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ERUPÇÃO E ESFOLIAÇÃO DENTÁRIA O processo de erupção dentaria diz respeito ao trajeto que a unidade dentaria percorre do local do nascimento (cripta óssea) até atingir o plano oclusal em função. A esfoliação dentaria diz respeito a reabsorção do dente desde o ápice radicular até ficar só a coroa e esta sofrer uma leve reabsorção e o dente esfoliar, ou seja, cair. Ocorre apenas na dentição decídua. A esfoliação ocorre para permitir que o dente permanente substitua o dente decíduo, o processo de erupção do dente permanente ocorre em paralelo da esfoliação do dente decíduo. O processo de erupção começa antes do dente aparecer na cavidade, inicia-se ainda na fase gestacional, no momento final de fase de campanula e inicio da fase de coroa inicia a fase de erupção. Quando o dente aparece na cavidade oral, já é a fase final da erupção. FASES: PRÉ-ERUPTIVA ERUPTIVA (Intraóssea; penetração na mucosa; pré-oclusal). PÓS-OCLUSAL ou PÓS-ERUPTIVA A fase pré-eruptiva tem início na fase de coroa, quando o germe dentário é todo circundado pela cripta óssea. Nessa fase há a deposição de dentina e deposição de esmalte, quando começa essa deposição esse dente, que só tem coroa, começa a crescer. Esse crescimento faz com que esse germe dentário se movimente, ainda que pouco, dentro da cripta óssea e esse movimento acaba ativando alguns osteoclastos que vão reabsorver a cripta óssea. Essa acomodação que o dente vai tendo dentro da cripta, de forma que essa cripta vai se ampliando. Aqui inicia-se a fase eruptiva, pois começa uma deslocação no sentido oclusal. Logo, a erupção, propriamente dita, inicia-se quando há o deslocamento do dente em direção oclusal. Quando o teto da cripta óssea é reabsorvido significativamente, de forma que quando esse teto é reabsorvido completamente, cria-se uma VIA ERUPTIVA, pois o dente não vai mais encontrar uma resistência, onde antes tinha um tecido ósseo, agora tem um tecido conjuntivo e tecido epitelial. Essa fase é a intraóssea, pois o teto é reabsorvido de tal forma que desaparece, e tem o inicio da formação da raiz. Essa formação da raiz garante ao dente uma força em direção oclusal, uma vez que a raiz não consegue adentrar o osso basal e deve crescer em direção a via eruptiva. A fase intraóssea é um processo lento e após ela vem a fase de penetração na mucosa, pois já não há a cripta óssea e sim tecido conjuntivo da mucosa oral (lâmina própria) e epitélio de revestimento. A fase de penetração mucosa é uma fase rápida, caracterizada pela degradação do tecido mole. Tem uma característica clinica que observa-se nas crianças, antes do dente adentrar a cavidade oral, o dente vai subindo e pressionando todo esse tecido mole, essa pressão também afeta os vasos linfáticos, vaso sanguíneos, nervos, dessa forma a criança sente um incomodo na gengiva, uma agonia, coceira e a criança fica irritada, não dorme direito. Uma forma que se tem de aliviar essa sensação é dar um mordedor. Outro evento clinico associado a essa degradação da mucosa, é o seguinte, como o dente está recoberto pelo epitélio reduzido do órgão do esmalte, esse epitélio vai se invaginando e se junta com o epitélio oral, formando o epitélio juncional (periodonto de proteção), nesse momento de rompimento de epitélio reduzido, há a liberação de algumas imunoglobulinas, como a IgE, e essa está associada a febre, por isso além do incômodo, as crianças podem se apresentar febris. Mas nem sempre essa febre é desencadeada por isso, como a criança está com aquela sensação de irritação, a criança pode colocar objetos sujos na boca para tentar aliviar aquela agonia e acabar contraindo uma virose. Deve-se estar atento. AQUI O DENTE ERUPCIONOU, MAS AINDA NÃO ATINGIU O PLANO OCLUSAL. TAMBÉM É UMA FASE RÁPIDA. FATORES QUE INFLUENCIAM A VELOCIDADE DO DENTE NA FASE PRÉ-OCLUSAL Forças musculares Hábitos – sucção Protusão da língua Crescimento craniofacial FATORES QUE OCORREM NA FASE PÓS- OCLUSAL Amadurecimento das estruturas de suporte Osso alveolar mais espesso Ligamento estruturado Cemento espesso Esses fatores ocorrem durante a vida adulta, por uma reestruturação devido a um trauma ou um amadurecimento das estruturas de suporte, fazem com que o dente sofra uma acomodação no alvéolo, mas são movimentos discretos. FATORES QUE INFLUENCIAM A ERUPÇAO DO DENTE Crescimento da raiz Remodelação do osso da cripta (crescimento craniofacial) Formação do Ligamento Periodontal Folículo dentário + Retículo estrelado – interação entre o ectomesênquima e o epitélio, faz com que o reticulo estrelado vai liberar fatores de crescimento como a interleucina, TGF-β, o que vai estimular as células do folículo dentário a liberarem outros fatores proteicos que vão atrair para essa região osteoclastos. Além disso, os fatores de crescimentos produzidos pelo folículo, atraiam também MMPs, que irão degradar matriz extracelular de TCPD e de tecido ósseo, o que favorece a erupção dentária. REABSORÇÃO E ESFOLIAÇÃO DOS DENTES DECÍDUOS À medida que a raiz do dente permanente vai crescendo esta vai pressionando a raiz do dente decíduo em direção oclusal, essa pressão que este exerce, ativa osteoclastos que irão reabsorver a raiz do dente decíduo até não ter mais raiz e restar a coroa, assim o dente esfolia, fica mole. Paralelo que os fatores da erupção dentária atuam vai ocorrer o processo de esfoliação dos dentes decíduos. ODONTOCLASTOS – células clásticas, gigantes e nucleadas, que reabsorvem tecidos dentários (dentina e cemento). Os que reabsorvem o cemento, são os cementoclastos. Fatores desencadeantes para a esfoliação e reabsorção: Erupção do permanente Crescimento craniofacial Ação dos músculos da mastigação Forças oclusais A POLPA NÃO SOFRE REABSORÇÃO, ACREDITA- SE QUE ESTA SOFRA APOPTOSE. A erupção dentária é um processo complexo, que ocorre destruição e formação dos tecidos. DESTRUIÇÃO → Tecido conjuntivo; osso; tecido epitelial FORMAÇÃO → Osso, Ligamento periodontal, raiz. Esses eventos ocorrem de forma equilibrada, caso ocorra mais um que outro irá ocorrer uma alteração da normalidade. Para que esse equilíbrio ocorra há moléculas que controlam atividades de destruição e formação, as proteínas que são liberadas por células de tecido conjuntivo e células do tecido epitelial.
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