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AP� 20|S10P2| Fal�� de In�e��gên�i�?||SO� V |Isa���l� Afo��� de So�z� Inteligênci� Conceit�� ▪Um dos conceitos de inteligência é. '"Um mecanismo neural ou sistema de computação que é geneticamente programado para ser ativado por certas informações internas ou externas" ▪ capacidade global do indivíduo de agir com propósitos, de pensar racionalmente e de lidar eficazmente com seu ambiente. ▪ a inteligência é o conjunto das habilidades cognitivas da pessoa, a resultante, o vetor final dos diferentes processos intelectivos. ▪Tais habilidades permitem ao indivíduo identificar e resolver problemas novos, reconhecer adequadamente as situações cambiantes da vida e encontrar soluções, as mais satisfatórias possíveis para si e para o ambiente, respondendo às exigências de adaptação às demandas do dia a dia ▪As principais habilidades reunidas no construto inteligência são: -raciocínio, -planejamento, -resolução de problemas, -abstração, -categorização, -compreensão de ideias complexas, -aprendizagem eficaz e aprendizagem a partir da experiência. Desenvolviment� d� inteligênci� n� crianç� � n� adolescent� Segundo Jean Piaget (1896-1980): ▪ a inteligência na criança não é nem somente herdada, nem apenas aprendida. A inteligência, isto é, os processos mentais que criam, organizam e utilizam adaptativamente os conceitos e os raciocínios não são inatos, pois mudam ao longo da vida; não são também apenas aprendidos dos adultos, pois estes não nasceram com elas, foram adquirindo ao longo de seu desenvolvimento pessoal. ▪As ideias das crianças sobre o mundo são construções, que envolvem as estruturas mentais inatas e a experiência sociocultural. ▪O desenvolvimento da inteligência, por sua vez, ocorre pela substituição (de esquemas cognitivos prévios), aquisição e integração de novos esquemas cognitivos, e não apenas pela adição de habilidades cognitivas. Piaget descreveu quatro estágios do desenvolvimento ▪ cada fase do desenvolvimento da inteligência deve ser considerada como formada por estruturas mentais e comportamentais distintas em quantidade e qualidade. ▪desenvolvem-se progressivamente ao longo da vida da criança, uma se sucedendo a outra, enriquecendo de forma gradativa a cognição do indivíduo Período sensório-motor: ▪nos dois primeiros anos de vida. ▪ as estruturas mentais restringem-se ao domínio dos objetos concretos, das percepções e atos concretos. ▪predomínio os atos reflexos congênitos, e surgem gradativamente os primeiros hábitos motores, os primeiros esquemas perceptivos organizados e os afetos diferenciados. ▪O bebê ainda não apresenta um pensamento propriamente dito. ▪não existem a linguagem e a função simbólica, repousando as atividades mentais exclusivamente em percepções e movimentos. ▪A atividade cognitiva do bebê concentra: um conjunto coordenado de atividades sensório-motoras, sem que dela participe a representação ou o pensamento. AP� 20|S10P2| Fal�� de In�e��gên�i�?||SO� V |Isa���l� Afo��� de So�z� ▪A imitação é um procedimento fundamental nesse período para o desenvolvimento da cognição; imitação, aqui, é uma prefiguração, um núcleo embrionário da representação. ▪Os conceitos de “coisas”, “espaço”, “tempo” e “causalidade”, como categorias práticas do dia a dia, estruturam-se no fim desse período. Período pré-operatório: ▪ entre os 2 e os 7 anos de vida, quando são processados e desenvolvidos o domínio dos símbolos, a linguagem, os sentimentos interpessoais e as relações sociais. ▪ O brincar passa a ser um dos principais instrumentos do desenvolvimento cognitivo da criança. ▪ baseia-se naquilo que Piaget chama de “meia-lógica”. Nessa meia-lógica, as operações mentais já obedecem a determinada lógica; entretanto, esta é incompleta, faltando-lhe, por exemplo, a noção de reversibilidade nas operações e de conservação física. ▪ uma criança em fase pré-operatória comete o erro lógico de afirmar que a quantidade de água varia de acordo com a forma de seu recipiente. ▪Segundo Piaget, atividades semióticas, representativas, como o desenho, o brincar e a linguagem, desenvolvem-se plenamente nesse período, com consequências essenciais para o desenvolvimento sociocognitivo: a palavra vai gradativamente se interiorizando, plasmando-se uma linguagem interior, base do pensamento propriamente dito. Período operatório-concreto: ▪Entre os 7 e os 12 anos de idade, a criança aprende a dominar cabalmente as classes, as relações e os números, assim como a raciocinar sobre eles. ▪É o início do pensamento lógico, denominado por Piaget como “operações intelectuais concretas”. A socialização desenvolve-se plenamente por meio da escola ou fora dela, surgindo o sentido de cooperação social. A operatividade, marca do período operatório-concreto, é caracterizada pela possibilidade de a criança agir seguindo uma lógica, em função das implicações e consequências de suas ideias e pensamentos. ▪as relações entre as classes somente podem ser compreendidas quando apresentam evidência completa, isto é, quando estão de alguma forma presentes ou relacionadas ao campo perceptivo. ▪Os sistemas de pensamento, símbolos e relações puramente abstratas só chegarão ao seu pleno desenvolvimento no período seguinte. Período operatório-formal: ▪Dos 12 aos 16 anos AP� 20|S10P2| Fal�� de In�e��gên�i�?||SO� V |Isa���l� Afo��� de So�z� ▪ o adolescente se envolve com o domínio do pensamento plenamente abstrato, com os sistemas simbólicos e as categorias abstratas mais gerais, com o funcionamento mental e cognitivo do “mundo adulto” (ideias e sistemas de ideias como um sistema de valores éticos, o sistema democrático, os sistemas filosóficos, etc.). ▪ a capacidade de analisar o pensamento próprio em relação ao dos outros. ▪ tornam-se possíveis os sistemas lógicos e abstratos mais desenvolvidos do pensamento. Tais sistemas podem incluir complexas combinações de classes, sistemas de transformação de proposições lógicas, como operações inversas, negativas, recíprocas e contrárias. TRANSTORNOS DO DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL (CID-11) OU DEFICIÊNCIAS INTELECTUAIS (DSM-5) ▪são transtornos do neurodesenvolvimento que incluem condições de desenvolvimento comportamental e cognitivo deficitárias ▪ surgem durante o período de desenvolvimento da infância, geralmente antes de a criança ingressar na escola, e implicam dificuldades significativas na aquisição de funções específicas nas áreas intelectuais, sociais e motoras (CID-11; APA, 2014). ▪ há comprometimento das habilidades cognitivas que são adquiridas desde as primeiras fases de desenvolvimento da criança; assim, essas deficiências se iniciam, obrigatoriamente, na infância. ▪Adultos que aparentemente têm DI, mas têm um histórico confiável de infância e adolescência normais em termos cognitivos, não apresentam, por definição, DI (deve-se então, nesses casos, pensar em transtornos neurocognitivos – demências). ▪as DIs devem, obrigatoriamente, para o diagnóstico, implicar problemas e dificuldades adaptativas, nos domínios conceituais e intelectuais, sociais e práticos (DSM-5, CID-11). ▪O prejuízo intelectual nas DIs -dificuldade significativa ou impossibilidade em áreas como juízos e raciocínios, -solução de problemas, planejamento, pensamento abstrato, capacidade de aprendizagem na escola e aprendizagem por experiência. ▪ Tais prejuízos devem ser, sempre que possível, confirmados por testes de inteligência devidamente padronizados, validados para o idioma e a cultura do indivíduo e aplicados e interpretados de forma individualizada. ▪O prejuízo em funções adaptativas -dificuldades significativas ou impossibilidade da pessoa em ter uma vida independente e autônoma, com as responsabilidades sociais concernentes, considerando os padrões da sociedade e da cultura na qual vive. O DIAGNÓSTICO DE DI -forma confiável a partir dos 5 anos de idade; -antes disso, deve-se diagnosticar os atrasos na progressão cognitiva da criança; não é possível concluir que já existe DI. -A DI no adulto caracteriza-se pela presença de inúmeras limitações em áreas como linguagem e comunicação, autocuidado(saúde, higiene e segurança), habilidades em alcançar as expectativas de seu grupo cultural, capacidade de utilização dos recursos comunitários e capacidade adaptativa básica na escola, trabalho e/ou lazer. ▪exige além de desempenho inferior a 70 em testes individuais de QI, padronizados e validados para o grupo cultural do indivíduo, a identificação de um padrão de dificuldades significativas e/ou AP� 20|S10P2| Fal�� de In�e��gên�i�?||SO� V |Isa���l� Afo��� de So�z� incapacidades para a adaptação e baixos rendimentos cognitivos na vida diária. EPIDEMIOLOGIA DAS DEFICIÊNCIAS INTELECTUAIS: ▪ No Brasil: estimou que 1,4% das pessoas (de todas as faixas etárias) teriam DI no Brasil OS DIFERENTES NÍVEIS DE GRAVIDADE: DA INTELIGÊNCIA LIMÍTROFE ÀS DIs PROFUNDAS: 1. Inteligência limítrofe ▪ indivíduos com inteligência limítrofe costumam apresentar dificuldades sociais e cognitivas no contexto escolar ▪indivíduos com QI entre 70 e 84 estão na faixa de inteligência limítrofe. ▪nas escalas Wechsler (WISC-IV, WAIS-III e WASI), a inteligência limítrofe é considerada apenas quando o QI está entre 70 e 79 (possivelmente porque 5 pontos é a margem de erro da medida).. ▪Pessoas com inteligência limítrofe, por definição, não têm DI, e muitas delas não revelam dificuldades especiais na vida. ▪Dificuldades podem surgir quando essas pessoas são confrontadas com exigências cognitivas mais complexas e sofisticadas nos estudos, no trabalho ou na vida familiar. ▪Pessoas com inteligência limítrofe têm uma frequência mais alta de transtornos mentais (TMs, como transtornos do humor, por uso de substâncias e da personalidade) em relação à população geral. ▪preconiza que se avalie as pessoas com DI em três domínios, a fim de que se possam planejar intervenções e apoios o mais realistas e adequados possível: 》DOMÍNIO CONCEITUAL: inclui linguagem receptiva e expressiva, leitura e escrita, conceito de dinheiro, conceitos abstratos, raciocínio lógico; 》DOMÍNIO SOCIAL: implica as relações interpessoais, ações como assumir responsabilidades e seguir regras, autoestima e vulnerabilidade de ser usado ou enganado; 》DOMÍNIO PRÁTICO: inclui as atividades da vida diária (alimentar-se, vestir-se, usar o banheiro, locomover-se) e as atividades instrumentais da vida diária (preparar refeições, ajudar a cuidar da casa, usar o transporte, lidar com os medicamentos, lidar com a internet e as redes sociais). O diagnóstico cuidadoso de DI e de seu nível (LEVE, MODERADO, GRAVE E PROFUNDO) ▪é importante, pois permite que se identifiquem dificuldades, riscos e limitações que podem ser objeto de intervenções bem planejadas. ▪As áreas que necessitam de avaliação, por exemplo, se referem a apoio e orientação na vida doméstica, na escola, no ensino e na aprendizagem; ajuda de amigos; planejamento da vida econômica; assistência e apoio no trabalho; acesso a recursos da comunidade (uso de transporte público, participação em centros culturais, brinquedotecas); prevenção e assistência à saúde; riscos em relação à segurança e a ser manipulado, abusado e explorado por pessoas ou grupos. 2. DI LEVE ▪presume-se a interação de fatores genéticos e ambientais desfavoráveis. ▪Trata-se do grupo mais frequente de pacientes e compreende cerca de 80% de todos os indivíduos com algum grau de DI. AP� 20|S10P2| Fal�� de In�e��gên�i�?||SO� V |Isa���l� Afo��� de So�z� ▪nos testes de inteligência, QI na faixa de 50 a 69. 》No domínio conceitual: -As aquisições no desenvolvimento neuropsicomotor dos 3 primeiros anos podem ser normais. -Dificuldades nas habilidades escolares, como aprendizagem de leitura, escrita e matemática, e necessidade de apoio significativo para alcançar as expectativas associadas à idade. -Dificuldades em lidar com conceitos abstratos complexos e raciocínio lógico, além de problemas matemáticos 》 No domínio social: interações sociais - Dificuldades para perceber, com exatidão e acurácia, pistas sociais na relação com pares. - As conversas e a linguagem indicam que seu pensamento é mais concreto e imaturo do que o de pares da mesma idade. -Possíveis dificuldades na regulação das emoções com os pares da mesma idade. -Possíveis dificuldades em lidar com a noção de risco, apresentar julgamento social imaturo, além de risco de ser manipulado pelos outros. 》 No domínio prático: atividades da vida diária e da vida laboral -Podem ser totalmente independentes em relação aos próprios cuidados, mas precisar de apoio para realizar tarefas complexas da vida diária que envolvam, por exemplo, a organização das compras para a casa, o uso dos meios de transporte, a administração do dinheiro. - São potencialmente capazes de realizar atividades que requeiram mais habilidades práticas que intelectuais, como trabalhos manuais não especializados ou semiespecializados. ▪ fatores de risco importantes, são: - baixo peso ao nascer (peso menor que 2,5 kg, com risco maior para inferior a 1,5 kg), -idade gestacional significativamente menor (crianças que nascem bem antes da data prevista do parto), -idade avançada da mãe, nível educacional muito baixo da mãe e sexo masculino da criança. 3.DI MODERADA -Pessoas com DI moderada constituem cerca de 10 a 15% do total da população com DI. - nos testes de inteligência, QI na faixa de 35 a 49. -apresentam desenvolvimento neuropsicomotor, particularmente da linguagem e da compreensão, lentificado e incompleto. 》 No domínio conceitual: -A aquisição da fala e de outras habilidades no período pré-escolar é claramente mais lenta em relação à das crianças de mesma idade. -A aquisição escolar é bastante limitada. -Os progressos em leitura, escrita, matemática, percepção e uso do tempo e do dinheiro são lentos e ficam bem atrás dos de pares de mesma idade. -Apenas alguns indivíduos com esse grau de deficiência aprendem elementos de leitura, escrita e cálculo. Dificilmente vão além do primeiro ou segundo ano escolar em contextos educacionais onde não há aprovação automática. -São capazes de realizar tarefas e trabalhos práticos e simples se forem adequadamente estruturados e tiverem apoio nos vários aspectos do trabalho. 》 No domínio social: -Há diferenças importantes em relação aos pares em termos de comportamento social e comunicação. -A linguagem comunicativa é bem menos complexa do que a de pares de mesma idade. -Podem ter e manter amizades satisfatórias e eventualmente ter relacionamentos românticos (namorar, paquerar), mas podem apresentar AP� 20|S10P2| Fal�� de In�e��gên�i�?||SO� V |Isa���l� Afo��� de So�z� dificuldades para perceber regras e pistas sociais. -Podem ter dificuldades para tomar decisões, e os relacionamentos interpessoais podem ser limitados pelas dificuldades de comunicação e interação social. - Têm necessidade de receber apoio social e na comunicação para que atividades no trabalho (geralmente tarefas simples) possam ocorrer com sucesso. Muitos desses indivíduos, apesar de visivelmente deficientes e desajeitados no contato interpessoal, gostam da interação social e podem estabelecer uma conversa simples. 》No domínio prático: - Uma vida completamente independente na idade adulta poucas vezes é alcançada. -Podem ser capazes de dar conta de atividades básicas como alimentar-se, vestir-se, controlar esfíncteres e realizar higiene pessoal. - As tarefas domésticas, como limpar a casa, lavar pratos, arrumar as camas, podem ser aprendidas depois de paciente período de ensino. - Na vida adulta, necessitam de amplo apoio para o manejo de tarefas um pouco mais complexas no trabalho, para o transporte em meios coletivos e para o controle do dinheiro. - Epilepsia e incapacidades neurológicas e físicas são mais frequentes na DI moderada do que na leve. 4. DI GRAVE - a linguagem geralmente está bastante afetada ou há quase total incapacidade na comunicação verbal, em vários casos, utilizar comunicação alternativa. -Às vezes, os indivíduos não falam ou apenas aprendem algumas palavras. - Os pacientes têm QI de 20 a 34. 》 No domínio conceitual: -Pouca ou nenhuma compreensão da linguagem escrita e de conceitos que envolvamnúmeros, quantidade, tempo e dinheiro. -Necessitam de cuidadores praticamente em tempo integral, bem como de grande apoio deles para a solução de problemas ao longo da vida. 》No domínio social: - A linguagem falada é muito limitada em termos de vocabulário e gramática. A comunicação falada pode ser composta de palavras isoladas, e é frequente a necessidade de uso de comunicação alternativa. - A comunicação se atém ao foco do aqui e agora dos eventos diários. -Entendem apenas comunicação com discursos simples ou comunicação gestual simples. 》 No domínio prática: -Necessitam de apoio para todas as atividades cotidianas, inclusive para alimentar-se, vestir-se, tomar banho, urinar e defecar. - necessitam de supervisão em todos os momentos de suas vidas. - apresentam certos comportamentos mal adaptativos, como de autolesão. -durante a infância, desenvolvimento motor e neuropsicológico bastante prejudicado e retardado. -Tais pacientes apresentam com frequência aumentada epilepsia, déficits sensoriais e motores. -Muitas, entretanto, são capazes de andar sem auxílio. Esse grupo reúne cerca de 3 a 4% dos indivíduos com DI. -são comuns a hiperatividade grave e os comportamentos de autolesão, como bater a cabeça, morder as mãos ou cutucar os olhos deficiências sensoriais e motoras podem prejudicar o uso dos objetos. 》No domínio social: AP� 20|S10P2| Fal�� de In�e��gên�i�?||SO� V |Isa���l� Afo��� de So�z� ▪não há comunicação falada, pois a comunicação simbólica na fala e nos gestos é muito limitada. A comunicação é mais viável de forma não verbal, não simbólica. ▪Podem entender algumas instruções muito simples e gestos elementares. ▪Apreciam relacionamento com pessoas bem conhecidas, mas não conseguem iniciar interações sociais. ▪Com frequência apresentam prejuízos sensoriais e motores que impedem muitas atividades sociais. 》 No domínio prático: ▪Dependem de outras pessoas de forma integral para todos os aspectos do cuidado físico diário. ▪Ações simples com objetos podem servir como base para algumas atividades úteis. ▪ Podem gostar de ouvir música, brincar na água, sair para passear, sempre com apoio integral de outras pessoas. ▪ Os prejuízos sensoriais e motores com frequência impedem maior participação na vida prática da família. Podem ter comportamentos de autolesão. 5. DI PROFUNDA -revela uma causa orgânica eventualmente reconhecível e, com frequência, vem acompanhada de distúrbios físicos e neurológicos, como epilepsia, déficit visual e/ou auditivo e incapacidades motoras. -Esse grupo compreende cerca de 1 a 2% dos indivíduos com DI. - O QI dessas pessoas fica abaixo de 20. -apresentam grave limitação da capacidade de entender (mesmo comandos simples) ou de agir de acordo com solicitações ou instruções. 》 No domínio conceitual: -Praticamente não há processos simbólicos, as habilidades conceituais se restringem ao mundo físico, podem utilizar objetos de forma simples, de maneira direcionada a metas, também simples. Podem apresentar algumas habilidades visuoespaciais (combinar e classificar), baseadas em características físicas dos objetos. -Entretanto, deficiências sensoriais e motoras podem prejudicar o uso dos objetos. 》 No domínio social: -não há comunicação falada, pois a comunicação simbólica na fala e nos gestos é muito limitada. A comunicação é mais viável de forma não verbal, não simbólica. -Apreciam relacionamento com pessoas bem conhecidas, mas não conseguem iniciar interações sociais. -apresentam prejuízos sensoriais e motores que impedem muitas atividades sociais. 》 No domínio prático: - Dependem de outras pessoas de forma integral para todos os aspectos do cuidado físico diário. - Ações simples com objetos podem servir como base para algumas atividades úteis. - Podem gostar de ouvir música, brincar na água, sair para passear, sempre com apoio integral de outras pessoas. - Os prejuízos sensoriais e motores com frequência impedem maior participação na vida prática da família. Podem ter comportamentos de autolesão. ▪ as quatro causas mais frequentes de DI são: 1) síndrome de Down, 2) hipoxia-isquemia cerebral perinatal, 3) transtornos do espectro alcoólico fetal ou síndrome alcoólica fetal (SAF) 4) síndrome do X frágil. AP� 20|S10P2| Fal�� de In�e��gên�i�?||SO� V |Isa���l� Afo��� de So�z� Causas da deficiência intelectual: ▪ estima-se que uma avaliação correta e bem-feita de uma pessoa com DI, que inclua uma anamnese completa e um exame clínico adequado, seja capaz de identificar a etiologia da deficiência em até 70% dos casos ▪A privação psicossocial grave, relacionada a marcantes negligências (ausência total dos pais ou substitutos), desnutrição proteico-calórica nos primeiros anos de vida, falta de estímulos cognitivos e afetivos adequados e violência em relação à criança (violência verbal ou física, abuso físico, sexual, humilhações), representam fatores relevantes para a DI, sobretudo de leve e moderada. TIPOS DE INTELIGÊNCIA ▪distinguem diferentes tipos de inteligência, que correspondem às várias habilidades ou áreas da cognição, como: inteligência verbal, visuoespacial, visuoconstrutiva, aritmética, capacidade lógica, capacidade de planejamento e execução, capacidade de resolução de problemas novos, inteligência para a abstração e para a compreensão, inteligência criativa, entre outras. . INTELIGÊNCIA FLUÍDA . ▪ se contrapõe à cristalizada. ▪ verifica a capacidade de resolução de problemas novos, independentemente de conhecimentos prévios. ▪ Tais problemas não são passíveis de resolução automática, pois dependem de raciocínio, da atenção sustentada e seletiva, da inibição de estímulos e de informações irrelevantes, da memória de trabalho e das funções executivas (planejamento, busca de estratégias novas e monitoração da ação e de seus resultados). ▪ tem uma base genética e seria relativamente independente do histórico de conteúdos aprendidos pelo indivíduo. INTELIGÊNCIA CRISTALIZADA . ▪conjunto de conhecimentos previamente adquiridos e armazenados no cérebro do indivíduo, disponíveis na memória de longo prazo para serem utilizados. ▪conjunto de conhecimentos em termos de linguagem, informações e conceitos da cultura da pessoa, em toda sua amplitude e profundidade. INTELIGÊNCIA SOCIAL . ▪Considerando que o ser humano apresenta um marcante elemento social, reflexivo, que o faz participar ativamente e ser definido e constituído por seu ambiente social. ▪Os processos cognitivos mais importantes se desenvolvem em relação estreita com o mundo social e cultural em que se vive. . INTELIGÊNCIA EMOCIONAL. . AP� 20|S10P2| Fal�� de In�e��gên�i�?||SO� V |Isa���l� Afo��� de So�z� ▪ conjunto de capacidades relativas ao processamento de informações emocionais. ▪As várias definições de inteligência emocional incluem habilidades como autoconsciência emocional, empatia, consciência emocional do outro, capacidade de utilizar emoções para fazer julgamentos, capacidade de administrar conflitos, habilidade de construir laços de trabalho e de trabalhar em equipe. A escala de Wechler . ▪um método eficaz e amplamente utilizado para avaliação e interpretação de inteligência do paciente. Tal teste apresenta atualizações constantes para melhor eficácia e aplicações especificas a depender da faixa etária As inteligências de Howard ▪Lógico - matemática ▪Espacial ▪Linguistica ▪Musical ▪Corporal ▪Interpessoal|Intrapessoal RETARDO MENTAL ▪Condição caracterizada por limitações significativas do funcionamento intelectual na conduta adaptativa às habilidades práticas , sociais e conceituais". ( Com início antes dos 18 anos de idade)
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