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Planejamento Financeiro Professor Cel Villarinho, M.Sc. UNIDADE II – Custos (Videoaula 3 a 7) Vídeo aula 3 Objetivo da contabilidade gerencial Auxílio no processo de tomada de decisão empresarial, gerando informação para: • Formação de preços de venda dos produtos ou serviços • Descontinuidade de produtos não rentáveis ou incentivo ao incremento de venda de produtos de alta rentabilidade • Produção interna vs. aquisição de terceiros de componentes ou serviços • Mudanças em processos produtivos, visando redução de custos Estrutura de custos em empresas As empresas não fazem gestão de custos, mas sim gestão de gastos. Sabem quanto gastou, mas não sabem onde ou porque gastou. Com a globalização as empresas precisam enxugar as gorduras, afim de realizar um bom planejamento. Vídeo aula 4 Investimentos São gastos ativados em função de sua vida útil. Ficam temporariamente "congelados" no ativo da organização. São gradualmente "descongelados" e incorporados aos custos e despesas. Exemplos: ▪ Veículo ▪ Máquina industrial Custos Diretos São aqueles que podem ser apropriados diretamente aos produtos fabricados, porque há uma medida objetiva de seu consumo na fabricação. Exemplos: ▪ Matéria Prima ▪ Material de Embalagem ▪ Mão-de-obra direta ▪ Depreciação do equipamento ▪ Energia elétrica consumida nas máquinas Custos Indiretos São os custos que dependem de cálculos, rateios ou estimativas para serem apropriados aos diferentes produtos, portanto, são os custos apropriados indiretamente aos produtos. O parâmetro utilizado para as estimativas é chamado de base ou critério de rateio. Exemplos: ▪ Depreciação de equipamentos que são utilizados na fabricação de mais de um produto ▪ Salários dos chefes de supervisão de equipes de produção ▪ Aluguel da fábrica ▪ Material de limpeza consumido na fábrica ▪ Energia elétrica da iluminação da fábrica Custos Fixos São aqueles cujos valores são os mesmos qualquer que seja o volume de produção da empresa. São fixos em relação ao volume de produção, mas podem variar de valor no decorrer do tempo. Exemplos: ▪ Aluguel da fábrica: mesmo quando sofre reajuste em determinado mês, não deixa de ser considerado um custo fixo, uma vez que terá o mesmo valor qualquer que seja a produção do mês. Custos Variáveis São aqueles cujos valores se alteram em função do volume de produção da empresa. Se não houver quantidade produzida. O custo variável será nulo. Os custos variáveis aumentam à medida que aumenta a produção. Exemplo: ▪ Matéria-prima consumida Despesas Fixas e Variáveis As despesas também podem ser classificadas como despesas fixas e despesas variáveis, porém são definidas como tal em relação ao volume de vendas. Exemplo: as comissões de vendas são despesas variáveis, pois, seu valor varia com o volume das vendas. Já o aluguel do escritório da administração é uma despesa fixa porque não depende do volume de produção. Depreciação A depreciação indica o quanto do valor de um ativo foi utilizado. A depreciação irá ajudar um investidor pessoa física ou empresa compreender onde seus ativos serão melhor alocados, afim de agregar maior valor para a empresa ou para seus investimentos. Por exemplo, se você espera que um bem tenha uma vida útil de 5 anos, comprou ele por R$60 mil, tem uma taxa de depreciação de 20% e irá vender o ativo ao final do quarto ano de utilização, o valor residual será de R$12 mil e o valor depreciado será de R$48 mil. Desembolso Consiste no pagamento do bem ou serviço, independente de quando o produto o serviço foi ou será consumido (princípio da competência). O desembolso pode ocorrer com pagamento em dinheiro ou com a entrega de algum outro bem (troca). Perdas e Desperdícios Perdas – Gastos anormais e involuntários que não geram receitas ou bens. Para se configurar uma perda, o gasto tem que caracterizar as duas coisas ao mesmo tempo. Desperdícios – Gastos incorridos na produção ou na geração de receitas que possam ser eliminados sem afetar a qualidade ou a quantidade dos bens produzidos. Gestão de Custos PEDIDO: Classifique os elementos seguintes da planilha, referente a uma fábrica, em: despesas fixas (DF), custos fixos (CF), despesas variáveis (DV), custos variáveis (CV), investimento (I) e perdas (P). Classificação de gastos Elemento CV CF DV DF I Comissões sobre vendas X Consumo de açúcar em fábrica de doces X Energia elétrica – consumo da área administrativa X Energia elétrica – consumo da área industrial X Fretes de entrega X Aquisição de veículos para entrega X Fretes de insumos produtivos X Gastos com depreciação da fábrica X Gastos com depreciação de computadores das lojas X Gastos com manutenção fabril X Solução Solução Elemento CV CF DV DF I Compra de máquina industrial X Gastos com seguro da fábrica X Gastos com seguro das lojas X Gastos com supervisão da linha de produção X Leasing (aluguel) de veículos administrativos X Limpeza e conservação das lojas X Consumo de matéria prima no processo fabril X Consumo de material de escritório X Salários e encargos administrativos X Combustível gasto por vendedores X Vídeo aula 5 Estrutura de custos em empresas comerciais Estrutura de custos em empresas industriais Efeitos de custos e despesas no resultado ✓CMV = EI + C - EF ✓CPV = EI + (In + MOD + GGF) – EF ✓CSV = Sin + (MOD + GDS + GIS) – Sfi Efeitos de custos e despesas no resultado Gestão de Custos PEDIDO: 1. Determine o custo unitário da bandeja no ano anterior. 2. Em março deste ano, o cliente supermercado Tem De Tudo propôs um contrato, no qual compraria 300 bandejas adicionais por mês, a um preço de R$21,00 por bandeja. Deveria o Sr Oswaldo aceitar esse contrato? Por quê? Fábrica de Pão de Queijo Solução SITUAÇÃO ATUAL TOTAL ANUAL (R$) UNITÁRIO (R$ POR BANDEJA) Receita 182.400,00 38,00 (-) Custos variáveis ▪ Mat prima ▪ Embalagem ▪ Energia elétrica 56.000,00 8.100,00 3.600,00 14,10 (-) Custos fixos ▪ Sal e encargos ▪ Depreciações 80.000,00 1.980,00 17,08 Subtotal dos custos 149.680,00 31,18 (=) Lucro bruto 32.720,00 6,82 (-) Despesas ▪ Depreciação do veículo ▪ Conta do telefone 3.200,00 1.200,00 0,92 (=) Lucro operacional 28.320,00 5,90 Custo Unitário Bandeja: R$ 32,10 INFORMAÇÕES DE CUSTOS PARA TOMADA DE DECISÃO TRATAMENTO E AVALIAÇÃO DOS PRINCIPAIS ITENS DE CUSTOS ▪ CUSTO DE MATERIAL DIRETO ▪ CUSTO DE MÃO DE OBRA ▪ CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO Material Direto Todo material integrante do produto acabado que possa ser convenientemente atribuído às unidades específicas: por exemplo, a matéria prima utilizada na confecção de um produto qualquer. Há dois problemas principais em Contabilidade de Custo com relação aos materiais diretos: a) Como deve ser contabilizado seu custo de aquisição b) Como deve ser avaliada a saída de material para a produção Custo de Aquisição Este custo compreende todos os gastos efetivamente incorridos para a colocação dos materiais em condições de uso, ou seja: ▪ O valor de aquisição dos materiais, incluídos todos os impostos incidentes sobre a compra e excluindo todos os impostos recuperáveis.(obs: no caso do IPI é necessário verificar se o produto acabado esta sujeito a este imposto na sua venda, se não for deve ser embutido no custo de aquisição do material). ▪ Fretes e seguros, caso o produto seja sujeito a estas despesas, também verificando a existência de impostos recuperáveis, no caso do frete. ▪ Os descontos incondicionais obtidos e abatimentos sobre as compras concedidos pelo fornecedor. Exemplo de Aplicação Supõe a compra de uma determinada matéria-prima no valor de R$ 20.000,00. Sobre essa aquisição incidiram IPI de 10% excluso e ICMS de 18%, PIS 1,65%, COFINS 7,6% inclusos eainda a empresa pagou frete no valor de R$ 2.000,00 com ICMs 12% , PIS 1,65% , COFINS 7,6% incluso no valor da prestação do serviço. VALORES DESEMBOLSADOS NA AQUISIÇÃO R$ Matéria-prima.............................................................. 20.000,00 IPI 10% destacado na Nota Fiscal............................... 2.000,00 Frete pessoa jurídica.................................................... 2.000,00 TOTAL 24.000,00 Custo de Aquisição da Matéria-Prima Valor ◼ Valor de aquisição................................ ◼ (-) ICMs recuperável (18%)................... ◼ (-) Pis a compensar (1,65%)................. ◼ (-) Cofins a compensar(7,6%)............... ◼ (+) Frete.................................................. ◼ (-) ICMs recuperável do frete (12%)..... ◼ (-) Pis a compensar (1,65%)................. ◼ (-) Cofins a compensar (7,6%).............. 20.000,00 (3.600,00) ( 330,00) (1.520,00) 2.000,00 ( 240,00) ( 33,00) ( 152,00) Valor considerado como custo da matéria-prima........................................... 16.125,00 Exemplo de Aplicação Mão-de-Obra Direta (MOD) Mão-de-Obra Direta é o gasto relativo ao pessoal que trabalha diretamente na produção, sendo possível a averiguação do tempo dispendido na elaboração do produto e, portanto, é um gasto cujo valor é apropriável a este sem a necessidade de utilizar qualquer critério de rateio. Mão-de-Obra Indireta (MOI) Os gastos relativos ao pessoal da produção que necessitam de algum critério de rateio para a sua apropriação ao produto são classificados como Mão-de-Obra indireta (MOI). Como por exemplo, o salário do Supervisor da fábrica ou do pessoal da manutenção, da limpeza e etc. que dentro dos elementos de custo classifica-se como Custos Indiretos de Fabricação (CIF). Mão de Obra Cálculo do custo da Mão-de-Obra Os encargos sociais pagos sobre o valor do salário percebido pelos funcionários são: INSS ....................................................................................20,0% Terceiros(SENAI, SESI, Sal. Educação, INCRA, Sebrae)....5,8% Seguro Acidente de Trabalho (Varia c/ grau de risco).........1,0% FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço..............8,0% Direitos trabalhistas básicos ▪ Salário mensal ▪ Hora Extra (se trabalhada) ▪ 13º Salário (1/12) ▪ Férias (1/12) ▪ Adicional de Férias de Férias (1/3 calculado sobre as férias) Exemplo de Aplicação Supõe-se que uma empresa tenha uma folha de pagamento do pessoal da produção (MOD) com valor base de R$ 10.000,00. Nesse período foram trabalhadas 100 horas extras. Qual o valor do custo dessa mão-de-obra que será agregada ao custo de produção de um determinado produto? Elementos Cálculo Valor • Salários (220 hs) • Horas Extras (100hs) Base de cálculo • INSS e 3ºs • SAT • FGTS Sub total (1) PROVISÕES • Para 13º Salário • INSS s/13º Salário • SAT s/ 13º Salário • FGTS s/ 13º Salário • Para Férias • INSS s/ Férias • SAT s/ Férias • FGTS s/ Férias Sub total (2) 10.000,00/220=45,45x1,5=68,17x100 16.817,00 x 25,8%……………….… 16.817,00 x 1%………………….…. 16.817,00 x 8%…………………….. 16.817,00 / 12………………………. 1.401,41 x 25,8%…………………... 1.401,41 x 1%……………..……... 1.401,41 x 8%……………….....… 16.817,00 /12 =1.401,41+1/3(1401,41)= 1.868,55 x 25,8%………………………. 1.868,55 x 1%…………………………. 1.868,55 x 8%…………………………. 10.000,00 6.817,00 16.817,00 4.338,78 168,17 1.345,36 22.669,31 1.401,41 361,56 14,01 112,11 1.868,55 482,08 18,68 149,48 4.407,88 • Custo da MOD Sub total 1 + sub total 2 27.077,19 Supondo que a empresa produza somente um tipo de produto e que incorreu nos seguintes custos, além da MOD calculada acima, para uma produção de 10.000 unidades. ▪ Matéria-Prima...............10.000,00 ▪ CIF..................................5.000,00 Situação 1: Se a empresa não considerar como custo as férias e o 13º salário proporcional, o custo unitário de seu produto seria: Matéria-Prima..…………….........10.000,00 MOD…………………..…...….….......22.669,31 CIF......................………...........….. 5.000,00 Custo Total de produção….... ...37.669,31 Divido por ………..…………….........10000 un Custo unitário........................R$ 37,67 Situação 2: Vamos considerar que a empresa adote a política de dar férias coletiva ao seu pessoal no final do ano e que nesse período fossem pagos as férias e o 13º salário e que os componentes do custo se mantivessem sem alteração nesse período. Então, a empresa apresentaria um custo unitário de seu produto de R$ 37,67 de Janeiro a Novembro. Suponha ainda, que a empresa trabalhe com uma margem de lucro sobre o custo de 50%, então seu preço de venda seria de R$ 56,50 (37,67 + 50%). No mês de Dezembro a empresa teria que recalcular seu custo de produção em virtude das Férias e do 13º salário. Matéria-Prima..…………….........10.000,00 MOD 13º Salário.........................22.669,31 Férias + 1/3........................30.225,74 CIF......................………...........….. 5.000,00 Custo Total de produção…........67.895,05 Divido por ………..…………….........10000 un Custo unitário........................R$ 67,89 Preço de venda passaria a ser de R$ 101,83 (67,89 + 50%) Situação 3: O preço de venda teria uma alta de 80,23% (101,83/56,50) só pelo fato de a empresa não ter levado em conta de que o direito as férias e ao 13º salário são conquistados pelos funcionários a cada mês trabalhado, devendo ser computados no custo do produto mês a mês e não na época de seu pagamento. Matéria-Prima..…………….........10.000,00 MOD........................................27.077,19 CIF......................………...........….. 5.000,00 Custo Total de produção…........42.077,19 Dividido por ……….………….........10000 un Custo unitário........................R$ 42,08 Preço de venda passaria a ser de R$ 63,12 (42,08 + 50%) Todos os gastos em que a empresa incorre para a produção e que não estejam enquadrados como gastos com Material Direto ou Mão-de-obra Direta são denominados Custos Indiretos de Fabricação (CIF). Custos Indiretos de Fabricação (CIF) Exemplo: ▪ Material indireto, salários da supervisão (MOI) ▪ Seguros da fábrica, energia elétrica gasta na iluminação da fábrica ou nas máquinas que não tenham medidor ▪ Aluguel da fábrica ▪ Depreciação das máquinas e dos equipamentos da produção ▪ Depreciação do galpão ▪ Combustível consumido na produção, etc. SISTEMA DE CUSTEIO E ALOCAÇÃO DE CUSTOS E DESPESAS Finalidades: ▪ Apurar custos e resultado (contábil e gerencial) ▪ Gerar informações para o processo de decisão (gerencial) ▪ Gerar informações para o processo de controle (gerencial) SISTEMA DE CUSTEIO POR ABSORÇÃO ▪ Todos os custos (fixos, variáveis, diretos e indiretos) são apropriados aos produtos. ▪ Não é um bom sistema para fins gerenciais. ▪ Apropria custos indiretos por rateio. ▪ Os resultados apresentados são influenciados pelo volume da produção. ▪ Leva a decisões de produzir mais do que se vende. ▪ Não identifica a margem de contribuição. INDÚSTRIA DE BRINDES DRE Sintético Rateio com base em MOD Lapiseira (1000 un) Caneta (1000 un) Total geral Total Unitário Total Unitário Receita 500,00 0,50 700,00 0,70 1200,00 (-) Custos MD 100,00 0,10 400,00 0,40 500,00 MOD 140,00 0,14 60,00 0,06 200,00 MOD % 0,70 0,30 1,00 CIF 280,00 0,28 120,00 0,12 400,00 Soma dos custos 520,00 0,52 580,00 0,58 1100,00 Lucros -20,00 -0,02 120,00 0,12 100,00 INDÚSTRIA DE BRINDES DRE Sintético Rateio com base em MD Lapiseira (1000 un) Caneta (1000 un) Total geral Total Unitário Total Unitário Receita 500,00 0,50 700,00 0,70 1200,00 (-) Custos MD 100,00 0,10 400,00 0,40 500,00 MD % 20% 80% 100% MOD 140,00 0,14 60,00 0,06 200,00 CIF 80,00 0,08 320,00 0,32 400,00 Soma dos custos 320,00 0,32 780,00 0,78 1100,00 Lucros 180,00 0,18 -80,00 -0,08 100,00 SISTEMA DE CUSTEIO VARIÁVEL ▪ Somente são apropriados como custos de fabricação os custos variáveis.▪ Não necessita de critérios de rateios. Os custos fixos são considerados como despesa. ▪ Os resultados apresentados são influenciados pelo volume da produção. ▪ Identifica a margem de contribuição unitária e global. ▪ Indicado para decisões realizadas a curto prazo. INDÚSTRIA DE BRINDES DRE Sintético Custeio variável Lapiseira (1000 un) Caneta (1000 un) Total geral Total Unitário Total Unitário Receita 500,00 0,50 700,00 0,70 1200,00 (-) Custos MD 100,00 0,10 400,00 0,40 500,00 MOD 140,00 0,14 60,00 0,06 200 Margem de contribuição 260,00 0,26 240,00 0,24 500,00 (-) CIF 400,00 Lucros 100,00 Gestão de Custos PEDIDO: Construa o DRE com base no custeio variável. Fábrica de Manteiga Solução DRE Sintético Custeio variável Suave Sabor Soma Total Unitário Total Unitário Receita 200000,00 4,00 210000,00 3,50 410000,00 (-) Custos variáveis 107000,00 4,00 138000,00 3,50 245000,00 MD Matéria prima 72000,00 1,44 108000,00 1,80 180000,00 MD Embalagem 15000,00 0,30 10000,00 0,17 25000,00 MOD 20000,00 0,40 20000,00 0,33 40000,00 (-) Despesas variáveis 20000,00 0,40 35000,00 0,58 55000,00 Total Gastos variáveis 127000,00 2,54 173000,00 2,88 300000,00 Margem de contribuição 73000 1,46 37000 0,62 110000,00 (-) Custos fixos 30000,00 (-) Despesas fixas 8000,00 Resultado Operacional 72000,00 ANÁLISES GERENCIAIS Análise das relações custo/volume/ lucro: É uma ferramenta utilizada para projetar o lucro obtido aos diversos níveis possíveis de produção e vendas, bem como para analisar os impactos causados sobre o lucro, quando da alteração no preço de venda, nos custos ou nas quantidades vendidas, ou em ambos. Esta análise está baseada no Custeio Variável e, através dela, pode-se estabelecer qual o volume necessário de produção e vendas para que a empresa não incorra em prejuízo. Para determinar a quantidade mínima que a empresa necessita produzir e vender para que não incorra em prejuízo. Utiliza-se o conceito de Ponto de Equilíbrio (Break-Even Point). Vídeo aula 6 ANÁLISES GERENCIAIS Margem de Contribuição: É a diferença entre o valor da receita e o dos gastos variáveis. Esse valor deve ser superior aos gastos fixos para formar o lucro; sendo a margem de contribuição unitária (MCu) o valor que cada unidade de produto vendida contribui para a cobertura dos gastos fixos e para a formação do lucro. ANÁLISES GERENCIAIS Margem de Contribuição: Comparando resultados: ANÁLISES GERENCIAIS Ponto de Equilíbrio: Nada mais do que uma situação em que a empresa não apresenta lucro nem prejuízo. Essa situação é obtida quando se atinge um nível de vendas no qual as receitas geradas são suficientes apenas para cobrir os custos e as despesas. O Ponto de Equilíbrio [PE (Q)], em unidades, resulta da divisão da soma dos Custos e Despesas Fixas pela Margem de Contribuição Unitária (Mcu). PE (Q) = Custo Fixos + Despesas Fixas Margem de Contribuição Unitária ANÁLISES GERENCIAIS Ponto de Equilíbrio: Ponto de Equilíbrio: A Cia Sem Dúvida produz e comercializa 500 unidades/mês. Considere os dados da empresa abaixo. ✓ Aluguel da fábrica R$ 8.000,00 ✓ Consumo de MD R$ 10.000,00 ✓ Salários fixos R$ 20.000,00 ✓ Comissão de vendas 10% preço ✓ Preço de venda R$ 100,00 Pedido: ▪ Qual o ponto de equilíbrio da empresa? ▪ E se o aluguel aumentar em $7.000,00? ▪ E se, na situação original, o preço baixar para $80,00? Exemplo de Aplicação Ponto de Equilíbrio: Exemplo de Aplicação PE = 28000 100 - 30 = 400 un/mês PE = 35000 100 - 30 = 500 un/mês PE = 28000 80 - 28 = 538 un/mês Qual o ponto de equilíbrio da empresa? E se o aluguel aumentar em $7.000,00? E se, na situação original, o preço baixar para $80,00? ANÁLISES GERENCIAIS Margem de Segurança: Consiste na quantia ou índice das vendas que excede o ponto de equilíbrio da empresa. Representa o quanto as vendas podem cair sem que a empresa incorra em prejuízo. Volume (Q) U n M o n e t ($ ) 500 $5.000,00 600 $6.000,00 Margem de segurança Quantidade Faturamento Margem de segurança: A Conservadora QualiSempre Ltda realiza transporte de valores. Considere os dados da empresa abaixo. Pedido: Suponhamos que a Conservadora QualiSempre Ltda esteja realizando 8 transportes por mês neste contrato, qual seria o lucro e a margem de segurança? Exemplo de Aplicação PE = 50000/(24000-14000) >>>>> 5 transportes mês Lucro >>>>3 x 24.000 = 72.000,00 MS >>>> 3*100/8 = 37,5% ANÁLISES GERENCIAIS Alavancagem: Por meio da aplicação de uma força pequena no braço maior da alavanca, é possível mover um peso muito maior no braço menor. É o efeito da variação do lucro superior à da quantidade de vendas. Significa que um esforço para aumentar a quantidade de vendas gera um efeito de aumento maior no lucro Alavancagem: Considere uma empresa que vende um determinado produto, cujos dados são os seguintes: ▪ Preço de venda líquido: R$ 40,00 ▪ Custos e despesas variáveis por unidade: R$ 25,00 ▪ Custos de despesas fixos por mês: R$ 300.000,00 ▪ Empresa vende atualmente 30 mil unidades ▪ Capacidade produtiva é de 40 mil unidades Pedido: O diretor presidente quer saber qual é o lucro atual e qual ele será se a empresa aumentar suas vendas em 10% sobre a quantidade atual. Exemplo de Aplicação Alavancagem: ▪ Cálculo do ponto de equilíbrio: R$ 300.000 / (40,00 – 25,00) = 20.000 unidades. ▪ Cálculo do lucro atual da empresa: 10.000 unidades x R$ 15,00 = R$ 150.000,00 ▪ Cálculo do lucro considerando o aumento nas vendas: 30.000 + 10% = 33.000 unidades – 20.000 unidades (PE) = 13.000 unidades (nova MS). ▪ Novo Lucro = MSxMCu, portanto 13.000 unidades x 15,00 = R$ 195.000,00. ▪ Variação percentual do lucro = (lucro atual / lucro anterior -1) x 100 - (R$ 195.000,00/R$ 150.000,00 -1) x 100 = 30%. A cada 1% que aumentarmos na quantidade de vendas, o lucro aumentará três vezes essa quantia, ou seja, 3%. Exemplo de Aplicação Vídeo aula 7 Fonte: Preço Certo FIXAÇÃO DO PREÇO DE VENDA A fixação do preço de venda dos produtos e serviços pela empresa é uma tarefa muito complexa, pois, é influenciada por vários fatores, tais como: ✓ Características da demanda dos produtos e serviços ✓ Análise da concorrência ✓ Comportamento dos concorrentes ✓ Acordos com a concorrência ✓ Outros fatores Contudo, o custo de produção de produtos e serviços é uma variável de suma importância pelo fato de que, salvo situações muito especiais, a empresa não pode operar com preço de venda abaixo de seus custos de produção. Para a fixação do preço de venda temos que levar em conta ainda os impostos incidentes sobre as vendas. Os impostos que incidem diretamente sobre o valor da venda são: ▪ ICMS – Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços ▪ PIS sobre o Faturamento ▪ COFINS sobre o Faturamento A fixação do Preço de venda pode ter como premissa à margem de lucro calculada sobre dois valores, a saber: ▪ Margem de Lucro sobre o custo de produção ▪ Margem de Lucro sobre o preço de venda FIXAÇÃO DO PREÇO DE VENDA FIXAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Três processos distintos podem ser empregados na definição de preços e costumam basear-se em: ❑ Custos ❑ Consumidor ❑ Concorrência FIXAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Aplicando o mark-up É um método de precificação que consiste em analisar os custos inerentes ao produto, acrescentando posteriormente o lucro que se pretende atingir. Nesse caso a equação para a determinação do preço seria: Preço de Venda = Custo + Mark-up 1 P = X G 1 - (I + L) FIXAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Aplicando o mark-up Um loja de perfumes deseja aplicar um mark-up considerando ICMS igual a 18%, comissão igual a 2%, despesas iguais a 25% e margem de lucro igual a 15%. Qual o valor da taxa de marcação que ela deve usar? % (+) Preço de venda 100% (-) ICMS 18% (-) Comissões 2% (-) Despesas fixas de vendas 25% (-) Lucro 15% (=) Total dos custos 60% Mark-up 2,5 Descrição Gestão de Custos PEDIDO: ▪Quaisos mark-ups a empresa deve empregar? ▪Quais deveriam ser os preços praticados? Mark-up MARK-UP - SOLUÇÃO Markup produtos nacionais: 1/((1-(25% + 30%)) = 2,2222 Makup produtos importados: 1/((1-(40%+30%))= 3,3333 Preço produtos nacionais: 2,2222 * ((30% + 180)+180) = R$520,00 Preço produtos importados: 3,3333 * ((60%+230) + 230) = R$1226,67 ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS Antes de começarmos a aplicar uma margem em cima dos custos do produtos, precisamos visualizar aonde queremos chegar. Foco, Custo ou Diferenciação – qual o caminho? Estratégia Competitiva de Foco ✓Se o seu público-alvo é muito restrito e o produto que você oferece é único para os seus clientes, essa é um bom caminho a seguir. ✓Sendo necessário ter uma atenção constante às suas margens e indicadores, por conta do seu público ser limitado, a sua receita pode não ser conseguir dar vazão aos seus custos totais. ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS Estratégia Competitiva de Custos ✓Essa tática prioriza o volume de produção e vendas, procurando evitar o índice de perdas na produção do produto e enxerga o preço como o principal fator competitivo no mercado. ✓É importante ressaltar que liderar pelos custos tem alguns adendos, sendo necessário atingir metas elevadas de vendas, visto que a margem de contribuição dos produtos é menor. ✓Como o foco é prioritariamente em volume, essa estratégia não prioriza muitos investimentos em marketing, propaganda, desenvolvimento do produto, distribuição. ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS https://conteudo.precocerto.co/margem-ideal-dos-produtos/ https://rockcontent.com/blog/o-que-e-marketing/ Estratégia Competitiva de Custos ✓Vale destacar também que os esforços excessivos em produção, não impedem que outros concorrentes procurem tomar uma parcela do seu mercado – visto que a identificação do seu consumidor com o produto é pouca. ✓Você pode seguir nesse caminho para os produtos que possuem uma barreira de entrada menor, como por exemplo, uma capinha de celular. ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS Estratégia Competitiva de Diferenciação ✓A exclusividade gerada pela marca, é capaz de fazer o seu consumidor se sentir diferenciado – podemos usar como exemplo, quem usa um Iphone. ✓A cada novo lançamento é possível relatar as inúmeras filas nas portas da loja da Apple (empoderamento e exclusividade gerado pelo produto). ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS https://www.apple.com/ Capital de Giro – O combustível do negócio Mede o quanto de capital você precisa provisionar em caixa para poder operar o negócio 3 em cada 5 negócios morrem por conta disso Reduza o tempo de estocagem dos Produtos Adiante os Recebíveis, foque em receber o dinheiro na hora INDICADORES PARA FICAR DE OLHO Lucratividade e Rentabilidade Lucratividade é o percentual do seu faturamento que é lucro líquido (dinheiro para o caixa da empresa) Rentabilidade é o percentual do montante que foi investido que está retornando (empresa conseguiu recuperar) Precificar os produtos, sem apurar e acompanhar a lucratividade e rentabilidade é o mesmo que navegar sem rumo Pagar para vender não é um opção INDICADORES PARA FICAR DE OLHO ❑ Evitar de diluir custos fixos da empresa no preço ❑ Buscar apurar a margem de contribuição ❑ Crescimento sustentável ❑ Controlar o Capital de Giro ❑ Não cair nas métricas de Vaidade 5 CUIDADOS NA PRECIFICAÇÃO
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