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NP2 - Solução da Prova

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CENTRO UNIVERSITÁRIO PLANALTO DO DISTRITO FEDERAL 
UNIPLAN – AVALIAÇÃO PRESENCIAL 
 CURSO DE DIREITO 
 
 
A nota não será lançada para prova sem identificação (ausência do RA ou NOME). 1 / 6 
 
“É atribuída nota ZERO ao aluno que usar meios ilícitos ou não autorizados pelo professor por ocasião da execução dos trabalhos, 
das provas parciais, dos exames ou de qualquer atividade que resulte na avaliação do conhecimento por atribuição de nota, sem 
prejuízo da aplicação de sanções cabíveis por esse ato de improbidade.” 
(Manual de Informações Acadêmicas e Calendário Escolar – pg. 20) 
Não é permitida a utilização do telefone celular ou aparelhos eletrônicos similares. Notas 
Campus ÁGUAS CLARAS Turno Diurno Prova 
Curso Direito Semestre 5º/6º Trabalho 
Disciplina Teoria Geral do Direito Tributário Sala 203 Bloco C Total 
Professor Vinicius Tersi Data 14/11/2019 Revisado 
Prova NP2 Questões 10 Visto 
 
Duração 2h30min Valor Total 8 pontos 
Permanência 30 min mínimo LETRA LEGÍVEL 
Matrícula Turma 
Nome 
completo 
 
Assinatura 
INSTRUÇÕES GERAIS INSTRUÇÕES ESPECÍFICAS 
• Assine a lista de presença. 
• Prova individual e sem consulta. 
• Leia com atenção as instruções e questões da prova. 
• Verifique se falta alguma questão ou página. 
• Utilize caneta preta ou azul - lápis não será aceito. 
• Não rasure o gabarito da prova. 
• Não assinale mais de uma alternativa no gabarito. 
• Permaneça na sala o tempo mínimo estabelecido. 
• Utilize exclusivamente o seu material. 
• Mantenha pertences pessoais sob a cadeira. 
• Será atribuída nota ZERO caso o celular seja utilizado durante a prova. 
• Serão canceladas respostas discursivas idênticas ao material fornecido ou 
outra fonte de informação. 
• Não haverá atribuição de pontuação fracionária (parcial) para respostas 
incompletas ou parcialmente corretas. 
• Apresente cálculos e resultados nos locais indicados. 
Sugestões para uma boa prova!! 
 Comece a estudar para uma prova com, no mínimo, uma semana de antecedência. 
 Revise suas anotações e tenha certeza de que entendeu todos os assuntos ou sabe realizar os cálculos relevantes. 
 Durante a realização da prova, embora o tempo seja limitado, leia a prova de forma abrangente. 
 Avalie as questões e verifique aquelas que você conhece bem, as que conhecem regularmente e as que parecem difíceis. 
 Inicie a resolução da prova pelas questões que julgar mais fáceis, passando para as de dificuldades média e, somente no final, resolva as de 
maior dificuldade. 
 Após ler o enunciado da questão, pense na resposta antes de ler as alternativas, começar a escrever a resposta ou iniciar o cálculo definitivo. 
 Se houver tempo disponível faça uma revisão completa das questões respondidas. 
 
QUESTÕES DISCURSIVAS/CÁLCULOS - Responda com letra legível no espaço reservado 
QUESTÕES OBJETIVAS - Marque um "X" sobre a alternativa correta 
 
1 A B C D E 
 
2 A B C D E 
 
3 A B C D E 
 
4 A B C D E 
 
5 A B C D E 
 
4 A B C D E 
 
5 A B C D E 
 
6 A B C D E 
 
8 A B C D E 
 
10 A B C D E 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO PLANALTO DO DISTRITO FEDERAL 
UNIPLAN – AVALIAÇÃO PRESENCIAL 
 CURSO DE DIREITO 
 
 
A nota não será lançada para prova sem identificação (ausência do RA ou NOME). 2 / 6 
 
 
 
 
 QUESTÃO 1 0,5 ponto 
 
Considere a afirmativa a seguir e complete-a, assinalando a alternativa correta: 
 
Quando a Constituição Federal determina que a União tem competência tributária para instituir o ITR e, ao mesmo tempo, deve repartir 
50% da arrecadação do ITR com os Municípios, isso significa ____: 
 
A. que a União e o Município devem instituir o ITR conjuntamente, sendo 50% da arrecadação destinada para cada um. 
B. que a União deve instituir o ITR e arrecadá-lo, repartindo 50% da arrecadação com os Municípios. 
C. que a União pode delegar sua competência ao Município, para que este institua o ITR dentro de seu próprio território. 
D. que a União e o Município devem celebrar convênio entre si para que os Municípios recebam sua participação na arrecadação do 
ITR. 
E. que o Município é competente para instituir o ITR dentro de seu próprio território se a União não o fizer, no exercício da 
competência suplementar prevista pelo art. 24 da CF/88. 
 
Observação: A arrecadação do tributo é matéria de Direito Financeiro. No caso do ITR, por exemplo, há situações em que 100% da 
arrecadação do imposto federal pode ser destinada ao Município. Essa repartição da arrecadação é independente da competência 
tributária. A competência tributária se refere à atribuição da Constituição Federal ao ente federativo competente tem (no caso, a União, 
para o ITR) para instituir e legislar sobre o imposto. 
 
 QUESTÃO 2 0,5 ponto 
 
Com relação ao princípio da anterioridade tributária, isto é, da impossibilidade de instituir ou aumentar tributo sem respeitar os prazos 
constitucionais entre a publicação da nova lei e o início da nova cobrança, e ao princípio da irretroatividade da norma tributária, isto é, 
da impossibilidade de a nova lei se aplicar a fatos geradores ocorridos antes da sua vigência, pode-se afirmar que: 
 
I. se a Constituição Federal excepciona o tributo da anterioridade tributária, como no caso do IOF, também permite que a norma 
que institua ou majore o tributo retroaja, atingindo fatos geradores anteriores à sua vigência; INCORRETO. Os dois princípios 
referidos não se confundem. 
II. se uma lei, em vez de aumentar o tributo, reduzir sua alíquota ou isentar determinada situação, a norma aplica-se a todos os 
novos fatos geradores, sem respeitar os prazos constitucionais da anterioridade; CORRETO. 
III. uma lei que cria isenção ou reduz a alíquota do tributo pode se aplicar fatos geradores anteriores, se assim previr expressamente; 
INCORRETO 
IV. uma lei que reduz multa por determinada infração retroage em favor do contribuinte, desde que se refira a ato não 
definitivamente julgado. CORRETO. 
 
Está correto o que se afirma 
 
A. Apenas em I e II. 
B. Apenas em I e III. 
C. Apenas em I, III e IV. 
D. Em I, II, III e IV. 
E. Apenas em II e III. 
ESTA QUESTÃO ESTÁ ANULADA. A intenção original é que fosse a alternativa E (“Apenas em II e IV”), mas a redação final ficou “Apenas 
em II e III”, o que está incorreto. Não havendo alternativa certa entre as 5 alternativas, a questão fica prejudicada. 
 
 
 QUESTÃO 3 0,5 ponto 
 
A respeito das imunidades previstas pelo artigo 150, inciso VI da Constituição Federal e seus parágrafos, pode-se afirmar que: 
 
I. há três tipos de imunidade previstos pela doutrina: imunidades subjetivas (imunidade recíproca, dos partidos políticos etc.), 
imunidades objetivas (livros e papéis destinados à sua impressão etc.) e imunidades mistas (templos de qualquer culto). 
CORRETO. 
 
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 CURSO: XXXXXXXXXXXXXXXXXX 
 
 
A nota não será lançada para prova sem identificação (ausência do RA ou NOME). 3 / 6 
 
II. no caso de uma imunidade aplicável a um objeto (por exemplo, um livro), está imune tanto a operação de circulação da 
mercadoria em si (a venda do livro) como a renda ou patrimônio da entidade que realizar a operação em si (a livraria ou editora 
que vender o livro); INCORRETO. 
III. uma imunidade pode ser entendida como uma área de não competência qualificada expressamente: ainda que o ente federativo 
seja competente para instituir o tributo, a situação protegida pela imunidade está fora do campo de instituição do tributo, quer 
a lei preveja a imunidade ou não; CORRETO 
IV. mesmo nas imunidades subjetivas ou mistas há um limite, referente à realização de atos conforme as finalidades essenciais 
protegidas. Assim, se um templo religioso começar a comercializar mercadorias habitualmente em suas dependências,as 
operações e a renda referentes a tais produtos será tributável. CORRETO. 
 
Está correto o que se afirma 
 
A. Apenas em I e II. 
B. Apenas em I e III. 
C. Apenas em I, III e IV. 
D. Em I, II, III e IV. 
E. Apenas em II e III. 
 
Observação: por definição, as imunidades objetivas se referem a um objeto, fato ou circunstância (o livro) e não a um sujeito 
(livraria ou editora). Desta forma, apenas o imposto a que se refira o próprio objeto é imune, e não a renda ou patrimônio de 
quem o comercializa. 
 
 QUESTÃO 4 0,5 ponto 
 
A Secretaria da Fazenda do Estado X publica uma instrução normativa, pela qual passou a exigir a emissão de notas fiscais por bancos e 
sociedades de investimento para acompanhar o transporte de valores (dinheiro) entre seus estabelecimentos. A mesma instrução 
normativa previu como infração a falta de emissão de nota fiscal, e instituiu multa de 200% do valor do dinheiro transportado. Sobre a 
exigibilidade de referida “obrigação acessória” (dever instrumental), assinale a afirmativa INCORRETA. 
 
A. Os bancos e sociedades de investimento podem estar sujeitos ao cumprimento de referido dever mesmo que não sejam 
contribuintes do tributo fiscalizado pela Secretaria da Fazenda do Estado X, desde que o dever seja instituído no interesse de 
comprovar, para a fiscalização e arrecadação de referido tributo, que a operação poderia ser tributável, mas não é. 
B. O dever instrumental pode ser instituído por norma infralegal. 
C. Segundo a jurisprudência do STF, uma multa como a referida não pode ser exigida, por ferir o princípio da vedação ao confisco. 
D. A multa por infração do cumprimento de “obrigação acessória” só pode ser instituída por lei. 
E. A multa pecuniária, por ser cobrada como obrigação de dar, só pode ser instituída pela falta de pagamento do tributo, jamais pelo 
descumprimento de “obrigação acessória” (dever de fazer ou não fazer). 
 
Observação: a multa pecuniária pode ser cobrada tanto pela infração no dever de pagar o tributo como pelo dever de cumprir a 
“obrigação acessória”. Vide redação expressa do art. 113, §3º/CTN. 
 
 
 QUESTÃO 5 0,5 ponto 
 
A respeito do conceito de “fato gerador”, pode-se afirmar que: 
 
I. A doutrina entende que há dois conceitos diferentes correspondentes à expressão “fato gerador”: como hipótese abstrata de 
incidência do tributo e como a consequência da ocorrência concreta de referida hipótese no caso concreto. CORRETO. 
II. O fato gerador de um tributo ocorre quando todos os fatos descritos pela hipótese tributária tiverem ocorrido. Enquanto algum 
fato permanecer pendente, não há relação tributária; CORRETO 
III. É exemplo de hipótese tributária a previsão do art. 142 do CTN, pelo qual compete à autoridade tributária constituir o crédito 
tributário e exigir seu pagamento uma vez que verifique a ocorrência do fato gerador; INCORRETO. É fato jurídico tributário. 
Repare na expressão “uma vez que verifique a ocorrência do fato gerador”. Trata-se de um caso concreto já manifestado, não 
de uma hipótese abstrata. 
IV. A ocorrência do fato gerador depende que os atos ou negócios jurídicos sobre os quais o tributo se refira sejam válidos 
juridicamente, mesmo que a hipótese tributária descreva uma situação de fato como necessária e suficiente para a exigência do 
tributo. Por exemplo, é necessário que se realize o registro público da compra e venda de um imóvel para que o ganho de capital 
do vendedor possa ser tributado pelo imposto de renda, não bastando a mera transferência da posse por “contrato de gaveta”. 
INCORRETO. No exemplo do IR, trata-se de uma situação de fato, em que basta que se abstrai da validade do ato ou negócio 
jurídico para instituir o tributo (art. 116, I c/c art. 118, I do CTN). Se o mesmo exemplo fosse aplicado ao ITBI, seria situação de 
direito, em que a realização de um ato ou negócio jurídico válido é um dos fatos escolhidos pela norma tributária para determinar 
 
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A nota não será lançada para prova sem identificação (ausência do RA ou NOME). 4 / 6 
 
a ocorrência do fato gerador (art. 116, II c/c art. 118, II do CTN). Mas, ao contrário do enunciado analisado, essa é uma das 
possibilidades de previsão do legislador, e não se aplica a todos os tributos. 
 
Está correto o que se afirma 
 
A. Apenas em I e II. 
B. Apenas em I e III. 
C. Apenas em I, III e IV. 
D. Em I, II, III e IV. 
E. Apenas em II e III. 
 
 QUESTÃO 6 0,5 ponto 
 
O IPTU, Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, é imposto de competência dos Municípios. Tem como fato gerador a 
a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona 
urbana do Município. Entende-se como zona urbana aquela definida pela lei municipal, observado como requisito mínimo pelo menos 
dois melhoramentos previstos pelo CTN, e admite-se a exigência do IPTU também sobre os imóveis situados em área urbanizável ou de 
expansão urbana (art. 32 do CTN). A base de cálculo do imposto é o valor venal do imóvel (art. 33 do CTN). O contribuinte do IPTU é o 
proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título (art. 34 do CTN). 
 
Com relação aos critérios que compõem a regra-matriz de incidência tributária do IPTU, pode-se afirmar que: 
 
I. O critério material do IPTU é “ser proprietário, ter domínio útil ou posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como 
definido na lei civil”. CORRETO. 
II. O critério espacial do IPTU é a zona urbana do Município, prevista na lei municipal, naquilo que esteja conforme os requisitos do 
art. 32 do CTN; CORRETO 
III. O sujeito passivo do IPTU é aquele que seja proprietário ou detentor do domínio útil ou posse do bem imóvel na data de 
ocorrência do fato gerador, não importando que o imóvel seja vendido a terceiros ao longo do ano; CORRETO. 
IV. A lei ordinária municipal precisa prever qual o valor da base de cálculo do IPTU e a alíquota aplicável, elementos do critério 
quantitativo do consequente da regra-matriz de incidência tributária. CORRETO. 
 
Está correto o que se afirma 
 
A. Apenas em I e II. 
B. Apenas em I e III. 
C. Apenas em I, III e IV. 
D. Em I, II, III e IV. 
E. Apenas em II e III. 
 
Considere os dispositivos abaixo, seguidos de situação-problema para a resolução das questões 7 e 8. 
 
 
Constituição Federal, Art. 150: “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, 
ao Distrito Federal e aos Municípios: 
(...) 
III - cobrar tributos: 
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado; 
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; 
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o 
disposto na alínea b; “ 
 
Com base na Lei nº 25.00X/19, de 1º de agosto de 2019, o Estado de Minas Gerais revogou dispositivo constante no Regulamento do 
ICMS que dispunha sobre a isenção do imposto incidente nas vendas efetuadas de leite in natura por empresas em geral, mantendo 
a isenção somente para as operações efetuadas por cooperativas de produtores de leite. 
 
A empresa Leite Puro Ltda., uma das 10 maiores companhias do ramo no Estado de Minas Gerais, estava sob fiscalização desde agosto 
de 2019 e, finalmente, em 03 de novembro de 2019 o procedimento administrativo foi encerrado com a formalização de auto de 
infração e imposição de multa cobrando o ICMS calculado sobre as operações efetuadas em Agosto, Setembro e Outubro do mesmo 
ano. 
 
 
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A nota não será lançada para prova sem identificação (ausência do RA ou NOME). 5 / 6 
 
O Sr. Teófilo Otoni de Almeida Prado,diretor financeiro da Leite Puro Ltda., entrou em contato com seu escritório de advocacia, 
inconformado com a autuação recebida. Ele explica que a revogação da isenção em outubro o tomou de surpresa, e que ao mesmo 
tempo em que recebia a fiscalização a empresa responsável pelo sistema de controle de obrigações fiscais da Leite Puro estava 
trabalhando na adaptação da empresa à nova regra. 
 
 
 QUESTÃO 7 1,5 ponto 
Pela legislação tributária, pode uma isenção ser revogada e o imposto que antes era isento ser cobrado imediatamente? Qual é a posição 
atual da jurisprudência a respeito desse ponto? Fundamente sua resposta. 
A posição tradicional da doutrina, disposta na Súmula 615/STF, entende que a isenção é mera dispensa de pagamento do tributo, de 
forma que não haveria surpresa do contribuinte a justificar a aplicação do princípio da anterioridade. A doutrina mais moderna enten- 
de que a isenção é norma estrutural do tributo, e sua revogação implica aumento de tributo, situação protegida por referido princípio. 
Essa é a posição atualmente defendida pelo STJ, para quem a antiga Súmula 615/STF é incompatível com a CF/1988. 
 
CRITÉRIOS DE CORREÇÃO VALOR NOTA TOTAL 
Precisão (grau de exatidão) 0,50 
Uso de termos técnicos 0,25 
Coerência e coesão 0,50 
Correção gramatical/ortográfica 0,25 
 
 
 QUESTÃO 8 1,0 ponto 
O ICMS, na situação descrita, segue a regra geral do princípio da anterioridade, conforme art. 150, inciso III, da Constituição Federal. 
Assumindo que o princípio da anterioridade seja aplicável à situação-problema acima, descreva como seria contado referido prazo e 
aponte qual seria a data a partir da qual o ICMS poderia ser exigido nas vendas de leite in natura por empresas em geral. 
Pelo art. 150, inciso III, da Constituição Federal, deve ser observado o prazo de 90 dias entre a publicação da lei e a cobrança do 
tributo, além de iniciar a cobrança a partir do 1º dia do exercício financeiro seguinte. No caso, tendo a Lei nº 25.00X sido publicada 
em 1º de agosto de 2019, o ICMS só poderia ser exigido a partir de 1º de janeiro de 2020. 
 
 
 
CRITÉRIOS DE CORREÇÃO VALOR NOTA TOTAL 
Precisão (grau de exatidão) 0,25 
Uso de termos técnicos 0,25 
Coerência e coesão 0,25 
Correção gramatical/ortográfica 0,25 
 
Considere os dispositivos abaixo, seguidos de situação-problema para a resolução das questões 9 e 10. 
 
Constituição Federal, art. 150: “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, 
ao Distrito Federal e aos Municípios: (...) VI - instituir impostos sobre: (...) b) templos de qualquer culto; (...) 
 
§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, 
relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.” 
 
Tia Carmem passou a sua vida inteira procurando uma religião em que se sentisse confortável para o exercício da sua fé, mas nunca a 
encontrou, já que não se enquadrava nos princípios e dogmas de cada uma das religiões até então estudadas. Já adulta e recente 
estudiosa da mitologia greco-romana, resolveu se unir com outras pessoas que sentiam o mesmo vazio religioso que ela sempre sentiu 
e resolveram fundar a Igreja do Reino de Baco. 
 
Para a realização plena da nova religião, Tia Carmem, enquanto Sacerdotisa Máxima da Igreja, comprou um imóvel na Rua Augusta, em 
São Paulo, e ali organizou o Templo de Baco, de livre acesso do público interessado nos cultos semanalmente ocorridos, regados a 
bebidas alcoólicas e apresentações musicais de heavy metal. Ali, os membros da Igreja se reúnem para o culto ao Deus Baco, realizando 
festas e eventos que denominam bacanais, em homenagem ao deus romano e à tradição secular do seu culto. A participação nos cultos 
exige o pagamento de um dízimo de entrada obrigatório, usado parte para a manutenção do Templo de Baco, parte para consumação 
das bebidas ali servidas. 
 
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 CURSO: XXXXXXXXXXXXXXXXXX 
 
 
A nota não será lançada para prova sem identificação (ausência do RA ou NOME). 6 / 6 
 
 
Como base na regra de imunidade prevista no art. 150, inciso VI, alínea “b”, da Constituição Federal, Tia Carmem não recolhe quaisquer 
impostos sobre o local do templo (IPTU), a renda provinda do dízimo pago pelos fiéis (IR) ou pela entrega habitual de bebidas aos fiéis 
(ICMS). 
 
Em novembro deste ano, no entanto, Tia Carmem foi surpreendida por uma autuação do Município de São Paulo para a cobrança do 
IPTU. Segundo a Administração Pública, a Igreja do Reino de Baco não teria direito à imunidade, porque na verdade se trataria de uma 
casa de festas e não de um ambiente religioso e sagrado. Revoltada, a Tia Carmem procura auxílio especializado para contestar esta 
autuação. 
 
 QUESTÃO 9 1,0 ponto 
 
Pode-se afirmar que a situação-problema descrita atende aos requisitos do art. 150 da Constituição Federal para gozar da proteção da 
imunidade aos templos de qualquer culto? O lançamento do tributo é devido? Fundamente sua resposta. 
A situação-problema não atende a todos os requisitos. Embora o local seja de livre acesso público, a entrada no templo não é gratuita. 
Além disso, o enunciado descreve a venda habitual de bebidas como parte do culto, o que denota que a entidade na verdade exerce 
atividade econômica, e que a finalidade essencial de culto religioso não está sendo atendida de fato. Nesses termos, a exigência do 
IPTU pelas autoridades fiscais é legítima. 
 
 
 
 
CRITÉRIOS DE CORREÇÃO VALOR NOTA TOTAL 
Precisão (grau de exatidão) 0,25 
Uso de termos técnicos 0,25 
Coerência e coesão 0,25 
Correção gramatical/ortográfica 0,25 
 
Observação: É possível defender o argumento contrário em favor do contribuinte, mas vários elementos precisariam de resposta: 
como explicar que o dízimo seja obrigatório, e destinado em parte à consumação de bebidas? Se a venda é habitual, como explicar 
que ocorre fora do domínio econômico, e por isso não há comércio? 
 
 
 QUESTÃO 10 1,5 pontos 
 
Caracterize a imunidade destinada a templos de qualquer culto e descreva os elementos que precisam ser atendidos, segundo a 
doutrina e a jurisprudência, para que esta seja aplicável. Fundamente sua resposta. 
 
A imunidade dos templos de qualquer culto é uma imunidade mista, referindo-se ao mesmo tempo ao local do culto religioso (o 
Templo, elemento objetivo) e o patrimônio, renda e serviços relacionados a referido local, como se o templo fosse uma entidade 
independente da pessoa jurídica que o administra (elemento subjetivo). O templo é imune em função de atender a uma função pú- 
blica (o culto religioso), de forma que o acesso ao local deve ser público e gratuito, e a renda, patrimônio e serviços imunizados de- 
vem se destinar à própria manutenção do templo. As atividades imunes devem também estar fora do domínio econômico, de forma 
a não concorrerem com a iniciativa privada. 
 
CRITÉRIOS DE CORREÇÃO VALOR NOTA TOTAL 
Precisão (grau de exatidão) 0,50 
Uso de termos técnicos 0,25 
Coerência e coesão 0,50 
Correção gramatical/ortográfica 0,25

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