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[Resumo] Terapia de fonoaudiologia na mastigação

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Emilly Peres Madeira - acadêmica de Fonoaudiologia
Universidade Federal do Espírito Santo
Terapia demastigação
Alterações de mastigação:
● corte;
● mordida lateral;
● unilateral;
● bi-simultânea;
● amassamento;
● sem vedamento;
● ruídos;
● rápida;
● exagerada: periorbicular +
mentual;
● lenta;
● vertical.
Para avaliação: o paciente precisa estar
acomodado na cadeira, relaxado, para
que não atrapalhe a avaliação do
terapeuta.
Etapas da avaliação da mastigação
1) Propriocepção: antes de iniciar a abordagem da terapia. Servirá de
autoconhecimento do paciente a respeito de sua mastigação. O terapeuta deve
filmar e mostrar ao paciente o vídeo, indicando o que está alterado em sua
mastigação.
Pistas para ajudar o paciente: como ele morde? quais os dentes usa? para qual lado
o alimento é direcionado primeiro? fecha a boca para mastigar?
Com crianças: o terapeuta deve pedir para a criança colocar o alimento em sua
boca, exagerar na mastigação e pedir para a criança indicar o que há de errado e o
que a mesma observa.
Pode auxiliar: perguntas, filmagem (mais eficiente) e espelho.
➡ Primeiro deve-se trabalhar OFAs, relaxamento ou fortalecimento muscular.
Filmagem: antes e depois. Realizar em todas as terapias.
➡ Deve-se trabalhar as funções em casa/fora da terapia. Lembrar de adequar ao
que o paciente come no dia a dia.
2) Conscientização após a descrição da função: o paciente assistirá os seus
arquivos de vídeo realizados anteriormente, o vídeo utilizado nesse momento pode
ser o vídeo da avaliação. O terapeuta deve assistir com o paciente, mostrando as
alterações e os processos fisiológicos realizados pelo paciente durante a
mastigação.
Recomenda-se: utilizar vídeos de outros pacientes para comparação e facilitar assim
que o mesmo e entenda o que está alterado. Pode também ser utilizado videos do
YouTube.
Como auxiliar: explicar como funcionam os OFAs, explicar a causa da alteração,
abordar prognóstico.
Sessões: reservar 5-10min. para rever dados trabalhados nas sessões anteriores
(quais exercícios foram feitos), elaborar nova atividade.
➡ O ideal é que sejam passados apenas três exercícios.
Treino funcional - com alimento: exercício de musculatura (inserir novos
exercícios?), analisar se precisa aumentar carga e repetições.
Finalizar: planejando próxima sessão.
Emilly Peres Madeira - acadêmica de Fonoaudiologia
Universidade Federal do Espírito Santo
3) Treino muscular: deverá ser feito exercícios para adequar força, mobilidade e
coordenação dos movimentos. Importante realizar um número mínimo de exercícios.
Os músculos mais trabalhados são língua, lábios e bucinadores.
Lábios: devem estar selados do início ao fim. Os exercícios que podem ser usados
são os de bico-sorriso, bico prolongado, passar batom e beijar o espelho, etc.
Exercícios para sensibilidade (lábios): passar a escova de dente nos lábios e passar
gelo (ajuda na propriocepção do alimento).
Língua: deve lateralizar o alimento e ejetar o bolo da cavidade oral. Os exercícios
que podem ser usados são os de língua para fora, língua para dentro e língua para
os lados.
Bucinadores: devem estar firmes para retirar o alimento do vestíbulo. Os exercícios
que podem melhorar essas estruturas são os com a escova de dente (língua para
fora, escovando a língua nas laterais) e uso da espátula.
Véu palatino: deve estar firme para o vedamento das vias aéreas superiores. Os
exercícios que podem ser realizados são os de sopro, uso do catavento, bolhas de
sabão ou sugar gelatina com canudo.
Exercícios para baixar a língua: uso de uma colher gelada na base da língua.
Exercícios para tônus: língua para os lados.
Mentual: para relaxar o músculo mentual, pode ser usado algodão com água quente
realizando a massagem depois e também movimentos giratórios ou abaixando
mentual com o dedo
Para relaxamento de qualquer músculo: movimentos da inserção para a origem.
4) Seleção do alimento: é preciso selecionar uma nova textura a cada treino muscular,
sempre levando em conta a preferência do paciente, onde o mesmo pode levar o
seu próprio alimento para terapia. O terapeuta pode elaborar uma lista de alimentos
para o momento da abordagem na sessão, mas levando em conta as restrições
alimentícias que o paciente pode apresentar. Os alimentos que são bastante usados
para essas abordagens são o pão francês, maçã, uva passa, damasco e o garrote
(elástico).
5) Treino mastigatório: deve ser constante e consciente: a intenção é que o
paciente repita o novo padrão motor até que o mesmo seja agramado pelo cérebro
(em média 66 dias).
6) Treino em casa: deverá ser escolhido um horário do dia ou refeição para fazer o
treino em casa com alimento, sendo o almoço uma ótima oportunidade para
trabalhar diversas texturas. É recomendado que a terapia seja realizada sentada
sempre no mesmo local, sem a presença de aparelhos eletrônicos (celular/tablet),
podendo ser usado fichas e de preferência, com o auxílio do adulto. Este momento
precisa ser divertido para que a atenção da criança esteja focada na atividade.
Práticas alimentares: é importante lembrar que as práticas alimentares são formadas
na infância, transmitidas por pais e cuidadores através de momentos vividos pela
criança. E na terapia, é primordial manter a cultura, valores e crenças do paciente.
A alimentação também está ligada às emoções, segurança e afetividade.
Emilly Peres Madeira - acadêmica de Fonoaudiologia
Universidade Federal do Espírito Santo

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