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APSV - Marco Legal das Startups

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MARCO LEGAL 
DAS STARTUPS
Entenda de forma simples e rápida!
O Marco Legal das Startups – Lei complementar nº 182/2021 – é 
uma nova legislação que tem por objetivo facilitar os negócios 
de startups, trazendo incentivo, desburocratização e 
segurança jurídica para essas empresas.
A Lei foi sancionada pelo Presidente da República e publicada 
em 02 de Junho de 2021.
Ainda assim, alguns pontos relevantes ficaram de fora, como 
destacaremos a seguir, restando a expectativa de que sejam 
abordados em futuras regulamentações sobre essa temática de 
empreendedorismo inovador.
INTRODUÇÃO
Assim, para ser considerada startup, e, consequentemente, receber o 
tratamento especial do Marco Legal das Startups, a empresa tem que 
atender a estes requisitos:
Definição legal de startups
Faturamento: até 16 milhões por ano; ou 1,3 milhões por mês, 
se a empresa ainda não tiver um ano desde a constituição.
Tempo de constituição: no máximo 10 anos desde a inscrição 
no CNPJ. Para os casos de novas empresas decorrentes de 
incorporação, fusão e cisão, o Marco Legal apresenta regras 
específicas.
Modelo de negócio: ter declarado, no ato constitutivo, que 
utiliza modelo de negócio inovador e/ou que está enquadrada 
no Inova Simples.
Proteção aos investidores
O Marco Legal das Startups formalizou em legislação a possibilidade de 
os investidores não serem considerados sócios da startup investida.
Na prática, essa proteção já era assegurada de forma 
contratual, por meio de contratos de opção de compra, 
debêntures e mútuos conversíveis, estruturação de 
Sociedades em Conta de Participação, entre outros.
Já existia anteriormente no Brasil um conceito legal 
para startups, na Lei do Inova Simples. No entanto, o 
Marco Legal das Startups trouxe novas definições, 
com um enquadramento mais objetivo.
Entretanto, mesmo havendo essa proteção contratual, a ausência de 
norma que regulamentasse o assunto deixava os investidores suscetíveis 
aos riscos de serem considerados como sócios das startups, em eventuais 
interpretações equivocadas do Poder Judiciário. 
Com o Marco Legal, foi dada uma maior segurança a essas 
operações de investimento, inclusive nos casos de 
desconsideração da personalidade jurídica, evitando a 
responsabilização dos investidores em relação a dívidas 
trabalhistas ou tributárias, por exemplo. 
Benefícios para empresas que têm 
obrigação de investir em pesquisa
Algumas empresas são obrigadas, por legislação, 
a investir em pesquisa, como é o caso das 
pertencentes aos setores de energia elétrica e de 
exploração de petróleo. 
Nesses casos, o Marco Legal das Startups facilita o investimento em 
startups, que pode ser feito por meio de:
Fundos Patrimoniais: Conjunto de recursos 
financeiros que estão à disposição da instituição para 
que destine seus rendimentos e eventuais novos 
investimentos para determinadas funções, buscando 
manter o valor do patrimônio.
Fundos de Investimento em Participação (FIP): 
Fundos de recursos financeiros que têm por objetivo 
comprar ativos que dão direito a participação 
societária em startups, objetivando futuros retornos 
aos investidores.
É importante dizer, ainda, que a Lei do Bem (Lei nº 11.196/05) concede 
incentivos tributários para essas empresas que têm de investir em 
pesquisa e desenvolvimento. Essa Lei permite que qualquer empresa 
tributante do Lucro Real usufrua da exclusão de 60% a 80% do IR sobre 
despesas efetuadas com Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação 
Tecnológica. 
Sandbox regulatório 
(ambiente de regulação experimental)
O sandbox regulatório é um conjunto de 
condições especiais simplificadas para que as 
startups possam desenvolver, de maneira 
e x p e r i m e n t a l , m o d e l o s d e n e g ó c i o s 
inovadores com consumidores reais, sem 
precisar mudar toda a regulação existente.
Buscando desburocratizar a inovação, o Marco Legal 
das Startups delegou para os órgãos e entidades 
públicos competentes a atribuição de não aplicar 
algumas normas de regulamentação às startups, para 
que, atendendo a determinados requisitos previstos 
em seleção, possam “experimentar” seu produto ou 
serviço no mercado de forma mais flexível.
Programas/Editais/Concursos de financiamento, 
aceleração ou escalabilidade de startups.
O sandbox regulatório é muito importante para validar soluções 
inovadoras de maneira controlada e mitigar riscos de eventuais 
prejuízos, já que os entes públicos competentes estarão acompanhando 
o desenvolvimento desses processos, de maneira sistemática e pré-
estabelecida.
De acordo com a Financial Conduct Authority (FCA), entidade que regula 
o mercado financeiro do Reino Unido, a aplicação do ambiente 
regulatório experimental fez alcançar benefícios como: 
promoção de competição mais efetiva no sistema 
financeiro
redução dos custos e do tempo de entrada de 
ideias inovadoras no mercado
mais facilidade na obtenção de recursos para 
projetos inovadores
possibilidade de o regulador constituir uma 
relação mais próxima com o mercado, auxiliando 
na construção de critérios apropriados de 
proteção ao consumidor em novos produtos e 
serviços relacionados com as tecnologias 
inovadoras aplicadas ao mercado financeiro
Atualmente, ambientes de regulação experimental já são utilizados pelo 
Banco Central, pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pela 
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), para os seguintes 
segmentos:
sistemas financeiro 
e de pagamento
mercado de capitais mercado de 
seguros privados
%
CVM SUSEPBC
Forma especial de contratar 
com o Poder Público
De acordo com a nova lei, para contratar com o 
Poder Público, as startups seguirão um 
procedimento especial de licitação. 
O órgão público abrirá o edital de licitação apresentando um problema 
a ser resolvido e os resultados que espera. Assim, a startup que 
apresentar maior potencial de resolução do problema e viabilidade do 
modelo de negócio poderá ser considerada vencedora. A nova 
legislação prevê, ainda, a simplificação das fases de habilitação, 
considerando a realidade das startups.
Depois da licitação, poderá ser firmado Contrato Público para Solução 
Inovadora (CPSI), que deverá conter:
As metas a serem atingidas
A metodologia a ser seguida
A periodicidade da entrega de relatórios de 
andamento da execução do contrato
Esclarecimentos sobre os direitos de propriedade 
intelectual da startup desenvolvedora da ideia
O contrato terá valor máximo de R$ 1,6 milhões, e duração 
de 1 ano, podendo ser prorrogado por mais 1 ano. 
Quando o CPSI encerrar, a Administração poderá convertê-lo em 
contrato de fornecimento do produto/serviço, sem nova licitação, pelo 
prazo de 2 anos, prorrogável por mais 2 anos. 
Mudanças na Lei de S.A. 
O Marco Legal das Startups traz mudanças para a Lei de S.A., visando 
desburocratizar a criação e o funcionamento desse tipo de empresa, com 
estruturação mais simples e diminuição de custos. Algumas das 
principais alterações foram:
Administração: considerando o quadro normalmente enxuto 
das startups, agora será suficiente que apenas 1 pessoa 
componha a Diretoria.
Livros e publicações: para as empresas que faturarem até R$ 
78 milhões no ano, as publicações (inclusive atas e 
demonstrações financeiras), assim como os livros sociais, 
poderão ser feitas eletronicamente, e não mais só por meio 
físico. 
Patentes: os pedidos de patentes ou registros de marcas de 
startups participantes do Inova Simples junto ao Instituto 
Nacional da Propriedade Intelectual (INPI) serão analisados 
com prioridade no Portal Redesim.
Mercado de capitais: flexibilização das regras para acesso ao 
mercado de capitais, sendo permitido dispensar as 
obrigatoriedades de instalação de conselho fiscal e 
intermediação de bancos, mediante regulamentação da 
CVM.
Temas importantes que ficaram de fora 
Apesar das muitas contribuições apresentadas, diversos temas que 
eram aguardadosacabaram não sendo contemplados pelo projeto de 
lei. Dentre eles, se destaca a ausência de regulação de: 
Stock option: Significa a dada aos “opção de compra de ações”
funcionários de uma empresa. A grande vantagem desse programa é 
que possibilita ao colaborador a compra de participação na empresa a 
preço bem abaixo do mercado, facilitando a retenção de talentos e a 
própria motivação do funcionário.
O Brasil ainda não possui normas específicas sobre isso, 
ficando a cargo do estatuto da empresa defini-las – mas a 
ausência de legislação sobre o assunto ocasiona o risco de 
caracterização dessa remuneração como salário, para fins 
trabalhistas, o que poderia gerar passivos trabalhistas e 
previdenciários à startup empregadora. 
Simples Nacional para S.A.: o Simples Nacional é um regime que 
simplifica a tributação da empresa: mensalmente, todos os impostos e 
demais tributos são recolhidos de uma vez só. Contudo, atualmente esse 
regime só se aplica a microempresas, empresas de pequeno porte e 
microempreendedores individuais, não abrangendo Sociedades 
Anônimas (S.A.)
Muito se aguardou a extensão do Simples Nacional 
às S.A.s, tipo empresarial utilizado pelas startups 
para facilitar a estruturação de aportes de 
investimentos; mas o Marco Legal também não 
tratou da questão. 
@apsvadvogados apsvadvogados
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