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FACULDADES METROPOLITANAS DE SÃO PAULO MEDICINA VETERINÁRIA ANA PAULA PUPPO CARLA CAMPORINI FERNANDA SPÓSITO LUCAS VENTINO 1º semestre - vespertino CICLO CELULAR E CÂNCER São Paulo 2020 FACULDADES METROPOLITANAS DE SÃO PAULO MEDICINA VETERINÁRIA ANA PAULA PUPPO CARLA CAMPORINI FERNANDA SPÓSITO LUCAS VENTINO CICLO CELULAR E CÂNCER Trabalho apresentado como atividade prática supervisionada de Processos Biológicos, para o curso de graduação de Medicina Veterinária do Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas de São Paulos. São Paulo 2020 SUMÁRIO RESUMO 5 1 CÂNCER E O CICLO CELULAR 6 2 REGULADORES DO CICLO CELULAR 7 2.1 Oncogenes 7 2.2 Genes supressores de tumor 8 2.2.1 Proteína P53 9 3 O TRATAMENTO CONTRA O CÂNCER 10 BIBLIOGRAFIA 11 RESUMO O corpo humano é formado por aproximadamente 100 trilhões de células, unidades estruturais que mantém nosso organismo em funcionamento. Diariamente estas células passam por processos que as levam à sua replicação e desenvolvimento. Este ciclo celular promove a produção de novas células, por meio da divisão de uma célula em duas que podem ter características normais, ou podem ter sofrido alguma mutação. Algumas destas mutações não apresentam um resultado significativo, mas em alguns casos elas ressurgem com anomalias ao se multiplicarem e formam o câncer. Nosso próprio organismo tem mecanismos que auxiliam na prevenção da multiplicação de células anormais, por meio de apoptose (autodestruição) ou por meio de supressores que retardam a divisão celular anormal. 4 1 CÂNCER E O CICLO CELULAR O câncer é o resultado do crescimento desordenado de células, formado a partir de uma única célula que teve o seu DNA danificado, que se multiplica de forma agressiva e rápida. As mutações que ocorrerão na sequência, e que tiveram origem da célula que apresentava deformidade, farão essa célula se multiplicar mais rápido que as demais células, e através de mitose produzirão diversas cópias dela mesma. Seus descendentes continuam o processo de proliferação com mais velocidade e acabam formando uma célula cancerosa: um tumor maligno. Existem algumas características que diferenciam as células cancerosas das células normais, principalmente, quando falamos na maneira que fazem a divisão celular. As células cancerosas possuem uma capacidade de divisão infinitamente maior se compararmos com às células normais. Fabricam seus próprios fatores de crescimento e multiplicam-se em cultura, tendo a capacidade de enganar as células vizinhas para promoverem fatores de crescimento e, desta forma, sustentá-las. Já as células normais precisam de fatores de crescimento, caso contrário não se dividirão. No organismo multicelular, o ciclo de multiplicação das células deve ser controlado para que as células formem grupos organizados e trabalhem em conjunto para manter os tecidos de forma íntegra. As células normais, por meio de mitose, fazem replicações delas mesmas, trabalhando em sistema de cooperação mútua. Sua multiplicação é interrompida através de inibição por contato. Quando detectam uma célula defeituosa, a própria célula se autodestrói, processo que tem o nome de apoptose. As células cancerosas não praticam essa inibição por contato, não executam apoptose, e continuam a divisão e proliferação de forma rápida e descontrolada, estimulando o 5 crescimento de novos vasos sanguíneos por meio de um processo chamado de angiogênese, que permite o suprimento de oxigênio e nutrientes. Essas células espalham-se pelo organismo, podendo invadir tecidos, migrar para outras partes do corpo (inclusive locais distantes de sua origem) onde produzem tumores secundários, o que chamamos de metástase. 2 REGULADORES DO CICLO CELULAR Podemos encontrar no mesmo tumor diferentes características morfológicas e moleculares entre as células. Existem diversos tipos de câncer, e cada um sofreu um tipo de mutação e apresenta um grupo de alterações genéticas. Os principais reguladores que podem sofrer mutações e contribuir para o desenvolvimento de câncer são: os positivos e os negativos. 2.1 ONCOGENES Os oncogenes são reguladores positivos, que ao serem superativados podem desencadear um câncer. Eles são originados de proto-oncogenes, genes celulares considerados normais e que ajudam as células a crescerem, que - após sofrer mutações - são transformados em oncogenes. Estes realizarão a codificação de proteínas responsáveis em promover a proliferação das células de forma desorganizada e a se tornarem uma célula cancerosa. No caso dos oncogenes não falamos em pré-disposição ao câncer e sim na própria doença. Uma célula normal é transformada em uma célula cancerosa com apenas uma cópia do oncogene, que é considerado dominante e hereditário, ao contrário dos supressores de tumor. Exemplos de mutação acontece quando há uma alteração na sequência de aminoácidos da proteína. Após sofrerem alterações no formato, a proteína fica em um estado chamado “sempre ligado”. 6 Um segundo exemplo de mutação, acontece quando uma célula ganha diversas cópias extras de um gene. Quando isso acontece ela começa a fabricar proteínas em excesso. Por fim, um outro exemplo de mutação envolve um erro na reparação do DNA que cria a possibilidade de conexão de proto-oncogene a parte de um gene diferente, ocasionando a produção de uma proteína “combo” com atividade desregulada. No caso dos oncogenes não falamos em pré-disposição ao câncer e sim a própria doença. Uma célula normal é transformada em uma célula cancerosa com apenas uma cópia do oncogene. Os oncogenes são considerados dominantes e hereditários, ao contrário dos supressores de tumor. 2.2 GENES SUPRESSORES DE TUMOR Genes supressores de tumor são basicamente genes normais que retardam a divisão celular, podendo reparar erros do DNA e indicar quando as células devem entrar em apoptose (morte celular programada). Quando esses genes não estão funcionando corretamente, as células podem começar a se dividir fora do controle, podendo ocasionar o início de um tumor. Segundo diversas pesquisas existentes, os supressores de tumor podem ser considerados um “freio de carro”, entendendo, hipoteticamente, que quando a célula se divide muito rapidamente precisa de um “freio”, da mesma forma que é utilizado em um carro. Podemos citar como exemplo a anormalidade do gene que codifica a proteína p53. 7 8 2.2.1 PROTEÍNA P53 A proteína p53, também conhecida como TP53 ou proteína de tumor, é considerada proteína guardiã do genoma, qual é atribuído um papel significativo na carcinogênese, por possuir como principal função a preservação da integridade do genoma, com papel importante no ciclo celular. Durante a divisão celular, a P53 verifica se há uma eventual ocorrência de mutações na sequência do genoma, em consequência de uma replicação defeituosa do DNA. Se houver lesões, a função da P53 é impedir que esta célula entre em processo de mitose e finalize a divisão celular, podendo agir de duas formas: a correção da mutação através da ativação da proteína ou a indução de apoptose. No caso de uma célula P53 defeituosa, a proteína não consegue dar o recado para o núcleo realizar a apoptose. As células tumorais malignas se recusam a morrer e dar lugar a outras células sadias, desobedecem às regras de convivência biológica, se reproduzem sem controle e acabam invadindo e destruindo tecidos e órgãos. 9 3 O TRATAMENTO CONTRA O CÂNCER Um dos tratamentos utilizados para o tratamento contra o câncer é a Quimioterapia, que visa destruir células cancerosas por meio de medicamentos intravenosos. 10 11 BIBLIOGRAFIA NELSON, David L. Princípios de Bioquímica. 2ª Edição. JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, José. Biologia Celular e Molecular. 7ª Edição. Khan Academy. Câncer. Disponível em: https://pt.khanacademy.org/science/biology/cellular-molecular-biology/stem-cells-and-cancer/ v/cancer. Biologia Net. Ciclo Celular. Disponível em: https://www.biologianet.com/biologia-celular/ciclo-celular.htm.Revista Mineira de Enfermagem. Quimioterapia antineoplásica: revisão da literatura. Disponível em: www.reme.org.br/exportar-pdf/847/v3n1a11.pdf. Instituto Nacional de Câncer. O que é câncer? Disponível em: https://www.inca.gov.br/o-que-e-cancer. Instituto Oncoguia. http://www.oncoguia.org.br/conteudo/oncogenes-e-genes-supressores-do-tumor. 12 https://www.biologianet.com/biologia-celular/ciclo-celular.htm
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