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Crianças Expostas a Substâncias Ilícitas 1 Crianças Expostas a Substâncias Ilícitas → Conceito: bebês e crianças prejudicados ou em risco de sofrer danos por exposição a drogas ou outras substâncias e/ou um ambiente doméstico inseguro relacionado ao uso de substâncias pelos pais ou cuidadores; → Riscos: intoxicação, lesões (queimaduras, ingestão…), ambiente inseguro, situações de abuso, violência, participação forçada de atividade ilegal; Exposição na Infância a Sustância Ilícita Epidemiologia 1 em cada 8 crianças nos EUA reside em lar com cuidador que usa substâncias; 3,2% dos brasileiros usaram substâncias ilícitas em pesquisa = 4,9 milhões de pessoas; A substância ilícita mais consumida no Brasil é a maconha, seguida da cocaína; Suspeição na Prática Cuidador não oferece histórico ou nega partes da história; História implausível para grau ou tipo de lesão; Demora inexplicada ou excessiva na procura de atendimento; Achados Clínicos Lesão atribuída a tentativa de ressuscitação em casa; História é contada com várias versões pelo cuidador; Lesão grave explicada como autoinflingida (culpa sem sentido) Intoxicação; Síndromes tóxicas. Abuso sexual; Lesões genitais; Alterações de comportamento; Queixas inespecíficas sem outras causas definidas (anorexia, enurese…). Suspeita Clínica Crianças Expostas a Substâncias Ilícitas 2 Encaminhar para órgãos de proteção; Manter avaliações médicas frequentes; Intoxicação - CIT. Abordagem Multiprofissional. Uso de Drogas na Infância e Adolescência Aproximadamente 1,4 milhões de pessoas entre 12 e 65 anos relataram uso de crack em pesquisa - sendo que, destes, 14% eram menores de idade (50 mil crianças/2012); Drogas voláteis são as mais comuns (cola de sapateiro, refil de isqueiro, lança-perfume) devido ao fácil acesso; Fatores de Risco Curiosidade; Procura por prazer; Aceitação social; Modismo; Transtorno de comportamento; Baixa autoestima; Genética; Fatores familiares; Problemas psicológicos. Abordagem → Modelo AADDOLESSE de Entrevista Psicossocial do Adolescente → Questionário CRAFFT Avaliação psiquiátrica; Terapia familiar; Cuidado continuado; Farmacoterapia. Etapas: Reabilitação; Aconselhamento; Terapia comportamental; Psicofarmacologia; Gestão de casos; Terapia familiar. Ética De Acordo com código de ética médica, “é vedado ao médico revelar sigilo profissional relacionado a paciente menor de idade, mesmo a seus pais ou representantes legais, desde que o menor tenha capacidade de discernimento, salvo quando a não revelação possa acarretar dano ao paciente”. → Um caso de abuso de drogas ou uso de droga com potencial de abuso/vício em uma única experiência que seja é suficiente para justificar a quebra do sigilo do paciente pediátrico, já que a manutenção do sigilo pode causar dano ao paciente. Prevenção Abordar sistematicamente todos os ambientes (familiar, escolar, comunitário) em busca de fatores de proteção e de risco. Crianças Expostas a Substâncias Ilícitas 3 Exposição Pré-Natal a Substâncias Ilícitas Avaliação Neonatal Identificação de mães usuárias; Identificação do bebê exposto para manejo precoce; Alterações do sistema neurorregulador; Sinais de abstinência. Causas de Abstinência no RN Exposição a opioides; Álcool; Benzodiazepínicos; Nicotina; Medicamentos psiquiátricos; Cocaína/crack; Exposição a várias substância pode exacerbar a gravidade de desregulação neurocomportamental. Cocaína/Crack Danos no feto: microcefalia, retardo mental, alterações ósseas, desconfortos respiratórios… Sinais Clínicos de Abstinência no RN Afeta 4 domínios comportamentais: Regulação autonômica; Atenção e controle do estado mental; Respostas a estímulos sensoriais; Controle motor e de tônus. Desregulação em qualquer um dos domínios; Manifestações: choro estridente, irritabilidade, distúrbios do sono, alterações de tônus, dificuldade de alimentação, DÉFICIT DE CRESCIMENTO; Dependem da substância, momento e quantidade do consumo materno; Se houver suspeita com exposição pré-natal, deve-se estender a hospitalização para detectar quaisquer sinais de abstinência; Reduz as chances de um bebê desenvolver os sinais de abstinência após a alta, maus-tratos e recaída materna. Diagnóstico Triagem materna positiva; Identificação de substância e metabólitos na urina (não 100% necessária); Sinais de abstinência neonatais; Testagem neonatal: urina, mecônio e sangue → pouco disponível, pouco específica. Escala de FINNEGAN Criada para opioides → usada para outras drogas; Baseado em dados das últimas 6h do neném; Aplicada de 3 em 3 horas; Crianças Expostas a Substâncias Ilícitas 4 Questões nas áreas: SNC, sistema respiratório, metabólico, motor e gastrintestinal → auxilia na indicação de tratamento farmacológico. Manejo Ambiente ideal; Acompanhamento multiprofissional; Cuidado materno; O RN: deve permanecer internado por 4-5 dias para identificar sinais/sintomas; Crack e cocaína podem ter início da síndrome de abstinência mais tardiamente (1 mês). Avaliar riscos concomitantes: Prematuridade; Restrição de crescimento; Infecções congênitas; Malformações congênitas. Terapias não farmacológicas: Cuidados ambientais; Aleitamento materno em mães seguramente abstinentes. Terapias farmacológicas em caso de: Se uso de opioides → morfina, metadona; Barbitúricos/benzodiazepínicos → fenobarbital; Múltiplas substâncias → metadona, clonidina. Exposição Pós-Natal a Substâncias Ilícitas Aleitamento Materno Álcool, nicotina → uso criterioso durante amamentação; Todas as drogas → contraindicadas durante amamentação; Crack/cocaína → alta concentração no leite materno; Garantir abstinência antes de iniciar amamentação; Esperar 24h para amamentar; Sintomas no RN: irritabilidade, choro, tremores, crises convulsivas. Opioides → depressão de SNC; Mães em tratamento de abstinência com metadona podem amamentar. Cannabis → sedação, hipotonia, atraso no DNPM.
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