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1. Introdução ao Estudo da Parasitologia ✓ Grau de intensidade da doença parasitárias : Número de formas infectantes presentes, Virulência da cepa, Idade, Estado nutricional do hospedeiro, Órgãos atingidos, Associação de um parasito com outras espécies, Resposta imune. ✓ Fatores predisponentes: Crescimento desordenado dos centros urbanos, criando os chamados cinturões de pobreza com elevada densidade populacional em estado de confinamento; Deficiência ou inexistência de abastecimento de água, coleta de lixo, esgôtos, tratamento dos dejetos, etc.; Moradia inadequada; Salários insuficientes; Nutrição deficiente; Educação insuficiente; ✓ Vetores (biológico x mecânico): Biológico: quando o agente etiológico se multiplica ou se desenvolve no vetor, Ex: T. Cruzi, T. Infestans, S. Mansoni, Biomphalaria glabrata. Mecânico: quando o parasito não se multiplica ou se desenvolve no vetor, esse simplesmente serve de transporte ao parasito, Ex: Tuga penetrans veiculando mecanismos esporos de fungo. ✓ Tipos de hospedeiros (definitivo/intermediário): Definitivo: É o que alberga o parasito no estagio adulto, no qual realiza sua reprodução. Ex: O homem para o Ascaris lumbricóides. Intermediário: Alberga o parasito no estagio larval ou no qual há reprodução assexuada. Ex: O suíno ou bovino para a Taenia ✓ Tipos de ciclo biológico (Monoxênico x Heteroxênico): Monoxênico: é o que possui apenas o hospedeiro definitivo, Ex: Enterobius vermiculares, A. Lumbricoides. Heteroxênico: é o que possui hospedeiro definitivo e intermediário, Ex: Trypanossoma cruzi, S. Mansoni. ✓ Ações do parasito no hospedeiro: Mecânica: Algumas espécies podem impedir o fluxo de alimento, bile ou absorção alimentar. Assim, o enovelamento de A. lumbricoides dentro de uma alça intestinal, obstruindo-a; a G. lamblia, "atapetando" o duodeno etc. Espoliativa: Quando o parasito absorve nutrientes ou mesmo sangue do hospedeiro. É o caso dos Ancylostomatidae, que ingerem sangue da mucosa intestinal (utilizam esse sangue para obtenção de Fe e O, e não para se nutrirem dele diretamente) e deixam pontos hemorrágicos na mucosa, quando abandonam o local da sucção. Outro exemplo é o hematofagismo dos triatomíneos ou de mosquitos. Traumática: É provocada, principalmente, por formas larvárias de helmintos, embora vermes adultos e protozoários também sejam capazes de fazê-lo. Assim, a migração cutânea e pulmonar pelas larvas de Ancylostomatidae; as lesões hepáticas pela migração da E hepatica jovem; as úlceras intestinais provocadas pelos Ancylostomatidae e 7: trichiura; o rompimento das hemácias pelos Plasmodium etc. Tóxica: Algumas espécies produzem enzimas ou metabólitos que podem lesar o hospedeiro. Exemplos: as reações alérgicas provocadas pelos metabólitos do A. lumbricoides, as reações teciduais (intestino, figado, pulmões) produzidas pelas secreções no miracídio dentro do ovo do S. mansoni etc Irritativa: Deve-se a presença constante do parasito que, sem produzir lesões traumáticas, irrita o local parasitado. Como exemplo, temos a ação das ventosas dos Cestoda ou dos Roteiro de Estudo AV1 – PARASITOLOGIA IIIº Semestre Profa. Sandra Dórea lábios dos A. lumbricoides na mucosa intestinal. Enzimática: É o que ocorre na penetração da pele por cercárias de S. rnansoni; a ação da E. histolytica ou dos Ancylostomatidae para lesar o epitélio intesthal e, assim, obter alimentos assirniláveis etc. Anóxia: Qualquer parasito que consuma o O, da hemoglobina, ou produ~a anemia, é capaz de provocar uma anóxia generalizada. E o que acontece com os Plasmodium ou, em infecções maciças, pelos Ancylostomatidae. Inflamatória: o próprio parasito ou produto de seu metabolismo estimulam o fluxo de celulas inflamatórias locais. Ex: a formação de granulomas em torno de ovos de S. Mansoni. Imunogênica: quando particulas antigênicas de parasitos sensibilizam tecidos do hospeddeiro, aumentando a resposta imunitária a qual agrava a parasitose. Ex: malária, doença de chagas e as leishmanioses que são doenças agravadas pelo sistema imune. ✓ Importância da saliva dos insetos hematófagos A saliva dos insetos é crucial para o sucesso do hematofagismo, pois o mesmo desencadeia diversos mecanismos fisiológicos naturais nos animais vertebrados. Para subjugar tais acontecimentos fisiológicos os insetos hematófagos estocam em suas glândulas salivares um arsenal molecular com várias propriedades, incluindo as de ação vasodilatadora, anticoagulante, antiplaquetária e imunomoduladora. ✓ Antiparasitário (ação paralisante x inibidor receptor de glicose) O antiparasitário com inibição de glicose vai agir no parasito evitando a capacidade de gerar ATP, se ele não faz isso consequentemente morre, já os que possuem ação paralisante vão agir no sistema nervoso impedindo suas ações e bloqueando o movimento, isso ajuda no processo de eliminação do parasito. ✓ Principais ações biológicas relacionadas a hematogagia. A saliva possui propriedades biológicas como proteínas de ação vasodilatadoras, anticoagulantes e analgésicas. ✓ Apenas o nome do antiparasitário e ação no parasita Paralisação Meuromuscular Bloqueador da Captação de Gllicose Pamoato de Pirantel Albendazol Piperazina Mebendazol Sais de Tetramisol Levemisol Ivermectina 2. Enterobiase/Oxiuríase ✓ Agente etiológico: causada pelo verme nematóide Oxyuris oxyura ou Enterobius vermicularis. ✓ Transmissão: Ingestão de ovos/ FECAL – ORAL ✓ Ciclo Biológico: Monoxênico. O ciclo de vida do parasito é autolimitado ( ~35 a 53 dias). Fêmeas migram para região perianal para postura de ovos causando prurido intenso; Macho morre após cópula e são eliminados nas fezes (desintegram-se no solo); As fêmeas morrem e desintegram-se após a postura; Os ovos contaminam as roupas, alimentos, meio ambiente e mãos dos seus portadores. ✓ Manifestações clinicas: Assintomáticos: raros; Prurido anal (Sinal Patognomônico); Náusea leve e vômito; Insônia e irritabilidade; Dores abdominais; Mucosa recoberta de muco e larvas; Irritação; Mulheres podemos encontrar na vagina, útero e bexiga; Apendicite; Enterite catarral e diarréia ✓ Prevenção: Lavar as mãos; Cortar unhas; Lavar roupas do hospedeiro separadamente e com água fervente; Tratamento de todas as pessoas doentes ; Saneamento básico; Educação sanitária.; Uso de água potável.; Boas práticas na manipulação de alimentos; Cuidados com a roupa de cama. ✓ Tratamento: Pamoato de Pirantel; Albendazol; Mebendazol ✓ Diagnóstico (técnica utilizada): Manifestações clinicas; Prurido anal – Patognomônico; Exame de fezes – diagnóstico de apenas 5 a 10%; Coleta de ovos pelo Método da Fita Adesiva transparente ou método de Graham. 3. Tricuríase ✓ Agente etiológico: É o parasitismo desenvolvido no homem pelo Trichuris trichiura ou Trichocephalus trichiurus. Verme nematóide ✓ Transmissão: Fecal oral. Forma infectante: ovos larvados (L1) ingeridos pelo homem. ✓ Ciclo Biológico: Tipo monoxênico. Homem → fezes contaminadas → Ovo não embrionado → massa celular → Ovo larvado → Forma infectante L1 → Homem → Intestido delgado eclosão da larva → Intestino Grosso → Ovoposição ✓ Manifestações clinicas: Leves: Assintomática ou discreta alteração intestinal; Moderada: Dores de cabeça, falta de apetite, emagrecimento, dor epigástrica e abdominal, vômito, tenesmo, náuseas e diarréia. Intensas: Síndrome disentérica crônica. Dor abdominal com tenesmo. Anemia, desidratação e desnutrição grave. Crianças podem apresentar peso e altura diminuídos para a idade. Distensão abdominal, Cólicas e vômitos ✓ Prevenção: Educação sanitária; Consumir água potável; Construção de fossas sépticas; Lavar as mãos; Tratamento de pessoas parasitadas; Cortar unhas; Proteção dos alimentos contra insetos. Lavar os alimentos antes de consumir; Tratamento dos familiares ✓ Diagnóstico: Parasitológico de fezes - Identificação do ovo - Método de Graham /Fitagomada (prolapso retal); Análise direta da amostra com solução salina, no microscópio ótico. ✓ Tratamento: Pamoato de Pirantel; Albendazol; Mebendazol; Benzimidazóis; Nitazoxanida ✓ Prolapso retal: Exteriorização do reto (infecções maciças). Esforço continuado na defecação associado a alterações nervosas locais. 4. Ascaridíase ✓ Agente etiológico: Nematóide cujo hospedeiro é o homem. Estima-se que afeta 25% da população mundial. ✓ Transmissão: Ingestão de OVOS (L3); Fecal – oral Água e alimentos contaminados Poeira Vetores (moscas, formigas e baratas) ✓ Ciclo Biológico: Monoxênico; Possui ciclo pulmunar, Ciclo de Loss ✓ Ciclo de Loss: O ciclo de Loos é também chamado de fase pulmonar porque o verme tem uma passagem pelo pulmão, eles precisam desse processo porque a larva durante sua etapa de desenvolvimento é aeróbica e vai precisar de oxigênio, isso faz com nesse processo ela migre para o pulmão e ao sofrer a maturação e virar verme adulta ela volta a ser anaeróbica facultativo colonizando o intestino. ✓ Manifestações clinicas: 1. Migração larvária nos Pulmões: Pnenumonia, tosse, febre, dor torácica e dispinéia com roncos, sibilo e hemoptise. 2. Verme adulto no Intestino Delgado: Cólica intestinal, diarreia, náuseas, vômitos, insônia, irritabilidade, bruxismo, manifestações alérgicas como urticária, abdome proeminente e palidez. LESÕES PULMONARES: Pontos hemorrágicos; Edema dos alvéolos; Recrutamento do infiltrado inflamatório; Pneumonia eosinofílica – Síndrome de Löeffler; Tosse produtiva e muco sanguinolento. FÍGADO: Lesões traumáticas no parênquima hepático. Provoca pequenos focos hemorrágicos e de necrose que futuramente tornam-se fibrosos. Complicações importantes: Migração dos vermes adultos para orofaringe pode ocasionar a eliminação dos vermes pela boca e nariz. Complicações cirúrgicas abdominais quando vermes adultos se instalam nas suturas (deiscência de sutura) devido ao seu tropismo por orifícios. Ainda pode causar: Obstrução intestinal; Obstrução da laringe; Perfuração esofágica; Apendicite aguda; Peritonite, Pancreatite e Hepatite ✓ Prevenção: Educação sanitária; Construção de fossas sépticas; Tratamento da população; Lavagem de alimentos; Consumo de água potável ✓ Tratamento: Piperazina; Mebendazol; Pamoato de Pirantel; Albendazol; Ivermectina ✓ Diagnostico: Clínico (suspeita); Imunodiagnóstico; Hemograma; Diagnóstico por Imagem Parasitológico de fezes - EPF ✓ Tratamento – Ação do medicamento no parasito: A ação a depender do antiparasitário pode atuar no sistema nervoso do verme e paralisá-lo ou atuar no bloqueio da catação da glicose então não há anergia, licolise, e eles morrem. Tem que ser analisado o paciante para o tratamento ideal, pois a depender do número de vermes tem que fazer a melhor escolha para evitar problemas maiores. 5. Migrações Ectópicas do A. lumbricóides ✓ Principais migrações ectópicas do A. Lumbricóides: Como é um verme que tem tropismo por orifícios e uma capacidade de migração ectópica, é um verme que se instala em diversos locais. Saindo do intestino ele pode subir para o ducto pancreático ou ducto biliar causando obstrução do ducto, pode migrar para dentro da vesícula biliar, fígado, pulmão, apêndice, canal lacrimal e ate mesmo o ouvido médio. Então é um verme que pode causar Colecistite, colangite, coledocolitiase, abcessos hepáticos, pancreatite, apendicite, etc. ✓ Diferença entre Colangite e Coledocolitiase: Colangite é uma obstrução da via biliar (ducto cístico) causado principalmente por um calculo ou ate mesmo áscaris e para que essa colangite ocorra é obrigatório obstrução com infecção bacteriana. Então colangite ocorre obstrução seguido de infecção e entre esses agentes infecciosos temos principalmente as bactérias: E. coli, enterobacter ssp, klebsiela ssp e enterococcus ssp (geralmente são bactérias gram negativas). O paciente vai ter dor em hipocôndrio direito, icterícia e febre que é chamada de tríade de Charcot. Tríade de Charcot (febre, icterícia e dor em hipocôndrio direito) A coledocolitiase é a obstrução do ducto colédoco que é a mais comum de acontecer, ela pode ser primaria quando ocorre a nível inicial do ducto colodeco e secundaria quando o cálculo sai da vesícula e obstrui o ducto. ✓ Como A. lumbricóides causa a Coledocolitíase e suas manifestações clinicas: A coledocolitiase ocorre devido a migração do áscaris para as vias biliares que acaba obstruindo o ducto colédoco, ou seja, uma coledocolitiase primaria. Essa obstrução vai causar a estase da bile e consequentemente o individuo vai apresentar a tríade de Charcot, acolia fecal e coluria. ✓ Como A. lumbricóides causa a Colangite e suas manifestações clinicas: A colangite ocorre quando a obstrução ocorre nas vias biliares principais. O paciente pode apresentar infecção bacteriana e os mesmos sintomas da coledocolitiase. ✓ Manifestações clinicas apresentadas pelos pacientes em virtude da estase biliar: O paciente pode apresentar a tríade de Charcot (icterícia, febre com calafrios e dor em H. direito), acolia fecal devido a obstrução que não permite a passagem da bile e coluria porque a bilirrubina direta é hidrossolúvel. ✓ Diagnostico Colangite e Coledocolitiase: O diagnostico é feito por exame de imagem constante porque o verme no momento do exame pode se localizar em determinado local e logo migrar para outro, pode também solicitar exames laboratoriais como sorologia de hepatite, enzimas hepáticas para saber se o fígado ta normal, a fosfatase alcalina e Gama GT vai nortear sobre o problema na vesícula. 6. Pediculose do couro cabeludo (Pediculus humanus capitis) ✓ Transmissão: Piolho de cabeça: pessoa a pessoa; Piolho de corpo: transmissão pelas roupas; Transmissão indireta: fômites e utensílios pessoais ✓ Ciclo Biológico: ✓ Tratamento: PEDICULOSE DO COURO CABELUDO: Uso de pente fino e catação; Cortar cabelos (opcional); Boas práticas de higiene pessoal; Controle químico: Piolhicida (Deltametrina, Permetrina ou Bioaletrina) PEDICULOSE DE CORPO: Mergulhar as roupas em água fria com inseticida; Aquecimento das roupas a 70° C por 1 hora; Secar roupas ao sol; ✓ PEDICULOSE PUBIANA: Pthirus púbis; Coceira intensa; Acomete pêlos pubianos, cílios e sobrancelhas. Transmissão: Contato sexual. Vestuário, roupas de cama e toalhas. - Intenso prúrido; Irritação mecânica – Dermatite; Diagnóstico: Clinico; Controle; Redução dos pêlos pubianos; Uso de Piolhicida; Higiene pessoal ✓ Prevenção: Bons habitos de higiene, etc. ✓ Diagnostico: Clínico. Identificação de piolhos e lêndeas a olho nu ou com auxilio de pente fino. ✓ Manifestações clínicas: Reação inflamatória a picada (saliva) do piolho. Formação de pápula; P. capitis: lesão no couro cabeludo; P. humanus: lesão no dorso, axilas, nadégas e coxas 7. Toxoplasmose ✓ Agente etiológico: Causada pelo protozoário Toxoplasma gondii. Parasita intracelular. Doença parasitária de mamíferos homeotérmicos, aves e pequenos roedores. Afeta principalmente o sistema nervoso central, visão, músculos e órgãos viscerais. Pode ocorrer transmissão congênita. ✓ Hospedeiros: Os felínos - Hospedeiros Definitivos. Homem e outros animais - Hospedeiros Intermediários. ✓ Formas evolutivas: OOCISTOS (eliminados nas fezes de felinos); TAQUIZOITOS (observado nas infecções disseminadas; agudas e pode ser encontrado nos fluídos corporais). BRADIZOITOS (forma latente) ✓ Transmissão: Ingestão de carne crua ou mal cozida contaminadas com bradizoítos. Ingestão de frutas, verduras e água contaminada por oocistos esporulados do parasita. Contato com terra ou areia contaminadas com oocistos esporulados, favorecendo a auto- contaminação. Transmissão congênita através de taquizoitos. Transfusão sanguínea. Ingestão de leite crú não pasteurizado. Transplante de órgãos. Acidentes de trabalho. Auto-lambedura do animal ✓ Ciclo Biológico: Ciclo Biológico Heteroxeno. ✓ Prevenção: Incineração das fezes de gatos. Não deixaro gato comer ratos e aves de rua. Evitar acesso de gatos nos parques com areia. Investigação de surtos ✓ Manifestações clinicas: Febre discreta; Infartamento ganglionar cervical; Fadiga ✓ Diagnóstico: Anamnese; Biopsia Tecidual; Investigação de infecção fetal - líquido amniótico; PCR; Sorologia ELISA (IgG e IgM) ✓ Tratamento: Pirimetamina; Sulfadiazina; Clindamicina; Dapsona; Atovaquona; Ácido fólico. Gestantes em Fase Aguda: 1° trimestre: espiramicina Infecção fetal: sulfadiazina; 3° trimestre: sulfadiazina + pirimetamina + ácido fólico. Toxoplasmose Neonatal (12 meses): Primeiros seis meses: Pirimetamina + Ácido fólico. Próximos seis meses: Pirimetamina 8. Leishmaniose Visceral ✓ Agente etiológico: Insetos flebotomineos: >600 espécies. Leishmania chagasi ✓ Vetor: Lutzomyia longipalpis ✓ Formas evolutivas: FORMAS PROMASTIGOTAS: Alongadas com flagelo livre e longo; Forma extracelular. Promastigota Metacíclico; Forma infectante encontrada nos insetos vetores dos gêneros. Phlebotomus e Lutzomyia. No vetor colonizam o trato digestório. FORMAS AMASTIGOTAS: Ovóides ou esféricas. Ausência de flagelo livre; Presente no Hospedeiro Vertebrado. Encontrada dentro dos macrófagos presentes nos órgãos atingidos (pele ou vísceras) ✓ Ciclo Biológico da doença: ✓ Ciclo Biológico do Vetor: ✓ Complexo Leishmania Donovani ✓ Manifestações clinicas: Tosse não-produtiva, diarréia, dor abdominal (Fase Aguda). Edema, icterícia e ascite. Anorexia e desnutrição. Hemorragias digestivas. Hepatoesplenomegalia. Imunossupressão: infecções oportunistas. Febre intermitente com semanas de duração; Fraqueza, perda de apetite, emagrecimento; Anemia e palidez; Comprometimento da medula óssea; Problemas respiratórios; Hemorragia gengival; Rins: glomerulonefrite e nefrite. Linfonodos aumentados. Alterações pulmonares. Descamação da pele e queda de cabelo. ✓ Transmissão: Picada do inseto hematófago (fêmea) Flebotomíneo – Gênero Lutzomyia. Birigui, mosquito-palha, tatuquira. Saliva - propriedades biológicas ✓ Prevenção: Proteção individual: repelentes, telas em portas e janelas, camisas de mangas compridas e calças, meias e sapatos. Controle de reservatórios domésticos – cão de rua. Controle vetorial nas áreas intra e peridomicílio; Vacinação – cães. Medidas educativas : acondicionamento e destino adequado do lixo orgânico. ✓ Tratamento: Os antimônios (Sb+5) pentavalentes, tratamentos de 1o escolha (não usar em gestantes): N-metilglucamina (NMG) (Glucantime) – Brasil. Estibogluconato de sódio (SGS) (Pentostam). Tratamentos de 2o escolha, na falta de resposta aos primeiros medicamentos: Pentamidina Anfotericina B. ✓ AÇÃO DO MEDICAMENTO NO PARASITO: Antimoniais pentavalentes: N-metil glucamina: (Glucantime). Inibe glicólise e β-oxidação das formas amastigotas de Leishmania. Anfotericina B. Interage com o ergosterol na membrana da Leishmania, causando aumento da permeabilidade e morte do parasito. Pentamidina. Interfere na síntese de DNA, alterando o cinetoplasto e fragmentando a membrana mitocondrial do parasito. ✓ Patogenia: A pele é a porta de entrada para a infecção. Formação de um nódulo no local da inoculação (leishmanioma). Disseminação hematogênica e/ou linfática. Evolução para cura ou cronicidade. ✓ Diagnóstico: (A)PARASITOLÓGICOS (B)SOROLÓGICOS (C) MOLECULARES: A. Isolamento de formas amastigotas provenientes de lesões e biópsias. B. Detecção de anticorpos específicos. C. Amplificação de seqüências de DNA ou RNA dos parasitas. DIAGNÓSTICO CLÍNICO; PESQUISA DO PARASITO – Biopsia e/ou Punção; MÉTODOS IMUNOLÓGICOS; Intradermorreação de Montenegro(IRM). O cão é considerado o principal reservatório da doença no meio urbano.