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Sistemas Orgânicos Integrados – Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) Curso: Medicina Turma:P5 Data: 12/09/2023 Aluna: Anna Júlia Costa Facilitadora: Fabiana Medeiros Internação hospitalar 1. Quando está indicada internação de paciente psiquiátrico? A internação psiquiátrica é indicada em casos nos quais o indivíduo perde sua capacidade de autodeterminação, ou a capacidade de se autogerir. Há situações e m que a perturbação mental coloca o indivíduo de tal forma alterado, que passa a representar uma ameaça a si próprio ou então para a sociedade. Nestes casos também está indicada a internação psiquiátrica. Dentre as doenças psiquiátricas, a que tem indicação universal é o risco de suicídio. A medida visa proteger o indivíduo até que as medicações comecem a fazer efeito e ele recobre seu equilíbrio psíquico. No transtorno bipolar, a internação em sua fase mais aguda de Euforia tem o mesmo objetivo, proteger o indivíduo de seu comportamento inadequado que pode trazer consequências desagradáveis a ele e a outros. Também na fase depressiva profunda, a internação pode ser necessária para se evitar o risco de suicídio. Os surtos de psicose também são outro grupo de doenças que podem necessitar internação, se no rompimento com a realidade o indivíduo se tornar agressivo, violento, inadequado, o que pode também representar um perigo a si e aos que o rodeiam novamente, até que as medicações façam efeito a internação pode ser necessária. São considerados casos graves situações em que há presença de transtorno mental com no mínimo, uma das seguintes condições: risco de autoagressão, risco de heteroagressão, risco de agressão à ordem pública, risco de exposição social, incapacidade grave de autocuidado. A finalidade centra-se na estabilização do paciente: minimizando riscos, levantando necessidades psicossociais, ajustando o tratamento psicofarmacológico e a reinserção social do paciente em seu meio. A internação deve ocorrer sempre mediante nota de internação circunstanciada que exponha sua motivação, podendo ser classificada , nos termos da Lei n° 10.216/01, como: ▪ Internação voluntária ▪ Internação involuntária ▪ Internação compulsória 2. Em quais situações esta prática é vedada? É vedada a internação de pacientes portadores de transtornos mentais em instituições com características similares, ou seja, aquelas desprovidas dos recursos como assistência integral, incluindo: serviços médicos, de assistência social, psicológicos, ocupacionais e de lazer; e que não assegurem aos pacientes os direitos de: ter acesso ao melhor tratamento de saúde, ser tratado com humanidade e respeito, ser protegido contra qualquer forma de abuso, ter garantia do sigilo nas informações prestadas, ter direito à presença médica para esclarecimento, ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis, receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu tratamento, ser tratado em ambiente terapêutico, ser tratado preferencialmente em serviços comunitários de saúde mental. A internação é vedada quando é de natureza asilar (artigo 4º, págrafos 1º e 3º da Lei n. 10.216/01). Trecho extraído da LEI Nº 10.216, DE 6 DE ABRIL DE 2001 , Lei da Reforma Psiquiátrica; Lei Paulo Delgado: “Art. 4o A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada quando os recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes. § 1o O tratamento visará, como finalidade permanente, a reinserção social do paciente em seu meio. § 2o O tratamento em regime de internação será estruturado de forma a oferecer assistência integral à pessoa portadora de transtornos mentais, incluindo serviços médicos, de assistência social, psicológicos, ocupacionais, de lazer, e outros. § 3o É vedada a internação de pacientes portadores de transtornos mentais em instituições com características asilares, ou seja, aquelas desprovidas dos recursos mencionados no § 2o e que não assegurem aos pacientes os direitos enumerados no parágrafo único do art. 2o.” Referências: Goldman, Lee, e Andrew I. Schafer. Goldman-Cecil Medicina.(26th edição). Grupo GEN, 2022. Kumar, Vinay, et al. Robbins & Cotran Patologia - Bases Patológicas das Doenças. (9th edição). Grupo GEN, 2016. FORTES, Hildenete Monteiro. Tratamento compulsório e internações psiquiátricas. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, v. 10, p. s321-s330, 2020.