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Mairon Mateus Machado Cardiologia Síndromes Coronarianas Fisiopatologia → Placa estável: core lipídico pequeno; • Síndrome coronariana crônica; → Placa instável: core lipídico grande; • Síndrome coronariana aguda; → Placa rompida • Síndrome coronariana aguda; Síndrome Coronariana Crônica Angina estável → Clínica: • Angina típica: dor retroesternal (desencadeada por esforço; melhora com repouso de até 10 minutos ou com nitrato), irradiação para ombro, pescoço ou braço esquerdo; → Diagnóstico • Testes provocativos de isquemia; 1) Consegue fazer exercício: - ECG basal normal → teste ergométrico; - ECG basal anormal: BRE, HVE → cintilografia ou ECO de esforço. 2) Não consegue fazer exercício: - Testes com “stress” farmacológico → cintilografia com dipiridamol (cuidado com asmáticos), adenosina; ECO com dobutamina. → No teste ergométrico • A cada 3 min, aumenta Vel e inclinação; • Infra ≥ 1mm = importante; • Resultados de alto risco: indicam cateterismo o Isquemia no estágio 1 de Bruce; o Infra ≥ 2mm; o Arritmia ventricular; o Distúrbio de condução (Bramo, BAV); o Déficit inotrópico (diminuição da PAs); o > 5 min para recuperar o infra; → Tratamento da angina estável • Não farmacológico: parar de fumar, exercício, perda de peso, avaliar comorbidades; • Farmacológico: 1) Antianginosos a. BB; b. Bloqueadores de Ca; c. Nitratos de longa duração; 2) Vasculoprotetores a. AAS; b. Estatinas; 3) Resgate em caso de dor a. Nitrato SL 4) Vacinação a. Influenza, pneumococo. → Quando pedir cateterismo (padrão-ouro)? • Alto risco; • Refratário; • Angina pós PCR abortada; • Angina + ICC. → Indicações clássicas de cirurgia (CRVM) • Lesão de tronco de coronária esquerda com obstrução ≥ 50% OU na origem da DA → Cx; • IVE e/ou diabetes e/ou isquemia > 10%: bivascular com lesão proximal da DA (≥70%); Mairon Mateus Machado Cardiologia • Trivascular; • CI ou refratariedade à angioplastia. Síndromes Coronarianas Agudas Clínica e diagnóstico Em até 10 min (ideal), fazer anamnese, exame físico e ECG laudado. 1) Anamnese e exame físico → Normal, alterado ou PCR; → Isquemia silenciosa (25% dos casos) • Idosas, DM, DRC, transplante cardíaco; → Perguntar irradiação da dor; → Checar PA, pulsos, FC, B3, sopros → Ap. respiratório: pesquisar ruídos adventícios. 2) ECG → Pode ser normal; → Sub oclusão; • Inversão T / Infra ST. • Pode ser: angina instável (troponina negativa) ou IAM SEM supra ST (troponina positiva). → Oclusão. • Elevação ST (troponina positiva). 3) Marcador de necrose → Troponina • Mais sensível e específico; • Determina risco CV.~ç] Conduta inicial → Internação • Monitor; • Oxímetro; • Veia; • Desfibrilador. → MONABICHA • Morfina; o Só em dor refratária ou CI a nitratos/BB; • Oxigênio o Sat <90%, risco moderado / alto, dispneia • Nitrato SL o IV se dor refratária, EAP, HAS); • AAS o Inibe COX 1; • Betabloqueador VO; o Cuidado: >70ª, FC>110, PAs <120; • IECA o Assim que estável, IAM anterior + IC + FE <40 + DRC; • “Clopidogrel” o Inibe P2Y12 de ADP (inibir agregação plaquetária); o Melhor no IAM c/ST + trombolítico • Heparina • Atorvastatina Mairon Mateus Machado Cardiologia o Assim que estável. Angina Instável e IAM sem supra ST → Suboclusão: visualizada por inversão das ondas T e por infra do segmento ST; → Tratamento: • Não fazer trombolítico; • Cateterismo imediato (em 2h): quando em instabilidade hemodinâmica (choque, IVE) OU elétrica (TV ou FV) / quando irresponsivo (angina refratária) ou complicações mecânicas; • Cateterismo precoce (2h-24h): quando há aumento de troponina, infra de ST e GRACE > 140; • Escore HEART: História, ECG, Anos, Risco, Troponina. o < ou = a 3 pontos + troponinas negativas + ECG sem isquemia + SEM antecedentes de DAC ou dx alternativo com risco de morte = REAVALIAÇÃO AMBULATORIAL. Como avaliar ECG → D1, aVL, V5 e V6: mostram supra; → D2, D3, aVF: mostram infra; • QUEM MANDA É O SUPRA! • Os infras são imagens espelho. “Se tem infra e supra: quem manda é o supra” → Nem todo SUPRA é IAM ↴ • Se o supra for difuso (em várias derivações) e tiver infra de PR → pensar em pericardite; o Dor melhora sentando-se com o tronco para frente; o Dor piora com inspiração ou tosse; o Dor irradia para trapézio. • Variante de Prinzmetal: o o Homem jovem, tabagista; o Paciente com mais desconforto do que dor; o Dor + à noite e início da manhã; o Supra por +- 15-30 minutos; o Melhora aguda com nitrato; o Ergometria negativa em 70- 90%; o Conduta: diltiazem, amlodipina. Mairon Mateus Machado Cardiologia • Takotsubo (miocardiopatia estresse- induzida): o Mulheres pós-menopausa + grande estresse; o Supra na parede anterior com QT prolongado; o Aumento DISCRETO de troponina; o Coronárias normais. Ordem das Paredes PAREDE DERIVAÇÕES Lateral alta D1, aVL Inferior D2, D3, aVF Anterior V1, V2, V3, V4 Lateral baixa V5, V6 Anterior extensa D1, aVL + V1 a V6 → Se for observado IAM inferior: avaliar VD também (ver V3R-V4R), pois também é irrigado por coronária anterior; IAM com Supra → Onda de isquemia seguida de onda de necrose → corrente de lesão → onda subendocárdica em direção ao subepicárdio → supra ST; → Quando começa a ocorrer necrose, onda Q fica mais pronunciada (demonstra necrose); → Quando necrose atinge subepicárdio, o supra tende a desaparece (inversão da onda T); → Definições: tipo 1 (clássica ruptura de placa aterosclerótica), tipo 2, tipo 3, tipo 4, tipo 5, MINOCA. → Tratamento: • Indicações de reperfusão: o Sintomas compatíveis com IAM; o Delta-T de até 12h; o Supra de ST em 2 ou mais derivações ou BRE novo ou presumivelmente novo. • Trombolítico ou angioplastia? o Se tiver angioplastia no hospital → fazer em até 90 minutos (tempo porta-balão); o Não tem angioplastia no hospital: 1. Consegue transferir e angioplastar em até 2h? → transferir (independente do tempo se for paciente grave com choque ou IC grave ou C.I. ao trombolítico); 2. Não consegue transferir em até 2h? → trombolítico em até 30 minutos (tempo porta- agulha) → se falhar ou reocluir → transferir. * Contraindicações ao trombolítico: • Absolutas: o Sangramento ativo; o Diátese hemorrágica; o Dissecção aórtica; o Tumor craniano ou MAV ou AVEh prévio; o AVE isquêmico ou TCE/facial <3 meses. Infarto de VD → Quadro clínico: • Acompanha IAM inferior (D2, D3 AVF); • PA diminuída + FC diminuída (infarto atinge feixe de Hiss) + pulmões limpos + turgência jugular; Mairon Mateus Machado Cardiologia → Conduta: reposição volêmica + reperfusão; • Não usar: morfina, nitratos, BB, diuréticos. “Alfabeto” da Alta A) Aspirina, Atorvastatina; B) Beta bloqueadores; C) Clopidogrel, Comorbidades; D) Dieta; E) Enalapril, Exercícios, Espironolactona.
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