Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MOVIMENTOS MANDIBULARES Atividades tridimensionais de rotação e translação inter- relacionadas, em ambas as ATMs, logo eles vão acontecer nas duas articulações juntas, com ressalva ao movimento de lateralidade. Esses movimentos do côndilo pode ser ao redor dele mesmo – rotação - ou ao redor de outro corpo – translação. ROTAÇÃO Quando ocorre o movimento ao longo do mesmo eixo. - Movimento de abertura e fechamento em torno de um ponto fixo. - Uma abertura mínima em torno de 2cm de separação entre os incisivos superiores e inferiores. - Ocorre na cavidade inferior da ATM – É o movimento entre a superfície superior do côndilo e a superfície inferior do disco articular. TRANSLAÇÃO Chamamos de abertura máxima. - Dentes, côndilos e ramos se movem na mesma direção, extensão e velocidade (4-6cm). - No sistema mastigatório ele ocorre quando a mandíbula move-se para baixo e para frente. - Ocorre dentro da cavidade superior da articulação, entre a superfície superior do disco articular e a superfície inferior da fossa articular (entre o complexo côndilo-disco e fossa articular). O processo de rotação é o disco contra o côndilo, já a translação tem um movimento conjunto do côndilo e do disco contra a fossa articular. Na figura A podemos ver a rotação. Já na figura C, temos o movimento de translação, onde o côndilo e o disco estão contra a iminência articular. ABERTURA E FECHAMENTO Aqui temos o movimento de rotação – de 20 a 25mm - e translação – 40 a 60mm, o que chamamos de abertura máxima. Na figura 1, o paciente está em MIH, na figura 2 em abertura mínima, onde podemos comparar e perceber que o côndilo praticamente não saiu da sua posição. E por fim, na figura 3, temos o movimento de translação, que é a abertura máxima. MOVIMENTO DE PROTRUSÃO Ocorre o movimento a partir do Pterigoide lateral, masseter, pterigoide medial, quando a mandíbula move-se para frente a partir da posição de ORC ou MIH. Nesse movimento, as faces palatinas dos dentes anteriores superiores ficam contra o bordo incisal dos anteriores inferiores. No final do movimento não temos o contato dos posteriores. MOVIMENTO DE LATERALIDADE Aqui é feito, principalmente, pela contração do Pterigoide Lateral. Ele é guiado pelo canino, onde temos o lado de trabalho – para onde está se deslocando – e o lado de balanceio – é o lado oposto. Exemplo: O canino guia o movimento para o lado direito, logo ele será o lado de trabalho e o lado esquerdo será de balanceio ou de não trabalho. No lado de trabalho, o côndilo está contra o disco, fazendo apenas o movimento de rotação. Já no lado de balanceio, o esquerdo, ocorre a translação e a rotação em conjunto. Os dentes do lado de não trabalho, ao final do movimento não se tocam. GUIA CANINO – pois esse dente está em uma posição estratégica em relação a articulação. Por exemplo, se fosse um molar, iria sobrecarregar demais a ATM. Além da anatomia do dente molar ser mais robusta, logo ele é propicio para absorver movimentos no sentido vertical. Assim como os dentes anteriores são feitos para absorverem forças no sentido horizontal. Mas por que o canino? Pois é um dente mais robusto que os incisivos e está mais inserido do osso. Quando ocorre a desoclusão pelos caninos, chamamos de guia canino. Agora, se no seu movimento de lateralidade, percebe que o seu canino toca no seu pré-molar, mas você não sente dor, não tem nenhuma patologia, a oclusão se tornou fisiológica e assim dizemos que a Guia canino está sendo uma função parcial em grupo e não apenas o canino está participando. Função total em grupo – envolve canino, pré’s e molar. Função parcial em grupo – envolve canino e pré. Devemos seguir uma ordem, não pode ser um contato no canino e no molar, sem haver contato no pré também, se não houver essa ordem é porque nós temos uma interferência oclusal. Para isso temos que ajustar os contatos desses dentes, para que tenhamos um guia canino, uma função total ou parcial em grupo. INTERFERENCIA OCLUSAL X CONTATO PREMATURO Em um movimento de protrusão ou lateralidade, quando há um contato que não deveria ter, isso é interferência oclusal, já no movimento vertical, de abrir e fechar a boca, que temos o contato prematuro. Esses movimentos mandibulares podem ser avaliados nesses três planos. Com esses três planos conseguimos avaliar os limites desse movimento. Não conseguimos avaliar o caminho todo desse movimento, mas conseguimos avaliar o limite, o ponto final desse movimento. Esse é chamado de: MOVIMENTOS MANDIBULARES BORDEJANTE Os movimentos Intrabordejantes, são os que ficam no centro do limite, como quando estamos falando, comendo, deglutindo. Mas quando usamos o nosso limite, como abertura máxima, protrusão máxima, lateralidade máxima são os movimentos Bordejantes. PLANO SAGITAL No plano sagital (dividido ao meio), quando nosso paciente está de lado. Podemos ver os movimentos de abertura, protrusão, fechamento e retrusão. Mas o movimento de lateralidade não conseguimos ver, pois este movimento sai do plano. Gráfico de Posselt 1-2 O movimento de RC é um movimento de retrusão em relação a MIH, logo podemos perceber esse movimento nesse plano sagital. 2-3 Após a RC, pedimos para o paciente abrir a boca, com uma abertura mínima, ocorrendo uma rotação. 3-4 Após a abertura mínima, pedimos para aumentar a abertura para a máxima. Esse movimento de translação. 4-5 Após isso, pedimos para o paciente elevar a mandíbula, o máximo para frente possível, logo é uma protrusão total com elevação concomitante. 6 Finalização da protrusão. O importante de saber aqui é do ponto 6, conseguimos ir para o ponto 1. Quando estamos em uma protrusão máxima e é solicitado que retorne à posição de MIH. “Essa gota”, no ponto 1, seria o movimento de mastigação, que é o movimento intrabordejante. Um paciente pode ter diferentes tamanhos desses movimentos intrabordejantes, por exemplo, a depender do alimento essa gota vai ser menor ou maior. O que não se pode acontecer é durante a mastigação usar a abertura máxima, o que pode acarretar em dores na ATM. PLANO FRONTAL Quando nosso paciente está localizado frontalmente. Aqui podemos visualizar os movimentos de abertura, fechamento, lateralidade direita e esquerda. Aqui é para analisarmos se os dois lados estão iguais. 1 e 3 – Movimento bordejante lateral superior 2 e 4 – Movimento bordejante lateral esquerdo/direito PLANO HORIZONTAL Vizualização de cima. Podemos ver Lateralidade direita, esquerda, protrusão e retrusão. O arco gótico é um traçado da trajetória mandibular no Plano Horizontal. Para traçar o arco gótico pegamos uma placa de registro presa aos dentes/arcada superior e uma pua inscritos na arcada inferior. Ao movimentar a mandíbula, a pua traçará linhas na placa de registro. Facilita o exame dos movimentos mandibulares do paciente no plano horizontal. Uma forma de avaliar os movimentos mandibulares do paciente e avaliar se eles são iguais do mesmo lado. O paciente sai de RC e vai para o lado esquerdo (1); O paciente sai de RC e vai para o lado direito (3); O paciente sai de RC e vai para o lado esquerdo com protrusão (2); O paciente sai de RC e vai para o lado esquerdo com protrusão (4); A depender do nível de abertura do paciente, o arco gótico será maior ou menor, quanto mais próximo da boca maior o arco gótico, quanto mais distante, menor será. Juntando esses três planos, nós temos uma figura tridimensional.
Compartilhar