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Intoxicações em Emergência 1 Intoxicações em Emergência Epidemiologia Menores de 1 ano → 60% das intoxicações são por medicamentos; Criança e adolescentes → intoxicação com produtos domissanitários é o dobro da população em geral (16-8%); De 1-4 anos → 24,2% (8,4%). 15-19 anos → intoxicação com pesticidas agropecuários (10,6%). Taxa de letalidade baixa (1-2% internam); Representam 5-10% das consultas em emergência; 5% das internação em UTI. 45-50% dos atendimentos CIT/RS; Intoxicação por Medicamentos Circunstância: Overdose acidental ou intencional; Associação/interação; Reações adversas. Epidemiologia: Sexo masculino; Idade → <12 anos (3,5%), 13-19 anos (6,1%), 20-59 anos (70,3%), >60 anos (18,1%). Agentes na Pediatria 1º Lugar → paracetamol (8,9%); 2º Lugar → produtos de limpeza (5,9%); 3º lugar → remédios para tosse/gripe. Suspeição Síndromes Clínicas Intoxicações em Emergência 2 Síndrome Sinais Associados Possível Agente Tóxico Adrenérgica Febre, rubor, taquicardia, hipertensão, contração pupilar (MIOSE) Antitussígenos, descongestionantes, anfetaminas, cocaína, ecstasy, teofilina Anticolinérgica (similar à adrenérgica → simpatomimética) Diagnóstico diferencial: dilatação pupilar (MIDRÍASE), boca seca, pele seca e quente Antidepressivos tricíclicos, antiparkinsonianos, antihistamínicos, atropínicos, antiespasmódicos Outros: fenotiazinas, cogumelos, colírios (ciclopentolatos) Atividade Parassimpática Miose, diarreia, incontinência urinária, sudorese, salivação, fraqueza muscular, fasciculação, paralisia Organofosforados Drogas p. miastenia (piridostigmina) Acidose Metabólica Taquipneia, respiração de kussmaul Etanol, monóxido de carbono, ferro, antidiabéticos, antidepressivos tricíclicos, salicilatos Pneumonite Química Tosse, disfunção respiratória, depressão do SNC, história de vômito pós ingestão (não é obrigatória) Xaropes, turpentinas, essências oleosas Ataxia Aguda ou Nistagmo Antihistamínicos, álcool, anticonvulsivantes (FNT e CBZ), barbitúricos, piperazina Metahemoglobinemia Cianose resistente a O2 Corantes, nitratos, benzocaína, fenacetina, nitroobenzeno, cloratos, sulfonamidas e metoclopramida Insuficiência Renal Oligúria, anúria, hematúria, mioglobinúria Etilenoglicol, metanol, cogumelos, oxalatos Êmese Violenta Aspirina, teofilina, corrosivos, fluoretos, ácido bórico, ferro Agentes Tóxicos que Mimetizam Doenças Comuns Sinal/Sintoma Toxina Diagnóstico Diferencial Colapso; hipoglicemia não-cetônica Etanol MCAD, glycogen disease Insuficiência hepática aguda Paracetamol Insuficiência hepática idiopática Hiperglicemia, cetose, depressão de SNC Acetona, teofilina Cetoacidose diabética Depressão de SNC, crise convulsiva, hipertermia Ecstasy Convulsão febril Hipertermia, taquipneia súbitos Salicilatos Pneumonia História, exame físico e exames laboratoriais Tratamento Prevenção da absorção: lavagem gástrica, carvão ativado; Aumento da excreção: múltiplas doses de CA, diurese forçada (salicilatos, barbitúricos), alcalinização da urina (aumenta a dissociação iônica de ácidos fracos, dificultando reabsorção nos túbulos), irrigação intestinal, diálise (toxinas de baixo peso molecular), hemofiltração (toxinas de alto peso molecular)… Descontaminação externa (via respiratória, via cutânea, via transcutânea); Acidificação da urina está em desuso por risco de hiperamonemia; Na hipertermia causado por intoxicação, os antitérmicos usuais não são efetivos (mecanismo não depende das prostaglandinas); Antídotos: Benzodiazepínicos → flumazenil; Ferro → deferoxamina; Opioides → naloxona; Paracetamol → NAC.
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