Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PDF exclusivo para Davi Eustáquio Prata e Souza - daviprata@gmail.com daviprata@gmail.com Storytelling Página 1 SUMÁRIO 4 STORYTELLING .................................................................................................... 3 4.1 Objetivos ............................................................................................................. 4 4.2 Aplicabilidade ...................................................................................................... 5 4.4 Ingredientes básicos de uma boa história ........................................................... 7 4.4.1 Como contar uma história ................................................................................ 7 4.4.1.1 Três atos: a “Fórmula de Hollywood” ............................................................. 8 4.4.1.2 Monomito ou “Jornada do Herói” ................................................................... 8 4.4.1.3 Quebrando as regras ..................................................................................... 12 4.5 Erros na utilização do storytelling ........................................................................ 13 4.6 A arte de se escrever um bom roteiro ................................................................. 14 4.6.1 Linguagem e recursos ...................................................................................... 15 4.6.2 Na arte de contar uma história, nem tudo é regra! ........................................... 19 4.6.3 Dicas para colocar a mão na massa ................................................................ 21 4.7 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 23 ATIVIDADE PRÁTICA – STORYTELLING ................................................................ 24 QUESTÕES PARA DISCUSSÃO .............................................................................. 24 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 25 PDF exclusivo para Davi Eustáquio Prata e Souza - daviprata@gmail.com daviprata@gmail.com Storytelling Página 2 LISTA DE FIGURAS Figura 4.1 – Exemplo de Storyteller .......................................................................... 4 Figura 4.2 – Analogia a histórias contadas oralmente ............................................... 5 Figura 4.3 – Histórias de padaria ............................................................................. 6 Figura 4.4 – Jornada do Herói .................................................................................. 9 Figura 4.5– O modelo da jornada do Herói ............................................................... 12 Figura 4.6 – Era uma vez... ....................................................................................... 14 Figura 4.7 – Livros da série “Harry Potter” ................................................................ 16 Figura 4.8– Metáfora comparando trabalhadores a ovelhas ..................................... 17 Figura 4.9– Simba entendendo suas obrigações ...................................................... 18 Figura 4.10 – Eu, Robô ............................................................................................. 20 Figura 4.11 – Divertida Mente ................................................................................... 21 PDF exclusivo para Davi Eustáquio Prata e Souza - daviprata@gmail.com daviprata@gmail.com Storytelling Página 3 4 STORYTELLING Storytelling é um termo da língua inglesa que define a atividade social e cultural de compartilhar histórias. A palavra tem relação com as expressões “tell a story” e “storyteller”, que significam “contar uma história” e “contador de histórias”, respectivamente. Storytelling é uma técnica utilizada há milhares de anos que virou moda: é uma forma de transmitir mensagens de maneira eficiente por meio de histórias. O Storytelling por si só nada mais é do que o ato de contar histórias. Assim como nossos pais faziam conosco quando éramos crianças, ou como autores de livros e filmes fazem até hoje. As histórias são sempre a reprodução de uma sequência de fatos, verdadeiros ou não, que têm personagens, conflitos e cenários. As histórias mais empolgantes rendem milhões em bilheterias no cinema e até saem de lá, passando a fazer parte do dia a dia das pessoas, como Star Wars, por exemplo. (POLITO, 2015) Os personagens centrais das tramas são pessoas, animais ou objetos com os quais nos identificamos fortemente. Sentimo-nos atraídos a ouvir sua história, acompanhar cada capítulo e viver a emoção de ver o começo, meio e fim do enredo. Todos nós já nos sentimos assim instigados a acompanhar um Storytelling. O que impediria então as pessoas de se colocarem como personagens centrais de uma história, fazendo com que a gente também queira acompanhá-la? Nada, absolutamente nada. Os elementos básicos das histórias e do storytelling envolvem o desenvolvimento de um enredo, personagens e ponto de vista narrativo. Uma história interessante deve ser envolvente e encantar o público, somando fatores como um vocabulário adequado, a capacidade de despertar emoções, bons personagens, um enredo inteligente e elementos visuais, tais como imagens, ilustrações, vídeos, entre outros. Profissionais de todas as atividades estão aprendendo a contar histórias para criar, promover e até recuperar a confiança e a credibilidade das pessoas. PDF exclusivo para Davi Eustáquio Prata e Souza - daviprata@gmail.com daviprata@gmail.com Storytelling Página 4 Figura 4.1 – Exemplo de Storyteller Fonte: Google Imagens (2018) Nos dias atuais, o storytelling está presente em diversas áreas de expressão, como a literatura, televisão, cinema, teatro, videogames, estratégias de marketing, tanto interno como externo. (POLITO, 2015). O Storytelling pode ser compreendido como um método que utiliza palavras, sons e/ou imagens para transmitir uma história, seja ela improvisada ou detalhadamente trabalhada. 4.1 Objetivos A prática de contar histórias está enraizada na História da humanidade. Há milhares de anos, elas eram contadas oralmente, servindo para perpetuar a experiência dos antepassados. Nos dias atuais, existem cursos que abordam algumas técnicas usadas no storytelling, uma vez que essa aptidão pode ser desenvolvida e aplicada em alguma ferramenta. Atualmente, muitas empresas escolhem o ato de contar histórias como o caminho para vender produtos, aproximar a marca de seu público-alvo, envolver seus colaboradores no desenvolvimento de suas estratégias de negócios. PDF exclusivo para Davi Eustáquio Prata e Souza - daviprata@gmail.com daviprata@gmail.com Storytelling Página 5 O processo utiliza-se das características de uma boa narrativa interativa, visual, com diálogo realista e com apelo aos sentidos. Pode-se afirmar, portanto, que a prática de produzir narrativas admiráveis tem o objetivo de induzir o leitor ou ouvinte a comover-se com um discurso, seja oral ou impresso, abraçando a ideia que está sendo vendida. (SILVA, 2017). Figura 4.2 – Analogia a histórias contadas oralmente Fonte: Google Imagens (2018) 4.2 Aplicabilidade Cada vez que uma empresa evolui sua comunicação, deixando de propagar mensagens simples e adota processos de Storytelling, ela pode trazer não apenas benefícios para as empresas como retorno em vendas, aumento de consideração e admiração por sua marca, como também para os funcionários e o mercado. Mas os profissionais dos mais diversos ramos devem ter noção dos conceitos básicos do Storytelling para que o mercado evolua em direção a uma comunicação mais saudável. PDF exclusivo para Davi Eustáquio Prata e Souza - daviprata@gmail.com daviprata@gmail.com Storytelling Página 6 Professores, por exemplo. Todos os dias, eles transferem conhecimentodo mais simples ao mais complexo. Com toda a evolução da tecnologia na mão dos alunos, qual será a forma mais envolvente e o meio mais eficaz para ensinar? Além deles, podemos estender o conceito a comerciantes, donos de padaria, gestores. Nenhum deles quer estagnar, vendendo todos os dias o mesmo pão, a mesma fruta, então eles passam a contar de onde veio aquele alimento, com qual cuidado fabricaram, importaram e trouxeram até o balcão especialmente para você. Os especialistas em tecnologia já se veem forçados a estar muitos passos à frente do consumidor, ao mesmo tempo em que desenvolvem formatos amigáveis para todos e facilitam a vida e o dia a dia. Figura 4.3 – Histórias de padaria Fonte: Google Imagens (2018) Por fim, o público, no centro de tudo, tem a oportunidade de entender melhor e se conectar com empresas e negócios de forma mais humana. Os colaboradores passam a conhecer melhor as estratégias da empresa, bem como o porquê delas, causando com isso um maior engajamento no suporte, na implantação e também na busca de perpetuação da organização. (FRANCO, 2015) PDF exclusivo para Davi Eustáquio Prata e Souza - daviprata@gmail.com daviprata@gmail.com Storytelling Página 7 4.4 Ingredientes básicos de uma boa história Os principais ingredientes de uma boa história, segundo Polito (2015) são os seguintes: 1. Tem que ter começo, meio e fim. Nada diferente do que aprendemos desde a época dos primeiros anos escolares: uma história precisa ter início, desenvolvimento e conclusão. Parece (e é) tão elementar, mas muitos se esquecem de seguir essa regra. 2. Mostra os momentos em que tudo transcorre normalmente, mas algum fato rompe esse equilíbrio. Surgem conflitos, os obstáculos, os problemas. 3. Conquista a torcida das pessoas para que os problemas sejam superados. Elas devem se identificar de tal forma com os desafios da personagem que sentem os problemas como se estivessem no seu lugar. 4. Revela como esses desafios são vencidos com lutas, sacrifícios e determinação. Para que a torcida das pessoas seja ainda mais intensa, em certos momentos poderá surgir a dúvida se terá ou não forças para que os grandes obstáculos sejam ultrapassados. 5. Deixa no final uma reflexão para que as pessoas retirem da história algum ensinamento. A vantagem de deixar essa conclusão por conta dos ouvintes ou leitores é que aceitem a mensagem sem terem a impressão de que ela lhes foi imposta. Estando os ouvintes envolvidos com a história, torna-se mais simples fazer com que façam a associação com a mensagem que você deseja transmitir. Além de ampliar as chances de que aceitem sua proposta, a história tem a virtude de impregnar a mente das pessoas de tal forma que, em alguns casos, nunca mais se esquecem do que acompanharam. 4.4.1 Como contar uma história Para facilitar o processo de narrativa da história, é possível fazer uso de algumas “fórmulas” ou “moldes”. Tratam-se de estruturas narrativas que, assim como PDF exclusivo para Davi Eustáquio Prata e Souza - daviprata@gmail.com daviprata@gmail.com Storytelling Página 8 os arquétipos, servem como verdadeiras ferramentas que nos auxiliam no ato de contas histórias. 4.4.1.1 Três atos: a “Fórmula de Hollywood” A fórmula ensinada em escolas de roteiro em Hollywood e no mundo se baseia na simples ideia de que uma boa história tem começo, meio e fim. − Começo (Ato I): introduz o problema do personagem principal, posicionando o espectador no drama ou mesmo na ação da história. O pano de fundo ou qualquer evento secundário ou menor pode ser apresentado posteriormente. O objetivo aqui é “fisgar” a atenção da plateia. − Meio (Ato II): aqui, o foco são os obstáculos que estão entre o nosso herói e a solução de seu problema, apresentado no ato anterior. Geralmente são uma série de obstáculos que nosso herói precisará de toda sua habilidade, coragem e força de vontade para ultrapassar. A tensão dramática de nossa história está bem aqui. − Final (Ato III): a história termina quando o problema introduzido no primeiro ato é resolvido. O personagem frequentemente encara e supera cada obstáculo no segundo ato, atingindo seu objetivo. 4.4.1.2 Monomito ou “Jornada do Herói” É importante ressaltar que o gestor deve escutar seu público com bastante atenção e colocar em prática algumas etapas, como ouvir, descobrir, criar e encantar. Para alcançar o sucesso, não basta criar uma boa narrativa, é necessário saber transmiti-la corretamente ao público-alvo, ganhando a atenção, a confiança, o coração e mente dos indivíduos. Assim, poderá lançar mão de diversos tipos de histórias. Todos podem apresentar ótimos resultados, mas tudo dependerá dos objetivos a serem conquistados e das circunstâncias que cercam a apresentação. O mais conhecido e utilizado método de contar histórias é a “Jornada do Herói”. Segundo Campbell (1949), lendas e mitos no mundo inteiro compartilham de uma estrutura de história, à qual foi dado o nome de “monomito” ou “jornada do herói”. PDF exclusivo para Davi Eustáquio Prata e Souza - daviprata@gmail.com daviprata@gmail.com Storytelling Página 9 Praticamente todos os arquétipos clássicos de Jung são aplicados. Na jornada do herói, um personagem fictício deixa sua comunidade e embarca em uma jornada perigosa, geralmente para recuperar algo ou alguém pelo qual tem muito apreço. Vogler (1998) criou um molde cujos doze passos podem ser utilizados para escrever uma história de sucesso, e aplicam-se à jornada do herói: Figura 4.4 – Jornada do Herói Fonte: Adaptado por FIAP (2018) Mundo Comum: o mundo normal do herói antes de a história começar. Elementos do cotidiano são introduzidos. Trata-se de um dia como outro qualquer. Em Star Wars, vemos Luke Skywalker entediado com sua vidinha de fazendeiro em Tatooine, para só depois ser lançado ao Universo. I. O Chamado da Aventura: um problema se apresenta ao herói – um desafio ou aventura. Um novo mundo surge e nosso herói é convidado a embarcar nele. PDF exclusivo para Davi Eustáquio Prata e Souza - daviprata@gmail.com daviprata@gmail.com Storytelling Página 10 Em nosso exemplo, o chamado da aventura chega por meio da mensagem holográfica da Princesa Leia ao Jedi Obi-Wan, que convoca Luke para a aventura. II. Relutância do Herói / Recusa do Chamado: o herói se recusa ou demora a aceitar o desafio ou aventura, seja porque tem medo ou por questionar a sua capacidade. A princípio, Luke recusa o chamado de Obi-Wan, ao voltar para Tatooine, descobre que os tios foram atacados pelas tropas do Imperador – a motivação se torna pessoal, e ele atende ao chamado. III. Encontro com o Mentor: o herói encontra um mentor e recebe informações fundamentais para sua busca, fazendo-o aceitar o chamado. O mentor treina seu pupilo para sua aventura. Obi-Wan entrega a Luke o sabre de luz que foi de seu pai, e o orienta e prepara para a aventura. IV. Travessia do Primeiro Limiar: o herói embarca na jornada, comprometendo- se com a aventura, abandonando o mundo comum para entrar no mundo especial. Em geral, aqui termina o primeiro Ato. Em toda a trilogia clássica de Star Wars, isso é representado nos confrontos com os Stormtroppers ou em confrontos menores, com o embate com Jabba, o Hunt, no início de “O Retorno de Jedi”. Como se pode observar no exemplo, os passos não precisam ser seguidos rigorosamente na ordem apresentada. V. Provações, aliados e inimigos: o herói enfrenta uma série de desafios, vencendo diversos obstáculos encontrando aliados e inimigos. A ação, aventura e tensão estão bem aqui, que geralmente marca o início do segundo ato. Saloons e bares são lugares típicos nos faroestes para encontrar esses aliados e inimigos. Ainda em Star Wars, a cantina é o local onde acontece a aliança com Han Solo e a rivalidade com Jabba, o Hutt. VI. Aproximando da Caverna Oculta:mais desafios permeados por um período de maravilha completa ou puro terror. PDF exclusivo para Davi Eustáquio Prata e Souza - daviprata@gmail.com daviprata@gmail.com Storytelling Página 11 No exemplo utilizado, a aproximação da caverna oculta está representada no momento em que Luke e seus aliados são sugados para dentro da Estrela da Morte. VII. Provação: este é o maior de todos os desafios até o momento, nosso herói enfrenta seu maior medo, a morte é uma possibilidade real. Trata-se de um momento de tensão para o espectador, que fica em suspense incerto pela possibilidade de morte do protagonista. Ainda na mitologia moderna de Star Wars, a provação acontece nas entranhas da Estrela da Morte, quando Luke e seus amigos são aprisionados no gigantesco triturador de lixo. VIII. Recompensa: o herói enfrentou a morte, venceu seus maiores medos, venceu o vilão e agora recebe seu elixir (a recompensa). Aqui se encerra o segundo ato. Luke salva a princesa Leia e foge com os planos da Estrela da Morte, item fundamental para derrotar o Império. IX. O Caminho de Volta: nosso herói começa sua viagem de volta ao mundo comum. Início do terceiro ato. Luke e Leia são perseguidos pelo vilão Darth Vader ao escapar da Estrela da Morte. X. Ressurreição: outra provação, em que o herói novamente enfrenta a morte e precisará usar tudo o que aprendeu ao longo de sua jornada, ressurgindo transformado. O vilão pode (ou não) reaparecer nesta etapa. Não teria morrido na provação anterior. Ou talvez ele sequer fosse o vilão real, e ele mostra sua face aqui. Trata-se do clímax da história. A todo o momento na trilogia clássica de Star Wars, o protagonista em uma batalha final quase morre, mas, no momento final, sobrevive miraculosamente. XI. Retorno com o Elixir: o herói finalmente retorna ao seu lar, mas nunca mais será a mesma pessoa – foi transformado pela sua jornada – trazendo consigo o elixir que resolverá o problema, ajudando todos os que foram deixados para trás. PDF exclusivo para Davi Eustáquio Prata e Souza - daviprata@gmail.com daviprata@gmail.com Storytelling Página 12 Em Star Wars, Luke derrota Darth Vader (por enquanto), restaurando momentaneamente a paz da galáxia. 4.4.1.3 Quebrando as regras Segundo Vogler (1998), a Jornada do Herói deve ser encarada como um esqueleto ou armação para a história, e deve ser preenchido com os detalhes e surpresas individuais de cada uma. Os dois modelos apresentados não são excludentes, eles são complementares. Figura 4.5– O modelo da jornada do Herói Fonte: Vogler (1998), adaptado por FIAP (2018) Para que a história tenha sucesso, a estrutura da jornada não deve ser evidente demais, ou seja, não deve chamar atenção. Sendo assim, não deve ser seguida à risca – os passos apresentados podem ser eliminados e outros podem ser acrescentados, até mesmo a ordem em que aparecem na história pode ser modificada. PDF exclusivo para Davi Eustáquio Prata e Souza - daviprata@gmail.com daviprata@gmail.com Storytelling Página 13 4.5 Erros na utilização do storytelling Os principais erros cometidos na utilização do storytelling e que devem ser evitados são os seguintes: 1. História contada só para ser contada. De nada adiantará contar uma história, mesmo que seja excelente, se ficar claro que ela foi narrada apenas como artifício, como se fosse um nariz de cera, usado para se encaixar em qualquer circunstância. Quando isso ocorre, quase sempre, o resultado da apresentação é negativo. 2. História fora do contexto. Esse equívoco guarda certa semelhança com o anterior. Só que nesse caso, a história pode ter um objetivo definido e ser escolhida para atender a essa finalidade, mas fica tão fora de contexto que mais atrapalha que ajuda o entendimento das pessoas. Quem ouve ou lê a história até gosta e se envolve com a narrativa, mas não consegue enxergar sua utilidade no contexto da mensagem. 3. História conhecida e surrada pelo uso excessivo. Principalmente no início, quando as pessoas começam a praticar o storytelling, elas se valem de histórias que ouvem aqui e ali, em particular aquelas contadas reiteradamente nas palestras. Por ser a história sem ineditismo, ao invés de motivar os ouvintes ou leitores, provoca desinteresse. Por isso, cuidado como uso de histórias, filmes e ilustrações que já não apresentam nenhuma novidade. 4. História longa. Por mais interessante que seja uma história, se for longa, poderá cansar e até aborrecer as pessoas. Nesse caso, além de afastar os ouvintes ou leitores da narrativa em si, os desvia também do objetivo da mensagem. Por isso, desenvolva o hábito de resumir suas histórias. Basta lembrar que um bom anúncio comercial consegue contar histórias atraentes em apenas 30 segundos. 5. História que não envolva os ouvintes. A história precisa ir ao encontro da realidade das pessoas. Se os ouvintes ou leitores não se sentirem tocados emocionalmente por ela, ficarão alheios ao que está sendo apresentado. Pergunte sempre: que tipo de adaptação preciso fazer para que essa PDF exclusivo para Davi Eustáquio Prata e Souza - daviprata@gmail.com daviprata@gmail.com Storytelling Página 14 história vá ao encontro da realidade e do interesse dessas pessoas? Se encontrar a resposta, terá também a solução. 6. História enganosa. Embora a história ficcional possa ser um recurso tão eficiente quanto às narrativas reais, é preciso tomar cuidado para que o ouvinte ou leitor não se sinta enganado. Além de a história inventada precisar ter verossimilhança, isto é, parecer verdadeira, é preciso deixar claro às pessoas que se trata de um exemplo. (POLITO, 2015) 4.6 A arte de se escrever um bom roteiro Agora vamos apresentar alguns exemplos de como se escrever um bom roteiro e poderá ser muito útil no seu processo de comunicação com os diversos públicos que o gestor tem durante o desenvolvimento de suas atividades profissionais. Figura 4.6 – Era uma vez... Fonte: Google Imagens (2018) “Era uma vez…” ou “Once upon a time…”, palavras que ativam em nosso cérebro a parte da imaginação. O que essa frase nos proporciona? O que esperamos ler ou ver em seguida? Certamente, algo que nos surpreenda, nos leve a um mundo de fantasias, algo que remeta ao passado ou nos ensine uma lição de vida. Quais emoções são despertadas em quem lê ou assiste, que fazem a imaginação voar longe PDF exclusivo para Davi Eustáquio Prata e Souza - daviprata@gmail.com daviprata@gmail.com Storytelling Página 15 e se transportar para aquela cena? Causar lágrimas, medo, uma felicidade espontânea… O “Era uma vez…” é um recurso eficaz muito usado para contar histórias, e é apenas um dos muitos artifícios dessa arte – a arte de contar um enredo. Alguns estudos indicam que essa expressão é utilizada desde o ano 1300 mais ou menos, e foi traduzida para centenas de línguas. É muito usada para contar histórias infantis, contos e principalmente histórias fantasiosas. Geralmente essas histórias terminam com um “E viveram felizes para sempre”. Frases clichês que ainda funcionam e podem ser bem aproveitadas, dependendo da intenção do texto. 4.6.1 Linguagem e recursos Assim como Sherazade, que precisou salvar sua vida e contou mil e uma histórias ao sultão, a habilidade de fascinar um leitor ou espectador sempre tem por trás o domínio e a técnica de seu autor. Muitos deles se utilizam de recursos, por vezes repetidamente quando a fórmula funciona, para atrair e conquistar seu público. Temos muitos clássicos na literatura e no cinema que permanecem vivos, mesmo que antigos. Veremos alguns exemplos, mas, em todos eles, é importante atentar para um detalhe muito importante: a linguagem. Ela é fundamental para o sucesso da comunicação entre o emissor e o receptor, e é por meio dela que descobrimos qual a mensagem, o sentimento, a personalidade do autore muitos detalhes do texto. Portanto, de agora em diante, sempre que ler um livro ou assistir a um filme, observe a linguagem dele. Algumas obras ficaram famosas por conseguir cativar o público pela maneira como estabelece sua comunicação. Um dos exemplos mais citados na literatura contemporânea é o de J.K. Rowling, autora da série “Harry Potter”. Desde 1997 ela vem ganhando uma legião de fãs, ávidos por novos livros. A adaptação de seus livros para o cinema, acompanhada exclusivamente por ela nos detalhes, não deixou a desejar, e hoje parques temáticos e suvenires de todos os tipos são encontrados e cobiçados no mundo inteiro. Seu público cativo passou a maior parte da infância e adolescência na companhia dos bruxos e suas aventuras, tanto que a história dos personagens acompanhou o crescimento de seus jovens leitores. Ainda hoje, crianças PDF exclusivo para Davi Eustáquio Prata e Souza - daviprata@gmail.com daviprata@gmail.com Storytelling Página 16 que conheceram a história toda já publicada e consagrada, sem acompanhar em tempo real o lançamento dos livros, ficam fascinadas e continuam consumindo todos os produtos relacionados. O que há nos livros de J.K. Rowling que prende a atenção dos leitores? Ainda mais na era da Internet, quando os livros físicos são considerados objetos em extinção? Em uma breve análise, podemos reparar que o centro da construção dos personagens está na família. A base da personalidade dos personagens é centrada nos valores, e essa característica forte se repete nas obras da autora. O ritmo da história avança de forma constante, até ficar acelerado, com momentos de adrenalina e reviravoltas. Com desfechos que surpreendem, em todas as obras, a condição decisiva para provocar ansiedade no leitor e despertar a vontade de ler o próximo capítulo é a emoção. A forma como J.K. Rowling conduz o texto parece fazer com que o leitor mergulhe na história, transformando-o em um espectador da primeira fila. Figura 4.7 – Livros da série “Harry Potter” Fonte: Google Imagens (2018) A linguagem entra como fator-chave na continuidade das histórias. A autora conseguiu fazer a trama evoluir conforme a idade de seu público e se comunicar com os leitores da forma como eles queriam ser tratados. O vocabulário dos livros não é complicado e o mundo da fantasia misturado à realidade faz parecer que a história poderia acontecer em nosso mundo a qualquer momento. Afinal, quem não gostaria de ter poderes? PDF exclusivo para Davi Eustáquio Prata e Souza - daviprata@gmail.com daviprata@gmail.com Storytelling Página 17 Outro exemplo é o do escritor John Green – autor de A culpa é das estrelas (2012). O livro, sucesso de vendas principalmente entre o público adolescente, virou filme. Sua linguagem fácil, leve e com pontos de humor fez com que o livro dominasse o cenário da literatura para jovens adultos. A proximidade da trama com a realidade dos conflitos dos jovens difere, por exemplo, da literatura mais fantasiosa de Stephenie Meyer, autora da saga “Crepúsculo” (2005), cujos livros também foram sucesso de vendas e deram origem a filmes que estouraram na bilheteria. Seu público se identificou rapidamente com as personagens e participava de suas aventuras. Os dois escritores têm em comum a forma de falar com o leitor, utilizando uma linguagem clara, sem palavras muito rebuscadas, personagens com personalidades marcantes, com conflitos e resoluções amorosas. Características que vieram ao encontro das da geração de jovens e adolescentes. Normalmente, se prestarmos atenção, os escritores trazem sempre sua marca nas obras. A forma como os personagens são concebidos, os traços de personalidade, as tramas e os caminhos que cada um segue. Muitas obras são reflexo de seus autores, trazendo conflitos pessoais mascarados nos personagens e ocultos em metáforas. As metáforas são encontradas em muitos contextos, pois servem para comunicar algo sem ser explícito, utilizando a comparação. Por exemplo, no filme clássico Tempos Modernos, de Charles Chaplin, uma das cenas compara um grande número de operários, entrando em uma fábrica, a um rebanho de ovelhas. Figura 4.8– Metáfora comparando trabalhadores a ovelhas Fonte: Google Imagens (2018) PDF exclusivo para Davi Eustáquio Prata e Souza - daviprata@gmail.com daviprata@gmail.com Storytelling Página 18 O uso de metáforas é muito mais comum do que imaginamos. No cenário das animações, um longa-metragem bem famoso, O Rei Leão (1994), é recheado delas. Em uma das cenas, quando o leãozinho Simba foge e não quer voltar para casa, percebemos que ele não quer enfrentar os problemas da vida adulta. A voz do sábio macaco que o aconselha poderia ser a sua consciência, lembrando-o de seus deveres. Figura 4.9– Simba entendendo suas obrigações Fonte: Google Imagens (2018) Outro elemento importante é a identificação do público com os personagens. Geralmente a maioria das pessoas se identifica e gosta mais dos personagens que são mais próximos da realidade. Aqueles que nunca falham, que são perfeitos (ou quase), costumam não funcionar em um texto. Já aqueles que se esforçam e fazem de tudo para superar os desafios logo criam empatia e simpatia, pois demonstram capacidade de resolução de problemas e são mais próximos de nós, meros mortais. Tudo depende do que se quer contar e qual público se deseja atingir, mas em média as pessoas sentem mais confiança e admiração vendo aqueles que tentam, apesar das dificuldades, que alcançam o resultado pelo esforço e para quem a recompensa não vem de graça. PDF exclusivo para Davi Eustáquio Prata e Souza - daviprata@gmail.com daviprata@gmail.com Storytelling Página 19 A quantidade de personagens também é importante, pois um número exagerado deles pode atrapalhar o ritmo da história e confundir o leitor com tantos detalhes. Prefira poucos, com características marcantes, assim todos podem aparecer e ter sua devida importância destacada. 4.6.2 Na arte de contar uma história, nem tudo é regra! Obviamente, temos exceções à regra. Afinal, nas artes da literatura e do cinema, é preciso inovar e usar a criatividade. Você já leu alguma obra de Isaac Asimov? José Saramago? Notou algo diferente no estilo desses autores? José Saramago conseguiu manter sua obra tão atual que parece que seus livros acabaram de ser escritos. A obra Ensaio sobre a Cegueira (1995) é um exemplo de como um livro pode impactar na vida das pessoas. Sua crítica, utilizando a cegueira como metáfora, pode ser percebida em todos os detalhes. Com uma forma muito peculiar de escrita, José Saramago não divide seu texto em parágrafos, mas consegue imprimir ritmo à obra. No início pode parecer estranho, mas o leitor se envolve de tal maneira com a história que esquece seu formato. Nem todos os textos podem ser escritos dessa forma, se o autor não souber conduzi-lo. O leitor precisa estar extremamente envolvido com o enredo para que a forma não seja o principal. O livro ganhou adaptação para o cinema somente em 2008, depois de muitas tentativas frustradas, já que o escritor temia que sua obra perdesse a essência. O resultado foi um filme fiel à qualidade do texto, em que os atores souberam captar a linguagem e o espírito do livro. Isaac Asimov é outro exemplo no mundo das exceções. Autor de inúmeras obras de ficção científica, é considerado um gênio por sua capacidade visionária, além da inteligência à frente de seu tempo. Com mais de 400 textos, escreveu obras como Trilogia da Fundação e Eu, Robô (1950, que faz parte de uma coletânea de contos). Este foi adaptado para as telas do cinema somente em 2004, e seu tema permanece atual mais de 50 anos depois. No campo da ficção científica, Asimov conseguiu simplificar termos com uma linguagem simples, abrindo caminhos para o público leigo em uma época em que isso não era comum.Essa obra deu origem às Leis da Robótica, utilizadas em muitas pesquisas e testes desde então. PDF exclusivo para Davi Eustáquio Prata e Souza - daviprata@gmail.com daviprata@gmail.com Storytelling Página 20 Figura 4.10 – Eu, Robô Fonte: Google Imagem (2018) No mundo do cinema, podemos citar os clássicos da Pixar. Seus filmes, conceituados como obras-primas, são considerados infantis, porém sempre trazem uma mensagem que faz os adultos refletirem. A sutileza como alguns assuntos delicados são tratados é genial. Muitas vezes não é preciso palavras para se expressar, como em Wall-E (2008), longa-metragem no qual um pequeno robô tem a consciência de salvar da devastação humana o planeta que restou. Isso tudo por meio de uma linguagem sem falas, apenas com atitudes e seu afeto por outra robozinha – Eva. Alguns dos filmes da Pixar, como Toy Story (1995), Monstros S.A. (2001), Up (2009) e Divertida Mente (2015) são verdadeiros “esconderijos de mensagens” para todas as idades. Este último foi concebido por uma grande equipe, depois de estudos com neurologistas e pesquisadores, e conta a história de uma garotinha desde seu nascimento, pela óptica de suas emoções. No plano original, 26 emoções estariam no roteiro – uma quantidade de personagens muito acima da média. Ao final, apenas 5 foram escolhidas como as principais para a trama, assim foi possível abordar as características mais marcantes e passar a mensagem de uma maneira muito criativa. PDF exclusivo para Davi Eustáquio Prata e Souza - daviprata@gmail.com daviprata@gmail.com Storytelling Página 21 Figura 4.11 – Divertida Mente Fonte: Google Imagens (2018) Esses são apenas alguns exemplos do que se pode fazer no mundo das histórias, de diferentes maneiras e estilos. 4.6.3 Dicas para colocar a mão na massa Dentre as dicas para escrever um bom texto, lembre-se: • Tenha em mente o que gostaria de ver como espectador, não somente o que gostaria de escrever. • Pense no tema: porém, somente ao terminar a história é que você vai saber do que realmente se trata. Não tenha medo de reescrever o que for necessário. • As frases como “Era uma vez...”, “Em um belo dia...”, “... e por esse motivo...”, são consideradas espinhas dorsais de um texto. Você pode se inspirar em escritores de diferentes estilos para começar a escrever. Alguns serão muito formais, outros mais flexíveis, porém a maioria deles diz a mesma coisa: não se esqueça de que sua história deve ter começo, meio e fim! PDF exclusivo para Davi Eustáquio Prata e Souza - daviprata@gmail.com daviprata@gmail.com Storytelling Página 22 • Apresente seu protagonista e seu mundo: mostre que ele tem um desafio pela frente e coloque obstáculos. Não se esqueça de descrever o sucesso contínuo do protagonista e como ele supera as dificuldades. • Simplifique e mantenha o foco: às vezes é preciso perder para ganhar. Não tenha medo de cortar personagens no meio do caminho, pois isso faz parte da história. • Pense em como finalizar o enredo antes de chegar à metade. É possível que você encontre dificuldades em colocar um ponto final, por isso tenha em mente a história como um todo. • Mesmo que não goste muito do primeiro resultado, deixe seu texto descansando. Com o treino você vai evoluir e melhorar sua escrita e, quando voltar a ele, vai perceber o amadurecimento para continuar. • Pense no que gostaria de escrever antes de começar: é mais fácil ter em mente a ideia para depois usá-la. • Deixe-se surpreender por sua criatividade. • Por que você precisa contar essa história? O que faz você acreditar nela? Esta deve ser sua motivação e o espírito para começar a escrever. • Honestidade sempre traz credibilidade às situações mais difíceis. Pense como se você fosse o personagem. • Seja conciso e conseguirá atingir melhor seu público – e tente conhecer seu público-alvo, para poder direcionar sua escrita. • E sempre aceite críticas de forma construtiva. Elas ajudarão a refinar seus próximos textos e fazer de você um escritor melhor. Dicas finais: 1. Aprenda a contar histórias curtas e interessantes; 2. Contextualize suas histórias com mensagens úteis para os ouvintes ou leitores; 3. Sem exagerar, interprete as personagens das histórias; 4. Faça com que suas histórias toquem a emoção dos ouvintes ou leitores. (POLITO, 2015) PDF exclusivo para Davi Eustáquio Prata e Souza - daviprata@gmail.com daviprata@gmail.com Storytelling Página 23 4.7 CONCLUSÃO Vale a pena usar o storytelling, aí está um dos recursos mais eficientes para você transmitir mensagens e se comunicar: contar histórias. A storytelling é uma competência que pode e deve ser conquistada, desenvolvida e aprimorada. Com o tempo, você terá um estoque muito bom de histórias para usar de forma adequada nas mais diferentes situações. PDF exclusivo para Davi Eustáquio Prata e Souza - daviprata@gmail.com daviprata@gmail.com Storytelling Página 24 ATIVIDADE PRÁTICA – STORYTELLING Colocando em prática. Agora que você já sabe como desenvolver uma história, você deverá desenvolver uma com o objetivo de tocar a emoção dos ouvintes e leitores. Escreva um texto de até 50 linhas que, por meio do Storytelling, comunique uma mensagem ao seu público. Você pode comunicar um novo projeto, um produto novo que a empresa em que trabalha lançará, ou até mesmo algo em que você acredite e que vá inspirar as pessoas. QUESTÕES PARA DISCUSSÃO 1. Lembrar-se de que a história deverá ter começo, meio e fim; 2. Mostrar os momentos em que tudo transcorre normalmente e quando surgem os conflitos; 3. Conquistar a torcida das pessoas para que os problemas sejam superados; 4. Revelar como os desafios serão vencidos; 5. Deixar no final uma reflexão. PDF exclusivo para Davi Eustáquio Prata e Souza - daviprata@gmail.com daviprata@gmail.com Storytelling Página 25 REFERÊNCIAS BONA, R. J.; PERTUZZATTI, L. A. Mitologia e cinema: a propagação dos mitos por meio da trilogia clássica Star Wars. 2010. Disponível em: <http://www2.pucpr.br/reol/index.php/comunicacao?dd99=pdf&dd1=3859>. Acesso em: 30 jun. 2015. BUGAJ, Stephan Vladimir. Pixar’s 22 rules of story (that aren’t really Pixar’s). Formato e-book: 2013. CAFÉ IMOBILIÁRIO - Corretor de Imóveis como Empresa. 2014. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=pNXtQ7J5fWE>. Acesso em: 25 jun. 2015 CAMPBELL, J. The Hero with a Thousand Faces. New York: Pantheon Books, 1949 ______. O poder do mito. São Paulo: Palas Athena, 2007. DUA, Tanya. The best and worst brands on social media in 2014. 11/12/2014. Disponível em: <http://trib.al/J5rpqft>. Acesso em: 23 mar. 2015. FRANCO, Max. Storytelling e suas Aplicações no mundo dos negócios. São Paulo: Atlas, 2015 PALACIOS, Fernando e TERENZZO, Martha. O Guia completo do Storytelling. Rio Janeiro: Editora Elsevier/Alta Books, 2016 POLITO, Reinaldo. Conquistar e Influenciar para se Dar Bem com as Pessoas. São Paulo: Saraiva, 2013 POLITO, Reinaldo. Como Falar de improviso e outras técnicas de apresentação. São Paulo: Saraiva, 2015 – 12ª POTTERISH. J.K. Rowling e a teoria sobre seu modo de escrita. Disponível em: <http://potterish.com/2014/02/j-k-rowling-e-a-teoria-sobre-seu-modo-de-escrita/>. 2014. Acesso em: 15 nov. 2015. SILVA, Debora. O que é uma storytelling. Disponível em: <http://www.estudopratico.com.br/o-que-e-uma-storytelling2017>. Acesso em: 16 mar. 2018. VOGLER, C. A Jornada do Escritor: Estruturas míticas para escritores. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998. ZANQUETA, Marcos. Storytelling: uma nova ideia de marketing e vendas. 2013. Disponível em: <http://www.agendor.com.br/blog/storytelling-uma-nova-ideia-de- marketing-e-vendas/>. Acesso em: 23 mar. 2015. PDF exclusivo para Davi Eustáquio Prata e Souza - daviprata@gmail.com daviprata@gmail.com
Compartilhar