muscular estagio 4: nao ve quantidade de linfonodos, mas tem metástase ESTADIAMENTO: M1 já é estádio 4 T1 já pode disseminar, porque tem suprimento vascular TÉCNICAS DE RESSECÇÃO DE TUMORES MALIGNOS: lesões localizadas - tto preconizado é cirúrgico curativa: tira todo tumor de primeira citorredutora: diminui carga tumoral, faz quimio e depois volta para cirurgia curativa R0: TIROU TODO TUMOR, todas células cancerígenas R1: nao conseguiu dar margem por algum motivo, ficou células, mas não vê doença macroscópica R2: ficou doença macroscópica, residual, porque talvez não foi possível tirar decisão intraoperatória TRATAMENTO: T1a: Bem diferenciados, não ulcerados e até 3,0 cm, (tumor muito superficial, inicial) linfadenectomia D1: só o azul sai D1 +: azul e amarelo D2: azul, amarelo e verde 9 e 7: tronco celíaco e gástrica esquerda subtotal: tira um pedaço do estomago e fica um remanescente, que conduz alimento, reconstrução em Y, confeccionado tubo total: tira estômago todo, mas reconstrução é igual T1b-T4: Linfadenectomia e margens >4-6 cm Figura 1: Linfonodos e sentido da drenagem linfática do estômago. Figura 2: desenho simplificado dos linfonodos removidos durante a cirurgia. Em marrom, os linfonodos removidos na linfadenectomia a D1. Em verde, os linfonodos adicionais removidos na linfadenectomia a D2, além dos marrons. CLASSIFICAÇÃO HISTOLÓGICA: CA DE CARDIA: tto: esofagectomia, tumor que invade a JEC, epicentro no esofago tumor que invade jec, epicentro só no estômago, tto: gastrectomia SOBREVIDA EM 5 ANOS: - Localizados ± 75 % - Regionais ± 35% - Avançado < 7%