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Gabriella R Oliveira - Antibioticoterapia - 7ºP FUNGOS: ➢ Eucariotos (núcleo com membrana nuclear). ➢ Habitats naturais: solo, água, ar, vegetais, animais, homem e em detritos em geral ➢ São imóveis CÉLULA FÚNGICA: MICOSES: MICOSES PRIMÁRIAS: Exemplos: • piedra negra, • piedra branca, • pitiríase versicolor (pano branco) • tinha negra PITIRÍASE VERSICOLOR: Tratamento: derivados imidazólicos • Tópico: 2 a 4 semanas • Sistêmico (lesões extensas): 2 semanas TINEA NIGRA: Tratamento: tópico • Derivados imidazólicos (2 a 4 semanas) Exemplos: • dermatofitose, • candidose, Tratamento tópico ou sistêmico (azóis, poliênicos) TINEA PEDIS: ONICOMICOSE: TINEA CRURIS: TINEA CORPORIS: CANDIDÍASE: Exemplos: • Esporotricose, • Micetoma Tratamento sistêmico (anfotericina B, azóis) ESPOROTRICOSE: MICETOMA: Exemplos: • Paracoccidioidomicose • Coccidioidomicose • Criptococose (pombo) • Histoplasmose (morcego) Tratamento sistêmico (anfotericina B, azóis) Tratamento: tópico ou sistêmico MICOSES OPORTUNÍSTICAS FATORES DE RISCO • Permanência > 4 dias em UTI, • Antibioticoterapia de largo espectro • Cirurgia abdominal • Cateterização venosa central • Nutrição parenteral total • Imunodepressão • Ventilação mecânica > 48h • Neutropenia • Quimioterapia citotóxica • Desnutrição, • Obesidade, • Diabetes, gravidez,etc ANTIFÚNGICOS: HISTÓRICO ➢ China: bolores para tratar tumores e feridas infeccionadas ➢ Pérsia: vasos de cobre e prata para armazenar água e alimentos (preservação) ➢ Egito: cobre como antisséptico em cirurgias ➢ 1.500 d.C. (indianos e maias): ingestão de mofo de pão para o tratamento de disenterias, feridas, úlceras e infecções intestinais ➢ Poucos fármacos disponíveis ✓ Principal dificuldade: Toxicidade seletiva de drogas Fungos: mesmos mecanismos de síntese de proteínas e ácidos nucleicos que animais superiores. MA: AÇÃO SISTÊMICA: Fármacos de primeira escolha na terapia antifúngica: • Anfotericina B • Azóis AÇÃO TÓPICA: Oportunistas: tratamento tópico ou sistêmico ANTIFÚNGICOS POLIÊNICOS: ➢ Produzidos por bactérias do solo (Streptomyces) ➢ Fungicidas e protozoaricidas ➢ Efeitos tóxicos limitam uso sistêmico. ➢ Principais fármacos: • Nistatina (ação tópica) • Anfotericina B (ação sistêmica) ➢ Formulações lipídicas da Anfotericina B: • Redução de RAM durante a administração • Redução da nefrotoxicidade. MA: NISTATINA (FUNGICIDINA): ➢ Antibiótico pouco solúvel em água - Não absorvida por VO - Elevada toxicidade IM e IV (hemólise, necrose, abscessos frios no local da injeção) ➢ Amplo espectro contra leveduras ➢ Indicações: candidíase superficial - Pele - Unhas - Mucosas (inclusive esofágica, intestinal e vaginal) ➢ Formas de uso na Candidíase: • Vaginal: óvulos, cremes vaginais – 1 ou 2x dia • Cutânea e periungueal, ceratite por Candida: cremes, loções, pomadas – 3x dia • Oral/esofagiana: suspensão 500.000U – 4x dia Permanecer com o medicamento na boca e bochechar por 2 – 5 min, seguido de sua deglutição ➢ RAM: ocasionalmente dermatite atópica ou diarreia e vômitos ANFOTERICINA B: ➢ Fungicida de amplo espectro ➢ Uso clínico limitado: • efeitos adversos e necessidade de aplicação IV lenta ➢ Indicações: • infecções fúngicas invasivas em imunossuprimidos, • doença disseminada em imunocompetentes • situações especiais: neuromicoses • Protozoaricida: leishmaniose, malária ➢ Contra Indicação: insuficiência renal ➢ Não possui forma de administração oral: • Não absorvida no TGI • Inativação no pH ácido estomacal ➢ Uso: IV Obrigatoriamente: infusão lenta (> 2h) Forma convencional: 3 – 6h ➢ Incompatibilidades: sais de sódio, potássio ou cálcio • Usar SG5% • Concentração ideal (diluição): 10 mg/100mL ➢ Depósitos: fígado, pulmões, baço, rins. ➢ Degradação lenta ➢ Excreção: urina e bile * Não mais comercializada no Brasil ➢ Toxicidade infusional: calafrios, febre, tremores. Amenizada pela administração prévia de: - Anti-histamínicos/corticoides - AINEs - Antitérmicos REAÇÕES ADVERSAS: ➢ Irritação endotelial vascular: flebite ➢ Infusionais: mal-estar, calafrios, cefaléia, febre. ➢ Irritação do TGI ➢ Nefrotoxicidade ➢ Neurotoxicidade: perda auditiva, convulsões ➢ Hematotoxicidade: anemia (hemólise; ↓eritropoetina) ➢ Cardiotoxicidade: hipotensão arterial, arritmias, miocardite tóxica Infusão IV rápida: morte por parada cardíaca ➢ Hepatotoxicidade: insuficiência hepática aguda, elevação de transaminases EQUINOCANDINAS: ➢ 1ª classe que age na parede celular fúngica ➢ atividade potente contra Aspergillus e contra a maioria das espécies de Candida, inclusive resistentes ao azóis. ➢ atividade mínima contra outros fungos ➢ potencial relativamente baixo nefrotoxicidade ou hepatotoxicidade ➢ interações medicamentosas importantes • Disponibilidade de uso EV METABOLIZAÇÃO INDEPENDENTE DE CYP450 - não é hepatotóxico • Dose única diária • Elevado custo Seu uso deve ser restrito a: • Pacientes com contraindicações ao uso de azóis ou de anfotericina B • Pacientes com resistência aos azóis ou à anfotericina B MECANISMO DE AÇÃO: Inibição da síntese de glicano → ↓ integridade estrutural da parede celular fúngica → instabilidade osmótica → morte celular INIBIÇÃO DA SÍNTESE DA PAREDE CELULAR FÚNGICA classe mais tolerada e segura, não temos a parede celular, toxicidade seletiva · infecções mais graves e profilaxia de candidíase - sistêmica · reação tipo histamina: prurido, rinorreia GRISEOFULVINA: ➢ Antibiótico fungistático não poliênico ➢ Espectro de ação: Trichophyton, Epidermophyton e Microsporum Sem atividade contra agentes de micoses profundas. ➢ Indicações: dermatofitoses Foi amplamente substituída pela terbinafina oral para o tratamento de onicomicose. TERBINAFINA É MELHOR, mas se não tiver usa na ONICOMICOSE ➢ Depósitos: células queratinizadas da pele, cabelo e unhas ➢ Administração VO (com alimentos) ➢ Posologia: 10 mg/kg/dia (÷ 1 ou 2 doses) Dose máxima: 1000mg ➢ Requer longa duração do tratamento (ex.: 6-12 meses contra onicomicose). Mecanismo de ação: Ruptura do fuso mitótico e inibição da mitose do fungo. impede replicação/mitose do fungo, rompe fusos → microtúbulos REAÇÕES ADVERSAS: • Cefaleia • Náusea,Vômito • Manifestações alérgicas Ocasionalmente: • Insônia • Confusão mental • Dificuldade para realizar tarefas rotineiras • Toxicidade hepática CONTRAINDICAÇÕES: gestação, insuficiência hepática AZÓIS: ➢ 1958 – primeiro azol (clotrimazol) uso tópico ➢ Posteriormente - miconazol e econazol (uso tópico) ➢ Década de 80 - cetoconazol (absorção VO) Revolução no tratamento de micoses sistêmicas, porém com muita interferência no metabolismo humano. não faz toxicidade seletiva ➢ Surgimento dos triazóis (fluconazol e itraconazol) • Menor interferência no metabolismo humano • Maior indicação para uso sistêmico ➢ Fungistáticos sintéticos. ➢ Amplo espectro de atividade antifúngica ➢ Pouca ou nenhuma nefrotoxicidade. ➢ São alguns dos antifúngicos mais utilizados **Teratogenicidade Isavuconazol - melhor, amplo espectro de ação e menor toxicidade MA: colesterol, testosterona, aldosterona, ergosterol -> é o colesterol do fungo, importante na membrana da célula fúngica, fica com espaços e interfere na permeabilidade, tem perda de conteúdo da célula * Enzimas pertencentes ao sistema citocromo p450 – síntese e degradação de ácidos graxos e esteróides endógenos nas células animais AZÓIS SISTÊMICOS: **Voriconazol: está disponível mas apenas em Hospitais credenciados *Cetoconazol: Somente a apresentação xampu 20 mg/g (2%) CETOCONAZOL ➢ Uso tópico e uso sistêmico (CAIU EM DESUSO PELOS INÚMEROS EFEITOS ADVERSOS) ➢ Maiores efeitos adversos e menor potência que os triazóis → poucas indicações atuais ➢ Indicações: Dermatomicoses e Dermatite seborreica ➢ Baixa especificidade de ação contra CYP450 fúngica: Teratogenicidade O QUE SUSPENDE/DETERMINA TEMPO DETTO: RESOLUÇÃO, MELHORA CLÍNICA FLUCONAZOL ➢ Uso oral e parenteral ➢ Elevada concentração em diversos tecidos (fígado, intestino, baço, rins, cérebro, pele, olho, vagina, secreção brônquica, saliva). Ajuste de dose na IR. ➢ Ação específica sobre o citocromo P450 fúngico ➢ Indicações principais: • Candidíase (inclusive formas invasivas e candidemia) • Dermatomicoses • Infecções fúngicas invasivas TERATOGENICIDADE ITRACONAZOL ➢ Amplo espectro de ação, semelhante ao fluconazol ➢ Atividade contra fungos patogênicos oportunistas usualmente resistentes à anfotericina B (ex: Aspergillus) ➢ Ação específica sobre o citocromo P450 fúngico ➢ No Brasil: apenas uso oral, NÃO TEM IV ➢ Indicações: micoses superficiais, micoses profundas TERATOGENICIDADE TRIAZÓIS: 2ª GERAÇÃO ➢ Opção para tratamento de: • Aspergilose invasiva • Infecções fúngicas oportunistas, especialmente em imunocomprometidos ➢ Fármacos: • Voriconazol (Vfend) – oral e parenteral • Posaconazol (Noxafil) – oral • Isavuconazônio - PRÓ-FÁRMACO/isavuconazol (Cresemba) – oral e parenteral Recomendação de monitorar os fármacos: Eficácia e segurança Dificuldade de acesso ao medicamento: tratamentos prolongados e de valor financeiro considerável!!! REAÇÕES ADVERSAS: *↓libido, impotência, ginecomastia, ↓menstruação ** Fotopsia: Borramento visual, fotofobia, manchas brilhantes e alteração na discriminação de cores CONTRA INDICAÇÕES: ➢ Gestação ➢ Amamentação ➢ Hipersensibilidade INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: VARFARINA - AUMENTA RISCO DE SANGRAMENTO AZÓIS TÓPICOS: ➢ Uso limitado às micoses superficiais (cutâneas e vaginais). ➢ Uso sistêmico inviabilizado por: - Pequena absorção oral - Elevada lipofilia - Intensa metabolização ➢ Fármacos: • Cetoconazol (em desuso) • Miconazol (Vodol, Daktarin) • Clotrimazol (Canesten) • Tioconazol (Tralen) Creme dermatológico, creme vaginal, loção, pó para uso tópico, comprimido vaginal, etc ALILAMINAS: ➢ Compostos lipossolúveis: Grande deposição em membranas biológicas (tecido adiposo e pele) ➢ Indicações: micoses superficiais cutâneas ➢ Fármaco: • Terbinafina (Lamisil) ➢ Posologia: Oral: 250 mg/dia – 2 a 4 semanas ou até 6 meses ➢ RAM (VO): náusea, plenitude gástrica, anorexia. Comprimido 125 mg e 250 mg, spray, gel, solução, creme, esmalte MA: mecanismo duplo: inibição da enzima que diminui ergosterol - morte da célula fúngica produção de subst tóxicas devido esqualeno
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