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UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ
Thainara Alves do Nascimento Aleixo
TRANSTONO OPOSITOR DESAFIADOR – COMO ENFRENTAR O TOD NA ESCOLA
Rio de Janeiro
2022
UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ
Thainara Alves do Nascimento Aleixo
TRANSTORNO OPOSITOR DESAFIADOR – COMO ENFRENTAR O TOD NA ESCOLA
Trabalho apresentado como requisito obrigatório para conclusão do curso de Pedagogia, no formato de artigo científico, resultante da pesquisa desenvolvida no ano de 2022, sob a orientação de Marcia Cristina de Faria
Rio de Janeiro
2022
TRANSTORNO OPOSITOR DESAFIADOR – COMO EFRENTAR O TOD NA ESCOLA
Thainara Alves do Nascimento Aleixo
RESUMO
Este trabalho apresenta alguns fatores importantes sobre o TOD, principalmente como ele se desenvolve na vida do sujeito, destacando como a os aspectos da natureza biológica, psicológica e social podem influenciar no seu desenvolvimento e como lidar com ele na escola, onde o principal foco é ajudar a criança ou adolescente no local onde passam a maior parte do seu tempo, e em seu ambiente familiar, pois trata-se de um trabalho em conjunto. O objetivo é passar informações sobre este transtorno e principalmente sobre os alunos acometidos desse comportamento para que seja realizado um trabalho de qualidade e efetivo dentro da sala de aula, sendo realizado com base em pesquisas bibliográficas. 
Palavras-Chaves: Transtorno; TOD; Educação; Inclusão; Escola.
INTRODUÇÃO
O TOD - Transtorno opositor desafiador está inserido no dia-a-dia, no meio social, mas que mesmo assim ouve-se pouco sobre o mesmo, não há tantos estudos sobre este transtorno que está tão presente em nas vidas de tantas pessoas que não tem acesso à devida assistência ou é imperceptível por falta de conhecimento. 
Neste trabalho será apresentado mais sobre este transtorno, suas principais características, como identifica-las no ambiente escolar, compreender a razão pela qual os sujeitos opositores possuem dificuldade em aprender; entender se o ambiente familiar e a história de vida do sujeito podem desencadear o TOD, e como podemos ajudar e, incentivar os sujeitos com transtorno opositor desafiador no ambiente escolar.
Definição de transtorno opositor desafiador
O Transtorno Opositor Desafiador, conhecido também como TOD, é um transtorno psicológico apresentado geralmente por crianças, onde sua principal característica é a desobediência e comportamentos negativos podendo ser confundido com birras, pirraças e malcriação. 
(...) Um transtorno do desenvolvimento do autocontrole que consiste em problemas com os períodos de atenção, com o controle do impulso e o nível de atividade. [...] Esses problemas são refletidos em prejuízos na vontade da criança ou em sua capacidade de controlar seu próprio comportamento relativo à passagem do tempo – em ter em mente futuros objetivos e consequências. Não se trata apenas [...] de uma questão de estar desatento ou hiperativo. Não se trata apenas de um estado temporário que será superado, de uma fase probatória, porém normal, da infância. Não é causado por falta de disciplina ou controle parental, assim como não é o sinal de algum tipo de “maldade” da criança. (BARKLEY, 2002, p. 35).
Antes de aprender a lidar com o TOD, é necessário entender o que ele é, como se desenvolve, suas principais características e como é feito seu diagnóstico. 
Este transtorno está associado a disfunções pessoais, sociais e familiares. A criança com TOD pode apresentar alguns sintomas que variam de um para outro, alguns dos sintomas são: 
· Explosão de raiva 
· Resistir a aceitar ordens 
· Tentativas de irritar as pessoas 
· Manipulação 
· Rejeição por colegas 
· Baixa autoestima 
· Isolamento social 
· Culpar os outros por seus erros ou ao comportamento 
· Impulsividade 
· Desobediência continua às figuras de autoridade, como pais, 
professores e coordenadores 
· Agressão emocional, atuando de forma opositiva ao que se espera 
Estes sintomas podem aparecer em qualquer fase da vida mas, o mais comum é na faixa etária entre 06 aos 12 anos. 
Este transtorno se subdivide em grau de gravidade como:
· Suave: Quando suas características são apresentadas apenas em um lugar especifico como, só na escola ou só em casa ou em algum outro lugar.
· Moderado: Quando suas características ocorrem em dois lugares específicos, como escola e casa, ou algum outro lugar. 
· Forte: Quando suas características ocorrem em três ou mais lugares. 
O TOD tem grande impacto na vida escolar da criança que o tem, não só por afetar o relacionamento do mesmo com outras crianças, mas, no seu aprendizado, tornando um desafio para o sujeito opositor e para os professores. 
A indisciplina no ambiente escolar seria resultado de um total descaso por parte dos alunos pelos seus professores. Eles não consideram erradas as condutas contrárias à moral, consequentemente, não entendem porque deveriam envergonhar-se de ter cometido tal desatino, visto que, para seus padrões pessoais ou os padrões do grupo acolhedor, as regras seriam outras, às vezes baseadas no que consideram ser justo e que a escola não apresenta. Sendo assim, o estudante pode descartar a figura do professor, não o concebendo como alguém capaz de contribuir para sua formação ou para reforçar o sentimento de dignidade como ser moral. (MUNHAES, 2015, P. 40)
Alguns sintomas do TOD são associados ao TDAH, como por exemplo: Facilidade de distração; falta de foco e; déficit de atenção. Em maior parte, os casos de TOD são diagnosticados como outro transtorno, neste caso, 50% dos paciente que são diagnosticados com TOD também são diagnosticados com TDAH, por isso é muito comum ver sintomas iguais ou parecidos com outros transtornos, o que acaba muitas vezes mascarando o TOD e, o mesmo, acaba não sendo diagnosticado e tratado da maneira correta.
Quando não tratado devidamente, os casos de Transtorno Opositor Desafiador podem se agravar e evoluir pro TC (transtorno de conduta) na sua adolescência, mais presentes em meninos, sua incompreensão pode causar além da evolução para TC, a depressão.
“Quando o TDO não é tratado, a evolução para o transtorno de 
conduta pode ocorrerem até 75% dos casos. Naquelas em que
o início dos sintomas se iniciaram antes dos oito anos de idade, 
o risco de evolução será maior. O diagnóstico e o tratamento 
precoces exercem um papel preventivo importante.”
(VALLE, 2015, p. 14)
Assim como os outros transtornos seus sintomas costumam ser percebidos por professores ou familiares, que percebem a frequência dos sintomas, como a rejeição a ordens, quando isso se torna algo muito rotineiro; a impulsividade, quando pequenas coisas conseguem deixa-lo muito irritado facilmente; e o isolamento social, onde o aluno não consegue se relacionar com os outros.
Para o diagnóstico, é necessário que a criança/adolescente passe por uma avalição com duração no mínimo de seis meses para análise da decorrência dos sintomas. 
Embora seja um transtorno pouco conhecido, além de adaptação na escola e na família é necessário que o aluno seja direcionado para tratamento, onde com eficácia é possível diminuir a impulsividade. O tratamento é orientado por um especialista, sendo neurologista ou um psiquiatra infantil, que identificam os sintomas e realizam o tratamento de acordo com o quadro de cada paciente. 
É de suma importância que os profissionais e familiares sejam atentos as características deste transtorno pois assim como os outros, quanto mais cedo inicia-se o tratamento, melhor a expectativa sobre os resultados.
Como o TOD é desenvolvido
Embora não exista uma causa específica para o surgimento do TOD, alguns estudos apontam que o desenvolvimento do transtorno opositor desafiador pode decorrer de alguns fatores, sendo eles biológicos ou sociais. 
· Fator social: O ambiente em que a criança/ adolescente vive diz muito sobre a forma como ele age, logo isso pode influenciar a questão psicológica do sujeito, uma pessoa que vive em um lar ou um meio agressivo, autoritário, desrespeitoso e entre outros,pode desenvolver o TOD. 
· Fator biológico (genético): é mais comum em casos onde os pais apresentam algum outro transtorno comportamental, como, Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), entre outros.
Alguns estudos também apontam que mães com Transtornos Depressivos estão mais propensas a terem filhos com TOD. 
É de grande importância que após o diagnóstico haja sempre a entrevista e o acompanhamento da família, para que a escola e o profissional especializado possa entender e averiguar as possíveis causas deste transtorno e seu devido tratamento, pois assim os familiares ajudam os profissionais a compreenderem melhor o aluno e os profissionais ajudam os familiares a lidarem melhor com as situações de crises.
“Complicações pré e perinatais; complicações da gravidez e do parto; prematuridade e baixo peso ao nascer, lesões ou complicações cerebrais menores; Psicopatologia e 
comportamento criminoso na família: comportamento criminoso, personalidade antissocial e alcoolismo em um dos genitores; Histórico familiar de personalidade antissocial, abuso de drogas, TDHA, transtorno de humor, transtorno de aprendizagem; 20 Desempenho materno e paterno deficiente: comunicações coercitivas dos pais aos filhos; disciplina inconsciente, punição severa ou física e pai\mãe permissivos ou excessivamente controladores; Supervisão deficiente: poucas regras e falta de supervisão; Perturbação das qualidades das relações familiares: pouca aceitação dos filhos por parte dos pais; falta de calor humano, afeição, apoio emocional e apego; Discórdia conjugal: conflitos e\ou violência doméstica; Tamanho da família: família muito grande; Irmãos com comportamento antissocial (especialmente irmão mais velho); Desvantagem sócio econômica: pobreza, excesso de pessoas no lar, desemprego, habitação precária, estresse financeiro e falta de apoio.”
(GONÇALVES, 2014, p.8)
Um lar estruturado e estável é importante para qualquer educação infantil, pois para aprendizagem de qualquer criança é necessário que a base da sua família seja o afeto, respeito e a responsabilidade, na falta dessas coisas é possível desencadear transtornos como o TOD, por isso, o apoio e o companheirismo da família torna-se importante no desenvolvimento da criança, os primeiros a pedirem e aceitarem ajuda devem ser os responsáveis, pois só é possível realizar o tratamento com o trabalho conjunto. 
O TOD no ambiente escolar
A criança tem como um de seus principais meios sociais a escola, é onde a criança, desde nova, aprende a se desenvolver socialmente. 
Porém, como dito acima, a criança/adolescente portador do Transtorno Opositor Desafiador tem dificuldade de socialização devido ao seu comportamento como seu jeito explosivo, sua agressividade e preferência por isolamento social. 
Em seu ambiente de trabalho, o professor deve estar sempre atento para o comportamento de seus alunos e estar apto para auxiliar em suas necessidades.
“Cumpre ressaltar a importância da equipe pedagógica pensar em estratégicas que dinamizar essa fragilidade na escola, pois é essencial que a formação que a escola possibilita aos indivíduos e, se esse aluno permanecer com esse comportamento, irá afetar sua formação. Por isso, a escola e os professores devem se empenhar em proporcionar práticas que contribuirão para o aluno incluindo-o, pois muitas vezes ele pode se sentir excluído. 
(BARBOSA, 2017, p. 167)
“Um aluno com TOD apresenta, na escola um comportamento característico. Discute com professores e colegas; recusa-se a trabalhar em grupo; não aceita ordens; não realiza deveres escolares; não aceita críticas; desafia autoridade de professores e coordenadores; deseja tudo ao seu modo; é o “pavio curto” ou “esquentado” da turma; perturba outros alunos; responsabiliza os outros por seu comportamento hostil.” 
(TEIXEIRA, 2014, p. 25, grifos do autor). 
Nota-se a dificuldade de um aluno portador do TOD ao permanecer em sala de aula, isso influencia o aprendizado se os profissionais não estiverem preparados para fazer o trabalho pedagógico efetivo em relação ao transtorno, por isso a importância da adaptação da sala de aula para tornar-se um local inclusivo. Os demais alunos sem necessidades especiais, conseguem acompanhar e se desenvolver em um modelo de ensino inclusivo, porém para o aluno com transtorno psicológico, o ensino comum não terá a mesma eficácia.
“Na escola o desempenho está comprometido na maioria das vezes, pois ele não participa das aulas, não realiza trabalhos ou deveres escolares. Entre esses alunos são grandes as incidências de abandono e reprovação.”
(TEIXEIRA, 2014, p. 56)
“No processo neuropsicológico do ato de aprender, assumem papel de mais alta importância a atenção, a memória e as funções executivas, bem como os distúrbios atencionais e das funções corticais de percepção, planejamento, organização e inibição comportamental. Por outro lado, a memória é essencial em todos os processos de aprendizagem e seus distúrbios não permitem reter as informações.”
(RELVAS, 2010, p. 55-6) 
A aprendizagem será sempre complexa, seja na escola, trabalho, faculdade; em todo momento o ser humano está aprendendo algo. É necessário ampliar a visão para aumentar o conhecimento, habilidade essa, que o sujeito opositor ou portador de outros transtornos psicológicos tem dificuldade em adquirir. 
Se para um sujeito sem transtornos psicológicos ou necessidades especiais, o processo de aprendizagem é uma situação complicada, para um portador TOD, onde umas de suas características principais são a dificuldade em obedecer, seguir regras preestabelecidas e lidar com uma figura de autoridade, ou outras pessoas com necessidades especiais, a sala de aula torna-se um local indesejado, tornando assim, ainda mais difícil o processo de aprendizagem.
É importante que os pais e responsáveis compreendam que assim como seu filho, eles também precisam da ajuda e apoio dos professores, da escola e de outros profissionais como numa equipe multidisciplinar. 
Trazendo esses profissionais para sua causa, é preciso que os pais façam deles seus parceiros para que juntos possam ter êxito no desenvolvimento e sucesso do seu filho.
Este tratamento multidisciplinar é feito da seguinte forma: medicação, psicoterapia comportamental e suporte escolar.
A comunicação entre pais e professores é muito importante para a identificação e o monitoramento do comportamento do estudante. Portanto, comunique-se com professores e coordenadores pedagógicos sempre que necessário. A experiência diária de professores com aluno poderá ser de grande valia para discussões e a busca conjunta por estratégias e soluções de problemas de indisciplina do estudante presentes tanto na escola quanto em casa (TEIXEIRA, 2014, p. 93) 
Conforme os dados e informações apresentadas anteriormente, parece impossível que os alunos portadores do TOD tenham êxito na escola e que o profissional pedagógico consiga alcança seu objetivo principal de levar seus alunos ao melhor desempenho no processo de aprendizagem, porém Ballone nos traz uma outra visão, afirmando a eficácia e importância do auxilio ao alunos que apresenta dificuldade no processo de aprendizagem. 
“Mas se temos um aluno com dificuldades, seja elas de adaptação, aprendizagem ou comportamento, é prioritariamente dele que devemos investir nosso tempo, nosso saber e nossa disposição como educadores. Dentro da sala de aula há situações psíquicas significativas, nas quais os professores podem atuar tanto beneficamente quanto, consciente ou inconscientemente, agravando condições emocionais problemáticas dos alunos. Os alunos podem trazer consigo um conjunto de situações emocionais intrínsecas ou extrínsecas, ou seja, podem trazer para escola alguns problemas de sua própria constituição emocional (ou personalidade) e, extrinsecamente, podem apresentar as consequências emocionais de suas vivências sociais e familiares.”
(BALLONE, 2008, p. 3) 
Para o trabalho acontecer e obter resultados,é necessário o apoio da escola e da comunidade, pois sozinho o professor não alcançará seus objetivos. 
O primeiro passo para o professor lidar com um aluno com TOD é sempre estar calmo e ter o controle sobre as adversidades que podem ocorres. Crianças com TOD veem o professor como um líder, uma autoridade sobre ele, que pune e são severos. É muito importante que o professor tente estabelecer uma relação pacífica com esse aluno e conquiste sua confiança. 
“O apoio positivo pode ser complicado com alunos com TODO, pois eles procuram críticas para que possam responder desfazendo qualquer coisa boa que tenham feito antes. Os professores podem contornar essa situação fazendo elogios ao trabalho, em vez de ao aluno, como “esse trabalho está excelente” em vez de “você está indo bem” ou fazendo elogios por escrito em vez de dizê-los pessoalmente. Os professores também podem premiar bons comportamentos com privilégios ou oportunidades especiais, como ajudando a preparar os materiais para uma experiência de ciências. 
Alunos com TODO têm pouca tolerância ao tédio ou estresse, então, eles funcionam melhor quando a carga acadêmica está no ritmo e nível certo para eles. Os professores podem incentivar esses alunos a concluir os trabalhos dos quais eles não gostam “subornando-os” com tarefas divertidas; por exemplo, quando eles terminarem um certo número de exercícios de matemática, poderão deixar os estudos um pouco de lado e ler um livro por um certo tempo antes de retomar os exercícios. Os professores também devem dar segundas chances a esses alunos quando eles não forem bem nas tarefas.”
(MITCHELL, 2013, p. 3) 
O professor precisa acima de tudo, conhecer e estudar sobre o transtorno, pois só assim conseguirá obter bons resultados, não só pedagógico, mas também em seu relacionamento com o aluno. 
É necessário que seja realizado um estudo sobre a criança, através de entrevista com os pais, saber o que o irrita facilmente, coisas que a criança/adolescente gosta, o que costumam fazer em situações de crise, o que costuma acalma-lo, para assim de saber lidar com as crises; e conseguir evitar as situações que ocasionam as mesmas.
Quem nos dá uma gama de sugestões para trabalho em sala de aula é 
Castro e Nascimento (2009) 
1) Orientação da família que concorda em procurar ajuda; 
2) Manter encontros frequentes de profissional de saúde mental com a família; 
3) Manter contato com outros especialistas da escola ou que estejam em contato com o aluno; 
4) Ter uma dose extra de paciência; 
5) Incentivar os professores a elogiar seu aluno quando conseguir se comportar ou realizar algo; 
6) Deixar que o aluno se sente próximo ao professor e a colegas afetivos e positivos; 
7) Evitar que janelas, portas ou coisas possam distraí-los; 
8) Deixar regras claras, explícitas e visíveis; 
9) Estabelecer contato com a criança pelo olhar; 
10) Falar baixo e de forma clara, de forma gentil e afetuosa; 
11) Dar orientações curtas e claras; 
12) Dividir as tarefas complexas em várias partes, com orientações simples; 
13) Esperar pela resposta do aluno, cada um tem seu tempo; 
14) Repetir ordens sempre que for necessário; 
15) Ensinar o aluno a usar a agenda; 
16) Estabeleça metas individuais; 
17) Alternar métodos de ensino, evitando aulas repetitivas e monótonas; 
18) Deixar o aluno ser ajudante do professor; 
19) Deixar o aluno sair por alguns instantes da sala, se estiver muito agitado; 
20) Possibilitar o uso de equipamento eletrônico 
Outra sugestão de intervenção fala das adaptações organizativas 
que o professor pode fazer em sala de aula no atendimento do aluno com 
transtorno opositor desafiador.
É muito importante para o desenvolvimento do aluno, ter uma sala adaptada, quando se fala em sala, não é só em questão de espaço físico, e sim em um todo, no profissional e nos alunos, 
Uma maneira para melhor atender as necessidades do aluno com TOD e dos demais alunos presentes em sala de aula, para que seja algo bom e justo para todos, com isso, ensinando a todos sobre inclusão na prática. 
“1.É importante que o professor estabeleça claramente, com os alunos, os limites necessários para a convivência num coletivo complexo. 
2. É fundamental que seja identificada a forma mais adequada de comunicação para cada aluno, de forma a permitir que ele trabalhe com compreensão, com prazer e com a maior autonomia possível. 
3. É importante que o ensino seja individualizado, quando necessário, norteado por um Plano de Ensino que reconheça as necessidades educacionais especiais do aluno e a elas responda pedagogicamente. 
4. É importante que o aluno possa, sempre que possível, relacionar o que está aprendendo na escola, com as situações de sua própria vida. 
5. É importante, também, que as atividades acadêmicas ocorram em um ambiente que por si só seja tenha significado e estabilidade para o aluno. 
6. A previsibilidade de ações e de acontecimentos pode diminuir em muito a ansiedade do aluno que apresenta comportamentos não adaptativos. Assim, é importante que o professor estruture o uso do tempo, do espaço, dos materiais e a realização das atividades, de forma a diminuir ao máximo o caos que um ambiente complexo pode representar para esse aluno.”
 (BRASIL, 2002, p. 19) 
Em busca de formas de trabalhos de trabalhos pedagógicos para alunos com TOD, encontra-se a referência abaixo:
“Em se tratando de crianças diagnosticadas com qualquer
transtorno, o primeiro passo para o professor ajudar é buscar
informações a respeito do transtorno, assim poderá ter maior 
compreensão a despeito das dificuldades enfrentadas pela
criança;
Motivar sempre os alunos, tendo em mente que o resultado estará diretamente ligado à diferença entre a quantidade de 
reforço positivo em relação a uma pressão em excesso;
Peça ajuda ao aluno com TDO, permitindo assim, motivá-lo, de
forma intermitente, exemplo, apagar a lousa, ajudar na
distribuição de materiais para a classe;
Peça gentilmente para o aluno ficar mais próximo de você, 
sentado à frente, de preferência longe de janelas ou porta;
Evitar criticar na presença de outras crianças, evitando assim 
uma indisposição do aluno para com o professor;
Procurar ressaltar as regras e anotar na lousa o plano de aula, 
bem como as tarefas e datas de provas;
Considerar a possibilidade de mudança na forma de avaliação, 
possibilitando provas orais ou com maior tempo para a execução ou menor número de questões, em relação ao restante da classe;
Procure tornar o ensino prazeroso, estimulando a participação 
dos alunos e a interação social em atividades de grupo;
Demonstre percepção dos resultados e progressos alcançados 
pelo aluno;
Ajude os pais com uma maior comunicação, monitorando os
progressos ou dificuldades, além da participação no controle em anotar as atividades e datas de provas;
Evitar fazer reclamações do aluno ao entrega-lo aos pais na 
saída. Qualquer reclamação deve ser feita via agenda ou em 
particular (agendar reunião);
As tarefas acadêmicas devem ser compatíveis com as 
habilidades da criança, ir reforçando passo a passo até igualar com as demais crianças da classe;
Trabalhar questões relacionadas ao planejamento e
organização do estudo na escola e em casa (rotina diária);
Intercalar as aulas expositivas ou períodos de estudo com breves momentos de atividade física, ajudando a minimizar a fadiga e a monotonia de períodos longos de estudo;
Evitar corrigir as lições com canetas vermelhas ou lápis;
Criar momentos de descontração para minimizar o stress e 
ajudar na socialização com colegas de classe;
Procurar compreender que a criança não tem controle dos seus 
comportamentos, elas estão tão assustadas quanto todos envolvidos e precisa de ajuda;
É importante comunicar via agenda os comportamentos 
inadequados, entretanto é primordial comunicar os
comportamentos positivos da criança, evitando que venham
escritas somente reclamações.”
(EL HAJJ, 2013, p. 7)
CONCLUSÃO
Em 2020 foi publicado no portal “Sabia mente” pela psicopedagoga Alessandra Bizeli Oliveira Sartori que os casosde Transtorno Opositor Desafiador atingiu a marca de 150.000 diagnósticos por ano somente no Brasil, onde a população na época era de 212,6 milhões, não foi localizado nenhuma estatística recente para os casos de TOD, mas pode-se notar que é um número considerável de casos para tão pouco estudo sobre o assunto, vidas de crianças, adolescentes e familiares são impactadas todos os dias pela falta de conhecimento de muitos profissionais que muitas vezes não sabem lidar com as crises desse transtorno, sendo muitas vezes colocados de castigo ou advertidos por algo que vai muito além de birras e malcriações. 
Famílias são abaladas por simplesmente não saberem mais o que fazer com o filho que “não sabe se comportar” ou “não quer aprender” dentro das de aula porque também não possuem informação. 
O principal objetivo deste trabalho é levar informação e conhecimento para profissionais de educação, principalmente infantil, para que sejam atentos ao comportamento irregular consecutivo, para que seja feito o encaminhamento correto ao profissional especializado afim de trabalhar em conjunto (escola, família e profissional especialista) afim de proporcionar uma vida de qualidade para estes sujeitos que sorem diariamente com a incompreensão de seu transtorno muitas vezes mascarados em outros tipos de transtornos como TDAH e TAG. 
 
REFERÊNCIAS
BARKLEY, R. A. Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Porto Alegre: 
Artmed, 2002.
MUNHAES, Cristina. Indisciplina: representações sociais da comunidade 
escolar e a contribuição do gestor como agente transformador. Disponível em: 
http://www.unicid.edu.br/wpcontent/uploads/2015/08/Disserta%C3%A7%C3%A3o-Cristina-Munhaes.pdf. 
/acesso em 28/08/2017.
BARBOSA. Ana Paula. Transtorno Desafiador Opositivo: desafios e possibilidades. 
Disponível em http://www.ufscar.edu.br./000120045/artigostranstorno. Acesso em 023/08/2017. 
TEIXEIRA, A. M. S. Ensino individualizado: Educação efetiva para todos. In: HÜBNER, M. 
M. C; MARINOTTI, M (Org.). Análise do comportamento para a Educação. Contribuições recentes. ESETec: Santo André, p. 65 – 101, 2004. 
Teixeira, G. O Reizinho da Casa, Editora Best Seller, 2014. 
RELVAS, Marta Pires. Neurociências e transtornos de aprendizagem. 4ª ed. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2010. 
BALLONE G.J. A família faz mal à Saúde? – in Psiqweb Psiquiatria Geral, Internet, atualizado em 2002. Disponível em: < http://sites.uol.com.br/gballone/familia/fazmal.html > 
MITCHELL, Stephanie. Técnicas para um professor lidar com um aluno com transtorno desafiador opositivo. Disponível emhttp://www.ehow.com.br/tecnicas-professor-lidaraluno-transtorno-desafiadoropositivo-info_100849/2013. 
CASTRO, C. A. A.; NASCIMENTO, L. TDAH: Inclusão na Escola: Adequação a Classe Regular de Ensino para Alunos Portadores de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade). Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2009. 
BRASIL. 
Alunos com necessidades especiais. Disponível em http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/diretrizes.pdf. 
https://institutoneurosaber.com.br/quais-os-principais-sintomas-do-todtranstornoopositivodesafiador/#:~:text=O%20Transtorno%20Opositivo%20Desafiador%20%E2%80%94%20TOD,principalmente%20diante%20figuras%20de%20autoridade. 
https://www.medicina.ufmg.br/plataforma-ajudara-pais-a-educar-criancas-com-tdah/
EL HAJJ. Simone Alves. TDO. Disponível em 
http://avaliacaoneuropsico.com.br/transtorno-desafiador-opositor/. Acesso em 
23/08/2017.

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