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1. Entender a anatomofisiologia da mastigação tratado de mo FUNÇÃO DE MASTIGAÇÃO A função de mastigação é diferente da sucção. Ela surge mais tardiamente, não de forma espontânea, em idade mais prematura, mas adquirida através do percurso da evolução do indivíduo. Exige, para sua resposta motora, do conhecimento e treinamento prévios, bem como da formação de novas associações Sinápticas. Necessita, além disso, da participação de centros nervosos superiores, particularmente do córtex cerebral, núcleos da base e cerebelo. Sendo estes todos ligados à motricidade mandibular treinada. Trata-se assim de uma atividade reflexa baseada na aprendizagem. Inicialmente, é uma atividade instável, porém com a repetição e associação de estímulos, pode-se, por meio da neuroplasticidade, estabelecer circuitos firmes entre as vias nervosas aferentes e motoras, de tal modo que a função nervosa seja realizada normalmente de forma automática subconsciente, sem uma participação maior ulterior do córtex cerebral. A função motora da mastigação compreende um conjunto de fenômenos estomatognáticos que tem como objetivo a degradação mecânica dos alimentos, como corte, trituração e moagem dos alimentes. degradando-os em partículas pequenas que, pela ação da saliva, forma-se o bolo alimentar, para ser deglutido posteriormente. Neste processo, vários grupos musculares atuam, como os músculos mandibulares, da língua e os faciais, como O bucinador e orbicular dos lábios. AS contrações musculares levam à aposição rítmica Dos dentes, que por meio da superfície oclusal funcional, gerando-se uma pressão intercuspideana que se aplica aos alimentos, quebrando-os em pedaços menores. Fases da mastigação: FASE DE incisão O alimento é apreendido pelos dentes incisivos e protrusão da mandíbula. Observa-se contração da musculatura elevadora da mandíbula até que O alimento seja finalmente cortado e produza leve abaixamento da mandíbula . A coordenação entre a língua e as bochechas permite a localização do alimento entre as superfícies oclusais dos dente s, preferentemente os posteriores - pré-molares e molares que, pelas suas características anatômicas oclusais, realizam as próximas etapas. Esta fase dura aproximadamente 5-10% do tempo total do ciclo mastigatório - FASE DE TRITURAÇÃO É a transformação mecânica de partes duras ou maiores do alimento em menores porções. Acontece principalmente nos dentes pré-molares, dado em sua pressão intercuspidenana seja maior e circunscrita comparada aos molares. Podem moer por mais tempo e maior número de partículas grandes, que oferecem maior resistência. Pode durar ao redor de 65-70% do tempo total. FASE DE PULVERIZAÇÃO Refere-se à moagem integral das partículas pequenas, transformando-as em elementos reduzidos de volume, que oferecem ainda maior resistência em nível das superfícies oclusais, ou da mucosa bucal. Dura por volta de 25-30% de tempo total do ciclo mastigatório, ocorrendo basicamente nos dentes molares Estas duas últimas etapas não podem ser separadas facilmente, já que, muito frequentemente o alimento que está sendo triturado nos pré-molares passa aos molares, onde ocorre a pulverização; mas, logo após, pode retomar aos pré- -molares, reiniciando-se a moagem nesse nível dentário e de novo voltar a passar ao molar. Nas etapas do ciclo mastigatório, em especial na incisão e trituração, ocorre reflexamente secreção de saliva, que contribui de maneira efetiva, facilitando o processo mastigatório e ulteriormente a formação do bolo alimentar. A atividade muscular poderia ser intensa, especialmente às correspondentes aos movimentos verticais da mandíbula: abertura e fechamento da boca. Na pulverização - dentes molares-, além destes movimentos verticais, são importantes os movimentos horizontais, laterais, de protrusão ou retrusão Músculos levantadores da mandíbula: músculos temporal, masseter e pterigódeo medial. O masseter seria responsável pela força, auxiliado pelo pterigódeo medial. O temporal com feixes anterior, médio e posterior, auxilia na estabilidade do movimento. Atuam predominantemente no fechamento da mandíbula. Músculos depressores da mandíbula: pterigódeo lateral, Musculatura supra-hióidea (especialmente ventre anterior do digástrico, gênio-hióideo, e milo-hióideo). O movimento de abertura da boca se dá graças ao relaxamento dos levantadores e contração dos depressores. A musculatura Infra-hioidea é que estabiliza a posição do osso hióide, tornando-o fixo para efetivação do movimento de abertura Ciclo mastigatório: A duração total e das fases do ciclo mastigatório, em geral, é variável, dependendo das consistências do alimento, bem como de forma e estruturas culinárias. Cada ciclo corresponde há um movimento mandibular completo desde a abertura até a quebra do alimento que se encontra entre os dentes. O ciclo mastigatório inicia se com abertura da mandíbula, seguido do fechamento até ocorrerem o contato e Intercuspidação Dos dentes, o que é conhecido como golpe mastigatório, partindo o alimento em fragmentos menores. A frequência mastigatória média, refere-se ao número de golpes mastigatórios produzidos por segundo. A frequência também varia de acordo com a consistência dos constituintes do alimento A saliva é um fator importante, como agente de amolecimento do alimento, por exemplo, quando se inicia a mastigação de pão duro, seriam necessários 80 kg de força aplicada; contudo após a salivação, a força que deveria ser imposta é só de 20 kg, diminuindo depois para 2 kg, logo após. Isto não acontece quando há baixa secreção salivar. Existe grande variação em termos de duração e frequência dos ciclos mastigatórios. Essa variação está relacionada ao tipo e consistência dos alimentos. Nos indivíduos com face mais curta, onde o crescimento é predominantemente horizontal, há maior vigor, potência e força mastigatória; daqueles com face longa, uma mastigação menos potente e menor força de mordida. Os movimentos mandibulares durante os ciclos mastigatórios são altamente adaptativos, especialmente nas crianças, devido à instabilidade oclusal que pode estabelecer-se por ocasião das trocas dentárias Padrões de mastigação:fundamentos em fonoaudiologia- aspectos clínicos da motrocidade orofacial padrão bilateral alternado: possibilita a distribuição da força mastigatória, intercalando períodos de trabalho e repouso musculares e articulares, levando o sincronia equilíbrio muscular e funcional. Esse padrão bilateral a ter nada de investigação demonstra grande Harmonia morfológica e funcional das estruturas estomatognáticas isso é seguido quando existe essa condição. E depende de: ● presença de dentes e Boa Saúde dental ● crescimento e desenvolvimento craniofacial ● equilíbrio oclusal ● a ausência de interferências dentais ou contatos prematuros ● estabilidade de saúde da ATM ● maturação neuromuscular Mastigação unilateral, esse padrão estimula inadequadamente o crescimento impede a exteriorização das estruturas. São fatores inicialmente determinantes da mastigação unilateral: problemas dentários tais como perdas dentais ou cáries, problemas acusais, como interferências oclusões, contatos prematuro, mordida cruzada posterior unilateral; doenças periodontais; distúrbio da ATM; assimetria esquelética e muscular Para ser considerada unilateral a mastigação precisa apresentar 30% a mais do número de ciclos mastigatórios para o lado da preferência, em relação ao lado oposto A MASTIGAÇÃO NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação 2.Compreender o desenvolvimento dos parâmetros para mastigação (bebê); Fundamentos em fonoaudiologia- aspectos clínicos da motrocidade orofacial A mastigação é um ato fisiológico e complexo que envolve atividades neuromusculares e digestivas. Essa função tem uma evolução gradativa, que depende dos padrões de crescimento, desenvolvimento e amadurecimento do complexo craniofacial, sistema nervoso central e das guias oclusais. Van Der Laan (1995) afirmou que, no desenvolvimento dos hábitos alimentares, a criançaencontra-se preparada para a mastigação a partir da erupção dos primeiros dentes, necessitando, portanto, de alimentos mais consistentes para poder exercitar e amadurecer seu padrão mastigatório. Inicialmente, os movimentos da mastigação que surgem por volta do 7 mês de vida, são comparados com os movimentos iniciais da marcha, mal coordenados e dirigidos. Aparecem, nessa etapa, movimentos de aproximação e distanciamento da mandíbula em relação à maxila. A mastigação torna-se mais efetiva entre 1 ano e 1 ano e meio, devido ao amadurecimento do sistema estomatognático e à evolução da erupção da dentição decídua, dando condições para introdução de novos tipos de alimentos. Mastigar é uma função essencial na prevenção dos distúrbios miofuncionais; ela dará continuidade à estimulação da musculatura orofacial, iniciada com a sucção. Será responsável, também, pelo desenvolvimento dos ossos maxilares, manutenção dos arcos, estabilidade da oclusão e pelo equilíbrio muscular e funcional; propicia, assim, movimentos precisos e coordenados, que serão necessários para a deglutição fisiológica normal e para a produção da fala. Desenvolvimento da Mastigação ● 5 a 6 meses: movimentos verticais; a língua amassa os alimentos contra o palato. ● 7 meses: iniciam-se os movimentos de lateralização; a língua começa a lateralizar o alimento. ● 1 ano e 1 ano e meio: a mandíbula começa com movimentos rotatórios, a mastigação já tem condições de ser bilateral e os lábios ficam em selamento. Nessa época, já se considera a mastigação como padrão adulto. https://www.spsp.org.br/2015/10/01/a-importancia-da-mastigacao-para-o-desenvolvimento-f acial-2/#:~:text=A%20mastiga%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9%20uma%20fun%C3%A7 %C3%A3o,digest%C3%A3o%20e%20absor%C3%A7%C3%A3o%20dos%20nutrientes. 3. Diferenciar as alterações oclusais das esqueléticas https://www.spsp.org.br/2015/10/01/a-importancia-da-mastigacao-para-o-desenvolvimento-facial-2/#:~:text=A%20mastiga%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9%20uma%20fun%C3%A7%C3%A3o,digest%C3%A3o%20e%20absor%C3%A7%C3%A3o%20dos%20nutrientes https://www.spsp.org.br/2015/10/01/a-importancia-da-mastigacao-para-o-desenvolvimento-facial-2/#:~:text=A%20mastiga%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9%20uma%20fun%C3%A7%C3%A3o,digest%C3%A3o%20e%20absor%C3%A7%C3%A3o%20dos%20nutrientes https://www.spsp.org.br/2015/10/01/a-importancia-da-mastigacao-para-o-desenvolvimento-facial-2/#:~:text=A%20mastiga%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9%20uma%20fun%C3%A7%C3%A3o,digest%C3%A3o%20e%20absor%C3%A7%C3%A3o%20dos%20nutrientes De autoria de Robert Moyers, esta classificacão sugere distinguir as más oclusões de acordocom sua origem citológica. MÁ OCLUSÃO DE ORIGEM DENTAL Cabem neste grupo as mas oclusões cuja principal alteração está nos dentes e osso alveolar, Moyers incluiu aqui as más posições dentais individuais c as anomalias de forma, tamanho e número de dentes. MÁ OCLUSÃO DE ORIGEM MUSCULAR Anomalias cuja causa principal é um desvio da função normal da musculatura. MA OCLUSÃO DE ORIGEM ÓSSEA Nesta categoria estão as displasias ósseas, envolvendo os problemas de tamanho, forma, posicionamento, Proporção ou crescimento anormal de qualquer osso do crânio ou da face. 4.Compreender as diferenças das alterações oclusais (dimensão: vertical, anteroposterior e transversal); pag 103 ortondontia- diagnostico e planejamento clinico MALOCLUSÕES, TIPO FACIAL E AVALIAÇÃO MUSCULAR EM ESCOLARES DE 7 A 12 ANOS DE IDADE Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação apinhamento dentário A discrepância na relação entre o tamanho dos dentes e o tamanho dos maxilares, resultando em falta de espaço para a acomodação dos dentes alinhados nas arcadas dentárias. Trata-se de uma alteração oclusal com etiologia multifatorial. Assim, a perda precoce dos dentes decíduos, a ação da musculatura oral, perioral e a inclinação dos dentes podem estar associadas com seu acometimento. Diastema ● Presença de múltiplos espaços ou de um espaço localizado em área específica. ● Esse problema é constatado se for diagnosticada a presença de espaço entre os incisivos, sendo muito frequente na dentição decídua e mista. ● Pode persistir e estar associado à presença do freio labial superior com inserção muito baixa e próxima aos incisivos centrais superiores Sobremordida overbite – No sentido vertical, a avaliação do nível de trespasse vertical anterior. Consiste na avaliação do recobrimento da coroa dos incisivos inferiores pelos superiores. Na fase de dentição mista, um nível de recobrimento em torno 50% é considerado normal; na fase de dentição decídua, o padrão de normalidade é em torno de 10% de trespasse e, na dentição permanente, em torno de 20 a 30% Mordida aberta (Figura 4) – esse termo é aplicado quando há ausência localizada de oclusão; o trespasse vertical é negativo entre os dentes antagonistas, enquanto que os dentes restantes estão em oclusão. Sua manifestação é mais frequente na região anterior, embora mordidas abertas posteriores também sejam encontradas. Mordida profunda (Figura 5) – essa condição é identificada quando há sobreposição vertical excessiva entre a borda dos incisivos superiores e inferiores, e a mandíbula é levada para uma posição de oclusão cêntrica Mordida cruzada – a análise dos arcos dentários no sentido transverso permite a identificação da mordida cruzada. Esse termo é aplicado para indicar uma relação vestíbulo-lingual anormal dos dentes. As mordidas cruzadas podem ser resultantes de inclinações axiais anormais – mordidas cruzadas dentárias, discrepâncias ósseas – mordidas cruzadas esqueléticas, e interferências dentárias que resultam na mordida cruzada funcional tanto na região anterior quanto posterior dos arcos dentários Mordida cruzada anterior (MCA) – anteroposterior envolve os dentes anteriores (Figura 6). Ela ocorre quando a superfície vestibular dos incisivos superiores oclui com a face lingual dos incisivos inferiores Mordida cruzadaposterior (MCP) – quando o desvio da oclusão no sentido transverso incide sobre os dentes posteriores. Essa alteração pode acometer apenas um dos lados da arcada – unilateral (Figura 7), ou ambos os lados – bilateral. Essa é uma condição que pode resultar de inclinações axiais incorretas dos dentes superiores e/ou inferiores, de um excesso da largura maxilar, ou de uma atresia severa do arco mandibular, ou ainda de uma associação dos dois, quando os dentes superiores ocluem totalmente por vestibular, em relação aos inferiores Sobressaliência – overjet no sentido anteroposterior, pode-se avaliar a relação dos incisivos medindo o nível de trespasse horizontal. A avaliação da relação horizontal dos incisivos consiste em verificar a distância da face lingual dos incisivos superiores até a superfície vestibular dos inferiores, sendo considerada normal se essa medida variar de 1 a 3 mm (Figura 9) O termo overjet é designado para identificar a distância horizontal entre os dentes da arcada superior e os da arcada inferior. 5. Compreender a classificação de Angle (I,II e III); Apostila do PROF. DR. CÉSAR BATAGLION, sobre FUNDAMENTOS E CONCEITOS BÁSICOS DA OCLUSÃO DENTAL, da Usp, FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE RIBEIRÃO PRETO 3 ortondontia- diagnostico e planejamento clinic ANGLE2 , em 1899, baseando-se na relação entre os primeiros molares permanentes (superior e inferior), chamados de chave de oclusão, classificou as maloclusões do sistema mastigatório. O primeiro molar inferior geralmente se situa ligeiramente para mesial do primeiro molar superior. Classe I ou neutroclusão Neste grupo, a consideração mais importante é que a relação mésio-distal entre os primeiros molares está correta, isto é, a cúspide mésio vestibular do primeiro molar superior oclui na direção do sulco mésio-vestibular do primeiro molar inferior, à semelhança da relação encontrada nos casos de oclusão normal. Esses casos se caracterizam por apresentarem harmonia entre as arcadas, prevalecendo apenas a desarmonia entre ossos e dentes, podendo provocar apinhamentos na região anterior. CLASSE II Também denominada de DISTOCLUSÃO,caracteriza-se principalmente pela posição distal dos primeiros molares inferiores em relação aos superiores. Com isso, os dentes anteriores superiores se encontram projetados de sua posição normal. Neste tipo de maloclusão a arcada superior é maior ou se projeta anteriormente, ou a arcada inferior é pequena ou posicionada para trás. A classe II, de Angle, é subdividida em: a) DIVISÃO 1: Observa-se incisivos superiores inclinados e grande trespasse horizontal (overjet),com ou sem sobremordida profunda. b) DIVISÃO 2: Observa-se incisivos superiores retroclinados (Figura 70), em geral associados à sobremordida profunda, ou seja, o overbite é marcante (MOYERS11,1988) c) CLASSE III Também conhecida como MESIOCLUSÃO, neste grupo, o primeiro molar inferior relaciona-se mesialmente com o superior (Figura 71), estando toda arcada inferior colocada anteriormente em relação à superior (Figura 72). 6.Entender como as alterações estruturais influenciam nas funções (R,M,F,D); 2.8. Voz É comum observar alterações vocais nos casos das disfunções tempromandibulares, principalmente de ordem funcional, quando associado a uma voz de qualidade vocal rouca (devido, muitas vezes, a estado de hiperfunção da musculatura orocervical); de fraco loudness; ressonância oral diminuída, pois há pouca projeção vocal, articulação travada, com redução dos movimentos mandibulares no ato da fala – sobrecarregando estrutura laríngea 7. Deglutição pois quando o paciente projeta a mandíbula para a frente nesta atividade, provoca estiramento da lâmina retrodiscal e atividade sustentada do músculo pterigoideo lateral, desencadeando estalos https://apexodontologia.com.br/qual-o-problema-de-ter-mordida-cruzada/#Quais_sao_as_co nsequencias_da_mordida_cruzada https://apexodontologia.com.br/qual-o-problema-de-ter-mordida-cruzada/#Quais_sao_as_consequencias_da_mordida_cruzada https://apexodontologia.com.br/qual-o-problema-de-ter-mordida-cruzada/#Quais_sao_as_consequencias_da_mordida_cruzada 7. Compreender a atuação fonoaudiologica e multidisciplinar nas alterações mastigatórias (fatores biopsicossocial) Revisão dos protocolos de tratamento para a maloclusão de Classe II de Angle O diagnóstico é geralmente realizado por equipe multidisciplinar composta por cirurgião dentista, fonoaudiólogo, psicólogo e fisioterapeuta (FELÍCIO, 1999 e SILVA, 2004). Bianchini (2004) acrescentou o médico otorrinolaringologista (nas alterações respiratórias e vocais associadas) e demais especialidades médicas, uma vez que as anomalias congênitas ou de desenvolvimento, os distúrbios adquiridos (como as neoplasias malignas ou benignas), dependerão de conduta e liberação médica para intervenção fonoaudiológica e de demais profissionais. Para a reabilitação podem ser realizados, segundo Felício (1999): 1) Indicação de placas oclusais miorelaxantes ou estabilizadoras, com o intuito de minimizar as interferências oclusais, relaxar a musculatura elevadora da mandíbula, aliviar a dor e favorecer a biomecânica mandibular. 2) Tratamento ortodôntico e uso de placas reposicionadoras. 3) Terapia fonoaudiológica, para recuperar as funções estomatognáticas. 4) Procedimento cirúrgico. 5) Uso de medicamentos, de acordo com a necessidade de cada caso. 6) Indicação de compressas úmidas quentes, para aliviar a tensão na região da articulação temporomandibular e demais regiões referidas. 7) Avaliação auditiva e acompanhamento otorrinolaringológico. 8) Fisioterapia para o trabalho com o alívio da dor, com a postura, reeducação neuromuscular, restabelecimento da posição de repouso mandibular e coordenação muscular (FELÍCIO, 1999 e SILVA, 2004). 9) Avaliação e terapia psicológica, pois hábitos orais deletérios de ordem tensional podem desencadear uma DTM. O tratamento fonoaudiológico, segundo Pomeranc (2004), consiste em restabelecer o tônus da musculatura orofacial e cervical, as funções estomatognática, a mobilidade mandibular, resgatar a dimensão vertical para desenvolver o espaço articular e reduzir a dor das respostas dos pontos desencadeadores. Silva (2004) acrescentou o trabalho fonoaudiológico na conscientização dos mecanismos aliviadores de tensão e Bianchini (2004), a distinção dos fatores etiológicos para auxílio na resolução do problema apresentado pelo paciente, sendo que tanto avaliação e o planejamento terapêutico devem ser realizados em tempos controlados, para reavaliação periódica e ajustes de conduta Apesar de ser de competência do cirurgião dentista a verificação da situação dentária e a oclusão, o fonoaudiólogo pode observar se há ou não alteração e encaminhar para o especialista quando constatar alterações oclusais. O ortodontista anotará as características craniofaciais, solicitará e interpretará os dados cefalométricos entre outros exames que podem ser solicitados, traçando um planejamento para o equilíbrio das estruturas (S Avaliação Fonoaudiológica – referida em 69,2% (n=9) dos estudos (AYRES, et al. 2016; SHINGO, et al, 2014; LUCENA, et al, 2014; BERLESE, et al, 2012; LIMA, et al, 2009; BOTELHO, et al, 2008; CAVALCANTI, BIANCHINI, 2008; LIMA, et al, 2006; MELO, et al, 2006), trata-se da verificação das posturas e morfologias dos componentes estruturais que compõem o SE, tanto no modo estático quanto em funcionamento. Essa avaliação aplicada à mastigação, conta com palpação dos músculos masseteres e ventres anteriores dos temporais, verificação da oclusão dentária, identificação da tipologia facial ou medidas antropométricas, verificação da postura de lábios, conferência do tipo de corte do alimento (anterior, lateral ou manual), quantificação do número de ciclos mastigatórios, averiguação da velocidade de mastigação, identificação do tipo mastigatório/lado de predomínio mastigatório (bilateral alternado, bilateral simultâneo, unilateral direito ou esquerdo). Para auxiliar este tipo de avaliação também foram citados o uso de alguns artefatos como, por exemplo, protocolos com escores, filmadora digital, câmera fotográfica, paquímetro digital e cronômetro. Revisão dos protocolos de tratamento para a maloclusão de Classe II de Angle O hábito de roer unhas 8-Estudar as diferenças entre dentição decídua, mista e permanente: Anatomia dental recurso eletronico, isabela queiroz, UFMG Dentição decídua: ● A dentição decídua se inicia a partir dos 6 meses de idade, com a erupção do incisivo central inferior decíduo, e se completa por volta dos 2 anos e meio de idade, normalmente com os segundos molares decíduos em oclusão. ● O ser humano possui 20 dentes decíduos. Esses dentes são menos calcificados em relação aos dentes permanentes. Dentição mista ● Período no qual existem, ao mesmo tempo, dentes decíduos e permanentes na cavidade bucal. ● Se inicia em torno dos 6 anos de idade, geralmente com a erupção do 1º molar inferior permanente. ● Termina em torno dos 11 anos de idade, com a troca do último dente decíduo pelo permanente. Dentição permanente: Quando todos os dentes já foram trocados 9- Compreender as características dentárias (quais são os dentes de cada dentição suas funções). Não precisa estudar a composição dentária. cartilha manual trocas dentárias: conceitos básicos. UFC Dentição decídua: Composição: Até 20 Dentes. Período: Aproximadamente entre 0 e 3 anos Os dentes decíduos fazem parte da primeira dentição, que começam a errupcionar, aproximadamente, aos sete meses de idade; e por volta dos 2,5 ou 3 anos a dentição decídua está completa, sendo constituída por um total de 20 dentes. O desenvolvimento da dentição decídua é dividido em períodos distintos, um momento pré-dental e um período posterior, corresponde à erupção dentária. Sendo assim, é importante notar que mesmo antes do seu surgimento na boca, os dentes estão em constante processo de desenvolvimento, desde o momento intrauterino na dentição decídua são a maior presença de espaços, além de possuírem uma coloração mais clara, branco-azulada, por isso são popularmente conhecidos como dentes “de leite” , e esmalte menos rígido, do que na dentição permanente,FATORES QUE INTERFEREM A DENTIÇÃO DECÍDUA: NASCIMENTO PREMATURO: tendência de apresentar um atraso na erupção dos primeiros dentes decíduos FATORES NUTRICIONAIS DA CRIANÇA: Crianças podem apresentar alterações na cronologia de erupção decídua a depender de seu estado nutricional, principalmente pela desnutrição energética de proteínas Fenda labiopalatina Dentição permanente: Ao todo, o ser humano possui 32 dentes permanentes. Quatro incisivos centrais, quatro incisivos laterais, quatro caninos, oito pré-molares e doze molares(incluindo 4 dentes do siso)
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