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Vitória Dias de Souza Huincands 6607933 A1 Arte e Cultura Latino-Americana As civilizações pré-colombianas, como os Incas, Maias e Astecas, deixaram uma rica herança iconográfica que espelha suas crenças religiosas, estruturas sociais e sistemas políticos. Essas características iconográficas continuam a ser uma fonte de inspiração e conexão com várias formas contemporâneas de expressão, inclusive no Brasil. Um aspecto notável da iconografia dessas civilizações é o uso frequente de símbolos geométricos e intricados padrões. Essas interações culturais eram comuns na América pré-colombiana. Por exemplo, os Maias mantinham uma extensa rede de comércio que os conectava a várias culturas mesoamericanas, permitindo a disseminação de estilos artísticos e iconográficos. Além disso, o sincretismo religioso era uma prática frequente, onde diferentes crenças e deidades eram incorporadas umas às outras, levando a representações iconográficas híbridas. Os Astecas, por exemplo, incorporaram deidades e elementos da religião tolteca em sua própria mitologia e iconografia. Após a chegada dos europeus, houve uma fusão de estilos arquitetônicos e artísticos. Elementos da arquitetura Inca, como a construção em pedra, podem ser vistos em igrejas coloniais na região andina. Da mesma forma, muitas cidades da América Latina têm praças centrais que seguem o layout das cidades astecas. No Brasil, especialmente nas regiões Norte e Centro-Oeste, onde há maior influência das culturas ameríndias, podemos encontrar resquícios dessas iconografias em elementos arquitetônicos, artesanato e até mesmo em manifestações religiosas. Por exemplo, a cerâmica marajoara, originária da Ilha de Marajó, possui padrões geométricos e representações de animais, que lembram as tradições pré-colombianas. Além disso, a influência das civilizações pré-colombianas pode ser observada nas relações entre diferentes etnias, povos e costumes. Muitas vezes, elementos da iconografia pré-colombiana foram incorporados às culturas locais, criando hibridismos culturais interessantes. No Brasil, a miscigenação entre indígenas, africanos e europeus também gerou uma diversidade de expressões culturais que podem estar ligadas, de certa forma, a essas influências. Muitas festas e celebrações regionais nas Américas têm raízes nas tradições pré-colombianas. O Dia dos Mortos no México é um exemplo, sendo uma fusão de práticas indígenas e católicas, incorporando elementos iconográficos como a caveira calavera. Por fim, artistas contemporâneos das Américas frequentemente incorporam elementos iconográficos das culturas pré-colombianas em suas obras, tanto como homenagem quanto para refletir sobre questões de identidade cultural e herança. Quanto à arquitetura, embora o Brasil não possua construções diretamente relacionadas às civilizações pré-colombianas, é possível notar influências em algumas estruturas contemporâneas. Um exemplo notável é a arquitetura modernista brasileira, cujos principais expoentes incluem Oscar Niemeyer. Nessa corrente arquitetônica, observamos a exploração de formas curvas e orgânicas que podem ser associadas a certos elementos da iconografia pré- colombiana. Em resumo, as civilizações pré-colombianas legaram um patrimônio cultural profundo e duradouro que perdura e vem a influenciar até hoje a vida cotidiana e as manifestações culturais nas Américas. Esse legado cultural transparece em diversos campos, como na arquitetura, na culinária, na religião e na expressão artística contemporânea. Tais influências representam oportunidades significativas para contemplar nossa herança cultural coletiva e aprofundar nossa compreensão da diversidade cultural que enriquece as Américas.