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OMBRO - Ossos: úmero, clavícula, escápula - Articulações: esternoclavicular, acromioclavicular, glenoumeral, escápulo-torácica - Ligamentos: I) Glenoumeral: a) g.u.superior: limita RE e transl inferior da cabeça umeral com braço a 0º de abdução b) g.u.médio: limita RE e transl anterior da cabeça umeral com braço a 0-45º abdução c) g.u.inferior: limita RE e transl inferior da cabeça umeral com braço a 90º abdução d) coracoumeral: banda posterior limita flexão e banda anterior limita extensão II) Acromioclavicular: ambos impedem transl AP a) lig conóide b) lig trapezóide III) Esterno-clavicular: limitam os movimentos de elevação, depressão, protusão e retração a) lig esternoclavicular anterior b) lig esternoclavicular posterior c) lig interclavicular Músculos Ação manguito rotador coaptação bíceps braquial flexão ombro tríceps braquial extensão ombro deltóide (ant, med, post) abdução, flexão e extensão trapézio retração, retificação peitoral adutor serrátil anterior estabiliz de escápula Biomecânica dos tendões e ligamentos → Introdução: tendões, ligg e cápsulas são estt. que envolvem, conectam e estabilizam as articulações. São estt. passivas, ou seja, não produzem movimento ativamente, mas possuem papel importante no movimento 1) Ligamentos: - resistentes, porém pouco elásticos - tecido fibroso esbranquiçado (tec. conjuntivo denso modelado) - possuem função de unir 2 ou + ossos estabilizando e protegendo as art.,a fim de evitar o deslocamento dos ossos → agem como amortecedores - constituídos por fibras colágenas = ↑ resistência mecânica - ricos em receptores nervosos sensitivos: avaliam a velocidade, movimento e posição das articulações; estiramentos e dores também - transmissores permanentes de informação para medula e cérebro, que respondem ao estímulo com ordens motoras aos mm. - auxiliam na conservação e fixação local de órgãos internos (bexiga, útero, diafragma…) - ligg. são adaptáveis e flexíveis (movimentos naturais aos ossos) → Os ligg. variam conforme o tipo de articulação: ● Ligg. Articulares: une 2 cabeças ósseas de uma articulação (ex: ligg dos ombros e joelhos) ● Ligg. Suspensores: mantêm no seu local fisiológico determinados órgãos internos (ex: útero e bexiga) → Lesões nos ligg.: - o que ocasiona muitas lesões: consequência de extensões excessivas, rupturas totais ou parciais - esportistas: lesão de ligg. de joelho (extensão excessiva/ruptura dos ligg. cruzados) e nos ligg. dos pés ou ligg. na articulação tibiotársica, decorrente de torções OBS: Em algumas lesões, é recomendado imobilizar o local para que não se agrave. No momento da lesão, é possível sentir e até ouvir um estalo acompanhado de dor súbita + incapacidade de flexionar/estender o membro lesionado. O inchaço surge nas primeiras horas e frequentemente é originado de uma hemartrose. Grandes inchaços podem provocar dores intensas nos primeiros dias e então começam a diminuir. → Diagnósticos e Tratamentos: - Diagnóstico: história + exame físico minucioso. Exames como radiografia e ressonância nuclear magnética (confirmação diagnóstica e identificação de outras lesões não previstas no exame clínico). - Quando diagnosticada a lesão e o tipo, entra a intervenção medicamentosa, cirúrgica, fisioterápica… Porém, a recomendação imediata é imobilizar o local, para que a lesão não se agrave 2) Tendões: - Suporte essencial no movimento - Funções: ligam mm. aos ossos = unem e estabilizam as juntas do esqueleto, transmitem a força muscular aos ossos. A estt. e comp. química dos de ligg. e tendões são idênticas - Formados por tc. conjuntivo com fibras colágenas entrelaçadas entre si, sua função é manter o equilíbrio estático e dinâmico do corpo. - Os tendões são as partes esbranquiçadas e não contráteis dos mm estriados, diferem quanto à forma e disposição, dependendo da sua união às fibras musculares. - De cor branca, formados por fibras não elásticas que formam grupos/feixes cobertos por tc. conjuntivo, permitem que haja distribuição das forças de todas as partes do músculo. OBS: O tendão + resistente e o mais suscetível a lesão é o calcâneo (“Aquiles”) - Tendão não é tão forte como os ossos e nem tão elástico quanto os músculos = no caso de sobrecarga, é a estt. que mais sofre → Causas e fatores de risco para lesões: - Falta de alongamento muscular (sobrecarrega tendão) - postura inadequada - movimentos repetitivos (computador, celular…): fadiga dos tendões - idade: com o passar dos anos, ↓circulação sanguínea para o tendão - estresse: ocasiona contraturas musculares e fadiga (prejudica tendões) - atividades esportivas em excesso ou inadequados - doenças autoimunes em que as céls. de defesa do corpo atacam os tendões → Lesão nos tendões: - A lesão pode ser um estiramento causando rupturas parciais/totais e tendinites, podendo ser traumática ou crônica. ● Lesão traumática: acidente ● Lesão aguda: inflamações intermitentes de curto tempo por esforço repetitivo ● Lesão crônica: quando tendões rompem-se submetidos a esforços superiores à sua força, por cargas ↑ ou ↓, aplicadas excessivas quantidades de vezes, viram lesões crônicas - OBS: tendinite → tendinose → ruptura parcial ou total - tendinopatia (ite ou ose); tenossinovite (inflamação na bainha que envolve os tendões) → Tratamentos: - Quando diagnosticada a lesão e o tipo, entra a intervenção medicamentosa, cirúrgica, fisioterápica… - Recomendação de imobilização do local afetado, para que a lesão não se agrave - As medidas preventivas mais aconselhadas incluem realização de pausas frequentes no trabalho e a diversificação de movimentos realizados - Os que mais rompem são os que recebem menos sangue e O2 e ao mesmo tempo são mais sobrecarregados = ombros, cotovelos e tendões de Aquiles (calcâneo). Dentre esses, o mais resistente e o mais suscetível é o calcâneo. COTOVELO → Ossos: úmero, ulna, rádio → Articulações: úmero-radial, úmero-ulnar, rádio ulnar proximal → Ligamentos: anular (rádio-ulna), lig colateral ulnar, lig colateral radial, cápsula articular (ântero-posterior: frouxa; latero-lateral: reforçada pelos ligg colaterais = evitar valgo/varo) Músculos Ação bíceps braquial flexão e supinação braquial flexão cotovelo braquiorradial flexão cotovelo tríceps braquial extensão cotovelo ancôneo extensão cotovelo pronador redondo (prox) pronação pronador quadrado (distal) pronação supinador (região dos extens.) supinação PUNHO E MÃO 1) Carpo: escafóide, semilunar, piramidal e pisiforme; trapézio, trapezóide, capitato e hamato 2) Metacarpo: I, II, III, IV, V - base (prox), corpo, cabeça (distal) 3) Falanges: proximal, média, distal → Articulações: - rádio ulnar distal - rádio cárpica (rádio com a 1ª fileira do carpo) - cárpicas: a) médio-cárpicas (1ª com 2ª fileira) b) intercárpicas (entre elas) - carpo metacárpica - metacarpofalangiana - interfalangiana (prox e distal) → Ligamentos: - colateral radial, colateral ulnar, rádio cárpicos palmar, rádio cárpicos dorsal → Músculos: 1) Flexores: flexor radial do carpo, flexor ulnar do carpo, palmar longo 2) Extensores: extensor radial do carpo (curto e longo), extensor ulnar do carpo 3) Extrínsecos: flexor superficial dos dedos, flexor profundo dos dedos, extensor dos dedos 4) Intrínsecos: abdutor do V dedo, flexor curto do V dedo, oponente do V dedo, lumbricais, interósseos QUADRIL → Ossos: fêmur, acetábulo (ílio, ísquio, púbis) – cápsula articular mais forte anteriormente e mais fina posteriormente → Articulações: coxo femoral (ou femoroacetabular), sínfise púbica, sacro ilíaca → Ligamentos: intra articulares (lig transverso do acetábulo); extra articulares (ílio femoral, pubofemoral, ísquio femoral) Músculos Ações iliopsoas flexor quadril (principal estabilizador) reto femoral flexão quadril e extensão do joelho (biarticular) tensor da fáscia lata abdução, rotação interna sartório flexão, abdução e rotação externa glúteo máximo extensor, rotação externa glúteo médio abdutor (equilíbrio da pelve) glúteo mínimo rotação interna piriforme rotação externaobturador interno/externo, gêmeos e quadrado femoral rotação externa isquiotibial flexor do joelho, extensor de quadril adutor magno, longo, grácil, pectíneo adução JOELHO → Ossos: fêmur, tíbia, patela → Articulações: femorotibial, patelofemoral → Ligamentos: a) Intracapsulares: LCA e LCP (estabilização AP do joelho) b) Extracapsulares: LCL e LCM (estabilizam valgo e varo) ● meniscos: medial e lateral (amortecem impacto) Músculos Ações quadríceps (reto anterior, vasto medial/lateral/intermédio) flexão de quadril, extensão de joelho isquiotibiais (bíceps femoral, semitendinoso, semimembranoso) extensão de quadril e flexão de joelho tríceps sural (gastrocnêmio medial, lateral e sóleo) flexão de joelho e flexão plantar OBS: Tríade Infeliz = LCA, LCM e Menisco Medial TORNOZELO → Ossos: tíbia, fíbula, tálus, calcâneo → Articulações: tíbio-fibular, talo-crural, subtalar → Ligamentos: - tíbio-fibular distal (ant, post, interósseo); - deltóide (tíbio navicular, calcâneo tibial, talo tibial ant/post) = medial - talo-fibular ant/post, calcâneo fibular = lateral ● OBS: PINÇA BIMALEOLAR Músculos Ações gastrocnêmio flexão plantar sóleo flexão plantar plantar flexão plantar tibial anterior dorsiflexão, inversão tibial posterior flexão plantar, inversão fibular longo, curto flexão plantar, eversão fibular terceiro dorsiflexão, eversão flexor longo do hálux flexão plantar, flexão hálux flexor longo dos dedos flexão dos dedos extensor longo do hálux dorsiflexão, extensão do hálux extensor longo dos dedos extensão dos dedos MARCHA HUMANA → Definição: tarefa motora que envolve um padrão de contrações musculares em diversos segmentos do corpo - A análise da marcha é feita dentro do “ciclo da marcha” = descrição da sequência de eventos que ocorrem em 1 membro inferior entre 2 contatos iniciais consecutivos do mesmo pé → Biomecânica da marcha normal: ● Conceitos em Cinemática: - Cadência: nº de passos dados/tempo (normalmente: passos por minuto) - Passo: espaço compreendido entre o contato inicial de um pé e o contato inicial do pé contralateral no solo - Passada: espaço compreendido entre o contato inicial de 1 pé no solo e o novo contato inicial do mesmo pé. OBS: 1 passada = 2 passos → Requisitos para realização da marcha normal: - 4 critérios: integridade músculo-esquelética, controle neurológico, equilíbrio, locomoção → Ciclo da marcha: - Período que corresponde do contato de um pé ao solo até o contato seguinte do mesmo pé. É a descrição de eventos ocorridos em 1 membro inferior entre 2 contatos consecutivos de um mesmo pé - Para cada pé, o ciclo da marcha representa 2 fases = fase de apoio (60~65%) e a fase de balanço (30~40%) → Fases da Marcha I) Fase de Apoio: - quando o pé encontra-se em ctt com o solo e sustenta o peso - permite que o M.I. suporte o peso e possibilita o avanço sobre o membro que está sustentado - dividido em 5 fases = contato inicial, resposta à carga, apoio médio, apoio terminal e pré-balanço A) Contato Inicial: - período de descarregamento/aceitação do peso do corpo pelo membro inferior de apoio - 10% iniciais do ciclo da marcha B) Resposta à carga e apoio médio: - suporte único ou apoio sobre um membro inferior. 40% do ciclo da marcha - nesta fase, apenas 1 membro inferior sustenta o peso do corpo enquanto o outro entra na fase de balanço C) Apoio terminal e pré-balanço: - período de transferência de peso. 10% seguintes do ciclo da marcha - o membro inferior de apoio transfere o peso corporal para o membro contralateral e prepara-se para a fase de balanço ● Ações Musculares: Contato Inicial Resposta à carga Apoio Médio dorsiflexores de tornozelo tibiais gl. médio quadríceps flexor do hálux e dos dedos intrínsecos pé e fl plantares eretores da espinha gl. máx. e posteriores coxa iliopsoas fl. e adutores de quadril quadríceps quadríceps gl. máx. e posteriores coxa gastrocnêmios gastrocnêmios eretor da espinha Apoio Terminal Pré Balanço fl plantares e intrínsecos do pé fl plantares e intrínsecos do pé tríceps sural flexor longo do hálux isquiotibiais iliopsoas e adutores do quadril II) Fase de Balanço - ocorre quando o pé não está mais sustentando o peso e se move para frente - permite que os dedos do pé do membro saiam do solo e que ocorra o ajuste do comprimento do membro - permite que o membro se mova para frente levando o corpo A) Balanço inicial ou Aceleração - ocorre quando o pé é elevado do solo - flexão do joelho e dorsiflexão do tornozelo, permitindo que o membro acelere para frente B) Balanço Médio - ocorre quando o membro inferior encontra-se adjacente ao membro inferior que está sustentando o peso, o qual se encontra na subfase de apoio médio C) Balanço Final ou Desaceleração - membro inferior desacelera, preparando-se para realizar o contato inicial com o solo - músculo quadríceps controla a extensão do joelho e os posteriores da coxa controlam a flexão ● Ações Musculares: Balanço inicial Balanço médio Balanço terminal dorsiflexores do tornozelo dorsiflexores do tornozelo dorsiflexores do tornozelo flexores do quadril gl. médio e quadrado lombar quadríceps gl. médio gl. máximo → Principais deslocamentos do corpo durante marcha ● Pelve: se inclina, gira e oscila ● Membros inferiores: se deslocam nos 3 planos = flexão e extensão; adução e abdução e as rotações mediais e laterais ● Cintura escapular: rotação contralateral à pelve,dissociação ● Membros superiores: balançam em direção contrária aos movimentos pélvicos e mmii → Rotação Pélvica: a pelve roda no plano horizontal 4º p frente no membro do balanço e 4º p trás no membro do apoio (magnitude de rotação total de aprox 8º) - Quadril = rotação medial no lado da oscilação e lateral no lado do apoio → Inclinação Pélvica: inclina-se para baixo no lado oposto ao de apoio (média de 5º) → Flexão de joelho na fase de apoio: a fl. de joelho encurta o membro no início do apoio simples, ↓ altura do ápice da trajetória do centro de gravidade no plano sagital. - Esse mecanismo ajusta o comprimento efetivo do membro inferior durante a fase de apoio, a fim de manter a altura do quadril a mais constante possível → Visualização da marcha nos planos: ● Sagital: oscilação vertical da cabeça e pelve ● Frontal: oscilação lateral da cabeça e pelve ● Horizontal: rotação da cintura escapular e cintura pélvica → Avaliação fisioterapêutica da marcha: - fundamental na descoberta de causas de patologias músculo-esqueléticas, nas causas de alterações posturais e no plano de tto e treinamento de desportistas - é importante que o paciente seja avaliado antes mesmo de entrar no consultório, visto que ele tenderá a corrigir a passada quando estiver sendo avaliado - Métodos de avaliação: exame físico, vídeo, medições temporais, eletromiografia, potência muscular, gasto energético, baropodometria
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