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Química Analítica 1 Prof.Dr. Wander Gustavo Botero 1-Introdução a Química Analítica, soluções, concentracões Principais livros de Química Analítica Investigação Analítica Problema Amostra Método Química Analítica vTrês componentes de uma investigação analítica Referencia: Betteridge, D., Anal. Chem., 48(1976)1034A Processo Analítico Problema Objeto de Investigação Ruídos & Erros Amostra Porção de medida Valores obtidos Resultados Analíticos Informações Químicas Interpretação Caracterização, ClassificaçãoAmostragem Estratégias de Amostragem Preparação Medida A ná lis e de d ad os Avaliação Analise Química e Química Analítica RESUMO c Química Analítica: assemelha-se a estratégia. “Está preocupado com o aspecto geral e mais abrangente da análise”. c Análise Química: assemelha-se a tática. “Está preocupado com o aspecto mais específico da análise”. Divisão da Química Analítica } A) Química Analítica Qualitativa } - Separar e identificar os elementos presentes em amostras fazendo uso de fundamentos básicos da Química Analítica. } B) Química Analítica Quantitativa } - Quantificar os elementos presentes em amostras fazendo uso de fundamentos básicos da Química Analítica. - Método clássico ou estequiométrico: Gravimetria e Volumetria. - Método instrumental ou não estequiométrico Análise Qualitativa ØNa Análise Qualitativa uma reação é capaz de prover informações sobre o que é e a estimativa de quantidade de um constituinte na amostra em estudo. ØNos procedimentos utilizados em análise química qualitativa, os elementos ou íons, para serem detectados, são geralmente convertidos para compostos que apresentam alguma propriedade física ou química específica, tais como Cor, Baixa Solubilidade, Reações Características durante a formação ou decomposição, etc. ØA mudança química envolvida e conhecida como Reação Analítica, e a substância responsável por esta mudança é chamada Reagente Analítico. Análise Qualitativa Principais funções do reagente analítico: ü Isolar uma espécie ü Reagir com a espécie ou alterar a espécie de modo que o processo da reação ou o produto da reação possa ser detectado ou medido ü Prover um indicador ü Produzir o ambiente químico adequado durante a análise Antes do equilíbrio vamos ver o que é mais importante 9 soluções mol Concentração Reagente limitante Reações químicas Massa molar Química Analítica: reações químicas em solução aquosa (ensaios por via úmida). Química Analítica: princípios gerais Imagem disponível em: https://kasvi.com.br/preparo-de-solucoes-laboratorio- concentracao-fator-diluicao-seriada/ Quantidade Física Nome da Unidade Abreviatura Massa Quilograma kg Comprimento Metro m Tempo Segundo s Temperatura Kelvin K Quantidade de Substância Mol mol Corrente Elétrica Ampère A Intensidade Luminosa Candela cd Tabela 1. Unidades básicas do Sistema Internacional (SI) Soluções: uma breve revisão 1. Unidades do sistema internacional (SI) 2. Prefixos importantes Prefixo Abreviatura Multiplicador Tera- T 1012 Giga- G 109 Mega- M 106 Kilo- k 103 Hecto- h 102 Deca- da 101 Deci- d 10-1 Centi- c 10-2 Mili- m 10-3 Micro- µ 10-6 Nano- n 10-9 Pico- p 10-12 Femto- f 10-15 3. Definição de soluções Mistura homogênea (2 ou mais substâncias constituindo uma única fase): apresenta o soluto e o solvente. Soluto: substância dissolvida em um solvente para formar uma solução Solvente: meio no qual um soluto é dissolvido para formar uma solução Solução aquosa: água é o solvente da solução (solvente universal) 4. Concentração de soluções Qual a melhor forma de expressar a concentração de um determinado analito em uma dada amostra?? Definição: concentração informa a quantidade de soluto contida em um determinado volume, ou em uma determinada massa, de solução ou de solvente. HSO3- 0,6 mg 6,0x10-4 g 3,7x10-6 mol 3,0 g / 100 g de acerola 3000 mg /100 g 3,0% (m/m) /100 g 0,016 mol /100 g 25 mg L-1 0,025 g L-1 2,5x10-3% (m/v) 3,1x10-4 mol L-1 Alguns parâmetros a se considerar: Intervalo de concentração Legislação Tipo de cliente a qual a informação é direcionada Adequação de unidades de concentração 4. Concentração de soluções – Tipos de concentração 4.1. Concentração comum (g L-1) Concentração comum de uma solução contendo uma espécies química X é dada pelo número de gramas da espécie que está contida em 1 L de solução. m: massa do soluto em gramas V: volume da solução em Litros Unidade: g L-1 C8H9O2 151,16 g mol-1 Calcule a concentração em g L-1 de glicose em 300 mL de água de coco. Considere que existem 150 mg de glicose neste volume. Caso a concentração de glicose fosse de 2,5x10-3 mol L-1 em 300 mL de água de coco. Calcule a concentração de glicose em g L-1. C mC = V 4. Concentração de soluções – Tipos de concentração 4.2. Concentração molar (mol L-1) Concentração molar (CM) de uma solução contendo a espécies química X é dada pelo número de mols dessa espécie que está contida em 1 L de solução. n: número de mols do soluto (mol) V: Volume da solução em Litros (L) Unidade: Mol L-1 Para cada 200 mL de um refrigerante de cola estão presentes 19 mg de cafeína (194,2 g mol-1). Calcule a concentração em mol L-1 de cafeína no refrigerante. M nC = V 4. Concentração de soluções – Tipos de concentração 4.3. Concentração molal ou molalidade (mol kg-1) ATENÇÃO: Este tipo de concentração não possui influência de temperatura. Concentração Molal ou Molalidade se refere ao número de mols do soluto presente em uma determinada massa do solvente expressa em kilogramas. n: número de mols do soluto (mol) m: Massa do solvente em kg (kg) Unidade: Mol kg-1 4. Concentração de soluções – Tipos de concentração 4.4. Concentração porcentual (Título) Calcule a concentração em percentual de gordura total (3 g) em uma barra de chocolate de 150 g. Calcule a concentração em percentual de etanol (4,6 mL) em uma garrafa de cerveja de 600 mL. Calcule a concentração em percentual de NaCl (0,45 g) em 500 mL de soro fisiológico. s (m/m) sol mC = x100% m s (m/v) sol mC = x100% V s (v/v) sol VC = x100% V - massa/massa: - massa/volume: - volume/volume: Massa do soluto em gramas por massa em gramas de solução: Massa do soluto em gramas por volume em mL de solução: Volume do soluto em mL por volume em mL de solução: } O porcentual em massa é freqüentemente empregado para expressar a concentração de reagentes aquosos comerciais. Por exemplo, o ácido nítrico é vendido como uma solução a 65% (m/m), o que significa que o reagente contém 65 g de HNO3 por 100 g de solução. Porcentual em massa (m/m) = 4. Concentração de soluções – Tipos de concentração 4.4. Concentração porcentual (Título) - massa/massa: 4. Concentração de soluções – Tipos de concentração 4.4. Concentração porcentual (Título) - massa/volume: } O porcentual em massa/volume é geralmente empregado para indicar a composição de soluções aquosas diluídas de reagentes sólidos. Por exemplo, o nitrato de prata a 5% aquoso normalmente refere-se a uma solução preparada pela diluição de 5,0 g de nitrato de prata em água suficiente para perfazer 100 mL de solução. Porcentual em massa/volume (m/v) = 4. Concentração de soluções – Tipos de concentração 4.4. Concentração porcentual (Título) - volume/volume: } O porcentual em volume é comumente utilizado para especificar a concentração de um soluto preparado pela diluição de um composto líquido puro em outro líquido. Por exemplo, uma solução aquosa de metanol a 5% descreve geralmente uma solução preparada pela diluição de 5,0 mL de metanol em água suficiente para perfazer 100 mL. Porcentual em volume (v/v) = 4. Concentração de soluções – Tipos de concentração 4.5. Densidade ou massa específica Refere-se a relação entre massa da solução e volume da solução: 4. Concentração de soluções – Tipos de concentração 4.6. Unidade de composição ppm: representa massa em gramas de uma substância por milhão de gramas de solução (relação na ordemde 10-6) **mg L-1; mg kg-1; µg g-1 ** Considerando a densidade de soluções aquosas de 1,0 g mL-1 ppb: representa massa em gramas de uma substância por bilhão de gramas de solução (relação na ordem de 10-9) **µg L-1; µg kg-1; ng g-1 ** Considerando a densidade de soluções aquosas de 1,0 g mL-1 } Para soluções muito diluídas, uma maneira conveniente de expressar a concentração é em partes por milhão (ppm) ou partes por bilhão (ppb). Uma regra útil para o cálculo envolvendo partes por milhão consiste em lembrar que para soluções aquosas diluídas, cujas densidades são aproximadamente 1,00 g mL-1, 1 ppm = 1,00 mg L-1. Isto é: Unidades de composição: ppm e ppb mg L-1 é sempre equivalente a ppm (µg g-1) e µg L-1 é sempre equivalente a ppb (ng g-1) ??? Será que isso sempre é válido?????) Imagem disponível em: https://kasvi.com.br/preparo-de-solucoes-laboratorio- concentracao-fator-diluicao-seriada/ 5. Diluição Prática comum em química analítica: preparar solução estoque e a partir dela diluir até chegar a concentração desejada. n1 = n2 C1xV1 = C2xV2 2 1 1 2 V CFD = ou V C 6. Estequiometria de reações Estequiometria: palavra se origina do grego stoicheon (elemento) e metria (medida) Definição: informação sobre a relação quantitativa entre quantidades molares de reagentes consumidos e produtos formados na equação química balanceada da reação A Estequiometria de uma reação é a relação entre o número de mols de reagentes e produtos especificada por uma equação balanceada. ou seja } Uma equação química balanceada fornece as razões de combinação, ou estequiometria – em unidades de mols – de reagentes e seus produtos. } Assim a equação 2NaI(aq) + Pb(NO3)2 ↔ PbI2(s) + 2NaNO3(aq) } Indica que 2 mols de iodeto de sódio aquoso se combinam com 1 mol de nitrato de chumbo aquoso para produzir um mol de iodeto de chumbo sólido e 2 mols de nitrato de sódio aquoso. 6. Estequiometria de reações Reação Química Representada por Equação química Coeficientes estequiométricos Proporção entre os participantes da reação na qual há que expressam Quantidade de matéria (mol) essa proporção envolve Os cálculos desse tipo constituem um processo de três etapas: (1) Transformação da massa conhecida de uma substância, em gramas, para o correspondente número de mols; (2) multiplicação por um fator que considera a estequiometria; (3) nova conversão dos dados em mols para a unidade métrica requerida para a resposta. 7. Cálculos estequiométricos EXEMPLO (a) Qual a massa de AgNO3 (169,9 g mol-1) necessária para converter 2,33 g de Na2CO3(106,0 g mol-1) para AgCO3 (b) Qual a massa de Ag2CO3 (275,7 g mol-1) que será formada? Equação: Na2CO3(aq) + 2AgNO3(aq) Ag2CO3(s) + 2NaNO3(aq) Resolução: (a) ETAPA 1 ETAPA 2 – A equação balanceada mostra que ETAPA 3 (b) Referências 1. Baccan, N.; de Andrade, J.C.; Godinho, O.E.S.; Barone, J.S., Química Analítica Quantitativa Elementar, 3a edição (3a reimpressão), Editora Edgard Blücher, São Paulo, 2005. 2. Harris, D.C., Análise Química Quantitativa, 6a Edição, LTC Editora, Rio de Janeiro, RJ, 2005. 3. Skoog, D.A.; West, D.M.; Holler F.J.; Crouch, S.R., Fundamentos de Química Analítica, Tradução da 8a edição Norte-Americana, Thomson Learning, São Paulo, 2006. 4. Vogel, Arthur Israel . Analise inorgânica quantitativa. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1981. 690 p. 5. Vogel, Arthur Israel, 1905-. Química analítica qualitativa. 5 ed. São Paulo: Mestre Jou, 1981. 665 p. Bibliografia complementar: - Harris, D.C., Explorando a Química Analítica, 4a Edição, LTC Editora, Rio de Janeiro, RJ, 2011. - Hage, D. S.; Carr, J. D. – Química Analítica e Análise Quantitativa – Pearson
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